Respeitável público é com grande satisfação que tenho a honra de apresentar Rose Mara em:
O Picadeiro da vida
Rose Mara Bitencourt de Souza nasceu na cidade de Porto Alegre, no Hospital Santa Casa, no dia vinte e oito de Setembro de mil novecentos e noventa. Sua chegada foi um momento espec...Continuar leitura
Respeitável público é com grande satisfação que tenho a honra de apresentar Rose Mara em:
O Picadeiro da vida
Rose Mara Bitencourt de Souza nasceu na cidade de Porto Alegre, no Hospital Santa Casa, no dia vinte e oito de Setembro de mil novecentos e noventa. Sua chegada foi um momento especial, apesar de ser marcada por fortes emoções, pois sua mãe recebeu subitamente a notícia do falecimento da matriarca da família, fato que desencadeou o seu nascimento prematuro de oito meses.
A infância de Rose foi muito alegre e diferente, porque além de andar de bicicleta, jogar bola e fazer muitas amizades, suas brincadeiras eram relacionadas às atividades circenses. Sim Nossa querida entrevistada tinha seus pés no picadeiro do Circo Rolândia de seus pais, Antônio de Souza e Elisamara. Esta experiência segundo a mesma, foi muito gratificante, uma vez que o valor do trabalho e o respeito às pessoas foram ideais passados desde cedo.
Ainda no circo, a depoente teve sua primeira participação no espetáculo como a Palhaça Pipoca, a mascote no quesito palhaçadas. Mas sua habilidade não se limitava somente a esta apresentação, logo passou a treinar com tochas de fogo um fato que acabou lhe causando uma pequena queimadura no seu braço. Mas, como dizem por aí: “o show não pode acabar”, por isso não houve desistência e logo surgiu a mais nova criação artística chamada “Mulher Vulcão”.
Seus pais também faziam apresentações. A mãe andava no monociclo e o pai cantava e apresentava os espetáculos. Atualmente seus pais têm um instituto de beleza, mas ainda continuam a vida de artistas, cantando.
No circo havia vários animais, entre eles: macacos, cavalo, leão, tigre e cabrito. O casal de macacos chamados Chiquinha e Chiquinho era os mais travessos e divertidos. Rose disse que quando pequena os macacos pegavam tudo que lhe pertencia como: mamadeira, bico, brinquedos e suas bonecas.
A depoente presenciou no circo, um acidente provocado por um ciclone. Foi horrível A lona levantou e seis pessoas ficaram gravemente feridas, mas todas foram socorridas e tudo acabou bem.
Na juventude, pensando no seu futuro tomou a decisão de cursar o magistério, já que o convívio com as crianças nos shows lhe fazia muito bem. Ainda segue atrás desta realização se graduando em Pedagogia e enquanto a oportunidade de ser educadora não vem, ela se dedica ao ofício de vendedora do Bazar Detudo.
Ah Mas não pensem que o sangue circense não corre mais por suas veias, quando a saudade “bate fundo”, eis que surgem a Palhaça Pipoca e a Mulher Vulcão para abrilhantar as apresentações não mais no Circo Rolândia, mas nos outros em que seus familiares
permanecem levando a magia e a arte ao público.
Rose diz que a vida no circo é cheia de encantos, mas não viva somente essa vida de artista, pois estudar faz parte do futuro.
Assim termina essa história que entre sorrisos e aplausos, alegrias e escolhas nos convida a refletir que mesmo quando as luzes se apagam e a lona se desfaz a vida continua se eternizando nas lembranças.Recolher