Eu sempre pensei em trabalhar em escritório, num ambiente corporativo. Esse sempre foi meu desejo! Por isso, acabei estudando Administração, porque eu achei que ia me abrir portas para várias oportunidades. Na faculdade, um professor que me marcou foi o de Produção, por uma história engraçad...Continuar leitura
Eu sempre pensei em trabalhar em escritório, num ambiente corporativo. Esse sempre foi meu desejo! Por isso, acabei estudando Administração, porque eu achei que ia me abrir portas para várias oportunidades. Na faculdade, um professor que me marcou foi o de Produção, por uma história engraçada. Eu tive um pouco de dificuldade naquela matéria, e como meu pai sempre foi muito presente e também tinha estudado Administração,
falou: “Deixe-me ver o que é a matéria pra ver se eu consigo te ajudar!”. E quando a gente começou a olhar, era o mesmo professor que tinha dado aula pra ele. Deu que o professor acabou me marcando pela coincidência, sem contar que ele deixou de ser casca de ferida comigo!
A partir do segundo ano de faculdade, conheci uma amiga que trabalhava como gerente na Guaraná Brasil e acabou me chamando para trabalhar como vendedora numa loja. Não era relacionado a minha área, não era aquilo que eu queria, mas era uma experiência. Então eu estudava de manhã e trabalhava das quatro às dez na loja. Eu fiquei trabalhando nesse esquema mais ou menos até o terceiro ano, acabei, inclusive, virando gerente da loja! Mas não dava pra ficar nisso, senão ia ficar parada ali. Comecei a procurar um estágio e a partir do terceiro ano, entrei numa indústria farmacêutica.
Quando eu comecei na Centrum, eu era supertímida. Tinha acabado de tirar minha carta de motorista, não sabia dirigir direito, era daquelas que meu pai me levava, meu pai me trazia sempre, e de repente eu me vi na rua sozinha tendo que encontrar um monte de lugares que eu não sabia como chegar, não tinha GPS, não tinha Waze, não tinha nada disso! Então para o meu desenvolvimento assim como pessoa, ter que aprender a se virar, parar no posto, perguntar como chegava. E eu visitava hospital, então quando você chega a um hospital, é diferente de um consultório que você encontra o médico de prontidão. Não. Você entra no hospital e era o Hospital das Clínicas. Achar os médicos lá dentro, conseguir falar com eles, você tinha que se virar. Então pra mim foi muito bom no sentido de aprender a ter jogo de cintura e ser um pouco mais independente, tanto pra dirigir, como pra se virar mesmo.
Trabalhei na Centrum durante dois anos e meio e aí eu me formei. E na época que eu estava me formando, fui comunicada que não haveria vaga dentro da companhia pra me efetivar. Então comecei a procurar emprego, porque pra mim era desesperador estar recém-formada e desempregada, era algo que eu não queria passar. Naquele momento eu abri pra vários segmentos, porque eu me foquei no processo de trainee mais do que no segmento, estava aberta a ir pra outros caminhos também. Eu estava participando de vários processos e eu participei de um processo de trainee do Banco Itaú. Era um dos processos de trainee que eu menos me interessei, porque o segmento de banco não era algo que me atraía. Mas recebi a ligação: “Você foi aprovada para a próxima fase”. Eu falava: “Gente, não é possível, porque eu não estou nem me esforçando pra isso”. E foi realmente onde eu passei.
Fiquei no Banco Itaú mais ou menos durante oito meses, período o suficiente pra saber que aquilo não era definitivamente o que eu queria. Por mais que fosse um processo de trainee, um processo onde a companhia tava investindo em mim, não era o que me tocava. Segunda-feira quando eu levantava pra trabalhar, eu estava: “Ai, que saco”. Não era o que eu queria. E eu comecei a procurar emprego e decidi que eu queria voltar para o segmento farmacêutico. Aí sim nesse momento eu decidi. E o que eu fiz foi: peguei uma lista com o nome de todas as indústrias farmacêuticas que tinha e comecei a mandar currículo pra todas e também a ligar: “Eu queria saber se tem algum processo em aberto, eu tenho interesse na área de marketing”. E foi aí que eu caí na Allergan.
Hoje, o meu principal desafio, como Diretora de Marketing Regional LACAN é balancear, porque hoje eu não sou só medical stetics: também sou iCare e specialty care, que são duas franquias completamente novas pra mim. Então aprender também sobre essas franquias e ao mesmo tempo balancear esse amor que eu tenho por medical, que fez parte de toda a minha história dentro da companhia. Então esse é o meu principal desafio hoje! E trabalhar dentro de um esquema que é muito diferente, porque eu influencio, mas eu não necessariamente tenho o poder de decisão do país. Então o trabalhar com as pessoas é o grande desafio.
O trabalho que eu faço me encanta tanto que eu sempre fui fazendo, fazendo, fazendo, e eu acho que as coisas foram acontecendo naturalmente. Por mais que sejam mais de 17 anos, nunca foi igual. As coisas foram mudando tanto, a gama de produtos com que eu trabalhava foi crescendo que era só um escopo Brasil, depois virou escopo América Latina, depois é internacional, outra forma de trabalhar, aí volta pra América Latina, mas completamente do que era antes. Então assim, o que eu digo é: sempre aconteceu muito naturalmente. E tem horas que você fala: “Ah, eu gosto mais de como era antes”. Ou: “Ah, eu prefiro agora”. Depende do momento que você tá vivendo. Mas eu sempre gostei do que eu faço, da essência dos produtos, enfim, que eu sempre vi com superexcitação e empolgação no sentido de continuar dentro da Allergan, continuar fazendo o trabalho, e sempre tentava buscar uma forma nova de desenvolver o meu trabalho.Recolher