(...) O prédio foi construído, a administração vinha do padres. O padre Gardenal vindo da Alemanha, vindo da Itália, doações. E o governo do Estado também ajudou e construíram o prédio. Primeiro a capelinha baixinha, a capela (...) O centro foi os jesuítas que fizeram, mas o dinheiro não era só deles. (...) Quando padre José Antônio teve pra aqui, queria vender o centro! Eu digo: “- Olhe, o senhor não venda! O Centro foi construído pra servir ao povo Alagados” O centro foi construído no sentido de reerguer o povo pobre que vinha. Ele disse: “- Ah, mas também tem dinheiro dos jesuítas”. Eu digo : “ O que tem eu não sei, só sei que eu ergui isso aqui pra ajudar os pobres dos Alagados.” (...) E o padre José Antonio não sabia muito da história do Centro porque ele chegou depois. Ele veio da Itália como seminarista (...) Ele não sabia muito da história e ele inventou essa de vender. O centro é do povo! Eu digo: “Padre, o senhor quer vender o que é do povo!” “- Não! Os jesuítas gastaram dinheiro aqui!” “- Se gastaram eu não sei, só sei que eu estou desde o começo aqui, o conheci como seminarista. O senhor vem tomar conta do Centro. Tudo o que começou aqui eu tava na frente! (...) 200 mil pra construir. Pe Rafael... A comunidade saiu por aí fazendo balaio, fazendo rifa (...) Nós saímos da rua, fazendo balaio de São João. Ele e Secundino, eles campeão de vender! Eles vendiam e cada negócio daquele fazia 2-3 mil reais… e compravam… compravam uma coisa, compravam outra… (...) Aí os jesuítas abriram os cofres não é isso? (risos) Eles olharam a obra e disse: “- Oh rapaz, parece uma igreja!” E faltava o piso, faltava uma porta de alumínio. Aí eles botaram a mão no bolso (riso).