Sonhei que estava grávida e no sonho eu paria uma menininha. Eu entrava em trabalho de parto e dava a luz em casa mesmo, minha mãe e meu pai me ajudavam; fiquei fazendo força pra sair e uma hora cansei, mas nessa hora foi quando dei o último empurrão e a neném saiu (Não senti nenhuma dor). A ...Continuar leitura
Sonhei que estava grávida e no sonho eu paria uma menininha. Eu entrava em trabalho de parto e dava a luz em casa mesmo, minha mãe e meu pai me ajudavam; fiquei fazendo força pra sair e uma hora cansei, mas nessa hora foi quando dei o último empurrão e a neném saiu (Não senti nenhuma dor). A minha mãe pegou e cortou o cordão umbilical (Que foi esquisito pq ele voltou pra dentro de novo ahahah) e colocou a neném numa bacia com água pra limpar ela, ela não estava chorando ainda e fiquei preocupada, falei pra minha mãe dar uns tapinhas nela mas aí ela falou ""calma, ela já vai chorar"" e chorou mesmo. No sonho a neném era minúscula, do tamanho da palma da mão. Aí pegue ela na mão, colocamos uma roupinha e aí levei ela pro meu quarto, colocando numa caixinha e arrumando com a cobertinha. Ela tava dormindo e uma hora deu um sorrisinho foi a coisa mais linda e gostosa. Logo pensei em mandar mensagem pra Ma falando que a neném nasceu, mas ela já tinha mandado um monte de mensagem falando que tava sentindo que a neném ia nascer já e fiquei: como ela sabe que já nasceu? É aí descobri que meu pai tinha postado no grupo do whats que tem o pessoal da igreja budista e a mãe da Ma viu por lá. Em um outro sonho, foi estranho, mas sonhei que um tio morreu, mas era um tio X e eu era uma outra pessoa, a Ba ahahaha, aí esse tio era um cara muito esquisitão (de um jeito positivo) e ricaço, a casa dele era uma mansão e ele adorava se vestir de vampiro, o quarto dele eram 3 cômodos e parecia todo medieval. Ai teve uma cena em que a família toda (Eu tava vendo em terceira pessoa) ficou em uma sacada da casa (a casa era gigante e de dois andares) e estavam todos de amarelo mostarda umas roupas meio estilo antigo mesmo de época de Drácula e aí começaram a cantar pra se despedir desse tio.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
Durante esse tempo de pandemia é inevitável não nos voltarmos para as nossas questões internas, pois ficamos em casa, não temos quase interações sociais (principalmente físicas). Minhas atividades foram reduzidas, então quase não fazia nada, o que contribuiu para diversas reflexões sobre a vida e sobre a morte. Fiquei um bom tempo refletindo sobre a morte e o que ela significava e representava para mim pois, diante da pandemia, também foi inevitável não pensar na morte. Com isso, esse sonho surgiu (eu acho) (ou eu fiz ele surgir, porque eu que o interpretei). Pensando na morte, me deparei com a vida. Contei esse sonho para uma amiga e ela me perguntou qual parte de você nasceu e qual parte morreu? e eu não soube responder, porque não fez sentido pra mim, então falei em terapia sobre isso, e enquanto estava a falar, surgiu a morte e falei sobre os meus pensamentos sobre ela. Perceber o tanto de gente que estava morrendo por negligência de nosso presidente, quantas famílias e amigos e amores foram perdidos; também pensando em todas as mortes que acontecem ao redor do mundo, as mortes por violência (estruturais, físicas e subjetivas), por negligência, as morte morridas. A morte faz parte de nossa vida, nós precisamos estar vivos para morrer, mas não para morrer pela falta de direitos. Então eu aceitei a morte, de uma forma talvez pessimista, pois eu aceitei ela, não ligo de morrer (uma morte não violenta, não negligente, não por falta de direitos) uma morte morrida. E é o que eu desejei para todos, que todos pudessem morrer bem, não pela falta. E foi tranquilizador aceitar ela, o que remete ao final do sonho, a família cantando, a roupa amarela que me trazia uma certa calmaria e acalanto. Quanto à primeira parte do sonho, um de meus grandes desejos é ter um(a) filho(a), então foi muito bom realizá-lo nesse sonho, me senti muito feliz e um momento cheio de sentimentos bons quando vi aquele pequeno ser. E, frente à vida, que nos deparamos com a morte. Um ligado ao outro. Viver é complexo e morrer também.Recolher