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Por: Museu da Pessoa, 30 de abril de 2018

Na educação, o orgulho da vitória

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Na educação, o orgulho da vitória

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Sou Maria do Carmo Pantoja da Silva, nasci em Parintins, Amazonas, lá onde corre o rio Epacucu, na comunidade Itaboraí do Meio, lugar de muito peixe, lugar onde eu ia com meus irmãos pescar tambaqui e pirarucu. Lugar também de muito jacaré e muita sucurijú. Foi lá que eu vim ao mundo, em 16 de julho de 1989. Meu pai sempre foi pescador. Trago na memória um episódio de perigo vivido por ele quando colocou o espinhel e a linha ficou presa no mato. Só que não era mato, era um jacaré. Um imenso e muito bravo jacaré.

(...) a gente brincava de pular na água, de jogar bola (...), eu jogo bola até hoje. Jogo também em campeonato. (...), minha filha de quatorze anos joga junto comigo (...). Eu sou zagueira.

Eu praticamente me criei na fazenda do meu avô e estudava também na comunidade. Eu ia com os meus irmãos para a escola, e era com muito sacrifício: a gente atravessava dois rios e andava uma boa distância, tudo a pé, até chegar à escola. Tinha que acordar às quatro da manhã. Aí atravessava o rio com a água na cintura, senão no pescoço. Suspendia a mochila para não molhar os cadernos e chegando na escola trocava a roupa, que uma muda já ia de reserva com a gente. Agora era muito arriscado por causa dos jacarés; eu, pelo menos, morria de medo.

A escola, essa escola que atravessava dois rios, ela era feita de madeira. Madeira coberta de telha, até porque não era uma escola mesmo, era uma sede de atividades da comunidade.

O ensino era o do tempo da palmatória. Mas cheguei a apanhar de régua também. Bastava errar o ditado, a tabuada. Levava até puxão de orelha. Inimaginável hoje. Bom, mas aí o meu avô morreu, as terras foram vendida e fui morar com a minha outra avó. Passei a estudar na área indígena, quarto ano, mas aí repeti. Fiquei longe da escola por um bom tempo. Nesse me deslocar com frequência por barco de linha, conheci meu esposo. Conheci, começamos a namorar, meus pais foram contra o casamento porque eu era...

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