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Por: Angelo Brás Fernandes Callou, 2 de dezembro de 2021

Monsenhor Callou e minhas datas

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Monsenhor Callou e minhas datas

MONSENHOR CALLOU E MINHAS DATAS

Por Angelo Brás Fernandes Callou

Sou obrigado a dormir com meu cachorro no sofá da sala, a partir das 5h30 da matina. Todos os dias. É a vingança canina, por não dividir com ele a cama de casal, seu projeto maior de vida. Sem o sofá compartilhado, todos os vizinhos se acordarão com seus latidos de pedidos de socorro.

Ao me levantar hoje, às 7 horas, do sofá conjugal, dou de cara com um pequeno quadro, ao pé da estante, que sobreviveu ao despejo recente de uma infinidade de objetos “desúteis”, como diria o grande poeta mato-grossense, Manoel de Barros. Mas como me desfazer do meu passaporte para o céu? Explico.

O passaporte é o nome que atribuo ao documento emoldurado, trazido de Roma por tio padre – monsenhor José de Anchieta Callou (1893-1968), vigário geral da diocese de Garanhuns, Pernambuco –, com o selo do Vaticano em marca d'água, assinado por Joseph Mignone, arcebispo titular da Nicomedia, em 1950.

Destinado a Pedro Callou (meu pai) e família, a Bênção Apostólica atribui a indulgência plenária. Isto é, a absolvição coletiva de todos os nossos pecados, em caso de morte, sem prévia confissão individual. O quadro ficava ao lado da fotografia de monsenhor Callou, numa parede de memória fotográfica familiar, que reduzi ao essencial, ficando meu passaporte à espera de um outro lugar. Ademais, o documento foi presente desse tio avô, que sempre mereceu minha admiração.

De postura conservadora, comum aos sacerdotes que antecederam a Teologia da Libertação, monsenhor Callou era uma personalidade atenta à educação de jovens, chegando a assumir o cargo de Inspetor Federal de Ensino, alcançado por concurso público. Não à toa, trouxe às pencas sobrinhos do meio rural sertanejo, onde também nasceu, para estudar no Diocesano de Garanhuns, que dirigiu por anos, ou no Santa Sofia, considerado um dos melhores colégios de Pernambuco, à época.

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