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História
Personagem: Kelly Cristina Duarte
Por: Museu da Pessoa, 13 de dezembro de 2018

Minha vida: tudo um em um milhão

Esta história contém:

Minha vida: tudo um em um milhão

Vídeo

Sempre sonhei em ter uma linda barriga de grávida, maravilhosa. Sempre sonhei em amamentar: o grande desejo da minha vida. “Para isso, eu preciso de um homem, então, vamos casar”, pensei. Casei com esse objetivo, mas um ano e meio depois, nada de ter filhos. Procurei um médico, eu já estava com 35 anos, e ele falou para mim: “Kelly, nós vamos realizar alguns exames para pode ver o que está acontecendo, se o problema é com você ou com seu marido”.

Nós fomos fazer os exames e infelizmente eu tinha as duas trompas obstruídas. Chorei muito na época. O médico então falou: “Temos dois caminhos: ou você adota, já que você quer muito ser mãe, ou a gente tenta fazer uma cirurgia, que não é garantido, mas que é uma possibilidade”. Conversei com meu marido e ele falou que não queria adotar. Isso me doeu muito. Porque por mim eu já adotava logo três, que o amor ia ser igual. Escolhi, então, a cirurgia.

Fui no médico pegar a papelada dos exames e comentei com o médico: “Estou me achando tão estranha! Sou uma pessoa tão certinha no meu ciclo menstrual e não sei se é ansiedade, não sei o que é, mas está atrasado para mim”. Então ele falou: “Não custa nada pedir o exame de gravidez junto com todos esses que você já vai fazer”.

Fiz. Com aquela curiosidade de ver os resultados, abri, mas não conseguia entender. Eu olhava para aquilo, via o resultado e eu simplesmente não entendia. Tirei uma foto do exame e mandei para o médico, falando: “O que é isso?”. E ele me manda a resposta: “Que isso? Você está grávida!”. Eu não acreditei. É uma loucura muito grande. Quando acontece um milagre na sua vida, você acha que aquilo não está acontecendo, que está errado, é uma loucura sem explicação. E é. Fui fazer os exames, o ultrassom, e o bebê estava ali, eu já estava grávida de quase dois meses, e foi minha maior realização, o meu maior...

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Mudança

Época em que Kelly mudou-se para Sorocaba, vinda de Santo André. Ela diz que foi uma fase muito difícil.

período: Ano 1980
local: Brasil / São Paulo / Sorocaba
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Primeiro amor

No dia do casamento, um momento que desejava brilhar e se sentir poderosa. Vestia um vestido bordado com pedras e um par de sapatos dourado: os dois foram muito difíceis de se encontrar.

período: Ano 1999
local: Brasil / São Paulo / Votorantim
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia

O grande milagre

O desejo de ter filhos: conseguiu ter a imensa barriga, os grandes seios e ser, enfim, uma mulher em gestação.

período: Ano 2009
local: Brasil / São Paulo / Sorocaba
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Momento mágico

Realizando o desejo de amamentar, que até hoje é revivido a cada vez que sua filha Débora encosta a cabeça em seu peito para receber carinho.

período: Ano 2011
local: Brasil / São Paulo / Sorocaba
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Desafio

Momento difícil desde em que Débora tinha 15 dias, quando iniciou o tratamento para corrigir os pés tortos congênitos, que durou até os três anos.

período: Ano 2010
local: Brasil / São Paulo / Votorantim
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Amor

Kelly com Débora ainda usando prótese, parte do tratamento dos pés tortos congênitos. Apesar das dificuldades, as duas sempre foram parceiras em tudo.

período: Ano 2012
local: Brasil / São Paulo / Votorantim
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Momento de luta

Quando Débora começou o tratamento com o doutor Martti, em agosto de 2015, diagnosticando dermatite atópica, provocou uma grande queda na sua resistência física e emocional, inclusive causando depressão. Acabou sendo internada no Hospital das Clínicas em janeiro de 2016 por sete dias. Nessa ocasião, seu corpo estava 70% ferido. Nessa foto, ela já estava bem melhor.

período: Ano 2016
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Superação

No final de 2016, a filha Kelly recuperada da crise, como daminha de honra do casamento da sua cuidadora na escola.

período: Ano 2016
local: Brasil / Sorocaba
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Gratidão

Débora orando na Igreja que frequenta junto com Kelly. Num momento espontâneo, onde só ela ajoelhou. Débora sempre demonstra sua fé em Deus.

período: Ano 2017
local: Brasil / São Paulo / Sorocaba
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Superação

"Depois de toda a dificuldade física, emocional e financeira, a dermatite atópica nos trouxe, depois de um trabalho árduo de médicos, psicólogos e pastores, decidi deixar para trás os traumas, os erros e as desilusões; deixar para trás um casamento sem companheirismo e amor para viver o verdadeiro milagre: Débora, minha filha."

período: Ano 2017
local: Brasil / São Paulo / Sorocaba
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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Depoimento de Kelly Cristina Duarte

Entrevistada por Marcia Trezza

Sorocaba, 13 de dezembro de 2018

Entrevista PCSH_HV668

Realização: Museu da Pessoa

Revisado e editado por Bruno Pinho

P/1 - Vai ser uma conversa, as perguntas vão ser só para te ajudar, não precisa me esperar perguntar, e quanto mais detalhes melhor. Para começar me fala seu nome completo, onde você nasceu e a data.

R - Meu nome é Kelly Cristina Duarte, nasci em Santo André, São Paulo, nasci em 10 de junho de 1974, tenho 44 anos, hoje sou funcionária pública, trabalho no município de Votorantim, em uma escola infantil, sou secretária.

P/1 - Faz quanto tempo que você trabalha nessa escola?

R - 18 anos.

P/1 - Antes você trabalhava em que?

R - Imobiliária, desde os meus 15 anos de idade.

P/1 - Foi seu primeiro trabalho?

R - Não, eu ainda tinha os meus 12 anos e já ajudava meu pai no salão de cabeleireiro que ele tinha na rodoviária, lá eu ajudava ele em coisas pequenas, mas sempre gostei de estar na correria.

P/1 - Você aprender a fazer alguma coisa de cabeleireira?

R - Pelo contrário, não gosto nem um pouco de mexer com cabelo, eu tenho uma família toda cabeleireira, meus tios, meu pai, meu irmão, mas não.

P/1 - Lá você fazia outras coisas então?

R - Eu ficava mais no caixa, é a parte que eu sempre gostei, parte financeira, controlar a entrada, saída.

P/1 - E como era o salão dentro da rodoviária, tem alguma história que você lembra que foi marcante ou divertida de pessoas que passaram por lá?

R - Como eu era muito nova, teve histórias boas e histórias não tão boas, agradáveis, eu não me recordo muito bem, mas era interessante, porque é um lugar que tinham muitas pessoas chegando e saindo e eu lembro que o salão ficava perto de onde os ônibus parava, então a gente sempre ficava na porta vendo o pessoal que chegava, eu peguei bastante amizade com alguns que tinham box lá dentro, sempre houve o supermercado dentro da rodoviária, então era...

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Título: Minha vida: tudo um em um milhão

Data: 13 de dezembro de 2018

Local de produção: Brasil / São Paulo / Sorocaba

Revisor: Bruno Pinho
Editor: Bruno Pinho
Personagem: Kelly Cristina Duarte
Autor: Museu da Pessoa

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