Tive uma infancia muito tranquila e muito conservadora.Fui criada e educada pela minha avó materna que se chama Raimunda. Moravamos em uma casa proximo ao rio Trombetas em Oriximiná. Nossa casa era bem grande morava bastante gente, minhas tias e primos. Essa casa era alvenaria, tinha uma ampla var...Continuar leitura
Tive uma infancia muito tranquila e muito conservadora.Fui criada e educada pela minha avó materna que se chama Raimunda. Moravamos em uma casa proximo ao rio Trombetas em Oriximiná. Nossa casa era bem grande morava bastante gente, minhas tias e primos. Essa casa era alvenaria, tinha uma ampla varanda que bricavamos muito. Perto de lá tinha uma ribanceira que dava acesso ao rio. Adorava brincar na rua, mas ir para o rio nao tinha preço era meu favorito. Sempre que chegava do colegio descia a ribanceira correnado pra pular na água. Minha avó nunca deixava, me proibia e brigava muito quando eu desobedecia, e eu quase sempre fazia isso, hoje eu entendo que o que ela sentia era medo, medo que eu me ferisse ou mesmo morresse. Um certo dia, eu estava cansada de ouvir as reclamaçoes dela aproveitei que ela não estava em casa e
fui em direção ao rio. Certos minutos depois avisto minha avó descendo a ladeira com um cipó na mão, ela era muito rígida. Me desesperei, sai correndo de dentro do rio, fui em direção a casa de minha tia que morava ao lado de nossa casa, ela sempre tentava me proteger da correção e na tentativa de buscar refugio do medo da minha avó, pois ela me corrigia mesmo se estivesse errada. Mas o cuidado que ela tinha comigo era maior. Ela me tinha como uma filha, por isso era muito cuidadosa comigo. Não adiantou, naquela época parecia que os pais tinham uma boa memoria, não esqueciam de nada principalmente quando se tratava de corrigir os filhos. Fui para casa acabei levando meu corretivo e ficando de castigo, acho que o medo da minha avó contribui para eu nunca ter aprendido a nadar. Tive muita felicidade porque aproveitei muito minha infância brincando no rio.Recolher