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Por: Museu da Pessoa, 14 de junho de 2021

Memórias das coisas bem-feitas

Esta história contém:

Memórias das coisas bem-feitas

Vídeo

Um pequeno excerto sobre a história de Walton

O laboratório de FURNAS era uma referência internacional. Nós participávamos da construção de várias obras, fazíamos os estudos dos materiais, dávamos suporte. Nós tínhamos um programa de treinamento de estagiários muito forte na época. FURNAS sempre se destacou nessa área e se fazia presente[...].

Eu lembro que estava no internato em Manhumirim e teve uma semana especial onde alguns alunos foram incumbidos para falar sobre o que eles gostariam de trabalhar no futuro. Teve uma palestra que ficou na minha memória, um jovem falando que queria ser engenheiro. Foi como uma semente na minha cabeça, eu nunca mais pensei em outra profissão.

Prestei vestibular para engenharia e comecei o curso em 1958. No meio do processo, em 1959, eu servi o exército. Na época, não havia o CPOR em Juiz de Fora, então eu servi no estabelecimento Regional de Finanças. O departamento era responsável por efetivar os pagamentos da região e era organizado em um regime misto. Eram cinco soldados (contando comigo), uma porção de sargentos, cinco tenentes, dois majores e um tenente coronel que era o chefe do estabelecimento.

Esse período militar foi muito importante na minha vida porque eu me acostumei ao ambiente de hierarquia, e isso estabeleceu uma visão que norteou muitas etapas da minha vida, sobretudo na questão de manter uma boa harmonia no trabalho, tanto com os subordinados como com as chefias.

Depois, quando me formei em engenharia, eu fui trabalhar na construção da usina de Funil, que ainda pertencia a Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba, a Chevap. Isso foi em 1964. A empresa acabou se tornando inviável e FURNAS foi escalada pela Eletrobras para assumir a construção da barragem. Foi assim, mais ou menos em 1967, que comecei a trabalhar na empresa. Eu fui escalado para atuar no laboratório de concreto e isso se transformou em uma trajetória profissional de quase 40 anos.

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Entrevista de Walton Pacelli

Entrevistada por Torigoe / Daniela

14/06/2021

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista número FUNAS_HV016

0:11

P/1 – Pacelli, obrigado pela presença do senhor! Qual é o seu nome completo?

R - Walton Pacelli de Andrade.

0:24

P/1 - O senhor nasceu em que cidade e em que dia?

R -Eu nasci na zona rural, fazenda da Vargem, no Distrito de Santo Antônio do Glória, município de Vieiras, Minas Gerais. Da área de maior influência, a cidade é Muriaé.

0:45

P/1 - O senhor nasceu em hospital ou em casa, como é que foi?

R – Foi na fazenda mesmo.

0:56

P/1 – E a sua mãe e o seu pai contaram para o senhor como é que foi o seu nascimento?

R - Não, esse detalhe de data de nascimento eu desconheço. O que eu posso dizer é que eu sou de uma família numerosa. O meu pai foi casado duas vezes, o primeiro matrimônio ele teve 11 filhos e com a minha mãe ele teve 9 filhos. Então nós éramos 20 irmãos. E eu era o décimo quinto. Dos meus irmãos, atualmente nós somos só seis vivos.

1:42

P/1 - Qual é o nome da sua mãe?

R – É Rita de Oliveira Andrade.

1:51

P/1 - Como é que a família dela? De onde eles vieram? O que eles faziam?

R - O meu pai contava, que o pai dele saiu do Sul de Minas e foi parar em Muriaé. E da minha mãe daquela região mesmo. E o meu pai, ele era fazendeiro, mas ele começou trabalhando como tropeiro, ele e o irmão dele, Abelardo Goulart. Então eles tiveram muito sucesso na vida, e foram dois fazendeiros de grande expressão na região. E eu fui criado na fazenda, sai para começar a estudar com sete anos de idade, e depois na região agrícola mesmo. E o primeiro contato que eu tive com a cidade, foi em Miradouro, onde eu fiz o terceiro e o quarto ano primário. Depois eu fui para Muriaé, estudei mais um ano e de Muriaé eu fui para estudar em Manhumirim, no Colégio Pio XI, foi 1951 a 1953. E depois eu fui para Juiz de Fora, onde nós tínhamos um grupo da família muito grande, sempre estudando...

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Título: Memórias das coisas bem-feitas

Data: 14 de junho de 2021

Local de produção: Brasil / Belo Horizonte

Autor: Museu da Pessoa

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