Tudo começa, aqui no Brasil, no final do século XIX quando nasceu o João Passoni (1885-1964), meu avô paterno, na cidade de Caconde. Ele, como tantos imigrantes de origem italiana, se instalou naquela região produtora de café. Foi trabalhar de meeiro na Fazenda Santa Alina onde com dona Josefa Bologna, filha de italianos imigrados originalmente para a Argentina, e entre a roça e o amor nasceram 10 filhos. Dura vida desta gente italiana que até hoje é considerada o povo de maior \\\\\\\"lavoro\\\\\\\". Infelizmente dona Josefa morreu no parto do Mário Passoni, meu tio, hoje com 86 anos. Caspita! como o \\\\\\\"seu\\\\\\\" João ia criar 10 filhos sem mãe? Nesta data minha tia Luzia Passoni, a mais velha, mas que tinha apenas seus 14 anos e mostrando o que é gente que não se abala, se dedicou a esta tarefa. Dentro desta verdadeira turma de irmãos, tem meu querido pai, Benedito Passoni o \\\\\\\"seu Dito\\\\\\\", falecido em 2015, que me contava que a vida não era muito fácil. Mas as famílias se cuidavam e assim foi. Meu pai, o seu Dito, havia nascido em Poços de Caldas, e como “meio mineiro” falava pouco, pela boca, mas pelo coração transbordava. Mas meu tio Mário tem me contado histórias incríveis. Diz ele que estudavam em uma fazenda vizinha e as crianças eram transportadas em um veículo, que acredito ser parecido com uma jardineira. Mas num dado dia o veículo parou numa local para pegar um caixão. Sim!!! Imaginem no teto do veículo aquele negócio sendo transportado com crianças indo para escola. Mas era assim, não havia Uber nem estradas. Bem, ficamos por aqui pois, recentemente voltei para a região disposto a encontrar minhas memórias mais de perto e voltei com muita coisa na bagagem. O encontro com uma “Passoni” lá em São Sebastião da Grama, é uma delas e rolou lágrimas. Vou contar mais a frente.