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Personagem: Norma Lúcia de Moura
Por: Museu da Pessoa, 13 de agosto de 2020

Livre para atuar, cantar e carnavalizar

Esta história contém:

Livre para atuar, cantar e carnavalizar

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Meu ex-marido marcou uma data pro casamento, 27 de julho. Ele foi a minha casa e disse a minha mãe que tinha feito um teste, tinha pegado o meu xixi, tinha colocado em cima de um sapo, e eu estava grávida, e eu tinha que casar. Isso foi um choque pra mim.

Então a gente casou no dia 27 de julho de 1971, tinha dezesseis anos, e na realidade fui eu e ele pra igreja e ninguém da nossa família, pra você vê que desastre, duas crianças se casando. Eu não tinha nenhuma consciência pra vida. Naquela época eu não tinha informação nenhuma, eu pensava que se uma moça desse um beijo no rapaz ela ficava grávida. Eu não tive nenhuma educação sexual, nada. Bem, mas fomos pra igreja e casamos. Ele parecia gostar muito de mim, era o que todo mundo pensava, e eu também pensava.

Foi um desastre total, do começo ao fim. No terceiro dia de casada, chega uma moça que era vizinha da minha mãe, aí entra no escritório onde eu estou trabalhando e diz: “Eita, Baco tava no maior amor com Fátima, tavam se beijando”.

Eu me sentia tipo uma barata, um bicho sem valor, uma coisa asquerosa, eu me sentia sem vida. A minha primeira gravidez por exemplo, eu só tinha um único vestido. Eu passei os nove meses com esse vestido, eu não tinha outra roupa. Ele trabalhava na Caixa Econômica Federal e ganhava um bom dinheiro, mas… Quando nasceu a minha primeira filha, ela só não ficou nua porque minha tia deu umas roupinhas, uns paninhos, umas fraldas de tecido, e minha tia levou no hospital, porque a menina nasceu nua e ficou nua, não tinha nada, nem um pano pra colocar em cima. Ele nunca comprou nada pra um filho.

Ele não tinha o menor carinho com a minha filha, eu nunca vi ele pegar ela no colo e dizer: “Ah que menina bonitinha”, e ela ainda usava roupas usadas das primas, porque eu não conseguia trabalhar, tomando conta de casa, da criança, e emprego lá era muito difícil. E ele trabalhava na Caixa Econômica Federal, ganhava um bom...

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Dados de acervo

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Título: Livre para atuar, cantar e carnavalizar
Data: 13 de agosto de 2020
Local de produção: Brasil / São Paulo E Recife
Entrevistador: Luiza Gallo Favareto
Personagem: Norma Lúcia de Moura
Autor: Museu da Pessoa

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