Nasci em 1977 na cidade de Osasco. Quando estava chegando a hora de eu nascer minha mãe foi levada para o antigo hospital das Damas.
Chegando lá não havia médicos somente enfermeiras e elas não supervisionaram o meu nascimento.
Somente quando eu estava nascendo elas apareceram, para auxiliar minha mãe.
E então após algumas complicações eu nasci. Mas devido eu ter engolido sujeira do parto quando eu tinha por volta de três meses de vida tive uma febre muito alta que desencadeou convulsões.
A partir daí comecei a fazer tratamento para epilepsia. Até os nove anos de idade tive várias convulsões. Muita delas o meu pai tinha que sair de pijamas para me socorrer, pois senão fosse socorrida a tempo poderia morrer.
Quando eu já estava no segundo ano do primário, como eu tinha esse diagnóstico era preciso falar para as professoras e a diretora da escola para que elas ficassem cientes da minha limitação.
Mas ao descobrirem as crianças e adolescentes da minha escola naquela época, começaram a me discriminar e sofrer bulling, e me chamavam de doida por desconhecer a epilepsia.
Por causa da epilepsia até escondia dos rapazes que eu tinha essa doença por causa do preconceito pois achava que dificilmente alguém aceitaria uma pessoa com esta doença. Quando eu tinha catorze anos tive meu primeiro beijo com um vizinho gostei muito dele durante mais de cinco anos mais ele bebia muito e por isso não deu certo e então ele foi embora para o norte.
Sofria muito com tudo isso. Além disso também tinha muitas dificuldades de aprendizagem. Mas mesmo com esta dificuldade e sofrer bulling eu não desistia. Com isso cheguei a repetir várias vezes por causa da matemática, duas vezes na segunda série e duas na terceira série e por causa disso meninos repetentes bem mais velhos que nós que estavam na minha classe até batiam nas meninas e as professoras nada faziam para nos defender.
Tinha muitas dificuldades em matemática, as vezes estudava para a...
Continuar leituraNasci em 1977 na cidade de Osasco. Quando estava chegando a hora de eu nascer minha mãe foi levada para o antigo hospital das Damas.
Chegando lá não havia médicos somente enfermeiras e elas não supervisionaram o meu nascimento.
Somente quando eu estava nascendo elas apareceram, para auxiliar minha mãe.
E então após algumas complicações eu nasci. Mas devido eu ter engolido sujeira do parto quando eu tinha por volta de três meses de vida tive uma febre muito alta que desencadeou convulsões.
A partir daí comecei a fazer tratamento para epilepsia. Até os nove anos de idade tive várias convulsões. Muita delas o meu pai tinha que sair de pijamas para me socorrer, pois senão fosse socorrida a tempo poderia morrer.
Quando eu já estava no segundo ano do primário, como eu tinha esse diagnóstico era preciso falar para as professoras e a diretora da escola para que elas ficassem cientes da minha limitação.
Mas ao descobrirem as crianças e adolescentes da minha escola naquela época, começaram a me discriminar e sofrer bulling, e me chamavam de doida por desconhecer a epilepsia.
Por causa da epilepsia até escondia dos rapazes que eu tinha essa doença por causa do preconceito pois achava que dificilmente alguém aceitaria uma pessoa com esta doença. Quando eu tinha catorze anos tive meu primeiro beijo com um vizinho gostei muito dele durante mais de cinco anos mais ele bebia muito e por isso não deu certo e então ele foi embora para o norte.
Sofria muito com tudo isso. Além disso também tinha muitas dificuldades de aprendizagem. Mas mesmo com esta dificuldade e sofrer bulling eu não desistia. Com isso cheguei a repetir várias vezes por causa da matemática, duas vezes na segunda série e duas na terceira série e por causa disso meninos repetentes bem mais velhos que nós que estavam na minha classe até batiam nas meninas e as professoras nada faziam para nos defender.
Tinha muitas dificuldades em matemática, as vezes estudava para a prova a noite e quando chegava o dia seguinte acabava esquecendo tudo. Com dezessete anos após uma consulta com a neurologista e ter feito um eletroencefalograma tive alta dos remédios, mas também devido a eu ter dito a ela quando ela perguntou se eu ainda tinha algum sintoma. Na verdade, eu tinha tonturas ainda, esse era um dos sintomas prévios de uma possível crise, mas, eu disse isso porque sempre que chegava as festas de final de ano não podia celebrar com meus familiares devido as medicações que tomava.
Mas mesmo assim eu nunca desisti, nem saí da escola. Com a ajuda de Deus e minha força de vontade consegui terminar o ginásio com dezenove anos.
Quando eu tinha vinte anos de idade fiz o primeiro colegial. No ano seguinte fiz supletivo para terminar o colegial e então com vinte e dois anos conseguir terminar meus estudos.
Então no ano de 1997 comecei a procurar emprego mais era muito difícil arrumar um trabalho pois apesar de eu ter colegial completo eu não tinha experiência e não tinha essas oportunidades que os jovens tem hoje mais graças a uma amiga da minha cunhada que me disse para eu ir a Nobel fazer uma ficha eu consegui um emprego mais como sempre em todo o lugar sempre existem pessoas invejosas que querem nos humilhar uma funcionária que já estava lá a mais tempo que eu deixava de fazer o serviço dela para ir na minha máquina me importunar. Mais Deus não nos desampara ninguém e ele tudo vê eu fui mandada embora três meses depois mais ela também foi meses antes de mim por isso nunca devemos pisar em ninguém mais ser humildes sempre. No ano de 1998 comecei a namorar uma pessoa que meus pais sentiam que ele era muito estranho pois ia pouco lá em casa e sempre dava desculpas. Eu o conheci através de uma rádio, por carta, quando marcamos de nos conhecer no Memorial da América Latina parecia que já não era para ser porque eu quase não encontrei.
E quando eu o encontrei não era nada daquilo que eu havia imaginado, pensava que aquela seria a primeira e a última vez que eu o encontraria. Depois de alguns dias ele me ligou e não sei o que aconteceu que eu ainda quis encontra- ló novamente.
Ele me levou a sua casa para conhecer a sua família que pareciam ser boas pessoas. Me tratavam bem quando ia lá.
Quando foi no ano de 1999 para 2000 aconteceu que, o meu pai sofreu um atentado contra sua vida.
E precisamos ir embora de Osasco. Então nos mudamos para Bady
Bassit interior de São Paulo. Como lá não tinha telefone fixo e continuávamos namorando ele me enviava cartas para nos comunicarmos. Mas como eu havia falado que ele era muito estranho, como ele ia pouco a nossa cidade e enviava cartas e as vezes nos falamos pelo orelhão ele começou a culpar minha família pelo “sumiço” das cartas que ele disse haver mandado.
Certa vez quando ia a esse orelhão, que era perto de casa comecei a ser perseguida por um homem estranho com seu fusca, que ficava a me vigiar toda vez que eu ia lá.
Eu morria de medo pois a cidade era muito vazia durante a semana.
Era chamada cidade dormitório porque a maioria das pessoas que moravam lá trabalhavam em outras cidades.
Passei muito medo até que esse homem foi preso.
Todas as pessoas que conviviam comigo achavam que este namorado não servia para mim, mas eu estava cega. Um certo dia eu estava em casa quando de repente ele apareceu em minha casa com um buquê de flores em uma caixa de papelão levado ao interior de Sp. onde eu morava, após muito tempo sem notícias.
Neste dia eu chorei muito, mas não foi de emoção e sim de medo.
Então pedi ao meu irmão para chamar o meu pai e minha mãe que estava trabalhando no ateliê de costura.
Mas ele era tão persuasivo que me enfeitiçava, me convencia de tal forma que eu nem sei dizer como aquilo era possível. Um dia ele foi no local em que minha mãe trabalhava e uma irmã da igreja em que nós estávamos indo disse que ele era perturbado.
Mais como eu estava apaixonada e era dominada por ele eu não conseguia enxergar nada disso.
Por causa disso eu fazia tudo o que ele queria. Se ele não queria que eu trabalhasse, emagrecesse, eu acatava tudo aquilo que ele falava pois, estava cega a tal ponto que eu fazia não as minhas vontades, mas sim as dele.
Dava mais ouvidos a ele do que a minha família, mas hoje me arrependo disso.
Quando os meus pais chegaram, foram falar com ele e saber porque ele havia sumido.
Ele como sempre inventou um monte de mentiras e me convenceu mais uma vez.
Então continuamos com esse namoro conturbado. Tempos depois nós nos mudamos daquela cidade e fomos morar em Bragança Paulista.
E lá ele também continuava a me comandar. Não querendo que eu trabalhasse, pois dizia que quando viesse a se casar comigo que ele me daria de tudo e não precisaria trabalhar.
Tanto que um dia fiz uma entrevista e passei, mas quando estava para ser chamada ocorreu que um certo dia eu liguei para ele.
Eu havia saído para pagar as contas de casa e ao ligar para ele disse – lhe que estava com muitas saudades, pois havia um tempo que não nos víamos.
E ele então me falou que eu usasse aquele dinheiro para pagar a passagem para nos vermos e eu como apaixonada por ele que eu era acabei fazendo isso. Mais detalhe eu havia saído para pagar as contas de casa para os meus pais.
Então comprei a passagem sai de Bragança Paulista para São Paulo e fui ao seu encontro.
Enquanto isso o tempo passou, e meus pais nem imaginavam que eu não me encontrava em Bragança Paulista.
Eu havia saído de casa as 10:00hs da manhã e quando voltei para casa após termos namorado bastante já era 22:00 horas.
Quando eu cheguei em casa os meus pais estavam furiosos pois, com tanta preocupação especialmente o meu pai que sempre foi muito bravo e com razão.
Então ele começou a me perguntar por onde eu andava e quando eu falei ele ficou ainda mais furioso nesta hora ele falou que iria me dar um corretivo por tê –lo desobedecido.
Mais eu cheia de razão achando que estava certa falei que se ele fizesse isso eu iria embora dali por que esse namorado meu sempre me fazia juras de amor e que se eu quisesse um dia viver com ele seria uma grande felicidade.
Então com o ímpeto da paixão fui em busca do que eu achava ser a minha felicidade.
Mais não foi isso bem isso que aconteceu, pois no começo fui bem recebida por ele mais por sua família nem tanto pois chegaram a me falar que eu havia “caído de paraquedas” em suas vidas.
Mais com o tempo eles “pareciam” ter me aceitado já que namorávamos há 4 anos.
Mais só pareciam mesmo, por que com o tempo eu comecei a conhecer realmente quem eram aquelas pessoas.
Por que como ele trabalhava noite e eu ficava na casa dele com a família. Um certo dia quando eu ia dormir eu ouvi essas pessoas falar mal dele e de mim. Dizendo que não aguentava mais minha presença ali e falava várias coisas sobre nós dois.
Aí no dia seguinte eu decidi contar a ele tudo aquilo mais eu não imaginava o que estaria por vir. Neste dia enquanto conversava com ele nunca imaginaria que houvesse alguém escutando, mas havia.
Em cima da casa dele morava uma mulher que tinha um filho e que quando eu cheguei se sentiu ameaçada pela minha presença. E neste dia os familiares dele não estavam lá, mais ela estava e ouviu tudo o que falávamos.
Quando chegou a noite umas 11:00 ela foi correndo até lá quando todos se preparavam para dormir e contou tudo a mãe dele.
E então a partir desse dia eu tive que passar a noite que era normal e também de dia que era o horário em que ele chegava para dormir. E então ele ordenou que eu não saísse dali de modo algum a não ser quando ele estivesse para que não “ arrumasse encrencas”.
E então eu tinha que dormir à noite enquanto ele trabalhava e de dia quando ele voltava para dormir (só que não dormíamos juntos pois a mãe dele não permitia) só podia dormir um para cima e o outro pra baixo e não do mesmo lado.
Quando era hora das refeições eles não me deixavam comer junto com eles e ele me levava a comida no quarto já que não me deixavam circular pela casa. As vezes passava até nove horas sem comer nada.
Todas necessidades diárias como tomar banho por exemplo eu só fazia quando me permitiam e ele estava lá.
Passava as noites chorando sentindo saudades dos meus pais e arrependida de não tê –los obedecido.
Quando eles ligavam eles ficavam do meu lado e me obrigavam a dizer que estava tudo bem como se não estivesse acontecendo nada.
Um dia comecei a passar mal, e ele me levou no Santa Marcelina no pneumologista particular que disse que eu precisaria fazer um tratamento para os pulmões pois era um problema delicado. Mas ao sairmos dali não houve tratamento algum nem um remédio sequer.
Quando ele queria ficar a sós comigo para ter alguma intimidade eu era levada para outra casa uma casa vazia que ficava próxima a da vó dele.
E eu era obrigada a fazer o que ele mandava ou ele dizia que se não o obedecesse pagaria por isso. Quando voltávamos, ficava no mesmo quarto do mesmo jeito sem poder sair. Não podia ir embora porque era vigiada para que não saísse nem na rua e também porque não tinha dinheiro.
Um dia minha mãe ligou e a mãe dele falou que ela teria que ressarcir o dinheiro que ela havia gasto nesta consulta do pneumologista mais, minha mãe lhe disse que ela não tinha que pagar nada já que ele que havia me chamado para “viver” com ele.
Mais isso porque ela nem imaginava o que eu estava passando.
Certo dia quando todos saíram a mãe dele as irmãs, e ele e o irmão estavam no terraço resolvi aproveitar a situação para fazer uma ligação.
Liguei para minha melhor amiga pois já não aguentava mais sem ter com quem falar porque nem elas (mãe e as irmãs) e muito menos eles não queriam saber de mim a não ser para me ofender e me maltratar.
E nesta ligação contei a ela tudo que eu estava passando, que passava até nove horas sem comer, não podia sair a não ser quando ele queria se aproveitar e se não obedecesse pagaria “ele desceria o braço em mim”e também quando alguém me ligava tinha que falar que estava tudo bem.
Eu só não contava que alguém estava ouvindo tudo o que eu falava as escondidas.
Era a mesma mulher que havia ouvido nossa conversa na outra vez.
E então quando chegou a noite ela tratou de ir correndo contar a mãe dele tudo o que ela havia ouvido.
A mãe dele ficou furiosa após ouvir tudo e disse a ele que no dia seguinte ele teria que dar um jeito mais ela não me queria mais ali.
E então graças a Deus que usou essa mulher ele me libertou e me mandou embora daquele tormento me levando para a rodoviária do Tiete mais antes mandou eu ligar para minha amiga para ver se ela podia me ajudar deixando que eu ficasse uns dias em sua casa ate poder entrar em contato com meus pais em Bragança Paulista.
E então graças a Deus eu fiquei livre pois poderia ter morrido naquele lugar e então eu fiquei alguns dias na minha amiga.
Pedi perdão aos meus pais até que Graças a Deus eles me perdoaram e eu pude voltar para minha casa.
Mais pouco tempo depois comecei a me sentir mal. Tinha fortes dores de cabeça que não passavam de maneira nenhuma.
Fui ao médico do hospital universitário de Bragança que pediu que eu fizesse uma tomografia na qual que para nossa surpresa foi constatada que eu estava com Hidrocefalia. O estranho é que quando bebê após passar a hora de nascer eu tive epilepsia e minha mãe nunca ficou sabendo da possibilidade de hidrocefalia até mesmo os médicos da Husf estranharam chegando a dizer dizendo que isso não dá em uma pessoa adulta a não ser que esta tenha sido agredida com uma forte pancada na cabeça o que leva a pensar sobre tudo o que eu sofri antes mais tudo isso é e será um mistério porque se fui agredida na cabeça não me lembro de nada.
Quando foi em meados de novembro de 2002 tive que passar por uma cirurgia para colocação de uma válvula ventrículo peritoneal (DVP).
A cirurgia foi bem-sucedida, passei alguns meses bem até saia pela cidade para vender produtos de beleza. Após um ano de cirurgia, de repente comecei a ter desmaios por onde andava quando ia entregar os produtos.
Graças a Deus sempre havia uma alma boa que me socorria e o impressionante também é que não levavam minhas coisas.
Então começamos a achar que havia algo errado já que isso estava ocorrendo com uma certa frequência.
Fui ao médico para saber o porquê estava acontecendo aquilo e se estava tudo bem com a cirurgia.
Então ele pediu que eu fizesse alguns exames e neles foi constatado que teria que fazer uma nova cirurgia pois o motivo dos meus desmaios era que a minha válvula estava entupida. E marcaram a cirurgia em novembro de 2003. Mais nesta cirurgia após ter sido realizada a troca da válvula ocorreu que poucos dias depois da sua colocação apareceu um hematoma subdural em minha cabeça(uma hemorragia) que teve que ser realizada uma cirurgia para retirada do hematoma subdural.
Então após uma pequena perfuração para que houvesse a drenagem do excesso do sangue os médicos colocaram uma luva cirúrgica ligada ao pequeno orifício que eles haviam aberto em meu cérebro para que com o ar a luva se enchesse de sangue.
Na verdade era o que se esperava que acontecesse, mas quando os médicos chegaram a enfermaria em que eu estava qual foi a surpresa dos médicos quando eles viram que a luva que antes estava cheia de sangue agora se encontrava vazia para onde teria ido todo aquele sangue? O que teria acontecido?
Quando ainda estava no hospital tive que passar por mais um obstáculo, pois um certo dia eu vim a passar muito mal após ter me alimentado e ao ir dormir tive complicações digestivas que me levaram a ter uma parada cardiorrespiratória devido eu ter sofrido engasgos naquela hora foi preciso o uso de desfibrilador e até balão de oxigênio.
Foram momentos muitos difíceis, pois neste dia minha mãe que era minha acompanhante não se encontrava comigo pois tinha ido descansar já que estava há vários dias ali comigo.
E teve que ser chamada às pressas pois eles lhe disseram que nem sabiam como eu ainda estava viva depois de ter passado por tudo aquilo só mesmo um milagre poderia explicar tal façanha.
Com o tempo graças a Deus fui melhorando e tive alta. Fui melhorando aos poucos, mais de repente comecei a notar que a minha coordenação motora havia mudado.
Estava mais lenta, com mais dificuldade para caminhar. Em dezembro de 2003 nos mudamos para Carapicuíba, através do posto de saúde consegui ser encaminhada para o Hospital das Clínicas onde faço tratamento até hoje no Ambulatório de hidrodinâmica com o Doutor Fernando Campos Gomes Pinto
e sua equipe. Mais foi na AACD que eu descobri o que estava acontecendo com minha coordenação motora a equipe de médicos que me atendeu e a fisiatra através de exames descobri que estava com Hemiparesia devido a uma lesão encefálica adquirida decorrente da cirurgia de hidrocefalia.
Após essa descoberta comecei a fazer fisioterapia na AACD. Um lugar maravilhoso que foi de suma importância na minha vida.
E quando eu já estava bem melhor após a reabilitação da AACD eu me propus em forma de agradecimento a ser voluntária na unidade de Osasco como recepcionista, lá eu entregava senhas aos pacientes e levava os prontuários para os médicos fiquei lá por mais de um ano.
Pois quando eu adquiri essa deficiência fiquei revoltada e tive até depressão tentando até mesmo tirar a minha própria vida de várias formas e em uma delas o médico até me fez passar a noite pressa em uma enfermaria com uma paciente esquizofrênica que estava até algemada mais Deus não permitiu que o Inimigo acabasse com a minha vida. Mais a partir do momento em que conheci a AACD e aqueles pacientes iluminados que passei a perguntar a mim mesma o porquê daqueles sentimentos tão mesquinhos pois, aqueles pacientes tinham deficiências mais severas que a minha e mesmo assim não deixavam de sorrir e então como por um milagre pouco a pouco fui recuperando a minha autoestima.
E dei a volta por cima porque naquele momento vi que tudo era possível.
Especialmente quando a gente acredita em Deus e também em nós mesmos e principalmente paramos de dar ouvidos as pessoas negativas que só querem nos ver derrotados.
Mais não devemos nos deixar abater por nada seja qual for as circunstancias em nossas vidas pois tudo passa.
E foi assim que eu considero que venci pouco a pouco os obstáculos da minha vida.
E então um dia fiquei sabendo que haveria vestibular em uma faculdade perto de casa.
E resolvi me inscrever para prestar o vestibular. Fiz a prova e para minha felicidade fui aprovada em Letras.
Um curso que também mora em meu coração pois, como eu sempre gostei de escrever resolvi unir o útil ao agradável.
Pois o universo das palavras sempre me encantou é através dela que expressamos o que está em nossos corações.
Então no início do ano de 2010 comecei a minha faculdade na antiga faculdade Uniban hoje Anhanguera. No mesmo ano descobri que estava com um tumor ósseo o qual era benigno fiz e a cirurgia que ocorreu tudo bem e pude continuar o meu sonho.
Encontrei várias pessoas que já conhecia e também fiz várias outras amizades. Foi muito bom para mim estava realizando um sonho.
De me tornar uma ótima profissional e também uma escritora de sucesso.
Mais um dia meu pai me falou que eu teria de mudar para o horário da manhã porque estava chegando muito tarde. Pois eu chegava por volta da meia noite.
Porque a aula acabava as dez e meia e eu pegava duas conduções para chegar em casa e quando chegava já era meia noite além de ser muito tarde também era muito perigoso andar sozinha a essa hora.
Então eu tive que mudar para manhã mais quando eu fui na faculdade para fazer a alteração não havia o mesmo curso que eu estava fazendo a noite naquele horário e então eu tive que mudar para o curso de Pedagogia.
No começo foi difícil me adaptar mais depois acabei gostando até porque sempre gostei de crianças.
Estava empolgada e me sentindo realizada com este universo que estava descobrindo.
Especialmente quando comecei a fazer estágios eu vi que o mesmo amor que eu tinha por aquelas crianças era retribuído por elas.
Quando eu chegava na escola levando o meu material elas sempre queriam me ajudar era a coisa mais linda.
Mais tudo isso acabava por gerar muitos sentimentos ruins por parte de algumas pessoas.
Algumas professoras acabavam se incomodando com o meu jeito de ser, na verdade acho que elas tinham ciúmes dos alunos e não me achar capaz de ser uma boa profissional no futuro.
Mais graças a Deus consegui terminar o meu estágio em paz naquela escola.
Foi muito gratificante poder ensinar as crianças, depois disso também fiz estágios na secretária de educação e na creche do Hospital das Clinicas .
Fiquei muito feliz por poder trabalhar com os bebês e com o maternal pois não há nada mais puro do que as crianças.
Foi uma experiência maravilhosa pois ao mesmo tempo em que eu estava num ambiente educacional também era pertencia ao hospital em que mudou a minha vida para melhor.
Pois Deus usou os médicos para me operar e com isso depois fui melhorando cada vez mais.
Mais quando foi em Outubro de 2011 eu estava indo para faculdade o inimigo quis me pregar uma peça para me derrotar. Eu estava indo quando cai de mal jeito e não sei se forçou alguma coisa na minha válvula, mais para mim não tinha acontecido nada e então continuei o meu destino.
Quando foi outro dia tinha ido a igreja com minha mãe e ao sair eu tropecei e cai na saída da igreja.
Passado um tempo comecei a sentir forte dores na cabeça e também com o tempo comecei a ter dores nos olhos aí minha mãe me disse para eu ir ao pronto socorro.
Chegando lá falei pro médico que eu tinha hidrocefalia e que eu havia caído.
Então ele mandou que eu fizesse uma tomografia quando ele viu o resultado ele disse que eu fosse sem demora ao hospital das Clinicas.
No dia seguinte eu fui ao hospital das Clinicas quando a médica me atendeu e eu entreguei o resultado que o outro médico havia me dado para levar e expliquei a ela tudo o que havia me acontecido, e então ela pediu que eu fizesse alguns testes como olhar para o lado e para cima e não conseguia porque meus olhos estavam parados como os olhos dos deficientes visuais.
E então a médica me pediu uma tomografia e quando o resultado chegou ela viu que a minha válvula estava desconectada e que a minha cabeça estava começando a ficar cheia de agua e com uma seringa que ela inseriu no local da válvula ela extraiu duas seringas cheias de agua.
Em seguida ela já pediu que a minha mãe tratasse dos pais da minha internação que teria que ficar no hospital para a operação.
E então quando foi em outubro de 2011 foi realizada minha cirurgia.
Tive que trancar a faculdade temporariamente enquanto me recuperava.
Enquanto isso permanecia estudando em casa até o meu retorno.
Com a graça de Deus quando eu já estava melhor pude retomar os meus estudos.
Deus estava comigo todo tempo pois sempre tive muita fé nele. Mas quando foi em dezembro de 2011 já havia terminado as provas da faculdade.
E era época de vista de provas, eu não podia faltar estava chovendo muito e minha mãe disse que eu não fosse porque era perigoso e a chuva estava muito forte.
Mais infelizmente eu não ouvi a minha mãe e fui, pouco tempo depois de ter saído eu sofri um acidente caí em uma curva bem em cima da minha perna esquerda.
Fiquei imobilizada sem poder me mexer se não Deus e fosse um vizinho me socorrer não sei o que teria sido de mim.
De repente quando os meus pais viram o moço batendo no portão até se assustaram mais quando viram era eu que tinha me acidentado.
E então eles agradeceram aquele moço e chamaram o meu irmão para irmos para o hospital pois o meu tornozelo estava com uma fratura grave.
E pior que eu quebrei logo o tornozelo esquerdo justamente da perna que me dava sustentação pois eu havia ficado com uma sequela do lado direito chamado hemiparesia.
Ou seja, o lado direito não tinha muita força. E então devido a isso após a cirurgia por não poder usar muletas tive de fazer uso de cadeira de rodas. Mais eu sempre tive fé que aquela provação era por pouco tempo.
Nesta época eu estava fazendo um curso na AACD que era dado pelo Senac e antes eu havia namorado uma pessoa que quando eu sofri esse acidente nem me ligou nem para saber se eu estava viva.
Na verdade ele era um interesseiro porque quando nos conhecemos nem bem tínhamos começado a namorar ele sabendo que eu tinha um beneficio disse que ia fazer aniversário e que queria um celular que tinha de tudo . Eu como já estava apaixonada por ele acabei comprando um similar mais que tinha todos esses acessórios quando eu levei pra ele o celular ele ainda teve a coragem de me dizer que ele queria um moderno pq aquele era de contrabando e se eu não lhe desse ele me falou que me bateria. Então eu terminei com ele pois naquele momento como num filme eu me lembrei de tudo o que havia passado com aquele outro namoro.
E foi graças a Deus que em dois meses para a surpresa de todos e também dos médicos eu já estava conseguindo pisar no chão e andar pois o que normalmente leva de seis a oito meses para acontecer eu levei apenas dois meses. Até os médicos se surpreenderam quando viram que eu já estava andando e então viram o Poder de Deus em minha vida pois segundo a medicina não havia possibilidade de uma pessoa que quebrou o tornozelo em dois lugares estar andando em apenas dois meses.
Então logo já pude voltar para a faculdade e dar continuidade aos meus estudos.
Muito feliz por ter superado cada obstáculo que apareceu em meu caminho.
E com a graça de Deus já estava quase perto da tão sonhada formatura.
Mais certo dia estava muito quente acho que estava cerca de 30 graus de temperatura e eu pensei acho que vou tomar um banho frio para me refrescar.
Só que no banheiro do andar de cima era difícil de mudar a temperatura do chuveiro e então, eu resolvi tomar no banheiro de baixo, mas, neste banheiro haviam tirado a mangueirinha e colocado um pedaço de madeira no caninho.
De modo quando eu liguei o chuveiro esse pedacinho da madeira saiu com a pressão da água.
Então eu fiquei preocupada, pois tinha que dar um jeito de arrumar aquilo porque meu pai não ia gostar nada de ver que não estava do jeito que ele havia deixado.
E qual não foi a péssima ideia que tive de subir em cima da bacia do banheiro.
E quando eu subi já estava quase solucionando o problema quando desiquilibrei e cai batendo a cabeça na parede na mesma hora que começou a sangrar e formou um galo e um coagulo na região do olho.
Então quando a minha família percebeu gravidade do que tinha acontecido pediram ao meu irmão para irmos ao médico.
Chegando lá logo fui atendida pelo médico que falou que eu havia corrido um grande risco de vida porque se tivesse quebrado a bacia do banheiro com os estilhaços poderia até ter morrido e também se tivesse batido a cabeça mais grave poderia ter tido um traumatismo craniano ou coágulos.
Mais Deus me guardou e tive que levar cerca de oito pontos no supercilio pois havia aberto uma parte da pele devido a pancada inchado muito e a região do olho ficado muito roxo.
Mais Deus todo poderoso me restaurou e quando estava chegando o dia da formatura eu já estava bem melhor.
E quando chegou o grande dia eu não me deixei abater fui a cabelereira arrumei o meu cabelo com um penteado bem bonito e fiz uma maquiagem bem bonita para cobrir o hematoma que havia ficado, coloquei um belo vestido e fui com a minha mãe rumo a minha tão esperada formatura.
Afinal foram praticamente quase quatro anos de muita luta dificuldades que foram todas vencidas com a graça de Deus pois sem ele não somos nada.
Mais como sempre encontramos em nossas vidas pessoas que não torcem por nossa felicidade.
Uma certa pessoa chegou a dizer que não acreditava que eu fosse para a formatura acho que devido a minha deficiência que estou superando a cada dia.
Mais não liguei com que essa pessoa falou pois somos mais que vencedores.
Em nossas vidas sempre encontraremos pessoas assim mais não devemos ligar pois Deus é maior que tudo isso e sempre estará do nosso lado.
A festa foi muito linda emocionante e uma grande realização ter recebido o meu diploma agora estava me tornando uma pedagoga.
Fiquei muito emocionada quando recebi quando a professora Solange me deu o meu canudo.
Tiramos várias fotos para que aquele momento ficasse eternizado para sempre tanto em nossa memória da qual jamais sairia mais também no álbum de formaturas o qual fiz questão de adquirir tempos depois para nunca me esquecer que Deus me fez vencer cada adversidade passada e que ele tudo pode basta confiarmos Nele e em nós mesmo.
Pois enquanto há vida há esperança e para tudo há solução só não para a morte.
Agora começaria uma nova etapa em minha vida. Logo consegui uma colocação na educação atuei durante um ano e meio como professora de educação infantil em Osasco.
Gostei muito foi uma ótima experiência mais também muito sacrificante especialmente para pessoas com deficiência como eu pois as crianças exigem muito de você mais não me arrependo amei o tempo que passei com elas.
Mais até mesmo na escola que deveria ser um lugar de pessoas educadas nem sempre é o que acontece nas escolas que eu trabalhei tinha muita gente boa mais também muita gente invejosa e negativa na creche Mario Quintana em que trabalhei havia pessoas assim um certo dia no dia das crianças eu me vesti de palhaça para alegrar meus pequenos alunos e lá havia algumas professoras que acho que não gostaram ficavam a me perseguir as vezes elas saiam de suas salas e vinham querer tirar a minha autoridade sobre os meus alunos mais como sempre Deus sempre esteve e está em minha vida elas acabavam pedindo remoção para outra escola.
Tempos depois tive que ser removida para uma escola aqui perto de casa e lá também encontrei muitas provações como quedas e umas professoras que me perseguiam .Uma que trabalhava em minha sala me dizia que não devia estar ali que não sabia porque a prefeitura tinha me contratado coisas assim.Especialmente também de eu ter sofrido algumas quedas coisas comuns a pessoas com deficiência.
Uma delas foi num passeio que fui junto com as crianças e fomos correr para nos proteger da chuva mais graças a Deus não aconteceu nada grave comigo e principalmente com as crianças.
Certo dia a nossa colega de trabalho tinha faltado e por conta dessas quedas que eu já havia sofrido eu não podia fazer esforços e uma criança fazendo birra acabou fazendo as necessidades no chão e aquela professora a discriminava porque seus pais eram pessoas humildes porque trabalhava com recicláveis então ela pegou essa criança com uma brutalidade e saiu a sacudindo ate o banheiro fiquei horrorizada com tudo aquilo e então por conta disso algumas delas ficavam com muita raiva pois achavam que eu era privilegiada pelas diretoras. Certo dia também uma professora foi pedir papel higiênico na minha sala e enquanto eu fui pegar e a outra professora fazia a agenda das crianças a professora que foi pedir o papel não viu que uma criança estava com dedo no portão e fechou o portão no dedo dela e sua unha caiu na hora ficamos todos desesperados mais tivemos ate que assinar uma ocorrência mais graças a Deus sua família entendeu e não nos processou.
Havia uma outra professora nesta instituição que parecia se sentir incomodada com a minha deficiência ficava me perseguindo dizendo que eu tinha que ir na igreja Universal para curar as minhas pernas eu falei a ela se ela estava incomodada como minha deficiência e que eu já tinha minha religião e não iriam a lugar algum. Mais com o tempo essa professora que parecia ter problemas psicológicos pois ela morava sozinha e tinha cerca de quarenta gatos esse não seria problema algum se não fosse a sua falta de higiene e principalmente porque trabalhava no berçário e um certo dia ela chegou a insinuar para um pai que o seu filho vinha cheirando urina de gato e por causa disso no outro dia a mãe do bebê foi a escola e pediu que ela fosse removida para outra escola e assim eu também quando terminou o meu contrato eu também encerrei este ciclo na minha vida foi uma ótima experiência mais eu vi que aquilo não era para mim e sim a aréa da da saúde.
Mais o meu sonho desde que renasci como uma Fênix para vida sempre foi se dedicar as pessoas especialmente na área da saúde. Pois assim como Deus através dos médicos salvou a minha vida quero fazer o mesmo para os outros.
Então em 2016 fui em busca de um sonho fiz o vestibular, passei e comecei a fazer a faculdade de Biomedicina na Faculdade das Américas.
Quando saia do serviço ia direto para a faculdade que ficava na Paulista.
As vezes chegava muito atrasada e não achava lugar para sentar de tão cheia que era a sala.
Cerca vez me acidentei na rua Augusta quando estava indo e fiquei com o queixo sangrando fui para a faculdade e não tive nem um auxilio deste lugar de primeiros socorros.
Tanto que depois tive que desistir de estudar lá por esses motivos e tantos outros como a distância também.
Mais não havia desistido do meu sonho então em 2017 eu pesquisei onde teria esse curso em um lugar que fosse próximo.
Então eu vi que na Universidade Paulista do Alphaville tinha e não era muito longe da minha casa.
Então em fevereiro do ano de 2017 eu recomecei os meus estudos era um sonho que eu estava realizando já me via e me imaginava e me imagino na dedicação ao meu próximo.
Sinto que eu nasci para servir. Mais quando eu pensava estar tudo bem-estava estudando e muito feliz sofri um grande baque da vida.
Pois quando chegou o tempo de eu receber o meu benefício senti que havia algo errado pois ainda não havia caído nada em minha conta.
Então fomos no INSS e fiquei sabendo que haviam suspendido o meu salário.
E que eu teria que recorrer ao INSS. E por este motivo mais uma vez os meus sonhos estavam indo por água abaixo pois não teria como pagar os meus estudos e infelizmente teria que tranca- lo.
Cheguei a recorrer contratando um advogado mais até agora não obtive respostas mais sei que Deus está comigo e vencerei mais esta batalha assim como venci todas as outras.
Pois se Deus me abençoou e me ajudou até aqui sei que me continuará me ajudando pois nada pode abalar a nossa fé e principalmente o Poder de Deus.
Por que se Deus é por nós quem será contra nós. Adeterminação ninguém pode tirar.
Pois todos nós somos capazes inclusive nós que possuímos alguma limitação mais perante Deus somos todos iguais e Deus nos dá cada vez mais forças para lutar pelos nossos objetivos neste mundo enquanto há vida há Esperança não há nada que o nosso Deus não possa fazer a bíblia fala que se resistimos as provações e o inimigo ele fugirá dos nossos caminhos.
Eu não sei o que você está passando neste momento se é uma doença ou desemprego mais quero te dizer que tudo isso vai passar por que somente o Poder de Deus é Eterno e para tudo há uma solução pois então creia e confie e tudo se resolverá e todos os nossos sonhos se tornarão realidade.
Tenho certeza que os meus sonhos se tornarão realidade e que eu não estou aqui neste mundo à toa Deus tem um propósito na vida de cada um de nós eu acredito muito nisso pois a fé é o que nos move todos os dias.
Por isso eu me espelho sempre primeiramente em Deus e depois naquelas pessoas determinadas como eu deficientes ou não que passaram por lutas e dificuldades mais que viram a luz no fim do túnel e o sol brilhar em suas vidas.
Uma das pessoas com deficiência em que me inspiro é o físico teórico Stephen Hawking que mesmo com suas limitações foi um dos mais consagrados cientistas que já houve em todos os tempos.
Pois mesmo com suas limitações ele não se entregou e deixou o seu legado para todos nós com seus estudos cienfícos.
Também em nosso país temos diversas personalidades que superaram os seus limites.
Temos a inspiradora história de superação do maestro João Carlos Martins que mesmo com sua limitação não se deixou abater pelas circunstâncias da vida mesmo sem poder tocar piano tão bem como fazia passou a reger uma orquestra como ninguém.
Temos também a história dos pintores de pés e boca que mesmo tendo nascido com limitações jamais se entregaram e pintam seus quadros divinamente.
Temos também o grande exemplo de fé e determinação da ginasta brasileira Laís Souza que mesmo após sofrer um grave acidente segue lutando dia após dia pela sua recuperação.
Outro grande exemplo de fé e determinação é o da deputada Mara Gabrilii que após sofrer um acidente automobilístico nos mostra uma grande lição de vida através do seu trabalho como deputada na Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SEPED). Pois ela está sempre na luta por todas as pessoas com deficiência.
E tantos outros pacientes da AACD e cada uma dessas pessoas merecem nossas homenagens e agradecimentos por nos mostra que jamais devemos desistir dos nossos sonhos e sim lutar todos os dias pois Deus sempre estará do nosso lado nos ajudando a realizar nossos sonhos.
Por isso eu sigo perseguindo os meus sonhos e já me vejo muito em breve formada e ajudando os meus futuros pacientes assim como eu fui ajudada primeiro por Deus segundos pelos médicos que foram usados por ele.
Nasci em 1977 na cidade de Osasco. Quando estava chegando a hora de eu nascer minha mãe foi levada para o antigo hospital das Damas.
Chegando lá não havia médicos somente enfermeiras e elas não supervisionaram o meu nascimento.
Somente quando eu estava nascendo elas apareceram, para auxiliar minha mãe.
E então após algumas complicações eu nasci. Mas devido eu ter engolido sujeira do parto quando eu tinha por volta de três meses de vida tive uma febre muito alta que desencadeou convulsões.
A partir daí comecei a fazer tratamento para epilepsia. Até os nove anos de idade tive várias convulsões. Muita delas o meu pai tinha que sair de pijamas para me socorrer, pois senão fosse socorrida a tempo poderia morrer.
Quando eu já estava no segundo ano do primário, como eu tinha esse diagnóstico era preciso falar para as professoras e a diretora da escola para que elas ficassem cientes da minha limitação.
Mas ao descobrirem as crianças e adolescentes da minha escola naquela época, começaram a me discriminar e sofrer bulling, e me chamavam de doida por desconhecer a epilepsia.
Por causa da epilepsia até escondia dos rapazes que eu tinha essa doença por causa do preconceito pois achava que dificilmente alguém aceitaria uma pessoa com esta doença. Quando eu tinha catorze anos tive meu primeiro beijo com um vizinho gostei muito dele durante mais de cinco anos mais ele bebia muito e por isso não deu certo e então ele foi embora para o norte.
Sofria muito com tudo isso. Além disso também tinha muitas dificuldades de aprendizagem. Mas mesmo com esta dificuldade e sofrer bulling eu não desistia. Com isso cheguei a repetir várias vezes por causa da matemática, duas vezes na segunda série e duas na terceira série e por causa disso meninos repetentes bem mais velhos que nós que estavam na minha classe até batiam nas meninas e as professoras nada faziam para nos defender.
Tinha muitas dificuldades em matemática, as vezes estudava para a prova a noite e quando chegava o dia seguinte acabava esquecendo tudo. Com dezessete anos após uma consulta com a neurologista e ter feito um eletroencefalograma tive alta dos remédios, mas também devido a eu ter dito a ela quando ela perguntou se eu ainda tinha algum sintoma. Na verdade, eu tinha tonturas ainda, esse era um dos sintomas prévios de uma possível crise, mas, eu disse isso porque sempre que chegava as festas de final de ano não podia celebrar com meus familiares devido as medicações que tomava.
Mas mesmo assim eu nunca desisti, nem saí da escola. Com a ajuda de Deus e minha força de vontade consegui terminar o ginásio com dezenove anos.
Quando eu tinha vinte anos de idade fiz o primeiro colegial. No ano seguinte fiz supletivo para terminar o colegial e então com vinte e dois anos conseguir terminar meus estudos.
Então no ano de 1997 comecei a procurar emprego mais era muito difícil arrumar um trabalho pois apesar de eu ter colegial completo eu não tinha experiência e não tinha essas oportunidades que os jovens tem hoje mais graças a uma amiga da minha cunhada que me disse para eu ir a Nobel fazer uma ficha eu consegui um emprego mais como sempre em todo o lugar sempre existem pessoas invejosas que querem nos humilhar uma funcionária que já estava lá a mais tempo que eu deixava de fazer o serviço dela para ir na minha máquina me importunar. Mais Deus não nos desampara ninguém e ele tudo vê eu fui mandada embora três meses depois mais ela também foi meses antes de mim por isso nunca devemos pisar em ninguém mais ser humildes sempre. No ano de 1998 comecei a namorar uma pessoa que meus pais sentiam que ele era muito estranho pois ia pouco lá em casa e sempre dava desculpas. Eu o conheci através de uma rádio, por carta, quando marcamos de nos conhecer no Memorial da América Latina parecia que já não era para ser porque eu quase não encontrei.
E quando eu o encontrei não era nada daquilo que eu havia imaginado, pensava que aquela seria a primeira e a última vez que eu o encontraria. Depois de alguns dias ele me ligou e não sei o que aconteceu que eu ainda quis encontra- ló novamente.
Ele me levou a sua casa para conhecer a sua família que pareciam ser boas pessoas. Me tratavam bem quando ia lá.
Quando foi no ano de 1999 para 2000 aconteceu que, o meu pai sofreu um atentado contra sua vida.
E precisamos ir embora de Osasco. Então nos mudamos para Bady
Bassit interior de São Paulo. Como lá não tinha telefone fixo e continuávamos namorando ele me enviava cartas para nos comunicarmos. Mas como eu havia falado que ele era muito estranho, como ele ia pouco a nossa cidade e enviava cartas e as vezes nos falamos pelo orelhão ele começou a culpar minha família pelo “sumiço” das cartas que ele disse haver mandado.
Certa vez quando ia a esse orelhão, que era perto de casa comecei a ser perseguida por um homem estranho com seu fusca, que ficava a me vigiar toda vez que eu ia lá.
Eu morria de medo pois a cidade era muito vazia durante a semana.
Era chamada cidade dormitório porque a maioria das pessoas que moravam lá trabalhavam em outras cidades.
Passei muito medo até que esse homem foi preso.
Todas as pessoas que conviviam comigo achavam que este namorado não servia para mim, mas eu estava cega. Um certo dia eu estava em casa quando de repente ele apareceu em minha casa com um buquê de flores em uma caixa de papelão levado ao interior de Sp. onde eu morava, após muito tempo sem notícias.
Neste dia eu chorei muito, mas não foi de emoção e sim de medo.
Então pedi ao meu irmão para chamar o meu pai e minha mãe que estava trabalhando no ateliê de costura.
Mas ele era tão persuasivo que me enfeitiçava, me convencia de tal forma que eu nem sei dizer como aquilo era possível. Um dia ele foi no local em que minha mãe trabalhava e uma irmã da igreja em que nós estávamos indo disse que ele era perturbado.
Mais como eu estava apaixonada e era dominada por ele eu não conseguia enxergar nada disso.
Por causa disso eu fazia tudo o que ele queria. Se ele não queria que eu trabalhasse, emagrecesse, eu acatava tudo aquilo que ele falava pois, estava cega a tal ponto que eu fazia não as minhas vontades, mas sim as dele.
Dava mais ouvidos a ele do que a minha família, mas hoje me arrependo disso.
Quando os meus pais chegaram, foram falar com ele e saber porque ele havia sumido.
Ele como sempre inventou um monte de mentiras e me convenceu mais uma vez.
Então continuamos com esse namoro conturbado. Tempos depois nós nos mudamos daquela cidade e fomos morar em Bragança Paulista.
E lá ele também continuava a me comandar. Não querendo que eu trabalhasse, pois dizia que quando viesse a se casar comigo que ele me daria de tudo e não precisaria trabalhar.
Tanto que um dia fiz uma entrevista e passei, mas quando estava para ser chamada ocorreu que um certo dia eu liguei para ele.
Eu havia saído para pagar as contas de casa e ao ligar para ele disse – lhe que estava com muitas saudades, pois havia um tempo que não nos víamos.
E ele então me falou que eu usasse aquele dinheiro para pagar a passagem para nos vermos e eu como apaixonada por ele que eu era acabei fazendo isso. Mais detalhe eu havia saído para pagar as contas de casa para os meus pais.
Então comprei a passagem sai de Bragança Paulista para São Paulo e fui ao seu encontro.
Enquanto isso o tempo passou, e meus pais nem imaginavam que eu não me encontrava em Bragança Paulista.
Eu havia saído de casa as 10:00hs da manhã e quando voltei para casa após termos namorado bastante já era 22:00 horas.
Quando eu cheguei em casa os meus pais estavam furiosos pois, com tanta preocupação especialmente o meu pai que sempre foi muito bravo e com razão.
Então ele começou a me perguntar por onde eu andava e quando eu falei ele ficou ainda mais furioso nesta hora ele falou que iria me dar um corretivo por tê –lo desobedecido.
Mais eu cheia de razão achando que estava certa falei que se ele fizesse isso eu iria embora dali por que esse namorado meu sempre me fazia juras de amor e que se eu quisesse um dia viver com ele seria uma grande felicidade.
Então com o ímpeto da paixão fui em busca do que eu achava ser a minha felicidade.
Mais não foi isso bem isso que aconteceu, pois no começo fui bem recebida por ele mais por sua família nem tanto pois chegaram a me falar que eu havia “caído de paraquedas” em suas vidas.
Mais com o tempo eles “pareciam” ter me aceitado já que namorávamos há 4 anos.
Mais só pareciam mesmo, por que com o tempo eu comecei a conhecer realmente quem eram aquelas pessoas.
Por que como ele trabalhava noite e eu ficava na casa dele com a família. Um certo dia quando eu ia dormir eu ouvi essas pessoas falar mal dele e de mim. Dizendo que não aguentava mais minha presença ali e falava várias coisas sobre nós dois.
Aí no dia seguinte eu decidi contar a ele tudo aquilo mais eu não imaginava o que estaria por vir. Neste dia enquanto conversava com ele nunca imaginaria que houvesse alguém escutando, mas havia.
Em cima da casa dele morava uma mulher que tinha um filho e que quando eu cheguei se sentiu ameaçada pela minha presença. E neste dia os familiares dele não estavam lá, mais ela estava e ouviu tudo o que falávamos.
Quando chegou a noite umas 11:00 ela foi correndo até lá quando todos se preparavam para dormir e contou tudo a mãe dele.
E então a partir desse dia eu tive que passar a noite que era normal e também de dia que era o horário em que ele chegava para dormir. E então ele ordenou que eu não saísse dali de modo algum a não ser quando ele estivesse para que não “ arrumasse encrencas”.
E então eu tinha que dormir à noite enquanto ele trabalhava e de dia quando ele voltava para dormir (só que não dormíamos juntos pois a mãe dele não permitia) só podia dormir um para cima e o outro pra baixo e não do mesmo lado.
Quando era hora das refeições eles não me deixavam comer junto com eles e ele me levava a comida no quarto já que não me deixavam circular pela casa. As vezes passava até nove horas sem comer nada.
Todas necessidades diárias como tomar banho por exemplo eu só fazia quando me permitiam e ele estava lá.
Passava as noites chorando sentindo saudades dos meus pais e arrependida de não tê –los obedecido.
Quando eles ligavam eles ficavam do meu lado e me obrigavam a dizer que estava tudo bem como se não estivesse acontecendo nada.
Um dia comecei a passar mal, e ele me levou no Santa Marcelina no pneumologista particular que disse que eu precisaria fazer um tratamento para os pulmões pois era um problema delicado. Mas ao sairmos dali não houve tratamento algum nem um remédio sequer.
Quando ele queria ficar a sós comigo para ter alguma intimidade eu era levada para outra casa uma casa vazia que ficava próxima a da vó dele.
E eu era obrigada a fazer o que ele mandava ou ele dizia que se não o obedecesse pagaria por isso. Quando voltávamos, ficava no mesmo quarto do mesmo jeito sem poder sair. Não podia ir embora porque era vigiada para que não saísse nem na rua e também porque não tinha dinheiro.
Um dia minha mãe ligou e a mãe dele falou que ela teria que ressarcir o dinheiro que ela havia gasto nesta consulta do pneumologista mais, minha mãe lhe disse que ela não tinha que pagar nada já que ele que havia me chamado para “viver” com ele.
Mais isso porque ela nem imaginava o que eu estava passando.
Certo dia quando todos saíram a mãe dele as irmãs, e ele e o irmão estavam no terraço resolvi aproveitar a situação para fazer uma ligação.
Liguei para minha melhor amiga pois já não aguentava mais sem ter com quem falar porque nem elas (mãe e as irmãs) e muito menos eles não queriam saber de mim a não ser para me ofender e me maltratar.
E nesta ligação contei a ela tudo que eu estava passando, que passava até nove horas sem comer, não podia sair a não ser quando ele queria se aproveitar e se não obedecesse pagaria “ele desceria o braço em mim”e também quando alguém me ligava tinha que falar que estava tudo bem.
Eu só não contava que alguém estava ouvindo tudo o que eu falava as escondidas.
Era a mesma mulher que havia ouvido nossa conversa na outra vez.
E então quando chegou a noite ela tratou de ir correndo contar a mãe dele tudo o que ela havia ouvido.
A mãe dele ficou furiosa após ouvir tudo e disse a ele que no dia seguinte ele teria que dar um jeito mais ela não me queria mais ali.
E então graças a Deus que usou essa mulher ele me libertou e me mandou embora daquele tormento me levando para a rodoviária do Tiete mais antes mandou eu ligar para minha amiga para ver se ela podia me ajudar deixando que eu ficasse uns dias em sua casa ate poder entrar em contato com meus pais em Bragança Paulista.
E então graças a Deus eu fiquei livre pois poderia ter morrido naquele lugar e então eu fiquei alguns dias na minha amiga.
Pedi perdão aos meus pais até que Graças a Deus eles me perdoaram e eu pude voltar para minha casa.
Mais pouco tempo depois comecei a me sentir mal. Tinha fortes dores de cabeça que não passavam de maneira nenhuma.
Fui ao médico do hospital universitário de Bragança que pediu que eu fizesse uma tomografia na qual que para nossa surpresa foi constatada que eu estava com Hidrocefalia. O estranho é que quando bebê após passar a hora de nascer eu tive epilepsia e minha mãe nunca ficou sabendo da possibilidade de hidrocefalia até mesmo os médicos da Husf estranharam chegando a dizer dizendo que isso não dá em uma pessoa adulta a não ser que esta tenha sido agredida com uma forte pancada na cabeça o que leva a pensar sobre tudo o que eu sofri antes mais tudo isso é e será um mistério porque se fui agredida na cabeça não me lembro de nada.
Quando foi em meados de novembro de 2002 tive que passar por uma cirurgia para colocação de uma válvula ventrículo peritoneal (DVP).
A cirurgia foi bem-sucedida, passei alguns meses bem até saia pela cidade para vender produtos de beleza. Após um ano de cirurgia, de repente comecei a ter desmaios por onde andava quando ia entregar os produtos.
Graças a Deus sempre havia uma alma boa que me socorria e o impressionante também é que não levavam minhas coisas.
Então começamos a achar que havia algo errado já que isso estava ocorrendo com uma certa frequência.
Fui ao médico para saber o porquê estava acontecendo aquilo e se estava tudo bem com a cirurgia.
Então ele pediu que eu fizesse alguns exames e neles foi constatado que teria que fazer uma nova cirurgia pois o motivo dos meus desmaios era que a minha válvula estava entupida. E marcaram a cirurgia em novembro de 2003. Mais nesta cirurgia após ter sido realizada a troca da válvula ocorreu que poucos dias depois da sua colocação apareceu um hematoma subdural em minha cabeça(uma hemorragia) que teve que ser realizada uma cirurgia para retirada do hematoma subdural.
Então após uma pequena perfuração para que houvesse a drenagem do excesso do sangue os médicos colocaram uma luva cirúrgica ligada ao pequeno orifício que eles haviam aberto em meu cérebro para que com o ar a luva se enchesse de sangue.
Na verdade era o que se esperava que acontecesse, mas quando os médicos chegaram a enfermaria em que eu estava qual foi a surpresa dos médicos quando eles viram que a luva que antes estava cheia de sangue agora se encontrava vazia para onde teria ido todo aquele sangue? O que teria acontecido?
Quando ainda estava no hospital tive que passar por mais um obstáculo, pois um certo dia eu vim a passar muito mal após ter me alimentado e ao ir dormir tive complicações digestivas que me levaram a ter uma parada cardiorrespiratória devido eu ter sofrido engasgos naquela hora foi preciso o uso de desfibrilador e até balão de oxigênio.
Foram momentos muitos difíceis, pois neste dia minha mãe que era minha acompanhante não se encontrava comigo pois tinha ido descansar já que estava há vários dias ali comigo.
E teve que ser chamada às pressas pois eles lhe disseram que nem sabiam como eu ainda estava viva depois de ter passado por tudo aquilo só mesmo um milagre poderia explicar tal façanha.
Com o tempo graças a Deus fui melhorando e tive alta. Fui melhorando aos poucos, mais de repente comecei a notar que a minha coordenação motora havia mudado.
Estava mais lenta, com mais dificuldade para caminhar. Em dezembro de 2003 nos mudamos para Carapicuíba, através do posto de saúde consegui ser encaminhada para o Hospital das Clínicas onde faço tratamento até hoje no Ambulatório de hidrodinâmica com o Doutor Fernando Campos Gomes Pinto
e sua equipe. Mais foi na AACD que eu descobri o que estava acontecendo com minha coordenação motora a equipe de médicos que me atendeu e a fisiatra através de exames descobri que estava com Hemiparesia devido a uma lesão encefálica adquirida decorrente da cirurgia de hidrocefalia.
Após essa descoberta comecei a fazer fisioterapia na AACD. Um lugar maravilhoso que foi de suma importância na minha vida.
E quando eu já estava bem melhor após a reabilitação da AACD eu me propus em forma de agradecimento a ser voluntária na unidade de Osasco como recepcionista, lá eu entregava senhas aos pacientes e levava os prontuários para os médicos fiquei lá por mais de um ano.
Pois quando eu adquiri essa deficiência fiquei revoltada e tive até depressão tentando até mesmo tirar a minha própria vida de várias formas e em uma delas o médico até me fez passar a noite pressa em uma enfermaria com uma paciente esquizofrênica que estava até algemada mais Deus não permitiu que o Inimigo acabasse com a minha vida. Mais a partir do momento em que conheci a AACD e aqueles pacientes iluminados que passei a perguntar a mim mesma o porquê daqueles sentimentos tão mesquinhos pois, aqueles pacientes tinham deficiências mais severas que a minha e mesmo assim não deixavam de sorrir e então como por um milagre pouco a pouco fui recuperando a minha autoestima.
E dei a volta por cima porque naquele momento vi que tudo era possível.
Especialmente quando a gente acredita em Deus e também em nós mesmos e principalmente paramos de dar ouvidos as pessoas negativas que só querem nos ver derrotados.
Mais não devemos nos deixar abater por nada seja qual for as circunstancias em nossas vidas pois tudo passa.
E foi assim que eu considero que venci pouco a pouco os obstáculos da minha vida.
E então um dia fiquei sabendo que haveria vestibular em uma faculdade perto de casa.
E resolvi me inscrever para prestar o vestibular. Fiz a prova e para minha felicidade fui aprovada em Letras.
Um curso que também mora em meu coração pois, como eu sempre gostei de escrever resolvi unir o útil ao agradável.
Pois o universo das palavras sempre me encantou é através dela que expressamos o que está em nossos corações.
Então no início do ano de 2010 comecei a minha faculdade na antiga faculdade Uniban hoje Anhanguera. No mesmo ano descobri que estava com um tumor ósseo o qual era benigno fiz e a cirurgia que ocorreu tudo bem e pude continuar o meu sonho.
Encontrei várias pessoas que já conhecia e também fiz várias outras amizades. Foi muito bom para mim estava realizando um sonho.
De me tornar uma ótima profissional e também uma escritora de sucesso.
Mais um dia meu pai me falou que eu teria de mudar para o horário da manhã porque estava chegando muito tarde. Pois eu chegava por volta da meia noite.
Porque a aula acabava as dez e meia e eu pegava duas conduções para chegar em casa e quando chegava já era meia noite além de ser muito tarde também era muito perigoso andar sozinha a essa hora.
Então eu tive que mudar para manhã mais quando eu fui na faculdade para fazer a alteração não havia o mesmo curso que eu estava fazendo a noite naquele horário e então eu tive que mudar para o curso de Pedagogia.
No começo foi difícil me adaptar mais depois acabei gostando até porque sempre gostei de crianças.
Estava empolgada e me sentindo realizada com este universo que estava descobrindo.
Especialmente quando comecei a fazer estágios eu vi que o mesmo amor que eu tinha por aquelas crianças era retribuído por elas.
Quando eu chegava na escola levando o meu material elas sempre queriam me ajudar era a coisa mais linda.
Mais tudo isso acabava por gerar muitos sentimentos ruins por parte de algumas pessoas.
Algumas professoras acabavam se incomodando com o meu jeito de ser, na verdade acho que elas tinham ciúmes dos alunos e não me achar capaz de ser uma boa profissional no futuro.
Mais graças a Deus consegui terminar o meu estágio em paz naquela escola.
Foi muito gratificante poder ensinar as crianças, depois disso também fiz estágios na secretária de educação e na creche do Hospital das Clinicas .
Fiquei muito feliz por poder trabalhar com os bebês e com o maternal pois não há nada mais puro do que as crianças.
Foi uma experiência maravilhosa pois ao mesmo tempo em que eu estava num ambiente educacional também era pertencia ao hospital em que mudou a minha vida para melhor.
Pois Deus usou os médicos para me operar e com isso depois fui melhorando cada vez mais.
Mais quando foi em Outubro de 2011 eu estava indo para faculdade o inimigo quis me pregar uma peça para me derrotar. Eu estava indo quando cai de mal jeito e não sei se forçou alguma coisa na minha válvula, mais para mim não tinha acontecido nada e então continuei o meu destino.
Quando foi outro dia tinha ido a igreja com minha mãe e ao sair eu tropecei e cai na saída da igreja.
Passado um tempo comecei a sentir forte dores na cabeça e também com o tempo comecei a ter dores nos olhos aí minha mãe me disse para eu ir ao pronto socorro.
Chegando lá falei pro médico que eu tinha hidrocefalia e que eu havia caído.
Então ele mandou que eu fizesse uma tomografia quando ele viu o resultado ele disse que eu fosse sem demora ao hospital das Clinicas.
No dia seguinte eu fui ao hospital das Clinicas quando a médica me atendeu e eu entreguei o resultado que o outro médico havia me dado para levar e expliquei a ela tudo o que havia me acontecido, e então ela pediu que eu fizesse alguns testes como olhar para o lado e para cima e não conseguia porque meus olhos estavam parados como os olhos dos deficientes visuais.
E então a médica me pediu uma tomografia e quando o resultado chegou ela viu que a minha válvula estava desconectada e que a minha cabeça estava começando a ficar cheia de agua e com uma seringa que ela inseriu no local da válvula ela extraiu duas seringas cheias de agua.
Em seguida ela já pediu que a minha mãe tratasse dos pais da minha internação que teria que ficar no hospital para a operação.
E então quando foi em outubro de 2011 foi realizada minha cirurgia.
Tive que trancar a faculdade temporariamente enquanto me recuperava.
Enquanto isso permanecia estudando em casa até o meu retorno.
Com a graça de Deus quando eu já estava melhor pude retomar os meus estudos.
Deus estava comigo todo tempo pois sempre tive muita fé nele. Mas quando foi em dezembro de 2011 já havia terminado as provas da faculdade.
E era época de vista de provas, eu não podia faltar estava chovendo muito e minha mãe disse que eu não fosse porque era perigoso e a chuva estava muito forte.
Mais infelizmente eu não ouvi a minha mãe e fui, pouco tempo depois de ter saído eu sofri um acidente caí em uma curva bem em cima da minha perna esquerda.
Fiquei imobilizada sem poder me mexer se não Deus e fosse um vizinho me socorrer não sei o que teria sido de mim.
De repente quando os meus pais viram o moço batendo no portão até se assustaram mais quando viram era eu que tinha me acidentado.
E então eles agradeceram aquele moço e chamaram o meu irmão para irmos para o hospital pois o meu tornozelo estava com uma fratura grave.
E pior que eu quebrei logo o tornozelo esquerdo justamente da perna que me dava sustentação pois eu havia ficado com uma sequela do lado direito chamado hemiparesia.
Ou seja, o lado direito não tinha muita força. E então devido a isso após a cirurgia por não poder usar muletas tive de fazer uso de cadeira de rodas. Mais eu sempre tive fé que aquela provação era por pouco tempo.
Nesta época eu estava fazendo um curso na AACD que era dado pelo Senac e antes eu havia namorado uma pessoa que quando eu sofri esse acidente nem me ligou nem para saber se eu estava viva.
Na verdade ele era um interesseiro porque quando nos conhecemos nem bem tínhamos começado a namorar ele sabendo que eu tinha um beneficio disse que ia fazer aniversário e que queria um celular que tinha de tudo . Eu como já estava apaixonada por ele acabei comprando um similar mais que tinha todos esses acessórios quando eu levei pra ele o celular ele ainda teve a coragem de me dizer que ele queria um moderno pq aquele era de contrabando e se eu não lhe desse ele me falou que me bateria. Então eu terminei com ele pois naquele momento como num filme eu me lembrei de tudo o que havia passado com aquele outro namoro.
E foi graças a Deus que em dois meses para a surpresa de todos e também dos médicos eu já estava conseguindo pisar no chão e andar pois o que normalmente leva de seis a oito meses para acontecer eu levei apenas dois meses. Até os médicos se surpreenderam quando viram que eu já estava andando e então viram o Poder de Deus em minha vida pois segundo a medicina não havia possibilidade de uma pessoa que quebrou o tornozelo em dois lugares estar andando em apenas dois meses.
Então logo já pude voltar para a faculdade e dar continuidade aos meus estudos.
Muito feliz por ter superado cada obstáculo que apareceu em meu caminho.
E com a graça de Deus já estava quase perto da tão sonhada formatura.
Mais certo dia estava muito quente acho que estava cerca de 30 graus de temperatura e eu pensei acho que vou tomar um banho frio para me refrescar.
Só que no banheiro do andar de cima era difícil de mudar a temperatura do chuveiro e então, eu resolvi tomar no banheiro de baixo, mas, neste banheiro haviam tirado a mangueirinha e colocado um pedaço de madeira no caninho.
De modo quando eu liguei o chuveiro esse pedacinho da madeira saiu com a pressão da água.
Então eu fiquei preocupada, pois tinha que dar um jeito de arrumar aquilo porque meu pai não ia gostar nada de ver que não estava do jeito que ele havia deixado.
E qual não foi a péssima ideia que tive de subir em cima da bacia do banheiro.
E quando eu subi já estava quase solucionando o problema quando desiquilibrei e cai batendo a cabeça na parede na mesma hora que começou a sangrar e formou um galo e um coagulo na região do olho.
Então quando a minha família percebeu gravidade do que tinha acontecido pediram ao meu irmão para irmos ao médico.
Chegando lá logo fui atendida pelo médico que falou que eu havia corrido um grande risco de vida porque se tivesse quebrado a bacia do banheiro com os estilhaços poderia até ter morrido e também se tivesse batido a cabeça mais grave poderia ter tido um traumatismo craniano ou coágulos.
Mais Deus me guardou e tive que levar cerca de oito pontos no supercilio pois havia aberto uma parte da pele devido a pancada inchado muito e a região do olho ficado muito roxo.
Mais Deus todo poderoso me restaurou e quando estava chegando o dia da formatura eu já estava bem melhor.
E quando chegou o grande dia eu não me deixei abater fui a cabelereira arrumei o meu cabelo com um penteado bem bonito e fiz uma maquiagem bem bonita para cobrir o hematoma que havia ficado, coloquei um belo vestido e fui com a minha mãe rumo a minha tão esperada formatura.
Afinal foram praticamente quase quatro anos de muita luta dificuldades que foram todas vencidas com a graça de Deus pois sem ele não somos nada.
Mais como sempre encontramos em nossas vidas pessoas que não torcem por nossa felicidade.
Uma certa pessoa chegou a dizer que não acreditava que eu fosse para a formatura acho que devido a minha deficiência que estou superando a cada dia.
Mais não liguei com que essa pessoa falou pois somos mais que vencedores.
Em nossas vidas sempre encontraremos pessoas assim mais não devemos ligar pois Deus é maior que tudo isso e sempre estará do nosso lado.
A festa foi muito linda emocionante e uma grande realização ter recebido o meu diploma agora estava me tornando uma pedagoga.
Fiquei muito emocionada quando recebi quando a professora Solange me deu o meu canudo.
Tiramos várias fotos para que aquele momento ficasse eternizado para sempre tanto em nossa memória da qual jamais sairia mais também no álbum de formaturas o qual fiz questão de adquirir tempos depois para nunca me esquecer que Deus me fez vencer cada adversidade passada e que ele tudo pode basta confiarmos Nele e em nós mesmo.
Pois enquanto há vida há esperança e para tudo há solução só não para a morte.
Agora começaria uma nova etapa em minha vida. Logo consegui uma colocação na educação atuei durante um ano e meio como professora de educação infantil em Osasco.
Gostei muito foi uma ótima experiência mais também muito sacrificante especialmente para pessoas com deficiência como eu pois as crianças exigem muito de você mais não me arrependo amei o tempo que passei com elas.
Mais até mesmo na escola que deveria ser um lugar de pessoas educadas nem sempre é o que acontece nas escolas que eu trabalhei tinha muita gente boa mais também muita gente invejosa e negativa na creche Mario Quintana em que trabalhei havia pessoas assim um certo dia no dia das crianças eu me vesti de palhaça para alegrar meus pequenos alunos e lá havia algumas professoras que acho que não gostaram ficavam a me perseguir as vezes elas saiam de suas salas e vinham querer tirar a minha autoridade sobre os meus alunos mais como sempre Deus sempre esteve e está em minha vida elas acabavam pedindo remoção para outra escola.
Tempos depois tive que ser removida para uma escola aqui perto de casa e lá também encontrei muitas provações como quedas e umas professoras que me perseguiam .Uma que trabalhava em minha sala me dizia que não devia estar ali que não sabia porque a prefeitura tinha me contratado coisas assim.Especialmente também de eu ter sofrido algumas quedas coisas comuns a pessoas com deficiência.
Uma delas foi num passeio que fui junto com as crianças e fomos correr para nos proteger da chuva mais graças a Deus não aconteceu nada grave comigo e principalmente com as crianças.
Certo dia a nossa colega de trabalho tinha faltado e por conta dessas quedas que eu já havia sofrido eu não podia fazer esforços e uma criança fazendo birra acabou fazendo as necessidades no chão e aquela professora a discriminava porque seus pais eram pessoas humildes porque trabalhava com recicláveis então ela pegou essa criança com uma brutalidade e saiu a sacudindo ate o banheiro fiquei horrorizada com tudo aquilo e então por conta disso algumas delas ficavam com muita raiva pois achavam que eu era privilegiada pelas diretoras. Certo dia também uma professora foi pedir papel higiênico na minha sala e enquanto eu fui pegar e a outra professora fazia a agenda das crianças a professora que foi pedir o papel não viu que uma criança estava com dedo no portão e fechou o portão no dedo dela e sua unha caiu na hora ficamos todos desesperados mais tivemos ate que assinar uma ocorrência mais graças a Deus sua família entendeu e não nos processou.
Havia uma outra professora nesta instituição que parecia se sentir incomodada com a minha deficiência ficava me perseguindo dizendo que eu tinha que ir na igreja Universal para curar as minhas pernas eu falei a ela se ela estava incomodada como minha deficiência e que eu já tinha minha religião e não iriam a lugar algum. Mais com o tempo essa professora que parecia ter problemas psicológicos pois ela morava sozinha e tinha cerca de quarenta gatos esse não seria problema algum se não fosse a sua falta de higiene e principalmente porque trabalhava no berçário e um certo dia ela chegou a insinuar para um pai que o seu filho vinha cheirando urina de gato e por causa disso no outro dia a mãe do bebê foi a escola e pediu que ela fosse removida para outra escola e assim eu também quando terminou o meu contrato eu também encerrei este ciclo na minha vida foi uma ótima experiência mais eu vi que aquilo não era para mim e sim a aréa da da saúde.
Mais o meu sonho desde que renasci como uma Fênix para vida sempre foi se dedicar as pessoas especialmente na área da saúde. Pois assim como Deus através dos médicos salvou a minha vida quero fazer o mesmo para os outros.
Então em 2016 fui em busca de um sonho fiz o vestibular, passei e comecei a fazer a faculdade de Biomedicina na Faculdade das Américas.
Quando saia do serviço ia direto para a faculdade que ficava na Paulista.
As vezes chegava muito atrasada e não achava lugar para sentar de tão cheia que era a sala.
Cerca vez me acidentei na rua Augusta quando estava indo e fiquei com o queixo sangrando fui para a faculdade e não tive nem um auxilio deste lugar de primeiros socorros.
Tanto que depois tive que desistir de estudar lá por esses motivos e tantos outros como a distância também.
Mais não havia desistido do meu sonho então em 2017 eu pesquisei onde teria esse curso em um lugar que fosse próximo.
Então eu vi que na Universidade Paulista do Alphaville tinha e não era muito longe da minha casa.
Então em fevereiro do ano de 2017 eu recomecei os meus estudos era um sonho que eu estava realizando já me via e me imaginava e me imagino na dedicação ao meu próximo.
Sinto que eu nasci para servir. Mais quando eu pensava estar tudo bem-estava estudando e muito feliz sofri um grande baque da vida.
Pois quando chegou o tempo de eu receber o meu benefício senti que havia algo errado pois ainda não havia caído nada em minha conta.
Então fomos no INSS e fiquei sabendo que haviam suspendido o meu salário.
E que eu teria que recorrer ao INSS. E por este motivo mais uma vez os meus sonhos estavam indo por água abaixo pois não teria como pagar os meus estudos e infelizmente teria que tranca- lo.
Cheguei a recorrer contratando um advogado mais até agora não obtive respostas mais sei que Deus está comigo e vencerei mais esta batalha assim como venci todas as outras.
Pois se Deus me abençoou e me ajudou até aqui sei que me continuará me ajudando pois nada pode abalar a nossa fé e principalmente o Poder de Deus.
Por que se Deus é por nós quem será contra nós. Adeterminação ninguém pode tirar.
Pois todos nós somos capazes inclusive nós que possuímos alguma limitação mais perante Deus somos todos iguais e Deus nos dá cada vez mais forças para lutar pelos nossos objetivos neste mundo enquanto há vida há Esperança não há nada que o nosso Deus não possa fazer a bíblia fala que se resistimos as provações e o inimigo ele fugirá dos nossos caminhos.
Eu não sei o que você está passando neste momento se é uma doença ou desemprego mais quero te dizer que tudo isso vai passar por que somente o Poder de Deus é Eterno e para tudo há uma solução pois então creia e confie e tudo se resolverá e todos os nossos sonhos se tornarão realidade.
Tenho certeza que os meus sonhos se tornarão realidade e que eu não estou aqui neste mundo à toa Deus tem um propósito na vida de cada um de nós eu acredito muito nisso pois a fé é o que nos move todos os dias.
Por isso eu me espelho sempre primeiramente em Deus e depois naquelas pessoas determinadas como eu deficientes ou não que passaram por lutas e dificuldades mais que viram a luz no fim do túnel e o sol brilhar em suas vidas.
Uma das pessoas com deficiência em que me inspiro é o físico teórico Stephen Hawking que mesmo com suas limitações foi um dos mais consagrados cientistas que já houve em todos os tempos.
Pois mesmo com suas limitações ele não se entregou e deixou o seu legado para todos nós com seus estudos cienfícos.
Também em nosso país temos diversas personalidades que superaram os seus limites.
Temos a inspiradora história de superação do maestro João Carlos Martins que mesmo com sua limitação não se deixou abater pelas circunstâncias da vida mesmo sem poder tocar piano tão bem como fazia passou a reger uma orquestra como ninguém.
Temos também a história dos pintores de pés e boca que mesmo tendo nascido com limitações jamais se entregaram e pintam seus quadros divinamente.
Temos também o grande exemplo de fé e determinação da ginasta brasileira Laís Souza que mesmo após sofrer um grave acidente segue lutando dia após dia pela sua recuperação.
Outro grande exemplo de fé e determinação é o da deputada Mara Gabrilii que após sofrer um acidente automobilístico nos mostra uma grande lição de vida através do seu trabalho como deputada na Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SEPED). Pois ela está sempre na luta por todas as pessoas com deficiência.
E tantos outros pacientes da AACD e cada uma dessas pessoas merecem nossas homenagens e agradecimentos por nos mostra que jamais devemos desistir dos nossos sonhos e sim lutar todos os dias pois Deus sempre estará do nosso lado nos ajudando a realizar nossos sonhos.
Por isso eu sigo perseguindo os meus sonhos e já me vejo muito em breve formada e ajudando os meus futuros pacientes assim como eu fui ajudada primeiro por Deus segundos pelos médicos que foram usados por ele.
Nasci em 1977 na cidade de Osasco. Quando estava chegando a hora de eu nascer minha mãe foi levada para o antigo hospital das Damas.
Chegando lá não havia médicos somente enfermeiras e elas não supervisionaram o meu nascimento.
Somente quando eu estava nascendo elas apareceram, para auxiliar minha mãe.
E então após algumas complicações eu nasci. Mas devido eu ter engolido sujeira do parto quando eu tinha por volta de três meses de vida tive uma febre muito alta que desencadeou convulsões.
A partir daí comecei a fazer tratamento para epilepsia. Até os nove anos de idade tive várias convulsões. Muita delas o meu pai tinha que sair de pijamas para me socorrer, pois senão fosse socorrida a tempo poderia morrer.
Quando eu já estava no segundo ano do primário, como eu tinha esse diagnóstico era preciso falar para as professoras e a diretora da escola para que elas ficassem cientes da minha limitação.
Mas ao descobrirem as crianças e adolescentes da minha escola naquela época, começaram a me discriminar e sofrer bulling, e me chamavam de doida por desconhecer a epilepsia.
Por causa da epilepsia até escondia dos rapazes que eu tinha essa doença por causa do preconceito pois achava que dificilmente alguém aceitaria uma pessoa com esta doença. Quando eu tinha catorze anos tive meu primeiro beijo com um vizinho gostei muito dele durante mais de cinco anos mais ele bebia muito e por isso não deu certo e então ele foi embora para o norte.
Sofria muito com tudo isso. Além disso também tinha muitas dificuldades de aprendizagem. Mas mesmo com esta dificuldade e sofrer bulling eu não desistia. Com isso cheguei a repetir várias vezes por causa da matemática, duas vezes na segunda série e duas na terceira série e por causa disso meninos repetentes bem mais velhos que nós que estavam na minha classe até batiam nas meninas e as professoras nada faziam para nos defender.
Tinha muitas dificuldades em matemática, as vezes estudava para a prova a noite e quando chegava o dia seguinte acabava esquecendo tudo. Com dezessete anos após uma consulta com a neurologista e ter feito um eletroencefalograma tive alta dos remédios, mas também devido a eu ter dito a ela quando ela perguntou se eu ainda tinha algum sintoma. Na verdade, eu tinha tonturas ainda, esse era um dos sintomas prévios de uma possível crise, mas, eu disse isso porque sempre que chegava as festas de final de ano não podia celebrar com meus familiares devido as medicações que tomava.
Mas mesmo assim eu nunca desisti, nem saí da escola. Com a ajuda de Deus e minha força de vontade consegui terminar o ginásio com dezenove anos.
Quando eu tinha vinte anos de idade fiz o primeiro colegial. No ano seguinte fiz supletivo para terminar o colegial e então com vinte e dois anos conseguir terminar meus estudos.
Então no ano de 1997 comecei a procurar emprego mais era muito difícil arrumar um trabalho pois apesar de eu ter colegial completo eu não tinha experiência e não tinha essas oportunidades que os jovens tem hoje mais graças a uma amiga da minha cunhada que me disse para eu ir a Nobel fazer uma ficha eu consegui um emprego mais como sempre em todo o lugar sempre existem pessoas invejosas que querem nos humilhar uma funcionária que já estava lá a mais tempo que eu deixava de fazer o serviço dela para ir na minha máquina me importunar. Mais Deus não nos desampara ninguém e ele tudo vê eu fui mandada embora três meses depois mais ela também foi meses antes de mim por isso nunca devemos pisar em ninguém mais ser humildes sempre. No ano de 1998 comecei a namorar uma pessoa que meus pais sentiam que ele era muito estranho pois ia pouco lá em casa e sempre dava desculpas. Eu o conheci através de uma rádio, por carta, quando marcamos de nos conhecer no Memorial da América Latina parecia que já não era para ser porque eu quase não encontrei.
E quando eu o encontrei não era nada daquilo que eu havia imaginado, pensava que aquela seria a primeira e a última vez que eu o encontraria. Depois de alguns dias ele me ligou e não sei o que aconteceu que eu ainda quis encontra- ló novamente.
Ele me levou a sua casa para conhecer a sua família que pareciam ser boas pessoas. Me tratavam bem quando ia lá.
Quando foi no ano de 1999 para 2000 aconteceu que, o meu pai sofreu um atentado contra sua vida.
E precisamos ir embora de Osasco. Então nos mudamos para Bady
Bassit interior de São Paulo. Como lá não tinha telefone fixo e continuávamos namorando ele me enviava cartas para nos comunicarmos. Mas como eu havia falado que ele era muito estranho, como ele ia pouco a nossa cidade e enviava cartas e as vezes nos falamos pelo orelhão ele começou a culpar minha família pelo “sumiço” das cartas que ele disse haver mandado.
Certa vez quando ia a esse orelhão, que era perto de casa comecei a ser perseguida por um homem estranho com seu fusca, que ficava a me vigiar toda vez que eu ia lá.
Eu morria de medo pois a cidade era muito vazia durante a semana.
Era chamada cidade dormitório porque a maioria das pessoas que moravam lá trabalhavam em outras cidades.
Passei muito medo até que esse homem foi preso.
Todas as pessoas que conviviam comigo achavam que este namorado não servia para mim, mas eu estava cega. Um certo dia eu estava em casa quando de repente ele apareceu em minha casa com um buquê de flores em uma caixa de papelão levado ao interior de Sp. onde eu morava, após muito tempo sem notícias.
Neste dia eu chorei muito, mas não foi de emoção e sim de medo.
Então pedi ao meu irmão para chamar o meu pai e minha mãe que estava trabalhando no ateliê de costura.
Mas ele era tão persuasivo que me enfeitiçava, me convencia de tal forma que eu nem sei dizer como aquilo era possível. Um dia ele foi no local em que minha mãe trabalhava e uma irmã da igreja em que nós estávamos indo disse que ele era perturbado.
Mais como eu estava apaixonada e era dominada por ele eu não conseguia enxergar nada disso.
Por causa disso eu fazia tudo o que ele queria. Se ele não queria que eu trabalhasse, emagrecesse, eu acatava tudo aquilo que ele falava pois, estava cega a tal ponto que eu fazia não as minhas vontades, mas sim as dele.
Dava mais ouvidos a ele do que a minha família, mas hoje me arrependo disso.
Quando os meus pais chegaram, foram falar com ele e saber porque ele havia sumido.
Ele como sempre inventou um monte de mentiras e me convenceu mais uma vez.
Então continuamos com esse namoro conturbado. Tempos depois nós nos mudamos daquela cidade e fomos morar em Bragança Paulista.
E lá ele também continuava a me comandar. Não querendo que eu trabalhasse, pois dizia que quando viesse a se casar comigo que ele me daria de tudo e não precisaria trabalhar.
Tanto que um dia fiz uma entrevista e passei, mas quando estava para ser chamada ocorreu que um certo dia eu liguei para ele.
Eu havia saído para pagar as contas de casa e ao ligar para ele disse – lhe que estava com muitas saudades, pois havia um tempo que não nos víamos.
E ele então me falou que eu usasse aquele dinheiro para pagar a passagem para nos vermos e eu como apaixonada por ele que eu era acabei fazendo isso. Mais detalhe eu havia saído para pagar as contas de casa para os meus pais.
Então comprei a passagem sai de Bragança Paulista para São Paulo e fui ao seu encontro.
Enquanto isso o tempo passou, e meus pais nem imaginavam que eu não me encontrava em Bragança Paulista.
Eu havia saído de casa as 10:00hs da manhã e quando voltei para casa após termos namorado bastante já era 22:00 horas.
Quando eu cheguei em casa os meus pais estavam furiosos pois, com tanta preocupação especialmente o meu pai que sempre foi muito bravo e com razão.
Então ele começou a me perguntar por onde eu andava e quando eu falei ele ficou ainda mais furioso nesta hora ele falou que iria me dar um corretivo por tê –lo desobedecido.
Mais eu cheia de razão achando que estava certa falei que se ele fizesse isso eu iria embora dali por que esse namorado meu sempre me fazia juras de amor e que se eu quisesse um dia viver com ele seria uma grande felicidade.
Então com o ímpeto da paixão fui em busca do que eu achava ser a minha felicidade.
Mais não foi isso bem isso que aconteceu, pois no começo fui bem recebida por ele mais por sua família nem tanto pois chegaram a me falar que eu havia “caído de paraquedas” em suas vidas.
Mais com o tempo eles “pareciam” ter me aceitado já que namorávamos há 4 anos.
Mais só pareciam mesmo, por que com o tempo eu comecei a conhecer realmente quem eram aquelas pessoas.
Por que como ele trabalhava noite e eu ficava na casa dele com a família. Um certo dia quando eu ia dormir eu ouvi essas pessoas falar mal dele e de mim. Dizendo que não aguentava mais minha presença ali e falava várias coisas sobre nós dois.
Aí no dia seguinte eu decidi contar a ele tudo aquilo mais eu não imaginava o que estaria por vir. Neste dia enquanto conversava com ele nunca imaginaria que houvesse alguém escutando, mas havia.
Em cima da casa dele morava uma mulher que tinha um filho e que quando eu cheguei se sentiu ameaçada pela minha presença. E neste dia os familiares dele não estavam lá, mais ela estava e ouviu tudo o que falávamos.
Quando chegou a noite umas 11:00 ela foi correndo até lá quando todos se preparavam para dormir e contou tudo a mãe dele.
E então a partir desse dia eu tive que passar a noite que era normal e também de dia que era o horário em que ele chegava para dormir. E então ele ordenou que eu não saísse dali de modo algum a não ser quando ele estivesse para que não “ arrumasse encrencas”.
E então eu tinha que dormir à noite enquanto ele trabalhava e de dia quando ele voltava para dormir (só que não dormíamos juntos pois a mãe dele não permitia) só podia dormir um para cima e o outro pra baixo e não do mesmo lado.
Quando era hora das refeições eles não me deixavam comer junto com eles e ele me levava a comida no quarto já que não me deixavam circular pela casa. As vezes passava até nove horas sem comer nada.
Todas necessidades diárias como tomar banho por exemplo eu só fazia quando me permitiam e ele estava lá.
Passava as noites chorando sentindo saudades dos meus pais e arrependida de não tê –los obedecido.
Quando eles ligavam eles ficavam do meu lado e me obrigavam a dizer que estava tudo bem como se não estivesse acontecendo nada.
Um dia comecei a passar mal, e ele me levou no Santa Marcelina no pneumologista particular que disse que eu precisaria fazer um tratamento para os pulmões pois era um problema delicado. Mas ao sairmos dali não houve tratamento algum nem um remédio sequer.
Quando ele queria ficar a sós comigo para ter alguma intimidade eu era levada para outra casa uma casa vazia que ficava próxima a da vó dele.
E eu era obrigada a fazer o que ele mandava ou ele dizia que se não o obedecesse pagaria por isso. Quando voltávamos, ficava no mesmo quarto do mesmo jeito sem poder sair. Não podia ir embora porque era vigiada para que não saísse nem na rua e também porque não tinha dinheiro.
Um dia minha mãe ligou e a mãe dele falou que ela teria que ressarcir o dinheiro que ela havia gasto nesta consulta do pneumologista mais, minha mãe lhe disse que ela não tinha que pagar nada já que ele que havia me chamado para “viver” com ele.
Mais isso porque ela nem imaginava o que eu estava passando.
Certo dia quando todos saíram a mãe dele as irmãs, e ele e o irmão estavam no terraço resolvi aproveitar a situação para fazer uma ligação.
Liguei para minha melhor amiga pois já não aguentava mais sem ter com quem falar porque nem elas (mãe e as irmãs) e muito menos eles não queriam saber de mim a não ser para me ofender e me maltratar.
E nesta ligação contei a ela tudo que eu estava passando, que passava até nove horas sem comer, não podia sair a não ser quando ele queria se aproveitar e se não obedecesse pagaria “ele desceria o braço em mim”e também quando alguém me ligava tinha que falar que estava tudo bem.
Eu só não contava que alguém estava ouvindo tudo o que eu falava as escondidas.
Era a mesma mulher que havia ouvido nossa conversa na outra vez.
E então quando chegou a noite ela tratou de ir correndo contar a mãe dele tudo o que ela havia ouvido.
A mãe dele ficou furiosa após ouvir tudo e disse a ele que no dia seguinte ele teria que dar um jeito mais ela não me queria mais ali.
E então graças a Deus que usou essa mulher ele me libertou e me mandou embora daquele tormento me levando para a rodoviária do Tiete mais antes mandou eu ligar para minha amiga para ver se ela podia me ajudar deixando que eu ficasse uns dias em sua casa ate poder entrar em contato com meus pais em Bragança Paulista.
E então graças a Deus eu fiquei livre pois poderia ter morrido naquele lugar e então eu fiquei alguns dias na minha amiga.
Pedi perdão aos meus pais até que Graças a Deus eles me perdoaram e eu pude voltar para minha casa.
Mais pouco tempo depois comecei a me sentir mal. Tinha fortes dores de cabeça que não passavam de maneira nenhuma.
Fui ao médico do hospital universitário de Bragança que pediu que eu fizesse uma tomografia na qual que para nossa surpresa foi constatada que eu estava com Hidrocefalia. O estranho é que quando bebê após passar a hora de nascer eu tive epilepsia e minha mãe nunca ficou sabendo da possibilidade de hidrocefalia até mesmo os médicos da Husf estranharam chegando a dizer dizendo que isso não dá em uma pessoa adulta a não ser que esta tenha sido agredida com uma forte pancada na cabeça o que leva a pensar sobre tudo o que eu sofri antes mais tudo isso é e será um mistério porque se fui agredida na cabeça não me lembro de nada.
Quando foi em meados de novembro de 2002 tive que passar por uma cirurgia para colocação de uma válvula ventrículo peritoneal (DVP).
A cirurgia foi bem-sucedida, passei alguns meses bem até saia pela cidade para vender produtos de beleza. Após um ano de cirurgia, de repente comecei a ter desmaios por onde andava quando ia entregar os produtos.
Graças a Deus sempre havia uma alma boa que me socorria e o impressionante também é que não levavam minhas coisas.
Então começamos a achar que havia algo errado já que isso estava ocorrendo com uma certa frequência.
Fui ao médico para saber o porquê estava acontecendo aquilo e se estava tudo bem com a cirurgia.
Então ele pediu que eu fizesse alguns exames e neles foi constatado que teria que fazer uma nova cirurgia pois o motivo dos meus desmaios era que a minha válvula estava entupida. E marcaram a cirurgia em novembro de 2003. Mais nesta cirurgia após ter sido realizada a troca da válvula ocorreu que poucos dias depois da sua colocação apareceu um hematoma subdural em minha cabeça(uma hemorragia) que teve que ser realizada uma cirurgia para retirada do hematoma subdural.
Então após uma pequena perfuração para que houvesse a drenagem do excesso do sangue os médicos colocaram uma luva cirúrgica ligada ao pequeno orifício que eles haviam aberto em meu cérebro para que com o ar a luva se enchesse de sangue.
Na verdade era o que se esperava que acontecesse, mas quando os médicos chegaram a enfermaria em que eu estava qual foi a surpresa dos médicos quando eles viram que a luva que antes estava cheia de sangue agora se encontrava vazia para onde teria ido todo aquele sangue? O que teria acontecido?
Quando ainda estava no hospital tive que passar por mais um obstáculo, pois um certo dia eu vim a passar muito mal após ter me alimentado e ao ir dormir tive complicações digestivas que me levaram a ter uma parada cardiorrespiratória devido eu ter sofrido engasgos naquela hora foi preciso o uso de desfibrilador e até balão de oxigênio.
Foram momentos muitos difíceis, pois neste dia minha mãe que era minha acompanhante não se encontrava comigo pois tinha ido descansar já que estava há vários dias ali comigo.
E teve que ser chamada às pressas pois eles lhe disseram que nem sabiam como eu ainda estava viva depois de ter passado por tudo aquilo só mesmo um milagre poderia explicar tal façanha.
Com o tempo graças a Deus fui melhorando e tive alta. Fui melhorando aos poucos, mais de repente comecei a notar que a minha coordenação motora havia mudado.
Estava mais lenta, com mais dificuldade para caminhar. Em dezembro de 2003 nos mudamos para Carapicuíba, através do posto de saúde consegui ser encaminhada para o Hospital das Clínicas onde faço tratamento até hoje no Ambulatório de hidrodinâmica com o Doutor Fernando Campos Gomes Pinto
e sua equipe. Mais foi na AACD que eu descobri o que estava acontecendo com minha coordenação motora a equipe de médicos que me atendeu e a fisiatra através de exames descobri que estava com Hemiparesia devido a uma lesão encefálica adquirida decorrente da cirurgia de hidrocefalia.
Após essa descoberta comecei a fazer fisioterapia na AACD. Um lugar maravilhoso que foi de suma importância na minha vida.
E quando eu já estava bem melhor após a reabilitação da AACD eu me propus em forma de agradecimento a ser voluntária na unidade de Osasco como recepcionista, lá eu entregava senhas aos pacientes e levava os prontuários para os médicos fiquei lá por mais de um ano.
Pois quando eu adquiri essa deficiência fiquei revoltada e tive até depressão tentando até mesmo tirar a minha própria vida de várias formas e em uma delas o médico até me fez passar a noite pressa em uma enfermaria com uma paciente esquizofrênica que estava até algemada mais Deus não permitiu que o Inimigo acabasse com a minha vida. Mais a partir do momento em que conheci a AACD e aqueles pacientes iluminados que passei a perguntar a mim mesma o porquê daqueles sentimentos tão mesquinhos pois, aqueles pacientes tinham deficiências mais severas que a minha e mesmo assim não deixavam de sorrir e então como por um milagre pouco a pouco fui recuperando a minha autoestima.
E dei a volta por cima porque naquele momento vi que tudo era possível.
Especialmente quando a gente acredita em Deus e também em nós mesmos e principalmente paramos de dar ouvidos as pessoas negativas que só querem nos ver derrotados.
Mais não devemos nos deixar abater por nada seja qual for as circunstancias em nossas vidas pois tudo passa.
E foi assim que eu considero que venci pouco a pouco os obstáculos da minha vida.
E então um dia fiquei sabendo que haveria vestibular em uma faculdade perto de casa.
E resolvi me inscrever para prestar o vestibular. Fiz a prova e para minha felicidade fui aprovada em Letras.
Um curso que também mora em meu coração pois, como eu sempre gostei de escrever resolvi unir o útil ao agradável.
Pois o universo das palavras sempre me encantou é através dela que expressamos o que está em nossos corações.
Então no início do ano de 2010 comecei a minha faculdade na antiga faculdade Uniban hoje Anhanguera. No mesmo ano descobri que estava com um tumor ósseo o qual era benigno fiz e a cirurgia que ocorreu tudo bem e pude continuar o meu sonho.
Encontrei várias pessoas que já conhecia e também fiz várias outras amizades. Foi muito bom para mim estava realizando um sonho.
De me tornar uma ótima profissional e também uma escritora de sucesso.
Mais um dia meu pai me falou que eu teria de mudar para o horário da manhã porque estava chegando muito tarde. Pois eu chegava por volta da meia noite.
Porque a aula acabava as dez e meia e eu pegava duas conduções para chegar em casa e quando chegava já era meia noite além de ser muito tarde também era muito perigoso andar sozinha a essa hora.
Então eu tive que mudar para manhã mais quando eu fui na faculdade para fazer a alteração não havia o mesmo curso que eu estava fazendo a noite naquele horário e então eu tive que mudar para o curso de Pedagogia.
No começo foi difícil me adaptar mais depois acabei gostando até porque sempre gostei de crianças.
Estava empolgada e me sentindo realizada com este universo que estava descobrindo.
Especialmente quando comecei a fazer estágios eu vi que o mesmo amor que eu tinha por aquelas crianças era retribuído por elas.
Quando eu chegava na escola levando o meu material elas sempre queriam me ajudar era a coisa mais linda.
Mais tudo isso acabava por gerar muitos sentimentos ruins por parte de algumas pessoas.
Algumas professoras acabavam se incomodando com o meu jeito de ser, na verdade acho que elas tinham ciúmes dos alunos e não me achar capaz de ser uma boa profissional no futuro.
Mais graças a Deus consegui terminar o meu estágio em paz naquela escola.
Foi muito gratificante poder ensinar as crianças, depois disso também fiz estágios na secretária de educação e na creche do Hospital das Clinicas .
Fiquei muito feliz por poder trabalhar com os bebês e com o maternal pois não há nada mais puro do que as crianças.
Foi uma experiência maravilhosa pois ao mesmo tempo em que eu estava num ambiente educacional também era pertencia ao hospital em que mudou a minha vida para melhor.
Pois Deus usou os médicos para me operar e com isso depois fui melhorando cada vez mais.
Mais quando foi em Outubro de 2011 eu estava indo para faculdade o inimigo quis me pregar uma peça para me derrotar. Eu estava indo quando cai de mal jeito e não sei se forçou alguma coisa na minha válvula, mais para mim não tinha acontecido nada e então continuei o meu destino.
Quando foi outro dia tinha ido a igreja com minha mãe e ao sair eu tropecei e cai na saída da igreja.
Passado um tempo comecei a sentir forte dores na cabeça e também com o tempo comecei a ter dores nos olhos aí minha mãe me disse para eu ir ao pronto socorro.
Chegando lá falei pro médico que eu tinha hidrocefalia e que eu havia caído.
Então ele mandou que eu fizesse uma tomografia quando ele viu o resultado ele disse que eu fosse sem demora ao hospital das Clinicas.
No dia seguinte eu fui ao hospital das Clinicas quando a médica me atendeu e eu entreguei o resultado que o outro médico havia me dado para levar e expliquei a ela tudo o que havia me acontecido, e então ela pediu que eu fizesse alguns testes como olhar para o lado e para cima e não conseguia porque meus olhos estavam parados como os olhos dos deficientes visuais.
E então a médica me pediu uma tomografia e quando o resultado chegou ela viu que a minha válvula estava desconectada e que a minha cabeça estava começando a ficar cheia de agua e com uma seringa que ela inseriu no local da válvula ela extraiu duas seringas cheias de agua.
Em seguida ela já pediu que a minha mãe tratasse dos pais da minha internação que teria que ficar no hospital para a operação.
E então quando foi em outubro de 2011 foi realizada minha cirurgia.
Tive que trancar a faculdade temporariamente enquanto me recuperava.
Enquanto isso permanecia estudando em casa até o meu retorno.
Com a graça de Deus quando eu já estava melhor pude retomar os meus estudos.
Deus estava comigo todo tempo pois sempre tive muita fé nele. Mas quando foi em dezembro de 2011 já havia terminado as provas da faculdade.
E era época de vista de provas, eu não podia faltar estava chovendo muito e minha mãe disse que eu não fosse porque era perigoso e a chuva estava muito forte.
Mais infelizmente eu não ouvi a minha mãe e fui, pouco tempo depois de ter saído eu sofri um acidente caí em uma curva bem em cima da minha perna esquerda.
Fiquei imobilizada sem poder me mexer se não Deus e fosse um vizinho me socorrer não sei o que teria sido de mim.
De repente quando os meus pais viram o moço batendo no portão até se assustaram mais quando viram era eu que tinha me acidentado.
E então eles agradeceram aquele moço e chamaram o meu irmão para irmos para o hospital pois o meu tornozelo estava com uma fratura grave.
E pior que eu quebrei logo o tornozelo esquerdo justamente da perna que me dava sustentação pois eu havia ficado com uma sequela do lado direito chamado hemiparesia.
Ou seja, o lado direito não tinha muita força. E então devido a isso após a cirurgia por não poder usar muletas tive de fazer uso de cadeira de rodas. Mais eu sempre tive fé que aquela provação era por pouco tempo.
Nesta época eu estava fazendo um curso na AACD que era dado pelo Senac e antes eu havia namorado uma pessoa que quando eu sofri esse acidente nem me ligou nem para saber se eu estava viva.
Na verdade ele era um interesseiro porque quando nos conhecemos nem bem tínhamos começado a namorar ele sabendo que eu tinha um beneficio disse que ia fazer aniversário e que queria um celular que tinha de tudo . Eu como já estava apaixonada por ele acabei comprando um similar mais que tinha todos esses acessórios quando eu levei pra ele o celular ele ainda teve a coragem de me dizer que ele queria um moderno pq aquele era de contrabando e se eu não lhe desse ele me falou que me bateria. Então eu terminei com ele pois naquele momento como num filme eu me lembrei de tudo o que havia passado com aquele outro namoro.
E foi graças a Deus que em dois meses para a surpresa de todos e também dos médicos eu já estava conseguindo pisar no chão e andar pois o que normalmente leva de seis a oito meses para acontecer eu levei apenas dois meses. Até os médicos se surpreenderam quando viram que eu já estava andando e então viram o Poder de Deus em minha vida pois segundo a medicina não havia possibilidade de uma pessoa que quebrou o tornozelo em dois lugares estar andando em apenas dois meses.
Então logo já pude voltar para a faculdade e dar continuidade aos meus estudos.
Muito feliz por ter superado cada obstáculo que apareceu em meu caminho.
E com a graça de Deus já estava quase perto da tão sonhada formatura.
Mais certo dia estava muito quente acho que estava cerca de 30 graus de temperatura e eu pensei acho que vou tomar um banho frio para me refrescar.
Só que no banheiro do andar de cima era difícil de mudar a temperatura do chuveiro e então, eu resolvi tomar no banheiro de baixo, mas, neste banheiro haviam tirado a mangueirinha e colocado um pedaço de madeira no caninho.
De modo quando eu liguei o chuveiro esse pedacinho da madeira saiu com a pressão da água.
Então eu fiquei preocupada, pois tinha que dar um jeito de arrumar aquilo porque meu pai não ia gostar nada de ver que não estava do jeito que ele havia deixado.
E qual não foi a péssima ideia que tive de subir em cima da bacia do banheiro.
E quando eu subi já estava quase solucionando o problema quando desiquilibrei e cai batendo a cabeça na parede na mesma hora que começou a sangrar e formou um galo e um coagulo na região do olho.
Então quando a minha família percebeu gravidade do que tinha acontecido pediram ao meu irmão para irmos ao médico.
Chegando lá logo fui atendida pelo médico que falou que eu havia corrido um grande risco de vida porque se tivesse quebrado a bacia do banheiro com os estilhaços poderia até ter morrido e também se tivesse batido a cabeça mais grave poderia ter tido um traumatismo craniano ou coágulos.
Mais Deus me guardou e tive que levar cerca de oito pontos no supercilio pois havia aberto uma parte da pele devido a pancada inchado muito e a região do olho ficado muito roxo.
Mais Deus todo poderoso me restaurou e quando estava chegando o dia da formatura eu já estava bem melhor.
E quando chegou o grande dia eu não me deixei abater fui a cabelereira arrumei o meu cabelo com um penteado bem bonito e fiz uma maquiagem bem bonita para cobrir o hematoma que havia ficado, coloquei um belo vestido e fui com a minha mãe rumo a minha tão esperada formatura.
Afinal foram praticamente quase quatro anos de muita luta dificuldades que foram todas vencidas com a graça de Deus pois sem ele não somos nada.
Mais como sempre encontramos em nossas vidas pessoas que não torcem por nossa felicidade.
Uma certa pessoa chegou a dizer que não acreditava que eu fosse para a formatura acho que devido a minha deficiência que estou superando a cada dia.
Mais não liguei com que essa pessoa falou pois somos mais que vencedores.
Em nossas vidas sempre encontraremos pessoas assim mais não devemos ligar pois Deus é maior que tudo isso e sempre estará do nosso lado.
A festa foi muito linda emocionante e uma grande realização ter recebido o meu diploma agora estava me tornando uma pedagoga.
Fiquei muito emocionada quando recebi quando a professora Solange me deu o meu canudo.
Tiramos várias fotos para que aquele momento ficasse eternizado para sempre tanto em nossa memória da qual jamais sairia mais também no álbum de formaturas o qual fiz questão de adquirir tempos depois para nunca me esquecer que Deus me fez vencer cada adversidade passada e que ele tudo pode basta confiarmos Nele e em nós mesmo.
Pois enquanto há vida há esperança e para tudo há solução só não para a morte.
Agora começaria uma nova etapa em minha vida. Logo consegui uma colocação na educação atuei durante um ano e meio como professora de educação infantil em Osasco.
Gostei muito foi uma ótima experiência mais também muito sacrificante especialmente para pessoas com deficiência como eu pois as crianças exigem muito de você mais não me arrependo amei o tempo que passei com elas.
Mais até mesmo na escola que deveria ser um lugar de pessoas educadas nem sempre é o que acontece nas escolas que eu trabalhei tinha muita gente boa mais também muita gente invejosa e negativa na creche Mario Quintana em que trabalhei havia pessoas assim um certo dia no dia das crianças eu me vesti de palhaça para alegrar meus pequenos alunos e lá havia algumas professoras que acho que não gostaram ficavam a me perseguir as vezes elas saiam de suas salas e vinham querer tirar a minha autoridade sobre os meus alunos mais como sempre Deus sempre esteve e está em minha vida elas acabavam pedindo remoção para outra escola.
Tempos depois tive que ser removida para uma escola aqui perto de casa e lá também encontrei muitas provações como quedas e umas professoras que me perseguiam .Uma que trabalhava em minha sala me dizia que não devia estar ali que não sabia porque a prefeitura tinha me contratado coisas assim.Especialmente também de eu ter sofrido algumas quedas coisas comuns a pessoas com deficiência.
Uma delas foi num passeio que fui junto com as crianças e fomos correr para nos proteger da chuva mais graças a Deus não aconteceu nada grave comigo e principalmente com as crianças.
Certo dia a nossa colega de trabalho tinha faltado e por conta dessas quedas que eu já havia sofrido eu não podia fazer esforços e uma criança fazendo birra acabou fazendo as necessidades no chão e aquela professora a discriminava porque seus pais eram pessoas humildes porque trabalhava com recicláveis então ela pegou essa criança com uma brutalidade e saiu a sacudindo ate o banheiro fiquei horrorizada com tudo aquilo e então por conta disso algumas delas ficavam com muita raiva pois achavam que eu era privilegiada pelas diretoras. Certo dia também uma professora foi pedir papel higiênico na minha sala e enquanto eu fui pegar e a outra professora fazia a agenda das crianças a professora que foi pedir o papel não viu que uma criança estava com dedo no portão e fechou o portão no dedo dela e sua unha caiu na hora ficamos todos desesperados mais tivemos ate que assinar uma ocorrência mais graças a Deus sua família entendeu e não nos processou.
Havia uma outra professora nesta instituição que parecia se sentir incomodada com a minha deficiência ficava me perseguindo dizendo que eu tinha que ir na igreja Universal para curar as minhas pernas eu falei a ela se ela estava incomodada como minha deficiência e que eu já tinha minha religião e não iriam a lugar algum. Mais com o tempo essa professora que parecia ter problemas psicológicos pois ela morava sozinha e tinha cerca de quarenta gatos esse não seria problema algum se não fosse a sua falta de higiene e principalmente porque trabalhava no berçário e um certo dia ela chegou a insinuar para um pai que o seu filho vinha cheirando urina de gato e por causa disso no outro dia a mãe do bebê foi a escola e pediu que ela fosse removida para outra escola e assim eu também quando terminou o meu contrato eu também encerrei este ciclo na minha vida foi uma ótima experiência mais eu vi que aquilo não era para mim e sim a aréa da da saúde.
Mais o meu sonho desde que renasci como uma Fênix para vida sempre foi se dedicar as pessoas especialmente na área da saúde. Pois assim como Deus através dos médicos salvou a minha vida quero fazer o mesmo para os outros.
Então em 2016 fui em busca de um sonho fiz o vestibular, passei e comecei a fazer a faculdade de Biomedicina na Faculdade das Américas.
Quando saia do serviço ia direto para a faculdade que ficava na Paulista.
As vezes chegava muito atrasada e não achava lugar para sentar de tão cheia que era a sala.
Cerca vez me acidentei na rua Augusta quando estava indo e fiquei com o queixo sangrando fui para a faculdade e não tive nem um auxilio deste lugar de primeiros socorros.
Tanto que depois tive que desistir de estudar lá por esses motivos e tantos outros como a distância também.
Mais não havia desistido do meu sonho então em 2017 eu pesquisei onde teria esse curso em um lugar que fosse próximo.
Então eu vi que na Universidade Paulista do Alphaville tinha e não era muito longe da minha casa.
Então em fevereiro do ano de 2017 eu recomecei os meus estudos era um sonho que eu estava realizando já me via e me imaginava e me imagino na dedicação ao meu próximo.
Sinto que eu nasci para servir. Mais quando eu pensava estar tudo bem-estava estudando e muito feliz sofri um grande baque da vida.
Pois quando chegou o tempo de eu receber o meu benefício senti que havia algo errado pois ainda não havia caído nada em minha conta.
Então fomos no INSS e fiquei sabendo que haviam suspendido o meu salário.
E que eu teria que recorrer ao INSS. E por este motivo mais uma vez os meus sonhos estavam indo por água abaixo pois não teria como pagar os meus estudos e infelizmente teria que tranca- lo.
Cheguei a recorrer contratando um advogado mais até agora não obtive respostas mais sei que Deus está comigo e vencerei mais esta batalha assim como venci todas as outras.
Pois se Deus me abençoou e me ajudou até aqui sei que me continuará me ajudando pois nada pode abalar a nossa fé e principalmente o Poder de Deus.
Por que se Deus é por nós quem será contra nós. Adeterminação ninguém pode tirar.
Pois todos nós somos capazes inclusive nós que possuímos alguma limitação mais perante Deus somos todos iguais e Deus nos dá cada vez mais forças para lutar pelos nossos objetivos neste mundo enquanto há vida há Esperança não há nada que o nosso Deus não possa fazer a bíblia fala que se resistimos as provações e o inimigo ele fugirá dos nossos caminhos.
Eu não sei o que você está passando neste momento se é uma doença ou desemprego mais quero te dizer que tudo isso vai passar por que somente o Poder de Deus é Eterno e para tudo há uma solução pois então creia e confie e tudo se resolverá e todos os nossos sonhos se tornarão realidade.
Tenho certeza que os meus sonhos se tornarão realidade e que eu não estou aqui neste mundo à toa Deus tem um propósito na vida de cada um de nós eu acredito muito nisso pois a fé é o que nos move todos os dias.
Por isso eu me espelho sempre primeiramente em Deus e depois naquelas pessoas determinadas como eu deficientes ou não que passaram por lutas e dificuldades mais que viram a luz no fim do túnel e o sol brilhar em suas vidas.
Uma das pessoas com deficiência em que me inspiro é o físico teórico Stephen Hawking que mesmo com suas limitações foi um dos mais consagrados cientistas que já houve em todos os tempos.
Pois mesmo com suas limitações ele não se entregou e deixou o seu legado para todos nós com seus estudos cienfícos.
Também em nosso país temos diversas personalidades que superaram os seus limites.
Temos a inspiradora história de superação do maestro João Carlos Martins que mesmo com sua limitação não se deixou abater pelas circunstâncias da vida mesmo sem poder tocar piano tão bem como fazia passou a reger uma orquestra como ninguém.
Temos também a história dos pintores de pés e boca que mesmo tendo nascido com limitações jamais se entregaram e pintam seus quadros divinamente.
Temos também o grande exemplo de fé e determinação da ginasta brasileira Laís Souza que mesmo após sofrer um grave acidente segue lutando dia após dia pela sua recuperação.
Outro grande exemplo de fé e determinação é o da deputada Mara Gabrilii que após sofrer um acidente automobilístico nos mostra uma grande lição de vida através do seu trabalho como deputada na Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SEPED). Pois ela está sempre na luta por todas as pessoas com deficiência.
E tantos outros pacientes da AACD e cada uma dessas pessoas merecem nossas homenagens e agradecimentos por nos mostra que jamais devemos desistir dos nossos sonhos e sim lutar todos os dias pois Deus sempre estará do nosso lado nos ajudando a realizar nossos sonhos.
Por isso eu sigo perseguindo os meus sonhos e já me vejo muito em breve formada e ajudando os meus futuros pacientes assim como eu fui ajudada primeiro por Deus segundos pelos médicos que foram usados por ele.
Nasci em 1977 na cidade de Osasco. Quando estava chegando a hora de eu nascer minha mãe foi levada para o antigo hospital das Damas.
Chegando lá não havia médicos somente enfermeiras e elas não supervisionaram o meu nascimento.
Somente quando eu estava nascendo elas apareceram, para auxiliar minha mãe.
E então após algumas complicações eu nasci. Mas devido eu ter engolido sujeira do parto quando eu tinha por volta de três meses de vida tive uma febre muito alta que desencadeou convulsões.
A partir daí comecei a fazer tratamento para epilepsia. Até os nove anos de idade tive várias convulsões. Muita delas o meu pai tinha que sair de pijamas para me socorrer, pois senão fosse socorrida a tempo poderia morrer.
Quando eu já estava no segundo ano do primário, como eu tinha esse diagnóstico era preciso falar para as professoras e a diretora da escola para que elas ficassem cientes da minha limitação.
Mas ao descobrirem as crianças e adolescentes da minha escola naquela época, começaram a me discriminar e sofrer bulling, e me chamavam de doida por desconhecer a epilepsia.
Por causa da epilepsia até escondia dos rapazes que eu tinha essa doença por causa do preconceito pois achava que dificilmente alguém aceitaria uma pessoa com esta doença. Quando eu tinha catorze anos tive meu primeiro beijo com um vizinho gostei muito dele durante mais de cinco anos mais ele bebia muito e por isso não deu certo e então ele foi embora para o norte.
Sofria muito com tudo isso. Além disso também tinha muitas dificuldades de aprendizagem. Mas mesmo com esta dificuldade e sofrer bulling eu não desistia. Com isso cheguei a repetir várias vezes por causa da matemática, duas vezes na segunda série e duas na terceira série e por causa disso meninos repetentes bem mais velhos que nós que estavam na minha classe até batiam nas meninas e as professoras nada faziam para nos defender.
Tinha muitas dificuldades em matemática, as vezes estudava para a prova a noite e quando chegava o dia seguinte acabava esquecendo tudo. Com dezessete anos após uma consulta com a neurologista e ter feito um eletroencefalograma tive alta dos remédios, mas também devido a eu ter dito a ela quando ela perguntou se eu ainda tinha algum sintoma. Na verdade, eu tinha tonturas ainda, esse era um dos sintomas prévios de uma possível crise, mas, eu disse isso porque sempre que chegava as festas de final de ano não podia celebrar com meus familiares devido as medicações que tomava.
Mas mesmo assim eu nunca desisti, nem saí da escola. Com a ajuda de Deus e minha força de vontade consegui terminar o ginásio com dezenove anos.
Quando eu tinha vinte anos de idade fiz o primeiro colegial. No ano seguinte fiz supletivo para terminar o colegial e então com vinte e dois anos conseguir terminar meus estudos.
Então no ano de 1997 comecei a procurar emprego mais era muito difícil arrumar um trabalho pois apesar de eu ter colegial completo eu não tinha experiência e não tinha essas oportunidades que os jovens tem hoje mais graças a uma amiga da minha cunhada que me disse para eu ir a Nobel fazer uma ficha eu consegui um emprego mais como sempre em todo o lugar sempre existem pessoas invejosas que querem nos humilhar uma funcionária que já estava lá a mais tempo que eu deixava de fazer o serviço dela para ir na minha máquina me importunar. Mais Deus não nos desampara ninguém e ele tudo vê eu fui mandada embora três meses depois mais ela também foi meses antes de mim por isso nunca devemos pisar em ninguém mais ser humildes sempre. No ano de 1998 comecei a namorar uma pessoa que meus pais sentiam que ele era muito estranho pois ia pouco lá em casa e sempre dava desculpas. Eu o conheci através de uma rádio, por carta, quando marcamos de nos conhecer no Memorial da América Latina parecia que já não era para ser porque eu quase não encontrei.
E quando eu o encontrei não era nada daquilo que eu havia imaginado, pensava que aquela seria a primeira e a última vez que eu o encontraria. Depois de alguns dias ele me ligou e não sei o que aconteceu que eu ainda quis encontra- ló novamente.
Ele me levou a sua casa para conhecer a sua família que pareciam ser boas pessoas. Me tratavam bem quando ia lá.
Quando foi no ano de 1999 para 2000 aconteceu que, o meu pai sofreu um atentado contra sua vida.
E precisamos ir embora de Osasco. Então nos mudamos para Bady
Bassit interior de São Paulo. Como lá não tinha telefone fixo e continuávamos namorando ele me enviava cartas para nos comunicarmos. Mas como eu havia falado que ele era muito estranho, como ele ia pouco a nossa cidade e enviava cartas e as vezes nos falamos pelo orelhão ele começou a culpar minha família pelo “sumiço” das cartas que ele disse haver mandado.
Certa vez quando ia a esse orelhão, que era perto de casa comecei a ser perseguida por um homem estranho com seu fusca, que ficava a me vigiar toda vez que eu ia lá.
Eu morria de medo pois a cidade era muito vazia durante a semana.
Era chamada cidade dormitório porque a maioria das pessoas que moravam lá trabalhavam em outras cidades.
Passei muito medo até que esse homem foi preso.
Todas as pessoas que conviviam comigo achavam que este namorado não servia para mim, mas eu estava cega. Um certo dia eu estava em casa quando de repente ele apareceu em minha casa com um buquê de flores em uma caixa de papelão levado ao interior de Sp. onde eu morava, após muito tempo sem notícias.
Neste dia eu chorei muito, mas não foi de emoção e sim de medo.
Então pedi ao meu irmão para chamar o meu pai e minha mãe que estava trabalhando no ateliê de costura.
Mas ele era tão persuasivo que me enfeitiçava, me convencia de tal forma que eu nem sei dizer como aquilo era possível. Um dia ele foi no local em que minha mãe trabalhava e uma irmã da igreja em que nós estávamos indo disse que ele era perturbado.
Mais como eu estava apaixonada e era dominada por ele eu não conseguia enxergar nada disso.
Por causa disso eu fazia tudo o que ele queria. Se ele não queria que eu trabalhasse, emagrecesse, eu acatava tudo aquilo que ele falava pois, estava cega a tal ponto que eu fazia não as minhas vontades, mas sim as dele.
Dava mais ouvidos a ele do que a minha família, mas hoje me arrependo disso.
Quando os meus pais chegaram, foram falar com ele e saber porque ele havia sumido.
Ele como sempre inventou um monte de mentiras e me convenceu mais uma vez.
Então continuamos com esse namoro conturbado. Tempos depois nós nos mudamos daquela cidade e fomos morar em Bragança Paulista.
E lá ele também continuava a me comandar. Não querendo que eu trabalhasse, pois dizia que quando viesse a se casar comigo que ele me daria de tudo e não precisaria trabalhar.
Tanto que um dia fiz uma entrevista e passei, mas quando estava para ser chamada ocorreu que um certo dia eu liguei para ele.
Eu havia saído para pagar as contas de casa e ao ligar para ele disse – lhe que estava com muitas saudades, pois havia um tempo que não nos víamos.
E ele então me falou que eu usasse aquele dinheiro para pagar a passagem para nos vermos e eu como apaixonada por ele que eu era acabei fazendo isso. Mais detalhe eu havia saído para pagar as contas de casa para os meus pais.
Então comprei a passagem sai de Bragança Paulista para São Paulo e fui ao seu encontro.
Enquanto isso o tempo passou, e meus pais nem imaginavam que eu não me encontrava em Bragança Paulista.
Eu havia saído de casa as 10:00hs da manhã e quando voltei para casa após termos namorado bastante já era 22:00 horas.
Quando eu cheguei em casa os meus pais estavam furiosos pois, com tanta preocupação especialmente o meu pai que sempre foi muito bravo e com razão.
Então ele começou a me perguntar por onde eu andava e quando eu falei ele ficou ainda mais furioso nesta hora ele falou que iria me dar um corretivo por tê –lo desobedecido.
Mais eu cheia de razão achando que estava certa falei que se ele fizesse isso eu iria embora dali por que esse namorado meu sempre me fazia juras de amor e que se eu quisesse um dia viver com ele seria uma grande felicidade.
Então com o ímpeto da paixão fui em busca do que eu achava ser a minha felicidade.
Mais não foi isso bem isso que aconteceu, pois no começo fui bem recebida por ele mais por sua família nem tanto pois chegaram a me falar que eu havia “caído de paraquedas” em suas vidas.
Mais com o tempo eles “pareciam” ter me aceitado já que namorávamos há 4 anos.
Mais só pareciam mesmo, por que com o tempo eu comecei a conhecer realmente quem eram aquelas pessoas.
Por que como ele trabalhava noite e eu ficava na casa dele com a família. Um certo dia quando eu ia dormir eu ouvi essas pessoas falar mal dele e de mim. Dizendo que não aguentava mais minha presença ali e falava várias coisas sobre nós dois.
Aí no dia seguinte eu decidi contar a ele tudo aquilo mais eu não imaginava o que estaria por vir. Neste dia enquanto conversava com ele nunca imaginaria que houvesse alguém escutando, mas havia.
Em cima da casa dele morava uma mulher que tinha um filho e que quando eu cheguei se sentiu ameaçada pela minha presença. E neste dia os familiares dele não estavam lá, mais ela estava e ouviu tudo o que falávamos.
Quando chegou a noite umas 11:00 ela foi correndo até lá quando todos se preparavam para dormir e contou tudo a mãe dele.
E então a partir desse dia eu tive que passar a noite que era normal e também de dia que era o horário em que ele chegava para dormir. E então ele ordenou que eu não saísse dali de modo algum a não ser quando ele estivesse para que não “ arrumasse encrencas”.
E então eu tinha que dormir à noite enquanto ele trabalhava e de dia quando ele voltava para dormir (só que não dormíamos juntos pois a mãe dele não permitia) só podia dormir um para cima e o outro pra baixo e não do mesmo lado.
Quando era hora das refeições eles não me deixavam comer junto com eles e ele me levava a comida no quarto já que não me deixavam circular pela casa. As vezes passava até nove horas sem comer nada.
Todas necessidades diárias como tomar banho por exemplo eu só fazia quando me permitiam e ele estava lá.
Passava as noites chorando sentindo saudades dos meus pais e arrependida de não tê –los obedecido.
Quando eles ligavam eles ficavam do meu lado e me obrigavam a dizer que estava tudo bem como se não estivesse acontecendo nada.
Um dia comecei a passar mal, e ele me levou no Santa Marcelina no pneumologista particular que disse que eu precisaria fazer um tratamento para os pulmões pois era um problema delicado. Mas ao sairmos dali não houve tratamento algum nem um remédio sequer.
Quando ele queria ficar a sós comigo para ter alguma intimidade eu era levada para outra casa uma casa vazia que ficava próxima a da vó dele.
E eu era obrigada a fazer o que ele mandava ou ele dizia que se não o obedecesse pagaria por isso. Quando voltávamos, ficava no mesmo quarto do mesmo jeito sem poder sair. Não podia ir embora porque era vigiada para que não saísse nem na rua e também porque não tinha dinheiro.
Um dia minha mãe ligou e a mãe dele falou que ela teria que ressarcir o dinheiro que ela havia gasto nesta consulta do pneumologista mais, minha mãe lhe disse que ela não tinha que pagar nada já que ele que havia me chamado para “viver” com ele.
Mais isso porque ela nem imaginava o que eu estava passando.
Certo dia quando todos saíram a mãe dele as irmãs, e ele e o irmão estavam no terraço resolvi aproveitar a situação para fazer uma ligação.
Liguei para minha melhor amiga pois já não aguentava mais sem ter com quem falar porque nem elas (mãe e as irmãs) e muito menos eles não queriam saber de mim a não ser para me ofender e me maltratar.
E nesta ligação contei a ela tudo que eu estava passando, que passava até nove horas sem comer, não podia sair a não ser quando ele queria se aproveitar e se não obedecesse pagaria “ele desceria o braço em mim”e também quando alguém me ligava tinha que falar que estava tudo bem.
Eu só não contava que alguém estava ouvindo tudo o que eu falava as escondidas.
Era a mesma mulher que havia ouvido nossa conversa na outra vez.
E então quando chegou a noite ela tratou de ir correndo contar a mãe dele tudo o que ela havia ouvido.
A mãe dele ficou furiosa após ouvir tudo e disse a ele que no dia seguinte ele teria que dar um jeito mais ela não me queria mais ali.
E então graças a Deus que usou essa mulher ele me libertou e me mandou embora daquele tormento me levando para a rodoviária do Tiete mais antes mandou eu ligar para minha amiga para ver se ela podia me ajudar deixando que eu ficasse uns dias em sua casa ate poder entrar em contato com meus pais em Bragança Paulista.
E então graças a Deus eu fiquei livre pois poderia ter morrido naquele lugar e então eu fiquei alguns dias na minha amiga.
Pedi perdão aos meus pais até que Graças a Deus eles me perdoaram e eu pude voltar para minha casa.
Mais pouco tempo depois comecei a me sentir mal. Tinha fortes dores de cabeça que não passavam de maneira nenhuma.
Fui ao médico do hospital universitário de Bragança que pediu que eu fizesse uma tomografia na qual que para nossa surpresa foi constatada que eu estava com Hidrocefalia. O estranho é que quando bebê após passar a hora de nascer eu tive epilepsia e minha mãe nunca ficou sabendo da possibilidade de hidrocefalia até mesmo os médicos da Husf estranharam chegando a dizer dizendo que isso não dá em uma pessoa adulta a não ser que esta tenha sido agredida com uma forte pancada na cabeça o que leva a pensar sobre tudo o que eu sofri antes mais tudo isso é e será um mistério porque se fui agredida na cabeça não me lembro de nada.
Quando foi em meados de novembro de 2002 tive que passar por uma cirurgia para colocação de uma válvula ventrículo peritoneal (DVP).
A cirurgia foi bem-sucedida, passei alguns meses bem até saia pela cidade para vender produtos de beleza. Após um ano de cirurgia, de repente comecei a ter desmaios por onde andava quando ia entregar os produtos.
Graças a Deus sempre havia uma alma boa que me socorria e o impressionante também é que não levavam minhas coisas.
Então começamos a achar que havia algo errado já que isso estava ocorrendo com uma certa frequência.
Fui ao médico para saber o porquê estava acontecendo aquilo e se estava tudo bem com a cirurgia.
Então ele pediu que eu fizesse alguns exames e neles foi constatado que teria que fazer uma nova cirurgia pois o motivo dos meus desmaios era que a minha válvula estava entupida. E marcaram a cirurgia em novembro de 2003. Mais nesta cirurgia após ter sido realizada a troca da válvula ocorreu que poucos dias depois da sua colocação apareceu um hematoma subdural em minha cabeça(uma hemorragia) que teve que ser realizada uma cirurgia para retirada do hematoma subdural.
Então após uma pequena perfuração para que houvesse a drenagem do excesso do sangue os médicos colocaram uma luva cirúrgica ligada ao pequeno orifício que eles haviam aberto em meu cérebro para que com o ar a luva se enchesse de sangue.
Na verdade era o que se esperava que acontecesse, mas quando os médicos chegaram a enfermaria em que eu estava qual foi a surpresa dos médicos quando eles viram que a luva que antes estava cheia de sangue agora se encontrava vazia para onde teria ido todo aquele sangue? O que teria acontecido?
Quando ainda estava no hospital tive que passar por mais um obstáculo, pois um certo dia eu vim a passar muito mal após ter me alimentado e ao ir dormir tive complicações digestivas que me levaram a ter uma parada cardiorrespiratória devido eu ter sofrido engasgos naquela hora foi preciso o uso de desfibrilador e até balão de oxigênio.
Foram momentos muitos difíceis, pois neste dia minha mãe que era minha acompanhante não se encontrava comigo pois tinha ido descansar já que estava há vários dias ali comigo.
E teve que ser chamada às pressas pois eles lhe disseram que nem sabiam como eu ainda estava viva depois de ter passado por tudo aquilo só mesmo um milagre poderia explicar tal façanha.
Com o tempo graças a Deus fui melhorando e tive alta. Fui melhorando aos poucos, mais de repente comecei a notar que a minha coordenação motora havia mudado.
Estava mais lenta, com mais dificuldade para caminhar. Em dezembro de 2003 nos mudamos para Carapicuíba, através do posto de saúde consegui ser encaminhada para o Hospital das Clínicas onde faço tratamento até hoje no Ambulatório de hidrodinâmica com o Doutor Fernando Campos Gomes Pinto
e sua equipe. Mais foi na AACD que eu descobri o que estava acontecendo com minha coordenação motora a equipe de médicos que me atendeu e a fisiatra através de exames descobri que estava com Hemiparesia devido a uma lesão encefálica adquirida decorrente da cirurgia de hidrocefalia.
Após essa descoberta comecei a fazer fisioterapia na AACD. Um lugar maravilhoso que foi de suma importância na minha vida.
E quando eu já estava bem melhor após a reabilitação da AACD eu me propus em forma de agradecimento a ser voluntária na unidade de Osasco como recepcionista, lá eu entregava senhas aos pacientes e levava os prontuários para os médicos fiquei lá por mais de um ano.
Pois quando eu adquiri essa deficiência fiquei revoltada e tive até depressão tentando até mesmo tirar a minha própria vida de várias formas e em uma delas o médico até me fez passar a noite pressa em uma enfermaria com uma paciente esquizofrênica que estava até algemada mais Deus não permitiu que o Inimigo acabasse com a minha vida. Mais a partir do momento em que conheci a AACD e aqueles pacientes iluminados que passei a perguntar a mim mesma o porquê daqueles sentimentos tão mesquinhos pois, aqueles pacientes tinham deficiências mais severas que a minha e mesmo assim não deixavam de sorrir e então como por um milagre pouco a pouco fui recuperando a minha autoestima.
E dei a volta por cima porque naquele momento vi que tudo era possível.
Especialmente quando a gente acredita em Deus e também em nós mesmos e principalmente paramos de dar ouvidos as pessoas negativas que só querem nos ver derrotados.
Mais não devemos nos deixar abater por nada seja qual for as circunstancias em nossas vidas pois tudo passa.
E foi assim que eu considero que venci pouco a pouco os obstáculos da minha vida.
E então um dia fiquei sabendo que haveria vestibular em uma faculdade perto de casa.
E resolvi me inscrever para prestar o vestibular. Fiz a prova e para minha felicidade fui aprovada em Letras.
Um curso que também mora em meu coração pois, como eu sempre gostei de escrever resolvi unir o útil ao agradável.
Pois o universo das palavras sempre me encantou é através dela que expressamos o que está em nossos corações.
Então no início do ano de 2010 comecei a minha faculdade na antiga faculdade Uniban hoje Anhanguera. No mesmo ano descobri que estava com um tumor ósseo o qual era benigno fiz e a cirurgia que ocorreu tudo bem e pude continuar o meu sonho.
Encontrei várias pessoas que já conhecia e também fiz várias outras amizades. Foi muito bom para mim estava realizando um sonho.
De me tornar uma ótima profissional e também uma escritora de sucesso.
Mais um dia meu pai me falou que eu teria de mudar para o horário da manhã porque estava chegando muito tarde. Pois eu chegava por volta da meia noite.
Porque a aula acabava as dez e meia e eu pegava duas conduções para chegar em casa e quando chegava já era meia noite além de ser muito tarde também era muito perigoso andar sozinha a essa hora.
Então eu tive que mudar para manhã mais quando eu fui na faculdade para fazer a alteração não havia o mesmo curso que eu estava fazendo a noite naquele horário e então eu tive que mudar para o curso de Pedagogia.
No começo foi difícil me adaptar mais depois acabei gostando até porque sempre gostei de crianças.
Estava empolgada e me sentindo realizada com este universo que estava descobrindo.
Especialmente quando comecei a fazer estágios eu vi que o mesmo amor que eu tinha por aquelas crianças era retribuído por elas.
Quando eu chegava na escola levando o meu material elas sempre queriam me ajudar era a coisa mais linda.
Mais tudo isso acabava por gerar muitos sentimentos ruins por parte de algumas pessoas.
Algumas professoras acabavam se incomodando com o meu jeito de ser, na verdade acho que elas tinham ciúmes dos alunos e não me achar capaz de ser uma boa profissional no futuro.
Mais graças a Deus consegui terminar o meu estágio em paz naquela escola.
Foi muito gratificante poder ensinar as crianças, depois disso também fiz estágios na secretária de educação e na creche do Hospital das Clinicas .
Fiquei muito feliz por poder trabalhar com os bebês e com o maternal pois não há nada mais puro do que as crianças.
Foi uma experiência maravilhosa pois ao mesmo tempo em que eu estava num ambiente educacional também era pertencia ao hospital em que mudou a minha vida para melhor.
Pois Deus usou os médicos para me operar e com isso depois fui melhorando cada vez mais.
Mais quando foi em Outubro de 2011 eu estava indo para faculdade o inimigo quis me pregar uma peça para me derrotar. Eu estava indo quando cai de mal jeito e não sei se forçou alguma coisa na minha válvula, mais para mim não tinha acontecido nada e então continuei o meu destino.
Quando foi outro dia tinha ido a igreja com minha mãe e ao sair eu tropecei e cai na saída da igreja.
Passado um tempo comecei a sentir forte dores na cabeça e também com o tempo comecei a ter dores nos olhos aí minha mãe me disse para eu ir ao pronto socorro.
Chegando lá falei pro médico que eu tinha hidrocefalia e que eu havia caído.
Então ele mandou que eu fizesse uma tomografia quando ele viu o resultado ele disse que eu fosse sem demora ao hospital das Clinicas.
No dia seguinte eu fui ao hospital das Clinicas quando a médica me atendeu e eu entreguei o resultado que o outro médico havia me dado para levar e expliquei a ela tudo o que havia me acontecido, e então ela pediu que eu fizesse alguns testes como olhar para o lado e para cima e não conseguia porque meus olhos estavam parados como os olhos dos deficientes visuais.
E então a médica me pediu uma tomografia e quando o resultado chegou ela viu que a minha válvula estava desconectada e que a minha cabeça estava começando a ficar cheia de agua e com uma seringa que ela inseriu no local da válvula ela extraiu duas seringas cheias de agua.
Em seguida ela já pediu que a minha mãe tratasse dos pais da minha internação que teria que ficar no hospital para a operação.
E então quando foi em outubro de 2011 foi realizada minha cirurgia.
Tive que trancar a faculdade temporariamente enquanto me recuperava.
Enquanto isso permanecia estudando em casa até o meu retorno.
Com a graça de Deus quando eu já estava melhor pude retomar os meus estudos.
Deus estava comigo todo tempo pois sempre tive muita fé nele. Mas quando foi em dezembro de 2011 já havia terminado as provas da faculdade.
E era época de vista de provas, eu não podia faltar estava chovendo muito e minha mãe disse que eu não fosse porque era perigoso e a chuva estava muito forte.
Mais infelizmente eu não ouvi a minha mãe e fui, pouco tempo depois de ter saído eu sofri um acidente caí em uma curva bem em cima da minha perna esquerda.
Fiquei imobilizada sem poder me mexer se não Deus e fosse um vizinho me socorrer não sei o que teria sido de mim.
De repente quando os meus pais viram o moço batendo no portão até se assustaram mais quando viram era eu que tinha me acidentado.
E então eles agradeceram aquele moço e chamaram o meu irmão para irmos para o hospital pois o meu tornozelo estava com uma fratura grave.
E pior que eu quebrei logo o tornozelo esquerdo justamente da perna que me dava sustentação pois eu havia ficado com uma sequela do lado direito chamado hemiparesia.
Ou seja, o lado direito não tinha muita força. E então devido a isso após a cirurgia por não poder usar muletas tive de fazer uso de cadeira de rodas. Mais eu sempre tive fé que aquela provação era por pouco tempo.
Nesta época eu estava fazendo um curso na AACD que era dado pelo Senac e antes eu havia namorado uma pessoa que quando eu sofri esse acidente nem me ligou nem para saber se eu estava viva.
Na verdade ele era um interesseiro porque quando nos conhecemos nem bem tínhamos começado a namorar ele sabendo que eu tinha um beneficio disse que ia fazer aniversário e que queria um celular que tinha de tudo . Eu como já estava apaixonada por ele acabei comprando um similar mais que tinha todos esses acessórios quando eu levei pra ele o celular ele ainda teve a coragem de me dizer que ele queria um moderno pq aquele era de contrabando e se eu não lhe desse ele me falou que me bateria. Então eu terminei com ele pois naquele momento como num filme eu me lembrei de tudo o que havia passado com aquele outro namoro.
E foi graças a Deus que em dois meses para a surpresa de todos e também dos médicos eu já estava conseguindo pisar no chão e andar pois o que normalmente leva de seis a oito meses para acontecer eu levei apenas dois meses. Até os médicos se surpreenderam quando viram que eu já estava andando e então viram o Poder de Deus em minha vida pois segundo a medicina não havia possibilidade de uma pessoa que quebrou o tornozelo em dois lugares estar andando em apenas dois meses.
Então logo já pude voltar para a faculdade e dar continuidade aos meus estudos.
Muito feliz por ter superado cada obstáculo que apareceu em meu caminho.
E com a graça de Deus já estava quase perto da tão sonhada formatura.
Mais certo dia estava muito quente acho que estava cerca de 30 graus de temperatura e eu pensei acho que vou tomar um banho frio para me refrescar.
Só que no banheiro do andar de cima era difícil de mudar a temperatura do chuveiro e então, eu resolvi tomar no banheiro de baixo, mas, neste banheiro haviam tirado a mangueirinha e colocado um pedaço de madeira no caninho.
De modo quando eu liguei o chuveiro esse pedacinho da madeira saiu com a pressão da água.
Então eu fiquei preocupada, pois tinha que dar um jeito de arrumar aquilo porque meu pai não ia gostar nada de ver que não estava do jeito que ele havia deixado.
E qual não foi a péssima ideia que tive de subir em cima da bacia do banheiro.
E quando eu subi já estava quase solucionando o problema quando desiquilibrei e cai batendo a cabeça na parede na mesma hora que começou a sangrar e formou um galo e um coagulo na região do olho.
Então quando a minha família percebeu gravidade do que tinha acontecido pediram ao meu irmão para irmos ao médico.
Chegando lá logo fui atendida pelo médico que falou que eu havia corrido um grande risco de vida porque se tivesse quebrado a bacia do banheiro com os estilhaços poderia até ter morrido e também se tivesse batido a cabeça mais grave poderia ter tido um traumatismo craniano ou coágulos.
Mais Deus me guardou e tive que levar cerca de oito pontos no supercilio pois havia aberto uma parte da pele devido a pancada inchado muito e a região do olho ficado muito roxo.
Mais Deus todo poderoso me restaurou e quando estava chegando o dia da formatura eu já estava bem melhor.
E quando chegou o grande dia eu não me deixei abater fui a cabelereira arrumei o meu cabelo com um penteado bem bonito e fiz uma maquiagem bem bonita para cobrir o hematoma que havia ficado, coloquei um belo vestido e fui com a minha mãe rumo a minha tão esperada formatura.
Afinal foram praticamente quase quatro anos de muita luta dificuldades que foram todas vencidas com a graça de Deus pois sem ele não somos nada.
Mais como sempre encontramos em nossas vidas pessoas que não torcem por nossa felicidade.
Uma certa pessoa chegou a dizer que não acreditava que eu fosse para a formatura acho que devido a minha deficiência que estou superando a cada dia.
Mais não liguei com que essa pessoa falou pois somos mais que vencedores.
Em nossas vidas sempre encontraremos pessoas assim mais não devemos ligar pois Deus é maior que tudo isso e sempre estará do nosso lado.
A festa foi muito linda emocionante e uma grande realização ter recebido o meu diploma agora estava me tornando uma pedagoga.
Fiquei muito emocionada quando recebi quando a professora Solange me deu o meu canudo.
Tiramos várias fotos para que aquele momento ficasse eternizado para sempre tanto em nossa memória da qual jamais sairia mais também no álbum de formaturas o qual fiz questão de adquirir tempos depois para nunca me esquecer que Deus me fez vencer cada adversidade passada e que ele tudo pode basta confiarmos Nele e em nós mesmo.
Pois enquanto há vida há esperança e para tudo há solução só não para a morte.
Agora começaria uma nova etapa em minha vida. Logo consegui uma colocação na educação atuei durante um ano e meio como professora de educação infantil em Osasco.
Gostei muito foi uma ótima experiência mais também muito sacrificante especialmente para pessoas com deficiência como eu pois as crianças exigem muito de você mais não me arrependo amei o tempo que passei com elas.
Mais até mesmo na escola que deveria ser um lugar de pessoas educadas nem sempre é o que acontece nas escolas que eu trabalhei tinha muita gente boa mais também muita gente invejosa e negativa na creche Mario Quintana em que trabalhei havia pessoas assim um certo dia no dia das crianças eu me vesti de palhaça para alegrar meus pequenos alunos e lá havia algumas professoras que acho que não gostaram ficavam a me perseguir as vezes elas saiam de suas salas e vinham querer tirar a minha autoridade sobre os meus alunos mais como sempre Deus sempre esteve e está em minha vida elas acabavam pedindo remoção para outra escola.
Tempos depois tive que ser removida para uma escola aqui perto de casa e lá também encontrei muitas provações como quedas e umas professoras que me perseguiam .Uma que trabalhava em minha sala me dizia que não devia estar ali que não sabia porque a prefeitura tinha me contratado coisas assim.Especialmente também de eu ter sofrido algumas quedas coisas comuns a pessoas com deficiência.
Uma delas foi num passeio que fui junto com as crianças e fomos correr para nos proteger da chuva mais graças a Deus não aconteceu nada grave comigo e principalmente com as crianças.
Certo dia a nossa colega de trabalho tinha faltado e por conta dessas quedas que eu já havia sofrido eu não podia fazer esforços e uma criança fazendo birra acabou fazendo as necessidades no chão e aquela professora a discriminava porque seus pais eram pessoas humildes porque trabalhava com recicláveis então ela pegou essa criança com uma brutalidade e saiu a sacudindo ate o banheiro fiquei horrorizada com tudo aquilo e então por conta disso algumas delas ficavam com muita raiva pois achavam que eu era privilegiada pelas diretoras. Certo dia também uma professora foi pedir papel higiênico na minha sala e enquanto eu fui pegar e a outra professora fazia a agenda das crianças a professora que foi pedir o papel não viu que uma criança estava com dedo no portão e fechou o portão no dedo dela e sua unha caiu na hora ficamos todos desesperados mais tivemos ate que assinar uma ocorrência mais graças a Deus sua família entendeu e não nos processou.
Havia uma outra professora nesta instituição que parecia se sentir incomodada com a minha deficiência ficava me perseguindo dizendo que eu tinha que ir na igreja Universal para curar as minhas pernas eu falei a ela se ela estava incomodada como minha deficiência e que eu já tinha minha religião e não iriam a lugar algum. Mais com o tempo essa professora que parecia ter problemas psicológicos pois ela morava sozinha e tinha cerca de quarenta gatos esse não seria problema algum se não fosse a sua falta de higiene e principalmente porque trabalhava no berçário e um certo dia ela chegou a insinuar para um pai que o seu filho vinha cheirando urina de gato e por causa disso no outro dia a mãe do bebê foi a escola e pediu que ela fosse removida para outra escola e assim eu também quando terminou o meu contrato eu também encerrei este ciclo na minha vida foi uma ótima experiência mais eu vi que aquilo não era para mim e sim a aréa da da saúde.
Mais o meu sonho desde que renasci como uma Fênix para vida sempre foi se dedicar as pessoas especialmente na área da saúde. Pois assim como Deus através dos médicos salvou a minha vida quero fazer o mesmo para os outros.
Então em 2016 fui em busca de um sonho fiz o vestibular, passei e comecei a fazer a faculdade de Biomedicina na Faculdade das Américas.
Quando saia do serviço ia direto para a faculdade que ficava na Paulista.
As vezes chegava muito atrasada e não achava lugar para sentar de tão cheia que era a sala.
Cerca vez me acidentei na rua Augusta quando estava indo e fiquei com o queixo sangrando fui para a faculdade e não tive nem um auxilio deste lugar de primeiros socorros.
Tanto que depois tive que desistir de estudar lá por esses motivos e tantos outros como a distância também.
Mais não havia desistido do meu sonho então em 2017 eu pesquisei onde teria esse curso em um lugar que fosse próximo.
Então eu vi que na Universidade Paulista do Alphaville tinha e não era muito longe da minha casa.
Então em fevereiro do ano de 2017 eu recomecei os meus estudos era um sonho que eu estava realizando já me via e me imaginava e me imagino na dedicação ao meu próximo.
Sinto que eu nasci para servir. Mais quando eu pensava estar tudo bem-estava estudando e muito feliz sofri um grande baque da vida.
Pois quando chegou o tempo de eu receber o meu benefício senti que havia algo errado pois ainda não havia caído nada em minha conta.
Então fomos no INSS e fiquei sabendo que haviam suspendido o meu salário.
E que eu teria que recorrer ao INSS. E por este motivo mais uma vez os meus sonhos estavam indo por água abaixo pois não teria como pagar os meus estudos e infelizmente teria que tranca- lo.
Cheguei a recorrer contratando um advogado mais até agora não obtive respostas mais sei que Deus está comigo e vencerei mais esta batalha assim como venci todas as outras.
Pois se Deus me abençoou e me ajudou até aqui sei que me continuará me ajudando pois nada pode abalar a nossa fé e principalmente o Poder de Deus.
Por que se Deus é por nós quem será contra nós. Adeterminação ninguém pode tirar.
Pois todos nós somos capazes inclusive nós que possuímos alguma limitação mais perante Deus somos todos iguais e Deus nos dá cada vez mais forças para lutar pelos nossos objetivos neste mundo enquanto há vida há Esperança não há nada que o nosso Deus não possa fazer a bíblia fala que se resistimos as provações e o inimigo ele fugirá dos nossos caminhos.
Eu não sei o que você está passando neste momento se é uma doença ou desemprego mais quero te dizer que tudo isso vai passar por que somente o Poder de Deus é Eterno e para tudo há uma solução pois então creia e confie e tudo se resolverá e todos os nossos sonhos se tornarão realidade.
Tenho certeza que os meus sonhos se tornarão realidade e que eu não estou aqui neste mundo à toa Deus tem um propósito na vida de cada um de nós eu acredito muito nisso pois a fé é o que nos move todos os dias.
Por isso eu me espelho sempre primeiramente em Deus e depois naquelas pessoas determinadas como eu deficientes ou não que passaram por lutas e dificuldades mais que viram a luz no fim do túnel e o sol brilhar em suas vidas.
Uma das pessoas com deficiência em que me inspiro é o físico teórico Stephen Hawking que mesmo com suas limitações foi um dos mais consagrados cientistas que já houve em todos os tempos.
Pois mesmo com suas limitações ele não se entregou e deixou o seu legado para todos nós com seus estudos cienfícos.
Também em nosso país temos diversas personalidades que superaram os seus limites.
Temos a inspiradora história de superação do maestro João Carlos Martins que mesmo com sua limitação não se deixou abater pelas circunstâncias da vida mesmo sem poder tocar piano tão bem como fazia passou a reger uma orquestra como ninguém.
Temos também a história dos pintores de pés e boca que mesmo tendo nascido com limitações jamais se entregaram e pintam seus quadros divinamente.
Temos também o grande exemplo de fé e determinação da ginasta brasileira Laís Souza que mesmo após sofrer um grave acidente segue lutando dia após dia pela sua recuperação.
Outro grande exemplo de fé e determinação é o da deputada Mara Gabrilii que após sofrer um acidente automobilístico nos mostra uma grande lição de vida através do seu trabalho como deputada na Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SEPED). Pois ela está sempre na luta por todas as pessoas com deficiência.
E tantos outros pacientes da AACD e cada uma dessas pessoas merecem nossas homenagens e agradecimentos por nos mostra que jamais devemos desistir dos nossos sonhos e sim lutar todos os dias pois Deus sempre estará do nosso lado nos ajudando a realizar nossos sonhos.
Por isso eu sigo perseguindo os meus sonhos e já me vejo muito em breve formada e ajudando os meus futuros pacientes assim como eu fui ajudada primeiro por Deus segundos pelos médicos que foram usados por ele.
Nasci em 1977 na cidade de Osasco. Quando estava chegando a hora de eu nascer minha mãe foi levada para o antigo hospital das Damas.
Chegando lá não havia médicos somente enfermeiras e elas não supervisionaram o meu nascimento.
Somente quando eu estava nascendo elas apareceram, para auxiliar minha mãe.
E então após algumas complicações eu nasci. Mas devido eu ter engolido sujeira do parto quando eu tinha por volta de três meses de vida tive uma febre muito alta que desencadeou convulsões.
A partir daí comecei a fazer tratamento para epilepsia. Até os nove anos de idade tive várias convulsões. Muita delas o meu pai tinha que sair de pijamas para me socorrer, pois senão fosse socorrida a tempo poderia morrer.
Quando eu já estava no segundo ano do primário, como eu tinha esse diagnóstico era preciso falar para as professoras e a diretora da escola para que elas ficassem cientes da minha limitação.
Mas ao descobrirem as crianças e adolescentes da minha escola naquela época, começaram a me discriminar e sofrer bulling, e me chamavam de doida por desconhecer a epilepsia.
Por causa da epilepsia até escondia dos rapazes que eu tinha essa doença por causa do preconceito pois achava que dificilmente alguém aceitaria uma pessoa com esta doença. Quando eu tinha catorze anos tive meu primeiro beijo com um vizinho gostei muito dele durante mais de cinco anos mais ele bebia muito e por isso não deu certo e então ele foi embora para o norte.
Sofria muito com tudo isso. Além disso também tinha muitas dificuldades de aprendizagem. Mas mesmo com esta dificuldade e sofrer bulling eu não desistia. Com isso cheguei a repetir várias vezes por causa da matemática, duas vezes na segunda série e duas na terceira série e por causa disso meninos repetentes bem mais velhos que nós que estavam na minha classe até batiam nas meninas e as professoras nada faziam para nos defender.
Tinha muitas dificuldades em matemática, as vezes estudava para a prova a noite e quando chegava o dia seguinte acabava esquecendo tudo. Com dezessete anos após uma consulta com a neurologista e ter feito um eletroencefalograma tive alta dos remédios, mas também devido a eu ter dito a ela quando ela perguntou se eu ainda tinha algum sintoma. Na verdade, eu tinha tonturas ainda, esse era um dos sintomas prévios de uma possível crise, mas, eu disse isso porque sempre que chegava as festas de final de ano não podia celebrar com meus familiares devido as medicações que tomava.
Mas mesmo assim eu nunca desisti, nem saí da escola. Com a ajuda de Deus e minha força de vontade consegui terminar o ginásio com dezenove anos.
Quando eu tinha vinte anos de idade fiz o primeiro colegial. No ano seguinte fiz supletivo para terminar o colegial e então com vinte e dois anos conseguir terminar meus estudos.
Então no ano de 1997 comecei a procurar emprego mais era muito difícil arrumar um trabalho pois apesar de eu ter colegial completo eu não tinha experiência e não tinha essas oportunidades que os jovens tem hoje mais graças a uma amiga da minha cunhada que me disse para eu ir a Nobel fazer uma ficha eu consegui um emprego mais como sempre em todo o lugar sempre existem pessoas invejosas que querem nos humilhar uma funcionária que já estava lá a mais tempo que eu deixava de fazer o serviço dela para ir na minha máquina me importunar. Mais Deus não nos desampara ninguém e ele tudo vê eu fui mandada embora três meses depois mais ela também foi meses antes de mim por isso nunca devemos pisar em ninguém mais ser humildes sempre. No ano de 1998 comecei a namorar uma pessoa que meus pais sentiam que ele era muito estranho pois ia pouco lá em casa e sempre dava desculpas. Eu o conheci através de uma rádio, por carta, quando marcamos de nos conhecer no Memorial da América Latina parecia que já não era para ser porque eu quase não encontrei.
E quando eu o encontrei não era nada daquilo que eu havia imaginado, pensava que aquela seria a primeira e a última vez que eu o encontraria. Depois de alguns dias ele me ligou e não sei o que aconteceu que eu ainda quis encontra- ló novamente.
Ele me levou a sua casa para conhecer a sua família que pareciam ser boas pessoas. Me tratavam bem quando ia lá.
Quando foi no ano de 1999 para 2000 aconteceu que, o meu pai sofreu um atentado contra sua vida.
E precisamos ir embora de Osasco. Então nos mudamos para Bady
Bassit interior de São Paulo. Como lá não tinha telefone fixo e continuávamos namorando ele me enviava cartas para nos comunicarmos. Mas como eu havia falado que ele era muito estranho, como ele ia pouco a nossa cidade e enviava cartas e as vezes nos falamos pelo orelhão ele começou a culpar minha família pelo “sumiço” das cartas que ele disse haver mandado.
Certa vez quando ia a esse orelhão, que era perto de casa comecei a ser perseguida por um homem estranho com seu fusca, que ficava a me vigiar toda vez que eu ia lá.
Eu morria de medo pois a cidade era muito vazia durante a semana.
Era chamada cidade dormitório porque a maioria das pessoas que moravam lá trabalhavam em outras cidades.
Passei muito medo até que esse homem foi preso.
Todas as pessoas que conviviam comigo achavam que este namorado não servia para mim, mas eu estava cega. Um certo dia eu estava em casa quando de repente ele apareceu em minha casa com um buquê de flores em uma caixa de papelão levado ao interior de Sp. onde eu morava, após muito tempo sem notícias.
Neste dia eu chorei muito, mas não foi de emoção e sim de medo.
Então pedi ao meu irmão para chamar o meu pai e minha mãe que estava trabalhando no ateliê de costura.
Mas ele era tão persuasivo que me enfeitiçava, me convencia de tal forma que eu nem sei dizer como aquilo era possível. Um dia ele foi no local em que minha mãe trabalhava e uma irmã da igreja em que nós estávamos indo disse que ele era perturbado.
Mais como eu estava apaixonada e era dominada por ele eu não conseguia enxergar nada disso.
Por causa disso eu fazia tudo o que ele queria. Se ele não queria que eu trabalhasse, emagrecesse, eu acatava tudo aquilo que ele falava pois, estava cega a tal ponto que eu fazia não as minhas vontades, mas sim as dele.
Dava mais ouvidos a ele do que a minha família, mas hoje me arrependo disso.
Quando os meus pais chegaram, foram falar com ele e saber porque ele havia sumido.
Ele como sempre inventou um monte de mentiras e me convenceu mais uma vez.
Então continuamos com esse namoro conturbado. Tempos depois nós nos mudamos daquela cidade e fomos morar em Bragança Paulista.
E lá ele também continuava a me comandar. Não querendo que eu trabalhasse, pois dizia que quando viesse a se casar comigo que ele me daria de tudo e não precisaria trabalhar.
Tanto que um dia fiz uma entrevista e passei, mas quando estava para ser chamada ocorreu que um certo dia eu liguei para ele.
Eu havia saído para pagar as contas de casa e ao ligar para ele disse – lhe que estava com muitas saudades, pois havia um tempo que não nos víamos.
E ele então me falou que eu usasse aquele dinheiro para pagar a passagem para nos vermos e eu como apaixonada por ele que eu era acabei fazendo isso. Mais detalhe eu havia saído para pagar as contas de casa para os meus pais.
Então comprei a passagem sai de Bragança Paulista para São Paulo e fui ao seu encontro.
Enquanto isso o tempo passou, e meus pais nem imaginavam que eu não me encontrava em Bragança Paulista.
Eu havia saído de casa as 10:00hs da manhã e quando voltei para casa após termos namorado bastante já era 22:00 horas.
Quando eu cheguei em casa os meus pais estavam furiosos pois, com tanta preocupação especialmente o meu pai que sempre foi muito bravo e com razão.
Então ele começou a me perguntar por onde eu andava e quando eu falei ele ficou ainda mais furioso nesta hora ele falou que iria me dar um corretivo por tê –lo desobedecido.
Mais eu cheia de razão achando que estava certa falei que se ele fizesse isso eu iria embora dali por que esse namorado meu sempre me fazia juras de amor e que se eu quisesse um dia viver com ele seria uma grande felicidade.
Então com o ímpeto da paixão fui em busca do que eu achava ser a minha felicidade.
Mais não foi isso bem isso que aconteceu, pois no começo fui bem recebida por ele mais por sua família nem tanto pois chegaram a me falar que eu havia “caído de paraquedas” em suas vidas.
Mais com o tempo eles “pareciam” ter me aceitado já que namorávamos há 4 anos.
Mais só pareciam mesmo, por que com o tempo eu comecei a conhecer realmente quem eram aquelas pessoas.
Por que como ele trabalhava noite e eu ficava na casa dele com a família. Um certo dia quando eu ia dormir eu ouvi essas pessoas falar mal dele e de mim. Dizendo que não aguentava mais minha presença ali e falava várias coisas sobre nós dois.
Aí no dia seguinte eu decidi contar a ele tudo aquilo mais eu não imaginava o que estaria por vir. Neste dia enquanto conversava com ele nunca imaginaria que houvesse alguém escutando, mas havia.
Em cima da casa dele morava uma mulher que tinha um filho e que quando eu cheguei se sentiu ameaçada pela minha presença. E neste dia os familiares dele não estavam lá, mais ela estava e ouviu tudo o que falávamos.
Quando chegou a noite umas 11:00 ela foi correndo até lá quando todos se preparavam para dormir e contou tudo a mãe dele.
E então a partir desse dia eu tive que passar a noite que era normal e também de dia que era o horário em que ele chegava para dormir. E então ele ordenou que eu não saísse dali de modo algum a não ser quando ele estivesse para que não “ arrumasse encrencas”.
E então eu tinha que dormir à noite enquanto ele trabalhava e de dia quando ele voltava para dormir (só que não dormíamos juntos pois a mãe dele não permitia) só podia dormir um para cima e o outro pra baixo e não do mesmo lado.
Quando era hora das refeições eles não me deixavam comer junto com eles e ele me levava a comida no quarto já que não me deixavam circular pela casa. As vezes passava até nove horas sem comer nada.
Todas necessidades diárias como tomar banho por exemplo eu só fazia quando me permitiam e ele estava lá.
Passava as noites chorando sentindo saudades dos meus pais e arrependida de não tê –los obedecido.
Quando eles ligavam eles ficavam do meu lado e me obrigavam a dizer que estava tudo bem como se não estivesse acontecendo nada.
Um dia comecei a passar mal, e ele me levou no Santa Marcelina no pneumologista particular que disse que eu precisaria fazer um tratamento para os pulmões pois era um problema delicado. Mas ao sairmos dali não houve tratamento algum nem um remédio sequer.
Quando ele queria ficar a sós comigo para ter alguma intimidade eu era levada para outra casa uma casa vazia que ficava próxima a da vó dele.
E eu era obrigada a fazer o que ele mandava ou ele dizia que se não o obedecesse pagaria por isso. Quando voltávamos, ficava no mesmo quarto do mesmo jeito sem poder sair. Não podia ir embora porque era vigiada para que não saísse nem na rua e também porque não tinha dinheiro.
Um dia minha mãe ligou e a mãe dele falou que ela teria que ressarcir o dinheiro que ela havia gasto nesta consulta do pneumologista mais, minha mãe lhe disse que ela não tinha que pagar nada já que ele que havia me chamado para “viver” com ele.
Mais isso porque ela nem imaginava o que eu estava passando.
Certo dia quando todos saíram a mãe dele as irmãs, e ele e o irmão estavam no terraço resolvi aproveitar a situação para fazer uma ligação.
Liguei para minha melhor amiga pois já não aguentava mais sem ter com quem falar porque nem elas (mãe e as irmãs) e muito menos eles não queriam saber de mim a não ser para me ofender e me maltratar.
E nesta ligação contei a ela tudo que eu estava passando, que passava até nove horas sem comer, não podia sair a não ser quando ele queria se aproveitar e se não obedecesse pagaria “ele desceria o braço em mim”e também quando alguém me ligava tinha que falar que estava tudo bem.
Eu só não contava que alguém estava ouvindo tudo o que eu falava as escondidas.
Era a mesma mulher que havia ouvido nossa conversa na outra vez.
E então quando chegou a noite ela tratou de ir correndo contar a mãe dele tudo o que ela havia ouvido.
A mãe dele ficou furiosa após ouvir tudo e disse a ele que no dia seguinte ele teria que dar um jeito mais ela não me queria mais ali.
E então graças a Deus que usou essa mulher ele me libertou e me mandou embora daquele tormento me levando para a rodoviária do Tiete mais antes mandou eu ligar para minha amiga para ver se ela podia me ajudar deixando que eu ficasse uns dias em sua casa ate poder entrar em contato com meus pais em Bragança Paulista.
E então graças a Deus eu fiquei livre pois poderia ter morrido naquele lugar e então eu fiquei alguns dias na minha amiga.
Pedi perdão aos meus pais até que Graças a Deus eles me perdoaram e eu pude voltar para minha casa.
Mais pouco tempo depois comecei a me sentir mal. Tinha fortes dores de cabeça que não passavam de maneira nenhuma.
Fui ao médico do hospital universitário de Bragança que pediu que eu fizesse uma tomografia na qual que para nossa surpresa foi constatada que eu estava com Hidrocefalia. O estranho é que quando bebê após passar a hora de nascer eu tive epilepsia e minha mãe nunca ficou sabendo da possibilidade de hidrocefalia até mesmo os médicos da Husf estranharam chegando a dizer dizendo que isso não dá em uma pessoa adulta a não ser que esta tenha sido agredida com uma forte pancada na cabeça o que leva a pensar sobre tudo o que eu sofri antes mais tudo isso é e será um mistério porque se fui agredida na cabeça não me lembro de nada.
Quando foi em meados de novembro de 2002 tive que passar por uma cirurgia para colocação de uma válvula ventrículo peritoneal (DVP).
A cirurgia foi bem-sucedida, passei alguns meses bem até saia pela cidade para vender produtos de beleza. Após um ano de cirurgia, de repente comecei a ter desmaios por onde andava quando ia entregar os produtos.
Graças a Deus sempre havia uma alma boa que me socorria e o impressionante também é que não levavam minhas coisas.
Então começamos a achar que havia algo errado já que isso estava ocorrendo com uma certa frequência.
Fui ao médico para saber o porquê estava acontecendo aquilo e se estava tudo bem com a cirurgia.
Então ele pediu que eu fizesse alguns exames e neles foi constatado que teria que fazer uma nova cirurgia pois o motivo dos meus desmaios era que a minha válvula estava entupida. E marcaram a cirurgia em novembro de 2003. Mais nesta cirurgia após ter sido realizada a troca da válvula ocorreu que poucos dias depois da sua colocação apareceu um hematoma subdural em minha cabeça(uma hemorragia) que teve que ser realizada uma cirurgia para retirada do hematoma subdural.
Então após uma pequena perfuração para que houvesse a drenagem do excesso do sangue os médicos colocaram uma luva cirúrgica ligada ao pequeno orifício que eles haviam aberto em meu cérebro para que com o ar a luva se enchesse de sangue.
Na verdade era o que se esperava que acontecesse, mas quando os médicos chegaram a enfermaria em que eu estava qual foi a surpresa dos médicos quando eles viram que a luva que antes estava cheia de sangue agora se encontrava vazia para onde teria ido todo aquele sangue? O que teria acontecido?
Quando ainda estava no hospital tive que passar por mais um obstáculo, pois um certo dia eu vim a passar muito mal após ter me alimentado e ao ir dormir tive complicações digestivas que me levaram a ter uma parada cardiorrespiratória devido eu ter sofrido engasgos naquela hora foi preciso o uso de desfibrilador e até balão de oxigênio.
Foram momentos muitos difíceis, pois neste dia minha mãe que era minha acompanhante não se encontrava comigo pois tinha ido descansar já que estava há vários dias ali comigo.
E teve que ser chamada às pressas pois eles lhe disseram que nem sabiam como eu ainda estava viva depois de ter passado por tudo aquilo só mesmo um milagre poderia explicar tal façanha.
Com o tempo graças a Deus fui melhorando e tive alta. Fui melhorando aos poucos, mais de repente comecei a notar que a minha coordenação motora havia mudado.
Estava mais lenta, com mais dificuldade para caminhar. Em dezembro de 2003 nos mudamos para Carapicuíba, através do posto de saúde consegui ser encaminhada para o Hospital das Clínicas onde faço tratamento até hoje no Ambulatório de hidrodinâmica com o Doutor Fernando Campos Gomes Pinto
e sua equipe. Mais foi na AACD que eu descobri o que estava acontecendo com minha coordenação motora a equipe de médicos que me atendeu e a fisiatra através de exames descobri que estava com Hemiparesia devido a uma lesão encefálica adquirida decorrente da cirurgia de hidrocefalia.
Após essa descoberta comecei a fazer fisioterapia na AACD. Um lugar maravilhoso que foi de suma importância na minha vida.
E quando eu já estava bem melhor após a reabilitação da AACD eu me propus em forma de agradecimento a ser voluntária na unidade de Osasco como recepcionista, lá eu entregava senhas aos pacientes e levava os prontuários para os médicos fiquei lá por mais de um ano.
Pois quando eu adquiri essa deficiência fiquei revoltada e tive até depressão tentando até mesmo tirar a minha própria vida de várias formas e em uma delas o médico até me fez passar a noite pressa em uma enfermaria com uma paciente esquizofrênica que estava até algemada mais Deus não permitiu que o Inimigo acabasse com a minha vida. Mais a partir do momento em que conheci a AACD e aqueles pacientes iluminados que passei a perguntar a mim mesma o porquê daqueles sentimentos tão mesquinhos pois, aqueles pacientes tinham deficiências mais severas que a minha e mesmo assim não deixavam de sorrir e então como por um milagre pouco a pouco fui recuperando a minha autoestima.
E dei a volta por cima porque naquele momento vi que tudo era possível.
Especialmente quando a gente acredita em Deus e também em nós mesmos e principalmente paramos de dar ouvidos as pessoas negativas que só querem nos ver derrotados.
Mais não devemos nos deixar abater por nada seja qual for as circunstancias em nossas vidas pois tudo passa.
E foi assim que eu considero que venci pouco a pouco os obstáculos da minha vida.
E então um dia fiquei sabendo que haveria vestibular em uma faculdade perto de casa.
E resolvi me inscrever para prestar o vestibular. Fiz a prova e para minha felicidade fui aprovada em Letras.
Um curso que também mora em meu coração pois, como eu sempre gostei de escrever resolvi unir o útil ao agradável.
Pois o universo das palavras sempre me encantou é através dela que expressamos o que está em nossos corações.
Então no início do ano de 2010 comecei a minha faculdade na antiga faculdade Uniban hoje Anhanguera. No mesmo ano descobri que estava com um tumor ósseo o qual era benigno fiz e a cirurgia que ocorreu tudo bem e pude continuar o meu sonho.
Encontrei várias pessoas que já conhecia e também fiz várias outras amizades. Foi muito bom para mim estava realizando um sonho.
De me tornar uma ótima profissional e também uma escritora de sucesso.
Mais um dia meu pai me falou que eu teria de mudar para o horário da manhã porque estava chegando muito tarde. Pois eu chegava por volta da meia noite.
Porque a aula acabava as dez e meia e eu pegava duas conduções para chegar em casa e quando chegava já era meia noite além de ser muito tarde também era muito perigoso andar sozinha a essa hora.
Então eu tive que mudar para manhã mais quando eu fui na faculdade para fazer a alteração não havia o mesmo curso que eu estava fazendo a noite naquele horário e então eu tive que mudar para o curso de Pedagogia.
No começo foi difícil me adaptar mais depois acabei gostando até porque sempre gostei de crianças.
Estava empolgada e me sentindo realizada com este universo que estava descobrindo.
Especialmente quando comecei a fazer estágios eu vi que o mesmo amor que eu tinha por aquelas crianças era retribuído por elas.
Quando eu chegava na escola levando o meu material elas sempre queriam me ajudar era a coisa mais linda.
Mais tudo isso acabava por gerar muitos sentimentos ruins por parte de algumas pessoas.
Algumas professoras acabavam se incomodando com o meu jeito de ser, na verdade acho que elas tinham ciúmes dos alunos e não me achar capaz de ser uma boa profissional no futuro.
Mais graças a Deus consegui terminar o meu estágio em paz naquela escola.
Foi muito gratificante poder ensinar as crianças, depois disso também fiz estágios na secretária de educação e na creche do Hospital das Clinicas .
Fiquei muito feliz por poder trabalhar com os bebês e com o maternal pois não há nada mais puro do que as crianças.
Foi uma experiência maravilhosa pois ao mesmo tempo em que eu estava num ambiente educacional também era pertencia ao hospital em que mudou a minha vida para melhor.
Pois Deus usou os médicos para me operar e com isso depois fui melhorando cada vez mais.
Mais quando foi em Outubro de 2011 eu estava indo para faculdade o inimigo quis me pregar uma peça para me derrotar. Eu estava indo quando cai de mal jeito e não sei se forçou alguma coisa na minha válvula, mais para mim não tinha acontecido nada e então continuei o meu destino.
Quando foi outro dia tinha ido a igreja com minha mãe e ao sair eu tropecei e cai na saída da igreja.
Passado um tempo comecei a sentir forte dores na cabeça e também com o tempo comecei a ter dores nos olhos aí minha mãe me disse para eu ir ao pronto socorro.
Chegando lá falei pro médico que eu tinha hidrocefalia e que eu havia caído.
Então ele mandou que eu fizesse uma tomografia quando ele viu o resultado ele disse que eu fosse sem demora ao hospital das Clinicas.
No dia seguinte eu fui ao hospital das Clinicas quando a médica me atendeu e eu entreguei o resultado que o outro médico havia me dado para levar e expliquei a ela tudo o que havia me acontecido, e então ela pediu que eu fizesse alguns testes como olhar para o lado e para cima e não conseguia porque meus olhos estavam parados como os olhos dos deficientes visuais.
E então a médica me pediu uma tomografia e quando o resultado chegou ela viu que a minha válvula estava desconectada e que a minha cabeça estava começando a ficar cheia de agua e com uma seringa que ela inseriu no local da válvula ela extraiu duas seringas cheias de agua.
Em seguida ela já pediu que a minha mãe tratasse dos pais da minha internação que teria que ficar no hospital para a operação.
E então quando foi em outubro de 2011 foi realizada minha cirurgia.
Tive que trancar a faculdade temporariamente enquanto me recuperava.
Enquanto isso permanecia estudando em casa até o meu retorno.
Com a graça de Deus quando eu já estava melhor pude retomar os meus estudos.
Deus estava comigo todo tempo pois sempre tive muita fé nele. Mas quando foi em dezembro de 2011 já havia terminado as provas da faculdade.
E era época de vista de provas, eu não podia faltar estava chovendo muito e minha mãe disse que eu não fosse porque era perigoso e a chuva estava muito forte.
Mais infelizmente eu não ouvi a minha mãe e fui, pouco tempo depois de ter saído eu sofri um acidente caí em uma curva bem em cima da minha perna esquerda.
Fiquei imobilizada sem poder me mexer se não Deus e fosse um vizinho me socorrer não sei o que teria sido de mim.
De repente quando os meus pais viram o moço batendo no portão até se assustaram mais quando viram era eu que tinha me acidentado.
E então eles agradeceram aquele moço e chamaram o meu irmão para irmos para o hospital pois o meu tornozelo estava com uma fratura grave.
E pior que eu quebrei logo o tornozelo esquerdo justamente da perna que me dava sustentação pois eu havia ficado com uma sequela do lado direito chamado hemiparesia.
Ou seja, o lado direito não tinha muita força. E então devido a isso após a cirurgia por não poder usar muletas tive de fazer uso de cadeira de rodas. Mais eu sempre tive fé que aquela provação era por pouco tempo.
Nesta época eu estava fazendo um curso na AACD que era dado pelo Senac e antes eu havia namorado uma pessoa que quando eu sofri esse acidente nem me ligou nem para saber se eu estava viva.
Na verdade ele era um interesseiro porque quando nos conhecemos nem bem tínhamos começado a namorar ele sabendo que eu tinha um beneficio disse que ia fazer aniversário e que queria um celular que tinha de tudo . Eu como já estava apaixonada por ele acabei comprando um similar mais que tinha todos esses acessórios quando eu levei pra ele o celular ele ainda teve a coragem de me dizer que ele queria um moderno pq aquele era de contrabando e se eu não lhe desse ele me falou que me bateria. Então eu terminei com ele pois naquele momento como num filme eu me lembrei de tudo o que havia passado com aquele outro namoro.
E foi graças a Deus que em dois meses para a surpresa de todos e também dos médicos eu já estava conseguindo pisar no chão e andar pois o que normalmente leva de seis a oito meses para acontecer eu levei apenas dois meses. Até os médicos se surpreenderam quando viram que eu já estava andando e então viram o Poder de Deus em minha vida pois segundo a medicina não havia possibilidade de uma pessoa que quebrou o tornozelo em dois lugares estar andando em apenas dois meses.
Então logo já pude voltar para a faculdade e dar continuidade aos meus estudos.
Muito feliz por ter superado cada obstáculo que apareceu em meu caminho.
E com a graça de Deus já estava quase perto da tão sonhada formatura.
Mais certo dia estava muito quente acho que estava cerca de 30 graus de temperatura e eu pensei acho que vou tomar um banho frio para me refrescar.
Só que no banheiro do andar de cima era difícil de mudar a temperatura do chuveiro e então, eu resolvi tomar no banheiro de baixo, mas, neste banheiro haviam tirado a mangueirinha e colocado um pedaço de madeira no caninho.
De modo quando eu liguei o chuveiro esse pedacinho da madeira saiu com a pressão da água.
Então eu fiquei preocupada, pois tinha que dar um jeito de arrumar aquilo porque meu pai não ia gostar nada de ver que não estava do jeito que ele havia deixado.
E qual não foi a péssima ideia que tive de subir em cima da bacia do banheiro.
E quando eu subi já estava quase solucionando o problema quando desiquilibrei e cai batendo a cabeça na parede na mesma hora que começou a sangrar e formou um galo e um coagulo na região do olho.
Então quando a minha família percebeu gravidade do que tinha acontecido pediram ao meu irmão para irmos ao médico.
Chegando lá logo fui atendida pelo médico que falou que eu havia corrido um grande risco de vida porque se tivesse quebrado a bacia do banheiro com os estilhaços poderia até ter morrido e também se tivesse batido a cabeça mais grave poderia ter tido um traumatismo craniano ou coágulos.
Mais Deus me guardou e tive que levar cerca de oito pontos no supercilio pois havia aberto uma parte da pele devido a pancada inchado muito e a região do olho ficado muito roxo.
Mais Deus todo poderoso me restaurou e quando estava chegando o dia da formatura eu já estava bem melhor.
E quando chegou o grande dia eu não me deixei abater fui a cabelereira arrumei o meu cabelo com um penteado bem bonito e fiz uma maquiagem bem bonita para cobrir o hematoma que havia ficado, coloquei um belo vestido e fui com a minha mãe rumo a minha tão esperada formatura.
Afinal foram praticamente quase quatro anos de muita luta dificuldades que foram todas vencidas com a graça de Deus pois sem ele não somos nada.
Mais como sempre encontramos em nossas vidas pessoas que não torcem por nossa felicidade.
Uma certa pessoa chegou a dizer que não acreditava que eu fosse para a formatura acho que devido a minha deficiência que estou superando a cada dia.
Mais não liguei com que essa pessoa falou pois somos mais que vencedores.
Em nossas vidas sempre encontraremos pessoas assim mais não devemos ligar pois Deus é maior que tudo isso e sempre estará do nosso lado.
A festa foi muito linda emocionante e uma grande realização ter recebido o meu diploma agora estava me tornando uma pedagoga.
Fiquei muito emocionada quando recebi quando a professora Solange me deu o meu canudo.
Tiramos várias fotos para que aquele momento ficasse eternizado para sempre tanto em nossa memória da qual jamais sairia mais também no álbum de formaturas o qual fiz questão de adquirir tempos depois para nunca me esquecer que Deus me fez vencer cada adversidade passada e que ele tudo pode basta confiarmos Nele e em nós mesmo.
Pois enquanto há vida há esperança e para tudo há solução só não para a morte.
Agora começaria uma nova etapa em minha vida. Logo consegui uma colocação na educação atuei durante um ano e meio como professora de educação infantil em Osasco.
Gostei muito foi uma ótima experiência mais também muito sacrificante especialmente para pessoas com deficiência como eu pois as crianças exigem muito de você mais não me arrependo amei o tempo que passei com elas.
Mais até mesmo na escola que deveria ser um lugar de pessoas educadas nem sempre é o que acontece nas escolas que eu trabalhei tinha muita gente boa mais também muita gente invejosa e negativa na creche Mario Quintana em que trabalhei havia pessoas assim um certo dia no dia das crianças eu me vesti de palhaça para alegrar meus pequenos alunos e lá havia algumas professoras que acho que não gostaram ficavam a me perseguir as vezes elas saiam de suas salas e vinham querer tirar a minha autoridade sobre os meus alunos mais como sempre Deus sempre esteve e está em minha vida elas acabavam pedindo remoção para outra escola.
Tempos depois tive que ser removida para uma escola aqui perto de casa e lá também encontrei muitas provações como quedas e umas professoras que me perseguiam .Uma que trabalhava em minha sala me dizia que não devia estar ali que não sabia porque a prefeitura tinha me contratado coisas assim.Especialmente também de eu ter sofrido algumas quedas coisas comuns a pessoas com deficiência.
Uma delas foi num passeio que fui junto com as crianças e fomos correr para nos proteger da chuva mais graças a Deus não aconteceu nada grave comigo e principalmente com as crianças.
Certo dia a nossa colega de trabalho tinha faltado e por conta dessas quedas que eu já havia sofrido eu não podia fazer esforços e uma criança fazendo birra acabou fazendo as necessidades no chão e aquela professora a discriminava porque seus pais eram pessoas humildes porque trabalhava com recicláveis então ela pegou essa criança com uma brutalidade e saiu a sacudindo ate o banheiro fiquei horrorizada com tudo aquilo e então por conta disso algumas delas ficavam com muita raiva pois achavam que eu era privilegiada pelas diretoras. Certo dia também uma professora foi pedir papel higiênico na minha sala e enquanto eu fui pegar e a outra professora fazia a agenda das crianças a professora que foi pedir o papel não viu que uma criança estava com dedo no portão e fechou o portão no dedo dela e sua unha caiu na hora ficamos todos desesperados mais tivemos ate que assinar uma ocorrência mais graças a Deus sua família entendeu e não nos processou.
Havia uma outra professora nesta instituição que parecia se sentir incomodada com a minha deficiência ficava me perseguindo dizendo que eu tinha que ir na igreja Universal para curar as minhas pernas eu falei a ela se ela estava incomodada como minha deficiência e que eu já tinha minha religião e não iriam a lugar algum. Mais com o tempo essa professora que parecia ter problemas psicológicos pois ela morava sozinha e tinha cerca de quarenta gatos esse não seria problema algum se não fosse a sua falta de higiene e principalmente porque trabalhava no berçário e um certo dia ela chegou a insinuar para um pai que o seu filho vinha cheirando urina de gato e por causa disso no outro dia a mãe do bebê foi a escola e pediu que ela fosse removida para outra escola e assim eu também quando terminou o meu contrato eu também encerrei este ciclo na minha vida foi uma ótima experiência mais eu vi que aquilo não era para mim e sim a aréa da da saúde.
Mais o meu sonho desde que renasci como uma Fênix para vida sempre foi se dedicar as pessoas especialmente na área da saúde. Pois assim como Deus através dos médicos salvou a minha vida quero fazer o mesmo para os outros.
Então em 2016 fui em busca de um sonho fiz o vestibular, passei e comecei a fazer a faculdade de Biomedicina na Faculdade das Américas.
Quando saia do serviço ia direto para a faculdade que ficava na Paulista.
As vezes chegava muito atrasada e não achava lugar para sentar de tão cheia que era a sala.
Cerca vez me acidentei na rua Augusta quando estava indo e fiquei com o queixo sangrando fui para a faculdade e não tive nem um auxilio deste lugar de primeiros socorros.
Tanto que depois tive que desistir de estudar lá por esses motivos e tantos outros como a distância também.
Mais não havia desistido do meu sonho então em 2017 eu pesquisei onde teria esse curso em um lugar que fosse próximo.
Então eu vi que na Universidade Paulista do Alphaville tinha e não era muito longe da minha casa.
Então em fevereiro do ano de 2017 eu recomecei os meus estudos era um sonho que eu estava realizando já me via e me imaginava e me imagino na dedicação ao meu próximo.
Sinto que eu nasci para servir. Mais quando eu pensava estar tudo bem-estava estudando e muito feliz sofri um grande baque da vida.
Pois quando chegou o tempo de eu receber o meu benefício senti que havia algo errado pois ainda não havia caído nada em minha conta.
Então fomos no INSS e fiquei sabendo que haviam suspendido o meu salário.
E que eu teria que recorrer ao INSS. E por este motivo mais uma vez os meus sonhos estavam indo por água abaixo pois não teria como pagar os meus estudos e infelizmente teria que tranca- lo.
Cheguei a recorrer contratando um advogado mais até agora não obtive respostas mais sei que Deus está comigo e vencerei mais esta batalha assim como venci todas as outras.
Pois se Deus me abençoou e me ajudou até aqui sei que me continuará me ajudando pois nada pode abalar a nossa fé e principalmente o Poder de Deus.
Por que se Deus é por nós quem será contra nós. Adeterminação ninguém pode tirar.
Pois todos nós somos capazes inclusive nós que possuímos alguma limitação mais perante Deus somos todos iguais e Deus nos dá cada vez mais forças para lutar pelos nossos objetivos neste mundo enquanto há vida há Esperança não há nada que o nosso Deus não possa fazer a bíblia fala que se resistimos as provações e o inimigo ele fugirá dos nossos caminhos.
Eu não sei o que você está passando neste momento se é uma doença ou desemprego mais quero te dizer que tudo isso vai passar por que somente o Poder de Deus é Eterno e para tudo há uma solução pois então creia e confie e tudo se resolverá e todos os nossos sonhos se tornarão realidade.
Tenho certeza que os meus sonhos se tornarão realidade e que eu não estou aqui neste mundo à toa Deus tem um propósito na vida de cada um de nós eu acredito muito nisso pois a fé é o que nos move todos os dias.
Por isso eu me espelho sempre primeiramente em Deus e depois naquelas pessoas determinadas como eu deficientes ou não que passaram por lutas e dificuldades mais que viram a luz no fim do túnel e o sol brilhar em suas vidas.
Uma das pessoas com deficiência em que me inspiro é o físico teórico Stephen Hawking que mesmo com suas limitações foi um dos mais consagrados cientistas que já houve em todos os tempos.
Pois mesmo com suas limitações ele não se entregou e deixou o seu legado para todos nós com seus estudos cienfícos.
Também em nosso país temos diversas personalidades que superaram os seus limites.
Temos a inspiradora história de superação do maestro João Carlos Martins que mesmo com sua limitação não se deixou abater pelas circunstâncias da vida mesmo sem poder tocar piano tão bem como fazia passou a reger uma orquestra como ninguém.
Temos também a história dos pintores de pés e boca que mesmo tendo nascido com limitações jamais se entregaram e pintam seus quadros divinamente.
Temos também o grande exemplo de fé e determinação da ginasta brasileira Laís Souza que mesmo após sofrer um grave acidente segue lutando dia após dia pela sua recuperação.
Outro grande exemplo de fé e determinação é o da deputada Mara Gabrilii que após sofrer um acidente automobilístico nos mostra uma grande lição de vida através do seu trabalho como deputada na Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SEPED). Pois ela está sempre na luta por todas as pessoas com deficiência.
E tantos outros pacientes da AACD e cada uma dessas pessoas merecem nossas homenagens e agradecimentos por nos mostra que jamais devemos desistir dos nossos sonhos e sim lutar todos os dias pois Deus sempre estará do nosso lado nos ajudando a realizar nossos sonhos.
Por isso eu sigo perseguindo os meus sonhos e já me vejo muito em breve formada e ajudando os meus futuros pacientes assim como eu fui ajudada primeiro por Deus segundos pelos médicos que foram usados por ele.
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