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Personagem: Ronny Nascimento
Por: Museu da Pessoa, 19 de setembro de 2020

Futebol e música

Esta história contém:

Futebol e música

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Com sete pra oito anos, já, foi daí que comecei a ir pra Barcarena.

Eu vinha pra Barcarena sede, na casa da minha outra tia que já morava aqui.

Depois de um tempo, vim mais, porque o meu sonho era conhecer o Vieira, o Rei da Guitarrada.

E o Vieira fundou um time na época, que existe até hoje: Clube Atlético Barcarenense.

E eu sempre gostei de futebol.

Isso eu já tinha o quê? Treze pra catorze anos.

Eu jogava futebol pela Juvenil da Tuna Luso Brasileira.

Depois tive uma leve passagem pelo Remo.

E, quando veio jogar a Juvenil da Tuna contra a seleção da Barcarena, o Vieira me viu jogando ali.

Só que ele não sabia que eu era de Barcarena, que a minha família morava por aí.

E ele me fez o convite pra jogar no time dele e tudo.

Eu cheguei a morar na casa do Vieira.

Por quê? Porque eu queria música.

E ele me ensinou muita coisa.

O Vieira foi o cara que colocou a minha primeira música num disco, como compositor: “Rapaz, você tem muita coisa boa.

Vamos colocar lá”.

Além dele ter a banda dele, ele era produtor da gravadora Continental, na época, a mais estourada do Brasil, entendeu? E ele colocou no disco da cantora Miriam Cunha, uma música minha chamada Faça de mim o que quiser.

A música estourou em todo o norte e nordeste.

Aí, daí, eu despontei como compositor.

E fui ficando em Barcarena, sede.

Aí, quando chegou Alberto Calçada, pra produzir um disco do Vieira, ele me viu cantando numa casa de show chamada O Batista, só que eu cantava mais as minhas músicas.

E o Calçada me conheceu no estúdio com o Vieira.

E ele foi: “Eu vou ver você cantar”.

Aí ele foi.

Quando eu terminei de cantar, ele mandou um papelzinho pelo garçom: “‘Seu’ Alberto Calçada, pra você ir lá na mesa com ele”.

Aí eu fui lá.

Quando eu... Continuar leitura

Dados de acervo

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P/1- Bom, ‘seu’ Rony, boa tarde. Obrigado pela presença! R- Obrigado.P/1- Qual é o nome do senhor, inteiro. Data que o senhor nasceu. E em que cidade que foi. R- Meu nome é Nivaldo Oliveira do Nascimento. Nasci na Ilha das Onças, município de Barcarena. E nasci em 1963. P/1- Qual é o nome da família? Como é a família da sua mãe? Qual que são os seus avós?R- O nome da minha mãe é Isomar Oliveira do Nascimento. Barcarenense. E casou com um cearense (riso), José Rufino do Nascimento.P/1- O nome dos seus avós, pai e mãe da sua mãe, como era?R- O pai da minha mãe era Francisco Lopes de Oliveira. E a minha avó, Avelina Alves de Araújo.P/1- Eles faziam o que, seus avós?R- Agricultores. Na Ilha das Onças. P/1- E você os conheceu?R- Só a minha avó. Só a minha avó.P/1- Como ela era, a sua avó?R- Ahh, a minha avó era aquela que me apadrinhava quando eu estava fazendo as minhas artes. E eu mudava planta com ela. Ela me levava pra passear de canoa, né, lá no Furo do Nazário, próximo ao Rio Piramanha. Passa um filme na minha cabeça, né? Aí, a minha avó fazia tudo isso por mim. Me ajudava a tirar frutas (risos) quando eu não alcançava, que eu era pequenininho, né? E é um negócio... passa um filme, né?P/1- Sei. Ela plantava o que lá na Ilha?R- Na ilha são muitas frutas, né? Ela plantava de tudo. Mas existia roça. Ela plantava maxixe, plantava quiabo, macaxeira, jambú. Tudo isso tinha lá na roça, que eu lembro, né?P/1- E pescava também?R- O meu avô. O meu avô pescava. Mas ela que me dizia: “O teu avô pescava assim, assim, assim”. Eu não conheci o meu avô. E também ela tinha o negócio de fazer, deixa eu lembrar bem... ahh, brinquedo pra nós. Ela fazia um brinquedo que chamava o fofoia. (risos) Fofoia é aquele tipo que cai do açaizeiro. É tipo um barquinho. A minha avó emendava o negócio, fazia aquilo pra gente brincar. P/1- Fazia barquinho?R- É, ela fazia, aqueles barquinho. E colocava na água, pra gente... Continuar leitura

Título: Futebol e música

Data: 19 de setembro de 2020

Local de produção: Brasil / Barcarena

Personagem: Ronny Nascimento
Autor: Museu da Pessoa

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