Eu sou Letícia tenho 13 anos e tive uma infância muita boa, apesar das dificuldades que passei. Tudo começou quando eu tinha dois anos e foi descoberto um tumor no meu rim direito. Sofri muito e tive que retirar parte do rim, fiz quimioterapia e por isso meu cabelo caiu todo. Minha mãe também sofreu muito comigo. A gente morava em Brejões e ia pra Salvador na fase que tive que fazer o tratamento. Durante o meu tratamento ia todo mês fazer as sessões de quimioterapia e algumas vezes era minha tia que mim levava e todo mundo pensava que ela era minha mãe porque eu era mais parecida com ela. Aos quatro anos comecei a estudar numa escola chamada Monteiro Lobato. Quando cheguei todas as crianças olhavam e ria apontando pra mim dizendo que parecia um homem porque estava careca. Como eu usava uma touca rosa de crochê algumas delas chegavam a tirar a toca da minha cabeça e riam muito. Eu chorava e não queria ficar na escola. Nesse período tinha um menino chamado Daniel que era o único que brincava comigo e desde pequeno ele estuda comigo. O que vivi nessa escola foi bullying e isso só aconteceu lá. Quando eu fiz seis anos aconteceu algo muito triste com minha avó. Meu bisavô ficou doente e minha avó foi ficar com ele no hospital. Quando foi dar um banho nele, acabou escorregando e caiu. O médico atendeu ela mas pediu para fazer a transferência dela para uma cidade chamada Feira de Santana que ficava perto de Salvador. Nesse mesmo dia eu fui com minha mãe para meu tratamento em Salvador e o carro que levava a gente parou no hospital de Feira de Santana e nesse tempo a ambulância de Brejões chegou. Nisso, minha mãe viu que era minha avó sendo levada para a emergência. Só que ela acabou morrendo. Eu era novinha mas lembro disso e que fiquei muito triste. Consegui terminar meu tratamento e passando alguns anos em 2011 senti uma dor na perna e o médico pediu para fazer uma biopsia e precisei fazer vários exames e ficar...
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Eu sou Letícia tenho 13 anos e tive uma infância muita boa, apesar das dificuldades que passei. Tudo começou quando eu tinha dois anos e foi descoberto um tumor no meu rim direito. Sofri muito e tive que retirar parte do rim, fiz quimioterapia e por isso meu cabelo caiu todo. Minha mãe também sofreu muito comigo. A gente morava em Brejões e ia pra Salvador na fase que tive que fazer o tratamento. Durante o meu tratamento ia todo mês fazer as sessões de quimioterapia e algumas vezes era minha tia que mim levava e todo mundo pensava que ela era minha mãe porque eu era mais parecida com ela. Aos quatro anos comecei a estudar numa escola chamada Monteiro Lobato. Quando cheguei todas as crianças olhavam e ria apontando pra mim dizendo que parecia um homem porque estava careca. Como eu usava uma touca rosa de crochê algumas delas chegavam a tirar a toca da minha cabeça e riam muito. Eu chorava e não queria ficar na escola. Nesse período tinha um menino chamado Daniel que era o único que brincava comigo e desde pequeno ele estuda comigo. O que vivi nessa escola foi bullying e isso só aconteceu lá. Quando eu fiz seis anos aconteceu algo muito triste com minha avó. Meu bisavô ficou doente e minha avó foi ficar com ele no hospital. Quando foi dar um banho nele, acabou escorregando e caiu. O médico atendeu ela mas pediu para fazer a transferência dela para uma cidade chamada Feira de Santana que ficava perto de Salvador. Nesse mesmo dia eu fui com minha mãe para meu tratamento em Salvador e o carro que levava a gente parou no hospital de Feira de Santana e nesse tempo a ambulância de Brejões chegou. Nisso, minha mãe viu que era minha avó sendo levada para a emergência. Só que ela acabou morrendo. Eu era novinha mas lembro disso e que fiquei muito triste. Consegui terminar meu tratamento e passando alguns anos em 2011 senti uma dor na perna e o médico pediu para fazer uma biopsia e precisei fazer vários exames e ficar indo de mês em mês e depois de ano em ano pra Salvador.
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