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Por: Museu da Pessoa, 1 de junho de 2014

Entre idas e vindas

Esta história contém:

Entre idas e vindas

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Meu nome é Ana Virgínia de Moraes Lima, nasci em Fortaleza, em 24 de abril de 1975.

Meu pai era agricultor, Antônio Rodrigues de Moraes e minha mãe Maria Silva de Moraes, também.

Meu pai nasceu e se criou aqui. Só com 19 anos, 20 anos ele foi pra Fortaleza. Voltou de novo, ele ia pra lá e voltava, ficava, passava uns tempo aqui, voltava pra lá. Com o tempo ele, lá por uns 30 e poucos anos ele se casou com minha mãe. Aí veio morar uns tempos aqui, aí voltava.

Aqui na época era muito dificultoso. Porque era assim, ele tinha um terreno, mas não tinha como sobreviver, não tinha dinheiro pra comprar comida pra nós. Ele já veio pra cá, quando voltou, ele já era casado. Aí voltou já tinha quatro filhos, aí voltou de novo, passou um tempo, quando voltou já tinha cinco, voltou de novo já tinha seis (risos). Ele plantava feijão, plantava milho, macaxeira, mandioca.

Eu vim estudar aqui, mas só tinha duas classes na escola, isso era até a quarta série, eu já tinha ultrapassado a classe. Meus irmãos chegaram a estudar aqui. Meus irmãos ainda estudaram aqui, eu voltei pra Fortaleza, terminei o segundo grau lá. Quando terminei o segundo grau me casei, voltei pra cá de novo (risos).

Eu morava com a minha bisavó. A infância era bom demais. Quando a gente era pequeno aqui, a gente passava o dia todinho no roçado, passava o dia todinho apanhando milho, apanhando feijão. A gente ia de manhã bem cedo, daí ele levava tapioca (risos). O milho a gente pegava, assava, comia nove hora, comia como milho cozido. Na hora do almoço a gente comia o feijão maduro, cozinhava, comia. Quando era cinco hora a gente vinha pra casa, cada um com um saco, era eu, meu primo e os meus dois irmãos, que é a minha irmã e o meu irmão.

Quando eu voltei pra Fortaleza eu já tava com 18 anos. A minha adolescência foi assim, eu passava uns tempos na casa dos meus primos, a gente ia pra Igreja Evangélica, se reunia aquela turma todinha. O meu tio, primo...

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Dados de acervo

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Projeto CSP

Depoimento de Ana Virgínia de Moraes Lima

Entrevistada por Eliete Pereira

São Gonçalo do Amarante, Ceará, 01 de junho de 2014

Realização Museu da Pessoa

CSP_HV016_ Ana Virginia de Moraes Lima

Transcrito por Rodrigo Catunda Barreira

P/1 – Ana Virginia, você pode falar o seu nome completo?

R – Ana Virgínia de Moraes Lima.

P/1 – Onde você nasceu?

R – Em Fortaleza.

P/1 – Qual a data do nascimento?

R – 24 de abril de 1975.

P/1 – E o nome dos teu pais?

R – Antônio Rodrigues de Moraes e Maria Silva de Moraes

P/1 – O que seus pais faziam quando você era pequena?

R – Meu pai era agricultor.

P/1 – E sua mãe?

R – A minha mãe também.

P/1 – Ana Virginia, você nasceu em Fortaleza, seus pais agricultores, mas eles eram dali de Fortaleza?

R – Não, meu pai nasceu e se criou aqui. Só com 19 anos, 20 anos ele foi pra Fortaleza. Aí voltou de novo, ele ia pra lá e voltava, ficava, passava uns tempo aqui, voltava pra lá, e assim..

P/1 – Ele tinha família lá em Fortaleza?

R – Não. Ele foi pra lá com 19 anos. Com o tempo ele, lá por uns 30 e poucos anos ele se casou com minha mãe. Aí veio morar uns tempos aqui, aí voltava...

P/1 – Mas por que ele ia pra Fortaleza?

R – Porque aqui na época era muito dificultoso. Porque era assim, ele tinha um terreno, mas não tinha como sobreviver, porque tinha terreno, mas não tinha dinheiro pra comprar comida pra nós. Ele já veio pra cá, quando voltou, ele já era casado. Aí voltou já tinha quatro filhos, aí voltou de novo, passou um tempo, quando voltou já tinha cinco, voltou de novo já tinha seis (risos).

P/1 – E quando você fala "aqui" era sempre aqui no Bolso?

R – Não, era lá num lugarzinho chamado Gregório.

P/1 – Gregório?

R – Aham.

P/1 – O Gregório ficava em qual município, você sabe?

R – Aqui mesmo.

P/1 – Aqui de São Gonçalo do Amarante?

R – São Gonçalo, só que mais lá na frente ali. Eu acho...

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