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Por: Museu da Pessoa,

Entre dores e milagres

Esta história contém:

Entre dores e milagres

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Sou Berenice de Souza Torres, mas gosto que me chamem de Berê. Nasci no dia 22 de setembro em 1980 em Pirá, Bahia. Bahia.....

Meu pai, Manoel Dias Torres, minha mãe Maria de Souza Torres, não são mais vivos, infelizmente.

Ah sim! Meu pai gostava muito de cozinhar para a família, né, para os filhos... gostava de assoviar, gostava muito de ouvir notícia, é... ouvir rádio, notícia, ele era muito disso, de ler bíblia e conversar, conversar, falar, contar histórias. Meu pai lembro muito disso. Minha mãe era muito alegre, era muito sociável, gostava de conversar com as pessoas... era muito atuante das obras sociais também, ajudava muito nos trabalhos da igreja, cesta básica para as pessoas, ajudar... Todos os vizinhos, nascia filho, alguém adoecia, minha mãe tava lá ajudando. Então ela era muito de ajudar as pessoas e gostava muito de cantar. Muito de cantar. Era muito vaidosa e muito muito muito cuidadosa, assim, com a casa, com os filhos e com as pessoas. Minha mãe era muito de gente assim, de gente, gente. Então, minha família sempre foi muito assim né, minha mãe, meu pai. Tanto que na minha casa quando eu tinha 14, 13, 12 anos, morava a gente e o pessoal que vinha da Bahia, eles acolhia todo mundo. O pessoal vinha pra minha casa, uma casa assim, pequena, morou assim, moraram 22 pessoas, 25 assim... E aí as pessoas vinham para casa, os meus pais arranjavam emprego, por que meus pais conheciam muita gente, assim, e então eu trago muito deles essa lembrança de acolhimento, de gente, de lidar com as pessoas... Mesmo eles tendo muita... sendo muito pobres, né, muito simples, não tinham recursos, mas o que eles tinham eles ajudavam. Eu falo que eram do povão, assim (risos). Muito da comuna, mesmo...

Ah… o que eu sei e que sempre me deixa muito curiosa, é que assim.. Eles casaram e tiveram os dois primeiros filhos da Bahia, depois vieram para São Paulo, e aí nasceram uns aqui Santos, Guarujá, Santos e Guarujá eu tenho um...

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Nome do Projeto: Conte sua história

Depoimento de: Berenice de Souza Torres

Entrevistado por: Júlio Mesquita

Local de gravação: São Paulo

São Paulo, 16 de julho de 2019

Realização Museu da Pessoa

Código do Depoente: PCSH_HV797

Transcrição feita por: Camila Catani Ferraro

P/1: Bom dia, para começar geralmente a gente pede para você falar o seu nome completo, local e data de nascimento...

R: Tá... Sou Berenice de Souza Torres, mas gosto que me chamem de Berê. Nasci no dia 22 de setembro em 1980 em Pirá, Bahia. Bahia.....

P/1: Qual o nome dos seus pais?

R: Então... Meu pai, Manoel Dias Torres, minha mãe Maria de Souza Torres, não são mais vivos, infelizmente.

P/1: E eles são de...?

R: de Bahia, também! Agora o lugar eu não sei, mas deve ser perto daquela região... Riachão do Jaquipe, eu acho. São baianos também. Posso falar?

P/1: Pode, pode à vontade.

R: Não, desculpa. Eu ia falar deles..

P/1: Pode falar deles, também. Eu ia te perguntar, você sabe o motivo deles terem de dado o nome?

R: Ah... sim. O meu nome seria Lilian Débora, não sei por que, mas a família toda queria. Minha família toda queria, minha mãe, meus irmãos mais velhos... Eu sou a décima terceira filha, ein?. Caçula, sou a caçula dos dois, eles tiverem 13 filhos. Eaí todo mundo escolheu Lilian Débora, me contaram. Só que ai quando meu pai foi... chegou em casa, ele chegou com Berenice. Ai foi uma briga, por que ninguém gostou, achou muito feio e ele falou que não sabia falar Débora, falava “Debra”, ai não sei porquê foi Berenice. O fato que assim, até os meus 16 anos eu detestava do meu nome porque achava feio, pela herança da família que falava que Berenice era feio e que o nome era para ser Lilian Débora, aí cresci com isso. Aí na escola, um professor muito legal, falou: “seu nome é lindoooo, Berenice, um nome chique, francês...”. Ai peguei isso, só que ai o que eu mais gostei é que ele falava assim: “quantas Berenices tem...

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