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Por: Museu da Pessoa, 31 de agosto de 2012

Então valeu a pena a luta!

Esta história contém:

Então valeu a pena a luta!

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P/1 - Girlândia, pra gente começar, qual é o seu nome completo?

R - Girlândia Pires Pereira.

P/1 - E onde você nasceu?

R - Eu nasci em Belmonte. Eu nasci na fazenda Oiteirinho, né? No município de Belmonte, mas sou Belmontês mesmo.

P/1 - Em que dia?

R - 28 de novembro de 1968.

P/1 - E você lembra o nome dos seus pais?

R - Lembro!

P/1 - Qual que é?

R - João Pires Borges e Maria da Ajuda Alves Pereira.

P/1 - E o que eles faziam?

R - Meu pai era agricultor. Os dois, né? Já era na época do cacau, eles tinham uma pequena rocinha de cacau e trabalhavam com cacau; na agricultura, com cacau.

P/1 - Qual lembrança você tem deles?

R - Ai, eu tenho boas lembranças de meu pai. A formação, a honestidade, o caráter, então isso me faz lembrar muito ele, né? Ele batia muito nessa tecla: tem que ser sério, tem que ser honesto no que faz.

P/1 - Mas você lembra, assim, de como era a sua relação com ele? Algum caso que você possa contar pra gente...

R - Lembro... minha mãe era mais de trabalhar, sabe? Ela exigia que a gente estudasse, mas não era de “muito estar junto” não. Ela não sabia ler, ele sabia ler um pouco, então ele... a gente trabalhava o dia no cacau, por exemplo, ajudava de manhã, era um grupo grande de irmãos, uns estudavam de manhã e outros à tarde. No meu caso, eu estudava a tarde, então de manhã eu trabalhava no cacau com eles. Aí a tarde, meio dia, vinha pra ir pra casa, pra ir pra escola e à noite, que eu lembro muito forte, assim, porque era com candeeiro, ele sentava e fazia os “para casa” junto com a gente.

P/1 - Ah, o dever?

R - É, a lição de casa. Era ele que sentava e fazia junto com a gente. Pegando na mão... naquela época tinha que pegar na mão, ele pegava da gente. Então essa, assim, eu lembro muito forte dele, do meu pai.

P/1 - E a sua mãe?

R - Minha mãe já era um pouco brava, não era? Mas o que eu lembro dela era a luta que ela tinha pra gente vencer, pra...

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Dados de acervo

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Projeto Santa Cruz Cabrália e Belterra – Memória e Vida de seus Moradores

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista de Girlândia Pires Pereira

Entrevistado por Márcia Trezza e Sarah Faleiros

Santa Cruz Cabrália, 31 de Agosto de 2012

Código: SCCB_HV010

Transcrito por Ana Luiza Guedes Ferreira

Revisado por Sofia Tapajós

P/1 - Girlândia, pra gente começar, qual é o seu nome completo?

R - Girlândia Pires Pereira.

P/1 - E onde você nasceu?

R - Eu nasci em Belmonte. Eu nasci na fazenda Oiteirinho, né? No município de Belmonte, mas sou Belmontês mesmo.

P/1 - Em que dia?

R - 28 de novembro de 1968.

P/1 - E você lembra o nome dos seus pais?

R - Lembro!

P/1 - Qual que é?

R - João Pires Borges e Maria da Ajuda Alves Pereira.

P/1 - E o que eles faziam?

R - Meu pai era agricultor. Os dois, né? Já era na época do cacau, eles tinham uma pequena rocinha de cacau e trabalhavam com cacau; na agricultura, com cacau.

P/1 - Qual lembrança você tem deles?

R - Ai, eu tenho boas lembranças de meu pai. A formação, a honestidade, o caráter, então isso me faz lembrar muito ele, né? Ele batia muito nessa tecla: tem que ser sério, tem que ser honesto no que faz.

P/1 - Mas você lembra, assim, de como era a sua relação com ele? Algum caso que você possa contar pra gente...

R - Lembro... minha mãe era mais de trabalhar, sabe? Ela exigia que a gente estudasse, mas não era de “muito estar junto” não. Ela não sabia ler, ele sabia ler um pouco, então ele... a gente trabalhava o dia no cacau, por exemplo, ajudava de manhã, era um grupo grande de irmãos, uns estudavam de manhã e outros à tarde. No meu caso, eu estudava a tarde, então de manhã eu trabalhava no cacau com eles. Aí a tarde, meio dia, vinha pra ir pra casa, pra ir pra escola e à noite, que eu lembro muito forte, assim, porque era com candeeiro, ele sentava e fazia os “para casa” junto com a gente.

P/1 - Ah, o dever?

R - É, a lição de casa. Era ele...

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