IDENTIFICAÇÃO Elza Maria Gama Maio. São Paulo 02 de junho de 1963. ATIVIDADE ATUAL Eu sou coordenadora de responsabilidade social da Avon. FAMÍLIA Meus pais são Algerino Maio e Julia Gama. Meu pai hoje é aposentado, mas ele era proprietário de padarias. Ele é português...Continuar leitura
IDENTIFICAÇÃO Elza Maria Gama Maio. São Paulo 02 de junho de 1963.
ATIVIDADE ATUAL Eu sou coordenadora de responsabilidade social da Avon.
FAMÍLIA Meus pais são Algerino Maio e Julia Gama. Meu pai hoje é aposentado, mas ele era proprietário de padarias. Ele é português, veio para o Brasil e se tornou dono de uma padaria. Hoje é aposentado e desenvolve atividades relacionadas ainda à sociedade, com algumas pessoas da padaria. E a minha mãe trabalha em casa também. A família de minha mãe também é portuguesa. Meus dois irmãos também são portugueses. Só eu sou brasileira. Meus pais vieram para o Brasil em 1961 tentar a vida aqui. Eles moravam na Ilha da Madeira, não tinha muitas perspectivas de trabalho lá. E como eles têm família aqui em São Paulo, definiram vir de lá pra cá com dois filhos em 1961.
INFÂNCIA Eu morava ali próximo do aeroporto de Congonhas. Era uma casa simples. Como meu pai tinha a padaria, eu e meus irmãos tínhamos essa vontade de estar sempre na padaria comendo os doces, os pães de todos os tipos. Minha mãe sempre trabalhou em casa, sempre cuidou dos filhos, e o meu pai sempre trabalhando, porque era de domingo a domingo. Então, a gente tinha um vínculo maior com a minha mãe. Quando meu pai ficava em casa era um grande momento de a gente curtir um pouquinho pai, mãe e irmãos. Mas era normal. A gente brincava bastante, era uma época em que a gente podia brincar na rua. Então havia várias brincadeiras de rua: pega-pega, esconde-esconde, carrinho de rolimã, jogos, brincadeiras com os vizinhos. A gente tinha contatos com as pessoas da região de onde morávamos, éramos todos amigos. Hoje em dia não tem muito isso, a gente acaba não tendo muita essa facilidade com os nossos filhos. As atividades eram ir para a escola de amanhã, à tarde fazer lição e brincar; mais brincar do que fazer lição. Era brincar muito. Eu aproveitei bastante a minha infância.
BRINCADEIRAS DE INFÂNCIA Eu gostava de boneca, gostava bastante de brincar de boneca, mas de brincar também de esconde-esconde, pega-pega, vôlei, andar de bicicleta - que eu comecei a andar com uns seis, sete anos. A bicicleta, inclusive, era maior do que eu. Eu curti muita brincadeira na rua com os vizinhos, colegas, amigos.
CIDADES / SÃO PAULO Você se sentia segura, não precisava ter medo de sair na rua à noite; não tinha muito essa preocupação com assalto; hoje, a gente tem muito disso e na época, não tinha. Era uma coisa muito mais tranqüila, muito mais segura, as pessoas pareciam ser mais amigas, mais confiantes, a relação familiar muito mais próxima. As pessoas, os primos, tios, a gente sempre se reunia. Hoje fica um pouco mais difícil. Mas era uma época bem gostosa, anos 70, 80. Com as músicas, com os bailes. Na época de escola, de ginásio. Depois do colégio. Era bem gostoso. Atualmente moro ali próximo, bem perto. Minha mãe mora no mesmo bairro e a gente acaba revivendo quando estou lá. As pessoas praticamente são as mesmas. Claro, todas cresceram, agora com filhos, casados. Então, você meio que acompanha a vida das pessoas. É bem legal.
LEMBRANÇAS DA INFÂNCIA São várias. De escola, de brincadeiras, de algumas brigas. Minha mãe era portuguesa E quando eu ia para a escola, eu ia super arrumadinha: o uniforme da escola... E ela fazia um penteado, que tinha um rabo-de-cavalo aqui [gesticula mostrando o lugar do rabo-de-cavalo]. Então, eu ia para a escola assim e o pessoal ficava meio que tirando um sarro, brincando com meu rabo-de-cavalo, mexendo. Aí teve um dia em que briguei com uma moça. Ataquei uma pedra na cabeça dela, nunca mais ninguém tirou sarro, (risos) porque aquilo estava me irritando. No começo era tranqüilo, mas aos poucos aquilo foi me perturbando. E eu achava que ficava bonito. Eu mantinha, mas as pessoas não gostavam. Um dia, eu saí da escola - porque a gente ia á pé -, voltava para a minha casa - não tinha essa coisa de carro, era próxima, e eu acabava indo e voltando à pé - e eu estava indo para minha casa, e ela atrás tirando sarro, tirando sarro, tirando sarro. Aí, chegou uma hora que cansei; vi uma pedra peguei e joguei na cabeça dela. Mas não machucou; também não pegou nela. Ela ficou assustada (risos). E ainda bem que não pegou porque senão, com certeza, eu ia apanhar muito da minha mãe. Mas foi uma coisa que me marcou, do que eu fiz na infância. FORMAÇÃO Eu comecei com sete anos no primeiro ano. Eu não fiz pré-primário. Eu já comecei com sete anos no primeiro ano. Da primeira série à quarta série, estudei numa escola pública ali próxima da região. A quinta série, eu fiz numa escola particular até o terceiro colegial, que era uma escola de freiras. Da quinta série até o terceiro colegial era um colégio de meninas, não era um colégio misto. Que também é próximo da minha casa. Eu ia de ônibus e, às vezes, meu pai me levava. As lembranças marcantes da escola são as muitas amizades, os valores. Era uma escola freqüentada por pessoas de posses. Meu pai pagava aquela escola com certo sacrifício. Na realidade, dos três filhos, só eu estudei em escola particular. Então, eu era considerada como classe média; elas tinham uma classe mais alta do que eu. Elas contavam muitas histórias de viagens que elas faziam em julho, janeiro, fevereiro. Elas sempre, nas férias, iam pra lugares que dificilmente, eu iria. Eu achava aquilo tranqüilo, normal, eu não tinha vergonha do que eu era. Mas, às vezes, algumas pessoas questionavam que eu era de uma classe um pouco mais baixa do que as delas, mas isso nunca me deixou triste. Eu também, nas férias, eu fazia uma série de coisas bem legais, bem gostosas. É me divertia bastante também, mas eu sentia que faziam questão de chamar atenção pra essa diferença de classe social. É era uma escola de freiras, ensinavam Francês e eu tive uma super oportunidade de conviver com pessoas de outros níveis sociais. Elas contavam coisas das viagens, tive oportunidade também de conhecer um pouquinho da língua francesa; apesar de que hoje, eu não lembro de mais nada (risos). Na época, era bem interessante, eu achava bem legal. E tinha Festa Junina, trabalhos na casa das colegas, casas super legais, com piscinas. Eu acabava aproveitando essa oportunidade para conhecer outros lugares. Às vezes, elas me convidavam para ir a restaurantes ou para dormir na casa delas. Então, eu acabava aproveitando a oportunidade. Tive muitas amizades. Depois que eu terminei o terceiro colegial, eu queria fazer Fisioterapia. Na época, só tinha na USP, hoje você têm outras opções. Mas, na época, ou era a USP ou era na Universidade de Campinas. Pra morar fora de São Paulo ficaria complicado, pois eu não teria essa possibilidade de sair de São Paulo para fazer uma faculdade. Prestei acho que uns dois anos para fazer Fisioterapia na USP. No segundo ano, eu prestei em outras faculdades: Serviço Social e Nutrição. Eram atividades relacionadas à área de saúde. Eu entrei na PUC de São Paulo, em Serviço Social. E Nutrição na São Camilo. Preferi fazer o curso de Serviço Social, porque logo depois que eu saí do colegial, eu fiz cursinho. Então pra pagar o cursinho eu comecei a trabalhar numa clínica que era próxima da minha casa; eu acabava não pagando condução, eu ia à pé. Era uma clínica de Psiquiatria e eu comecei a ter contato com Assistentes Sociais que desenvolviam trabalhos com dependentes químicos; aquela clínica atendia tanto pessoas com problemas psiquiátricos, como com dependência química, qualquer tipo de dependência de álcool, drogas. Eu comecei a conhecer um pouquinho mais do trabalho de uma Assistente Social, achei interessante e fui pesquisar um pouquinho sobre a profissão. Quando prestei vestibular no segundo ano, porque eu só prestei Fisioterapia no primeiro ano, e no segundo, eu já comecei a prestar Fisioterapia e Nutrição, que eu tinha um interesse também em fazer, e
Serviço Social. Passei em Serviço Social e Nutrição e escolhi Serviço Social. Fiz na PUC. Em 83.
ESCOLHA DA PROFISSÃO Particularmente, eu gosto de trabalhar com pessoas, de ajudar as pessoas e de estar com pessoas. Eu me interessei por essa área da saúde. Não posso dizer o porquê, especificamente. Mas por essa questão de trabalhar com a saúde, não com relação à doença, mas na questão da promoção da saúde, de como prevenir algumas coisas, de estar com as pessoas, de poder ajudar. Por isso, esses caminhos da Saúde, Nutrição e Serviço Social.
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Comecei a trabalhar com 18 anos nessa clínica. Eu era recepcionista, atendia aos pacientes, as pessoas que tinham interesse em conhecer a clínica, em saber o tipo de trabalho que desenvolvia. Eu fazia a recepção, mostrava a clínica e a partir do momento em que a pessoa tinha interesse, eu repassava para o médico, que era responsável pela clínica, para poder fazer uma avaliação naquela pessoa, que sempre vinha acompanhada de um familiar. A pessoa nunca chegava sozinha. Ou com a mãe, ou com o marido, ou com o filho. Aí o médico era responsável por apresentar o tipo de trabalho que desenvolviam. Depois, eu entrei na PUC, fiz dois anos de faculdade e continuei trabalhando lá. Comecei a estudar à noite e arrumei um estágio de Serviço Social no Açúcar União. Eu estagiava durante o dia e à noite, eu ia pra faculdade. Eu me formei em 1986, fui efetivada no Açúcar União e trabalhei durante mais uns dez, onze anos. Depois eu saí de lá, porque teve uma reestruturação na companhia União e na fábrica. Eu trabalhava diretamente com o pessoal da fábrica, ela transferida pra Limeira e eles fizeram um processo de desligamento com vários funcionários. Teve um corte grande na empresa e nós éramos sete assistentes sociais: quatro atendiam o Açúcar União - que era toda a parte de refinação de açúcar, torrefação de café -, duas atendiam a Copersucar, que era uma empresa coligada ao Açúcar União. Eu saí e depois de uns seis meses, mais ou menos, Copersucar me chamou novamente, porque eles estavam retomando o trabalho. Eu trabalhei mais dois anos na Copersucar. Depois, saí, trabalhei seis meses, com um prazo determinado, na Rede Globo, na área de Recursos Humanos, na parte de Jornalismo, mas eu trabalhava com a área de benefícios. E depois eu fui pra Avon em 98.
TRAJETÓRIA AVON Eu também cheguei na Avon pra cumprir um prazo determinado. Fui chamada, porque a assistente social de lá, que trabalhava em Interlagos, estava grávida, e ficaria durante quatro meses fora da empresa. E durante esse período, eles estavam contratando uma pessoa para trabalhar com prazo determinado. Fiz alguns testes, passei, fui escolhida, fiquei durante esse período, enquanto ela estava afastada. Eu desenvolvia as mesmas atividades que ela desenvolvia na Avon. Quando ela retornou do auxílio maternidade, coincidentemente, surgiu uma vaga pra trabalhar na Avon de Osasco, no Centro de Distribuição de Osasco. E a partir daí, eu fui efetivada. Trabalhei em Osasco cerca de um ano e meio, dois anos. Aí a coordenadora de Interlagos saiu da empresa, e nesse período eles me chamaram pra cobrir, enquanto não contratavam uma outra coordenadora. E estou lá até hoje. Na realidade, se passaram dez anos, e eu continuei o trabalho que essa coordenadora desenvolvia especificamente em Serviço Social, era coordenadora de Serviço Social. Com o tempo, eu fui pro lugar dela, fui tocando o trabalho, desenvolvendo algumas atividades, implementando outras, e fiquei.
AVON / PRIMEIRAS IMPRESSÕES Eu já conhecia a Avon, os produtos da Avon. E como eu moro próximo, então conhecia fisicamente, inclusive. É uma empresa que tem um clima muito legal. Quando você entra na Avon, você sente um clima bem descontraído. É muito trabalho, mas é um trabalho que você percebe que as pessoas trabalham descontraídas, tem esse sentimento assim... Várias mulheres trabalham com maquiagem, com beleza, então isso acaba levantando o astral das pessoas. E tem o berçário, tem crianças, tudo isso acaba trazendo uma imagem bem interessante de se trabalhar. As pessoas são bem harmoniosas. Eu, particularmente, me sinto bem trabalhando lá. E a primeira vez que eu entrei na Avon, eu senti isso. Acho que foi uma paixão à primeira vista. Eu gosto muito e me sinto muito bem trabalhando lá. E esse sentimento continua, não é uma coisa que foi daquele momento. PRIMEIRO DIA DE TRABALHO Eu lembro que... A gente se assusta um pouco com relação ao primeiro dia, com o que vai acontecer, mas eu me senti super bem. No primeiro dia, fui conhecendo as pessoas na área de recursos humanos e tenho boas lembranças, várias pessoas, porque é um grupo grande. Eu ficava meio preocupada em lembrar o nome das pessoas: “Será que eu vou conseguir lembrar?” Mas, aos poucos, com a convivência eu consegui lembrar. Foi bem gostoso. Foi um dia bem interessante, tenso e ao mesmo tempo tranqüilo porque eu cheguei a conclusão de que as coisas iriam bem. TRAJETÓRIA AVON Quando eu cheguei na Avon, pra cobrir esse prazo determinado do auxilio maternidade, desenvolvi atividades relacionadas à área do Serviço Social especificamente de atendimentos, uma área ligada à área de benefícios. Então todas as dúvidas que os funcionários tinham relacionadas ao convênio médico, relacionados aos benefícios da empresa, os atendimentos do serviço social. O que são atendimentos sociais? São aqueles que têm a ver com a vida da pessoa. Por exemplo, atendimentos relacionados à parte financeira: a pessoa tem um problema financeiro, então nós temos uma política específica, que atenda esse funcionário num empréstimo. São problemas de saúde: a pessoa não está bem de saúde, ela precisa de um atendimento, ela vai ser internada, então nós fazemos um acompanhamento; se precisar de uma visita domiciliar, hospitalar, nós realizamos também. Tem todo um atendimento relacionado aos problemas com maridos, filhos, dependência química, tabagismo, a pessoa que quer parar de fumar, a pessoa que está sentindo obesa. Nós tínhamos alguns trabalhos relacionados à parte de saúde preventiva, um atendimento ao funcionário que continua hoje, mas hoje a gente tem atividades de qualidade de vida que foram sendo implementados de acordo com algumas ações, com algumas necessidades dos funcionários. Na época, eu não era ainda responsável pelo berçário, eu fazia os atendimentos aos funcionários só. Depois, em Osasco, eu fiz a implementação do Serviço Social que até então não existia. Nós realizamos atendimentos como esses, atendimento social, visita domiciliar, visita hospitalar, alguma coisa relacionada à família, aos filhos dos funcionários, eventos. Eu era responsável também pela ginástica laboral. Depois voltando para Interlagos, comecei a assumir mais responsabilidades: eu era responsável pelo berçário da empresa, já tinha um contato maior com funcionárias que tinham os bebês no berçário. E aos poucos, nós fomos reestruturando a área, ações antigas, por exemplo, de dependência química, nós fomos reestruturando. Nós fizemos uma série de trabalhos com gestores de palestras relacionadas ao que é dependência química, a como identificar um funcionário dependente químico, uns trabalhos fortes também em relação à família desse funcionário: palestras para os familiares dos funcionários, onde a família do funcionário tinha acessos às informações, e que a empresa tinha uma política para o tratamento do dependente químico. Tabagismo também: um grupo de tabagismo para aquelas pessoas que queriam parar de fumar, nós implementamos um trabalho específico de grupos, que tinha acompanhamento com o médico da empresa. E também nós fazíamos um grupo, como é feito um grupo de AAs, grupos de Nas, de alcoólatras anônimos e narcóticos anônimos. Nós fazíamos também de pessoas que queriam parar de fumar. Eventos dentro do berçário... Nós temos também uma política de suporte de saúde ao funcionário, que é muito focado nos que tem problemas de HIV positivo, ou de câncer. Então tem todo um acompanhamento com essas pessoas, funcionários e a família acaba participando desse processo. Em 2004, nós fizemos um levantamento de todas as ações de qualidade de vida que temos na empresa; fizemos uma semana de qualidade de vida, onde fizemos um mapeamento de todo o perfil de saúde e estilo de vida dos funcionários. A partir daí, mapeamos as quatro unidades. Hoje, eu sou responsável por Interlagos e pelo Centro de Distribuição também. Então, em 2004, nós fizemos toda uma reavaliação, uma reestruturação das ações do programa de qualidade de vida, e também tivemos informação do perfil de saúde dos funcionários, perfil de estilo de vida. E durante toda essa semana, os funcionários fizeram exames de sangue, medição de massa corpórea, peso, altura. Fizemos um cruzamento de informações e foi emitido um relatório gerencial com o mapeamento da empresa com relação à saúde do funcionário. E a partir daí, implementamos um programa chamado Viver Bem. Dentro desse programa, eu tenho médico que é focado em promoção da saúde, ele trabalha com doentes crônicos, diabéticos, hipertensos, obesos, a parte da saúde metal também acabava atendendo. Tem uma nutricionista que recebe o encaminhamento do médico, acompanha os funcionários no que é relacionado à alimentação; para as pessoas que querem perder peso. E tem vários motivos pelo o qual as pessoas procuram à nutricionista: ou porque realmente querem emagrecer, ou porque tem um problema de saúde específico, são obesas. Então, tem um trabalho com esses funcionários. E tem uma fisioterapeuta preventiva, que desenvolve um trabalho específico com os funcionários da área de manufatura ou fábrica, ou área administrativa mais operacional, de prevenção de lordose. E tenho uma equipe que é de berçário. Hoje, o berçário é terceirizado e tem todo um trabalho desde o momento em que a funcionária deixa o seu bebê de manhã no berçário, até o momento em que a criança sai. Tem toda uma preocupação com o bem estar da criança, com os cuidados, a alimentação, o sono, atividades pedagógicas. Nós temos uma equipe dentro desta empresa terceirizada, que atende essa criança: tem uma nutricionista, uma pediatra, uma enfermeira, uma coordenadora pedagógica e berçaristas que cuidam dessa criança. A criança se alimenta, faz todas as alimentações, faz uma atividade pedagógica, brincadeiras, tem a hora do sono. E temos as reuniões com as mães, eventos que são realizados com essas crianças também. Eu sou responsável por essa parte do Serviço Social também, então continuam os atendimentos com os funcionários; tudo que tem a ver com o funcionário em si, o que tem a ver com ele, com a família dele, com os filhos. Nós temos um atendimento, depende muito da situação. Às vezes, a pessoa nos procura porque está com um problema financeiro e esse problema está prejudicando no trabalho. Nós temos algumas opções a dar a essa funcionária, é um empréstimo consignado, um empréstimo da empresa, verificar como estão as contas dela. Repassar uma orientação relacionada às finanças. Porque, às vezes, a pessoa precisa de uma orientação, pra que ela possa se livrar das dívidas, ou então administrar o seu orçamento familiar. Então a gente acaba dando algumas opções para ela. O empréstimo hoje é uma opção, mas não é só isso. Ela tem um empréstimo e pra não ter mais problemas, conseguir administrar a sua vida, ela começa a ter uma orientação melhor, de quanto ela ganha, até quanto ela pode gastar, das despesas que ela tem, o que ela pode. Pra também não complicar mais ainda a situação. Às vezes, a pessoa nos procura porque tem um problema de saúde ou um problema relacionado ao filho que é dependente químico, ou o marido que é um dependente químico. São situações do funcionário que acabam interferindo no trabalho dele, na produtividade dele. Não temos uma ação paternalista. Nós temos uma ação de conscientização, de orientação ao funcionário, pra que ele busque os caminhos dele. Porque as pessoas nos procuram, muitas vezes, completamente perdidas: “Pra onde vou? Por onde eu posso resolver o meu problema?” Nós temos algumas indicações de recursos externos também. Algumas necessidades podem ser atendidas por políticas da empresa, mas outras precisam de um advogado. Nós encaminhamos pra assessoria jurídica que fica fora da empresa. Nós temos o departamento jurídico, mas ele não atende funcionário. Então nós encaminhamos, fazemos encaminhamento pra recursos, nós chamamos recursos da comunidade, então depende muito do tipo de problema que nos chega. É violência doméstica, problemas relacionados à saúde do funcionário, ou de dependentes, então depende muito de cada situação. E dependendo da situação nós encaminhamos ou resolvemos internamente. O gestor do funcionário é sempre envolvido nesse processo. Claro que a gente tem um comprometimento com o funcionário relacionado à confidencialidade, porque às vezes é muito relacionado a um problema de saúde dele, por exemplo, e que ele não quer repassar isso pra outras pessoas, então a gente tem essa preocupação também.
COTIDIANO Em todas as ações que desenvolvemos, posso dizer, temos um retorno positivo. Existem algumas situações, eu não posso dizer que em tudo, a resposta seja: sim eu posso fazer. Às vezes, nós negamos um empréstimo e isso pra pessoa que precise daquele dinheiro, negar empréstimo com certeza não é legal. Porque é o momento em que ele precisa da ajuda da empresa. Mas nós orientamos do porque não. Existem situações que realmente a empresa vai poder colaborar, vai poder orientar, vai poder ajudá-lo. Mas existem situações que não, que ele realmente vai ter que resolver por outros caminhos. Qual é o nosso objetivo? Atender o funcionário. A gente acaba escutando bastante, porque as pessoas não têm muito espaço pra falar. Teve um dia que eu atendi uma funcionária e foi muito interessante. É uma situação que sempre lembro. Uma pessoa me procurou pra conversar e estava muito angustiada com o marido. Ela falava, falava, e eu queria sempre entrar, falar alguma coisa, dar alguma opinião, mas ela não deixava eu falar nada, só ela falava. E chegou um momento... Ela chegou com um ar super triste, inclusive estava chorando, super desesperada, e ela foi falando, e aos poucos aquilo foi meio que aliviando. Teve uma hora que ela falou: “Ah, está bom, obrigada.” E eu não tinha falado absolutamente nada; achei super estranho. Olhei pra cara dela e falei: “Escuta, você não precisa me agradecer porque eu não fiz nada.” Ela disse: “Não, você fez sim Você me ouviu.” É uma coisa que me marcou muito. Porque, às vezes, você não precisa fazer nada. A pessoa só precisa falar. Ela foi falando e concluindo sozinha. Eram coisas que ela achava. Nem sempre você precisa fazer muita coisa pra ajudar as pessoas, pra colaborar, pra que ela se sinta bem. O que nós trabalhamos? A pessoa quando entra na Avon, ela entra Elza. Eu não entro metade Elza, e a outra metade Maria (risos). Eu continuo sendo a Elza Maria. Então, a pessoa continua sendo ela mesma, os problemas continuam dentro da Avon. E o nosso trabalho é trazer pro funcionário algumas opções do que ele pode fazer para poder ajudá-lo, para que ele possa trabalhar tranqüilo, pra que ele possa pensar. A gente trabalha muito com a questão da promoção a saúde, justamente com essa intenção. Qual é o nosso objetivo? Prevenir. Promover a saúde, então o que eu posso prevenir hoje, pra que futuramente estas pessoas não tenham problemas. A gente acaba estimulando as pessoas a fazer uma atividade física, a melhorar a sua alimentação, pra que futuramente não tenham problemas. Isso tem resultado para o funcionário e para a empresa. A gente acaba tendo esse foco de colaboração, de produtividade, de melhoria de qualidade de vida, melhoria da qualidade de trabalho do funcionário. O que a empresa pode melhorar pra que o funcionário trabalhe melhor, trabalhe mais contente, mais engajando, mais produtivo.
E a família, a vida dele pessoal.
BERCÁRIO De todas as atividades, ações de qualidade de vida que eu sou responsável, a que mais tenho admiração, é relacionada ao berçário. De todos os benefícios, eu acho que é um dos mais importantes.
Se não o mais importante. (risos) Porque o berçário - eu estou pensando enquanto mãe, enquanto funcionária, enquanto responsável – acho que é interessante porque pra você ter um filho, você precisa pensar muito. A demanda do trabalho é grande; você fica muito tempo fora de casa; a educação; a criação; a questão financeira. Pra você escolher ser mãe é uma decisão, hoje. A não ser que aconteça por um acaso. (risos) Mas pra você definir “quero ou não quero”, você acaba protelando: “No ano que vem o ano que vem.” Para as funcionárias da Avon, tanto da área da manufatura, operacional como administração, as próprias executivas, eu posso te dizer de certa forma que até no berçário elas acabam. “Puxa, mas tem o berçário” Isso acaba facilitando. Quando ela engravida, sabe que quando voltar a trabalhar, vai ter uma estrutura pra ficar com o seu bebê. Porque durante pelo menos uns dois anos, ele vai estar ali do lado dela. É isso que dá uma segurança muito grande. Eu que tenho duas filhas, e na época eu não tive essa opção de deixar em berçário da empresa, infelizmente, eu ficava muito preocupada. As meninas ficavam com a minha mãe as meninas, mas é um trabalho grande. É uma responsabilidade grande. Muitas coisas aconteciam e eu acabava não acompanhando. Por exemplo, quando elas começaram a engatinhar, começaram a falar, eu acabei não acompanhando. Minha mãe foi sempre a primeira a ter essa oportunidade. No caso da Avon, quando a funcionária volta do auxílio maternidade, o foco do berçário é o aleitamento materno. Isso é um grande foco, que eu incentivo aleitamento materno. Enquanto ela estiver lá, ela amamenta o seu bebê. E tem também esse lado de você acompanhar o crescimento do bebê. Ele fica lá os dois primeiros anos, que são os mais complicados, em termos de adaptação - tudo acontece nos primeiros dois anos - ele começa a engatinhar, começa a falar, começa a andar. As crianças saem prontas; já sai falando e se ela for para uma creche, por exemplo, pra uma escolinha, ela já sabe se defender, ela já fala, ela já está praticamente desenvolvida. E tem o lado de acompanhamento, de estar junto. Quando a criança começa a engatinhar, as meninas do berçário ligam pra funcionária. “Oh Ela engatinhou.” Você tem a oportunidade ir lá para ver, para acompanhar esse processo. Eu acho que pra mulher, é muito interessante. As funcionárias da Avon têm essa oportunidade. Fora os cuidados. É muita responsabilidade. Porque você já tem uma responsabilidade com o funcionário e com o filho do funcionário, é triplicada. Mas vale a pena, porque você tem uma série de trabalhos pedagógicos que são feitos; você acompanha todo o processo, desenvolvimento da criança. Tem rodas de histórias, rodas de brincadeiras, rodas de músicas. Aquela criança de quatro meses já está assim, com o olho super arregalado, prestando atenção, aprendendo. Parece que não, mas a criança já está aprendendo, está se desenvolvendo. Então é bem interessante. Eu me sinto parte disso, faço parte e é bem legal.
RELAÇÃO COM O INSTITUTO AVON Nós temos uma relação de parceria com o Instituto Avon. O Instituto Avon desenvolve ações para o público externo, revendedoras, gerentes de setor. É no nosso caso, sou responsável pelo público interno, ações de saúde integral. Nós temos uma parceria com o Instituto Avon de desenvolver esse trabalho com as funcionárias da empresa, funcionárias da Avon. Esse ano, nós já realizamos um workshop com a equipe, de qualidade de vida, promoção à saúde. Com a equipe do Instituto Avon. E nós traçamos um plano de trabalho pra esse ano. O grande objetivo de trabalho é trazer pra funcionária as informações relacionadas à prevenção, trabalhar mais a fundo essas informações de prevenção, sexualidade, saúde integral a mulher. Esse projeto começou esse ano. Nós vamos realizar um treinamento com o pessoal da área de saúde, com os laboratórios médicos pra que eles tenham informações, pra que possam repassar pra essas funcionárias. Os projetos do Instituto Avon, por exemplo, sobre violência doméstica, também, de certa forma, nós desenvolvemos, nós trabalhamos, nós atendemos essa demanda. Algumas situações relacionadas a isso. Às vezes, a funcionária conhece alguém que sofreu alguma violência por parte do marido, ou até mesmo alguma situação da própria funcionária. Nós encaminhamos pra recursos fora. Os projetos de prevenção do câncer de mama é também um trabalho que nós realizamos com as funcionárias. Então nós temos uma política específica interna da Avon. Que é uma política de suporte da saúde do funcionário. Funcionárias que têm problemas de câncer de mama temos também todo um trabalho de acompanhamento, de visitas, de contato com as funcionárias. Se precisar de uma ajuda para algum procedimento que não tenha cobertura pelo convênio, ou medicamentos que não são distribuídos pela rede pública, e que ela necessita para um tratamento específico. A Avon tem toda uma política pra poder atender essas funcionárias. Então a gente aproveita o ensejo, também pra falar do câncer de mama com essa parceria com o Instituto Avon, da saúde integral da mulher. A intenção é acirrar cada vez mais essas informações de prevenção no ambulatório médico, porque o laboratório é um ponto de entrada, para os funcionários que estão chegando, para as funcionárias que são admitidas. Anualmente, elas passam por lá pra fazer o periódico. Eventualmente, elas passam pela consulta com a ginecologista, porque nós temos uma ginecologista que atende as funcionárias e o foco dela é prevenção. Essa parceria com o Instituto Avon é fundamental pra que o nosso trabalho, internamente, funcione. A gente aproveita o material que o Instituto Avon concede tanto para os profissionais, quanto para as funcionárias. E essa parceria específica do programa Saúde integral a Mulher tem um planejamento pra poder desenvolver atividades para esse ano. Esse primeiro workshop foi justamente para alinhar as informações, pra ter mais informações sobre o programa. E a partir daí nós estabelecemos um plano de ação; tem uma série de ações previstas pra esse ano. Uma das ações acontece agora, esse treinamento com ambulatório médico. Futuramente, vamos fazer um mapeamento de todas as mulheres na faixa etária acima de 40 anos e mapear se fizeram o Papanicolau, a mamografia, ou não. A gente vai fazer um controle mais rígido pra saber em que ponto a gente precisa trabalhar com a questão de conscientização e orientação a mulher.
DESAFIOS Eu acho que um dos desafios é mudança de estilo de vida, uma coisa que pra as pessoas é difícil. Você mudar o tipo da alimentação que ela tem, desenvolver uma atividade física. Até para nós que trabalhamos, é difícil. Então por isso que eu comento pra mudar um pouquinho, pra que as pessoas tenham mais cuidado com a sua saúde. São hábitos alimentares, por exemplo, tomar água, coisas simples, mas que as pessoas não mudam, acabam não tendo essa mudança de hábito. Esse é um super desafio. Um outro desafio é o reconhecimento de uma área estratégica. Eu acho da área de saúde ser uma área de estratégica pra empresa. Aos poucos, a gente está conseguindo trazer isso pra empresa como sendo um ponto importante.
Porque não adianta nada a pessoa ter uma série de questões relacionadas ao trabalho, fazer uma série de coisas, se ela não está bem de saúde. Nós precisamos primeiro cuidar da saúde e prevenir pra que ela possa se desenvolver bem em termos de trabalho, fazer uma faculdade, se desenvolver profissionalmente. Aos poucos, a gente está trazendo essa área de qualidade de vida como uma área estratégica de recursos humanos dentro da empresa.
ALEGRIAS Ah São várias. A gente tem um trabalho bem interessante com as crianças do berçário. Isso é uma das alegrias que a gente tem. Com as mães, com os funcionários que retornam pra nós dizendo que conseguiram resolver problemas que até então eles achavam que não iriam conseguir, ou sozinhos, ou se não tivesse tido, por exemplo, uma orientação nossa. Não só isso: às vezes, a própria pessoa chega as suas conclusões por um papo que você teve, de alguma conversa que você teve. Das relações com as pessoas, da integração das pessoas, da amizade. É nós trabalhamos bastante, é um trabalho que você percebe que dá resultado, você vai atrás, as pessoas te ouvem, é do trabalho em equipe que existe. Eu gosto bastante do clima, acho que é um clima agradável de trabalhar.
PRINCIPAL REALIZAÇÃO Eu já tive alguns reconhecimentos de trabalhos. Não só dos gestores, do meu gestor da época, mais do reconhecimento do próprio funcionário. Dos trabalhos que são realizados, das outras áreas, do reconhecimento de outras áreas. Porque isso é continuo. Você trabalha com o objetivo de uma série de coisas e entre elas, eu acho que o reconhecimento é um dos seus grandes objetivos, que as pessoas reconheçam o seu trabalho. Eu me sinto reconhecida pelos gestores, pelas áreas que trabalham comigo, pela equipe, pelos próprios funcionários. Então isso pra mim é bem importante.
RELACIONAMENTO COM A EQUIPE Eu tenho uma equipe em cada unidade. Às vezes, é uma equipe de uma. (risos) Em Interlagos tem uma pessoa que trabalha comigo há muito anos que é a Meire, já há praticamente 10 anos juntas. Tem a Denise que trabalha comigo também, e a Camile que é estagiária de Serviço Social. São pessoas efetivas. E eu tenho vários prestadores de serviços que são do programa Viver Bem. Tem uma nutricionista que é da RG Nutri; o médico que a promoção da saúde que é o Doutor Roberto Tunalla; a Érika que é fisioterapeuta, que também é prestadora de serviço. Tem uma empresa que desenvolve ginástica laboral, é uma prestadora de serviço. Então são vários prestadores de serviços que desenvolvem trabalhos específicos da minha área.
E eu tenho uma pessoa que fica em Osasco que é a Paula, uma prestadora de serviço, assistente social, que trabalha e que atende os funcionários de lá. Em Fortaleza é a Keila Santos. Na Bahia, a Tatiana Costa. São duas assistentes sociais que desenvolvem o trabalho que eu desenvolvo aqui. Então elas atuam no Centro de Distribuição. É uma relação bem legal. A Meire é uma pessoa que trabalha comigo há muitos anos, ela já conhece a Avon, trabalhou na área de Call Center, de atendimento; ela era funcionária da Avon, pediu demissão pra ser estagiária de Serviço Social. Ela estagiou comigo durante dois anos, depois ela saiu. Ficou como prestadora de serviço, saiu e voltou depois como prestadora de serviço. E depois de alguns anos, foi efetivada. É uma relação de muitos anos de trabalho, de muitas conquistas, de muitas coisas que deram certo e outras que não deram tão certo. Mas que foi de bastante sucesso.
AVON E SEUS COLABORADORES Eu acho que ela representa uma empresa preocupada. Eu vejo assim: a Avon é uma empresa voltada para a mulher, voltada para a saúde da mulher. Representa algo de muita responsabilidade. Eu vejo a Avon como uma empresa muito preocupada, em todos os níveis. Com o negócio da Avon, preocupada com os funcionários, preocupada com o engajamento dos funcionários. Ela desenvolve ações específicas para isso, acho que pra atender realmente cada vez mais, que as pessoas sejam mais engajadas, que elas trabalhem bem, que sejam produtivas. Então eu acho que tem essa relação. Relação de confiança. Eu vejo uma relação de confiança. Bem grande.
FAMÍLIA Sou casada, o meu marido se chama Absalão Bezerra Neto. Ele era o meu vizinho, morava perto da minha casa e nos conhecemos assim. A primeira vez que ele me viu foi dentro de um ônibus. E aí ele olhou onde eu ia parar, eu parei na minha casa, e ele descobriu que eu era vizinha dele. E, aí foi quando tudo começou, ele tentou se aproximar, a gente começou a conversar. Acho que depois de uns três meses, quatro meses, ele me pediu em namoro. Nós namoramos durante uns oito anos, casamos. Noivamos e casamos. Ele foi o meu primeiro namorado. E eu estou casada há 20 anos. E eu o conheço há 28 anos. Tenho duas filhas. Uma de 15 anos e outra de 17 anos. Carolina, de 15; e a Mariana de 17.
LAZER Eu curto muito ficar com a minha família. Tudo que faço no final de semana é com o meu marido e com as minhas filhas. Às vezes, a gente sai de manhã, no sábado, sem muita programação e sei lá... Um dia chegamos até Limeira pra almoçar. Então a gente não tem muita programação do que fazer. A gente pega o carro sai, vai almoçar fora, vai ao Parque do Ibirapuera, ao cinema, no shopping, jogar tênis, jogar boliche. As coisas são feitas juntas. Eu gosto bastante de estar com eles, de sair bastante. Hoje minhas filhas, uma praticamente namora e sai à noite. Mas, durante o dia, estamos sempre juntos. Toma sorvete, coisas simples, mas que pra nós é bem gostoso. A gente torce pelo o time do Santos, meu marido é santista, e acabou levando as filhas e eu pra curtir essa questão de ser torcedora do Santos. Eu gosto bastante, a gente vai pro estádio, vai pra Vila Belmiro no final de semana. Às vezes, ele ganha; às vezes, ele perde (risos); então é bem gostoso esse ritmo de ir para a praia, porque como fica em Santos, a gente aproveita, passeia na praia, almoça por lá e depois assiste ao jogo. Ou o contrário: assiste ao jogo, janta e sobe. Enfim, é uma forma de você também curtir alguma coisa diferente.
E viajar também, a gente acaba viajando bastante no fim de semana.
AVON E A MULHER Para as mulheres é super importante. Para as vendedoras é uma forma de elas conseguirem realizar praticamente todos os seus sonhos. A gente ouve histórias de revendedoras, alguns depoimentos bem emocionantes. Que conquistaram uma série de coisas, vendendo os produtos da Avon. Têm histórias de revendedoras que formaram seus filhos em faculdades. Então eu acho isso é uma contribuição pra sociedade, incrível Se você for pensar em termos de responsabilidade social, eu posso te dizer que a Avon conta com mais de um milhão de revendedoras, fora aquelas que não são cadastradas. Você sabe do oficial. Mas o quanto as pessoas dependem dessas vendas, o quanto a Avon realiza sonhos, o quanto ela dá oportunidades pra mulher. Hoje, alguns homens são revendedores, mas a grande maioria são mulheres. E mulheres de muita raça, de muita força, que conseguiram coisas que você for pensar, muitas não conseguem trabalhando em outras empresas, por exemplo. São pessoas que amam a empresa. Não são funcionárias da empresa, mas amam a empresa. Tem uma dedicação especial para a Avon. É bem interessante conhecer as conquistas, de comprar casa, de comprar carro e, principalmente, a formação dos filhos, que isso para pai e para mãe é fundamental. Então, isso é super compensador. Eu acho que a Avon é uma das responsáveis pelo desenvolvimento da mulher, mesmo. Por ela estar onde está hoje. De coisas boas realmente. De trazer pra mulher essa oportunidade, que muitas realmente não têm, tem uma série de coisas pra fazer em casa. E você consegue fazer realmente essa série de coisas, e vender os produtos da Avon. Então, é essa oportunidade que a Avon dá. Não precisa necessariamente bater cartão [de ponto] pra poder vender os produtos. Você pode em uma hora ou outra. Enquanto você leva o seu filho na escola e você volta. Nesse meio tempo você já pode vender os produtos da Avon. A qualquer momento, você pode vender os produtos da Avon. Essa é a facilidade. Isso é importantíssimo; a partir disso você busca e encontra uma série de oportunidades.
LOGÍSTICA É incrível. A logística disso é... Pra quem conhece o Centro de Distribuição de Osasco, só de você olhar aquele centro, de cima pra baixo, aquelas caixas indo de um lado pro outro. Nossa É interessante à forma como isso chega às cidades do Brasil como um todo. Isso é muito interessante, porque não tem erro. A forma como as caixas são distribuídas, aonde chegam esses produtos. Muitos chegam de canoa, de transportes que você nem imagina. Correio nem passa por lá. Tem lugares no Brasil, que não passa nem correio, mas chegam os produtos da Avon. Como você explica isso? É uma logística muito interessante. É um acesso realmente aos produtos. Os produtos de qualidade, de um preço super bom. Então, realmente você favorece as pessoas de todas as classes sociais: A, B, C, D, E. Todas podem comprar.
IMPORTÂNCIA DA AVON Eu acho que a Avon tem crescido muito, hoje ela é reconhecida em todo o mundo. E a gente tem percebido que usa tecnologia super avançada, fragrâncias. Acho que a área de fragrância teve uma evolução muito grande, recentemente. Uma das flagrâncias da Avon ganhou um prêmio - agora eu não lembro - mas um prêmio de melhor fragrância. É bem interessante porque acho que é um dos pontos que precisariam ser melhorados com relação aos produtos. E hoje, cada vez mais, você percebe que as pessoas têm comprado não só os cosméticos, mas a parte de maquiagem, que eu considero super boa. Tecnologia super interessante, os produtos de primeira qualidade. E as pessoas têm interesse, têm comentado das fragrâncias da Avon, que tem. A Avon começa também a abrir um mercado pra fragrâncias e a tendência é cada vez aumentar mais.
LIÇÕES DE VIDA A importância de você confiar nas pessoas, da integridade, da ética. Essa são as maiores lições dentre várias. Acho que isso é importantíssimo.
São pontos que eu acho que a Avon é muito forte. Eticamente falando, a integridade, a responsabilidade dela perante as revendedoras. Eu considero super importante porque muitas pessoas, muitas famílias dependem realmente da revenda dos produtos da Avon. E ela é responsável por isso. Ela, cada vez mais, está contribuindo pra melhorar as condições financeiras das pessoas, para atingir sonhos. Isso é uma das coisas que eu mais admiro.
AVALIAÇÃO / PROJETO MEMÓRIA Acho o projeto muito interessante. Eu me sinto super lisonjeada de ter sido escolhida para participar desse processo porque todas as pessoas que participarão dessas entrevistas, com certeza, tem muita coisa pra contar do que já aconteceu, de experiências que tiveram. É resgatar, realmente, a memória da Avon; perpetuar os que estão na Avon e para os demais conhecerem, saberem detalhes. Achei uma idéia muito interessante.
AVALIAÇÃO / ENTREVISTA Gostei (risos). Gostei de ser convidada, gostei de participar e me sinto super reconhecida pelo meu trabalho. Reconhecida enquanto pessoa também. Acho que quem lembrou do meu nome... (risos). Eu achei muito interessante. Muito obrigada mesmo.Recolher