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Por: Museu da Pessoa,

Do palco para as redações

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Do palco para as redações

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A visita de Sartre

O [filósofo Jean-Paul] Sartre foi a Araraquara fazer uma palestra na Faculdade de Filosofia de Araraquara, para responder a uma pergunta que um dos professores, o professor Castilho, tinha feito para ele, por carta. Quando veio ao Brasil, ele fez questão de ir à Araraquara, para responder à pergunta pessoalmente, para os professores da Faculdade de Filosofia. E, nessa ocasião, ele aproveitou e fez, também, uma palestra para os estudantes de Araraquara, no Teatro Municipal. Na época deu muita repercussão nos jornais porque ele estava em uma campanha a favor do Fidel Castro e de Cuba. Ele escrevia e, inclusive, ele tinha uma coluna na “Última Hora”, o jornal onde eu trabalhava. Ele tinha uma coluna chamada “Furacão sobre Cuba”. Ele defendia, não só as ideias do Fidel Castro, como a Revolução Cubana em geral. [Isso foi de] 1959 para 60. O Fidel tinha acabado de assumir, praticamente, lá em Cuba. A Revolução Cubana tinha sido vitoriosa em final de 1959, se não me engano; em 1960 o Fidel assumiu lá e começou a fazer propaganda da revolução pela América Latina. Um dos primeiros propagandistas foi o Sartre. Acompanhei [a visita] porque a “Última Hora” me designou. Essa é outra história cultural da época: eu era um dos poucos jornalistas, repórter naquela época, que falava francês. Porque todo mundo só se interessava em aprender inglês. Eu era dos poucos que tinha aprendido francês. Então, eu fui acompanhar o Sartre, primeiro na visita que ele fez ao próprio jornal “Última Hora”. Eu fiquei lá no mesão do jornal, junto com outros repórteres, fazendo pergunta para ele, anotando as respostas e tudo o mais, para transformar numa matéria. Depois fomos para Araraquara junto com ele – junto com ele, não, fomos em viaturas separadas. Mas porque ele foi primeiro para essa cidade que tem aqui perto de Campinas, onde a família Mesquita tem uma fazenda...

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Depoimento de Marco Antônio Rocha

Entrevistado por Luiz Egypto e Luis Ludmer

São Paulo, 12 de setembro de 2019

Projeto Instituto Vladimir Herzog

Entrevista número PSCH_HV807

Transcrito por Selma Paiva

Revisado por Luiz Egypto

P/1 – Muito obrigado por ter aceitado o nosso convite. Eu queria que você começasse dizendo seu nome completo, local e a data do seu nascimento.

R – Marco Antônio de Souza Rocha é meu nome completo. O local de meu nascimento é a cidade de Olímpia, no estado de São Paulo. E a data é 11 de abril de 1936.

P/1 – O nome dos seus pais, por favor.

R – Antônio Rocha, meu pai e Alzira de Souza Rocha, minha mãe.

P/1 – O que faziam seus pais?

P/1 – Meu pai era funcionário federal, da Fazenda. Era exator fiscal, como dizem hoje. Naquele tempo não tinha esse nome, o cargo. Era coletor federal, porque recolhia impostos. Hoje chama-se exator fiscal. Ele foi, 50 anos, isso aí. Quer dizer: dos 20 aos 70. Se aposentou com 70 anos, compulsoriamente, por causa da idade e viveu até os 100. Então, ele era daqueles funcionários públicos que deram prejuízo para a Previdência. Viveu mais 30 anos recebendo salário integral, sem contribuir com nada.

P/1 – E sua mãe?

R – Minha mãe, Alzira de Souza Rocha, era dona de casa. Nasceu em São José do Rio Preto. Meu pai era de Rio Claro. E ela era de Rio Preto.

P/1 – Você conheceu seus avós?

R – Conheci. Não todos. Conheci os meus avós maternos e um avô paterno.

P/1 – Lembra o nome deles?

R – Sim. O avô paterno era Manoel Simões da Rocha, morreu com 98 anos. Foi um dos primeiros maquinistas da Companhia Paulista de Estrada de Ferro, esse meu avô paterno. Meu avô materno era Amado Rodrigues de Souza, o nome dele, e a minha avó materna era Izabel Maria de Souza.

P/1 – Havia histórias na família sobre de onde vieram seus avós, o que faziam? Tinha história sobre eles na família?

R – Algo, mas poucas histórias. Meu avô paterno, por exemplo, que é...

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