O domingo, o frio e o chuveiro Era domingo de junho, um início de inverno. Um inverno gelado, com uma garoa, servindo-lhe de manto. Era um domingo carrancudo, pesado, com ares de melancolia e saudade. Saudade de dias quentes, iluminados pelos raios de sol, ao meio dia. O frio era tanto, que logo se...Continuar leitura
O domingo, o frio e o chuveiro Era domingo de junho, um início de inverno. Um inverno gelado, com uma garoa, servindo-lhe de manto. Era um domingo carrancudo, pesado, com ares de melancolia e saudade. Saudade de dias quentes, iluminados pelos raios de sol, ao meio dia. O frio era tanto, que logo se pensava no banho. Banho quentinho, água quentinha escorrendo pelo corpo, aquecendo os pensamentos de bem estar. O chuveiro lá do alto parecia-me imponente, bonito, branquinho, cheio de furinhos, para água quentinha jorrar. Exatamente como no ditado, por fora bela viola, por dentro pão bolorento; Assim estava lá de cima, o chuveiro a me fitar. Parecia-me vingança, por tanta água pelando, todo dia, em sua resistência, ele ter que suportar. Queimou assim do nada! Queimou no domingo, no frio, o chuveiro!Recolher