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Por: Museu da Pessoa, 29 de julho de 2013

Dedicação ao trabalho

Esta história contém:

Dedicação ao trabalho

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Eu nasci em Cachoeira do Arari, Pará, na Ilha do Marajó, no dia 24 de dezembro de 1966.

Eu fui registrado sem o nome do pai e a minha mãe se chama Antônia dos Santos.

Na ocasião a minha mãe era mãe solteira e não registrou o nome do pai.

Ela tinha 17 anos.

Ela ficou grávida, mas o cidadão já era casado e não pôde me assumir.

Já tinha outros filhos no mesmo lugar.

Ela morava com a minha avó, só elas duas.

O pai dela já tinha falecido, meu avô.

Cheguei sim a conhecer meu pai.

Ele nunca me discriminou, sempre me deu pequenos presentes, mas eu nunca me aproximei dele.

A gente morava no mesmo lugar na Ilha do Marajó.

No caso assim, eu me aproximei dos meus irmãos por parte de pai depois de grande já, com dez, 11 anos.

Tenho mais duas irmãs por parte de mãe.

Ela não chegou a casar, mas ela chegou a arranjar outro homem e conviver estável com ele.

Ele não chegou a me criar porque quando ela chegou a ficar com esse outro rapaz eu já vim morar em Belém com um tio, irmão dela.

Eu vim com 15 anos pra Belém.

Eu fui criado parte do tempo com a minha avó porque devido as dificuldade na Ilha do Marajó minha mãe teve que sair pra vir trabalhar em Belém.

Ficou morando só eu e a minha avó na ilha.

Minha casa era simples, de chão de terra, cercada de madeira mesmo, muito simples, coberta de palha.

Casa típica da ilha do Marajó.

Era no meio do campo.

Cachoeira do Arari é o município, só que no Retiro Grande onde a gente morava mesmo, ele é um distrito do município de Cachoeira do Arari.

Um lugar muito legal, tem rio, os animais são criados soltos, búfalo, cavalo.

Além de estudar a gente brincava, jogava bola, tomava banho de rio, pescava.

Eu lembro que acordava, a primeira coisa era a escola, geralmente.

Eu estudei os primeiros anos do ensino fundamental... Continuar leitura

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Equipe de Trabalho

Foto da equipe de trabalho, tirada em 20111. Da esquerda para a direita: Paulo Carvalho, ex-funcionário, atendente; Ademir Cruz, Gerente; Antônio Max dos Santos, Carteiro; Eduardo Monteiro, Carteiro e Ubiraci, Carteiro (trabalha em Belém atualmente).

período: Ano 2001
local: Brasil / Pará / Monte Dourado
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Primeiro Crachá dos Correios

O primeiro crachá como funcionário dos Correios, há 21 anos atrás.

período: Ano 1992
local: Brasil / Pará / Belém
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Documento

Formatura da Filha - Jardim III

Foto tirada na festa de formatura do Jardim III da filha Ana Beatriz em Monte Dourado. Escola Cesfa - Centro Educacional São Francisco de Assis.

período: Ano 2003
local: Brasil / Pará / Monte Dourado
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Aniversário em Família

Foto tirada na festa de 2 anos da primeira filha, Maria Carolina. Ao lado, Eliana dos Santos, esposa do depoente com a segunda filha, Ana Beatriz.

local: Brasil / Pará / Monte Dourado
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Documento

Dados de acervo

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Correios 350 anos aproximando pessoasDepoimento de Antonio Max dos SantosEntrevistado por Karen WorcmanMonte Dourado, 29/07/2013 Realização Museu da Pessoa HVC067_Antonio Max dos SantosTranscrito por Karina Medici BarrellaMW TranscriçõesHistória de vidaP/1 – Max, eu queria começar perguntando de novo pra você o seu nome, local e data do nascimento.R – Antonio Max dos Santos, nasci em Cachoeira do Arari, Pará, na Ilha do Marajó, no dia 24 de dezembro de 1966.P/1 – E o nome do seu pai e da sua mãe?R – Eu fui registrado sem o nome do pai e a minha mãe se chama Antônia dos Santos.P/1 – E por que você foi registrado sem o nome do seu pai?R – Porque na ocasião a minha mãe era mãe solteira, aí não registrou o nome do pai.P/1 – Quantos anos tinha sua mãe?R – 17 anos.P/1 – Muito nova.R – Muito.P/1 – Você sabe qual foi a história pra ela ficar grávida de você? A história da família dela, e dela um pouquinho pra me contar?R – Eu sei sim a história. Ela ficou grávida, mas o cidadão já era casado e não pôde me assumir. Já tinha outros filhos no mesmo lugar.P/1 – Não era um namoro.R – Não era um relacionamento estável.P/1 – E aí, o que aconteceu com ela, você sabe?R – Ela continuou a vida, no caso ela me criou assim, mas...P/1 – Ela morava com quem?R – Ela morava com a minha avó, só elas duas.P/1 – Só as duas?R – É, o pai dela já tinha falecido, meu avô.P/1 – E você chegou a conhecer seu pai?R – Cheguei sim. Ele nunca me discriminou, sempre me deu pequenos presentes, mas eu nunca me aproximei dele.P/1 – Ele vinha te visitar?R – Vinha, porque a gente morava no mesmo lugar lá na Ilha do Marajó. No caso assim, eu me aproximei dos meus irmãos por parte de pai depois de grande já, com dez, 11 anos.P/1 – Porque quando você era criança você não convivia?R – Não, não convivi com eles. Apesar da gente morar no mesmo lugar, mas não convivi com eles.P/1 – Mas você sabia quem era... Continuar leitura

Título: Dedicação ao trabalho

Data: 29 de julho de 2013

Local de produção: Brasil / Pará / Monte Dourado

Transcritor: Karina Medici Barrella
Entrevistador: Karen Worcman
Autor: Museu da Pessoa

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