P/1 – Bom, então vamos começar pelo seguinte, seu nome completo, data e local de nascimento.
R – Beatriz Fontoura de Moura Andrade, nasci em São Paulo, no dia 13 de setembro de 1965.
P/1 – Está. O nome do seu pai e da sua mãe.
R – Meu pai é Auro Aluisio Prado de Moura Andrade e minha mãe Vera Lúcia Fontoura de Moura Andrade.
P/1 – Eles nasceram em São Paulo também?
R – São Paulo.
P/1 – Família toda é de São Paulo? Tá. Agora vamos conversar um pouquinho sobre a sua família materna e paterna. Seus avós, tios, tias, primos, conta um pouco da família.
R – Bom, minha mãe é filha única. Então, não tenho tios. Meu pai tem dois irmãos pequenos. Aliás, bem mais moços que ele. Ele tem um irmão que é 17 anos mais moço, uma irmã que é 15 anos. Então são praticamente hoje da minha idade, assim, né? Pouco mais velhos que eu. Meu tio é sete anos mais velho, casou com uma menina que tem a minha idade. E os filhos dele são quase da idade dos meus filhos. E os da minha tia são um pouco mais velhos. Eu tenho um irmão temporão. Então são, regulam com meu irmão temporão. Então eu e minha irmã, que somos onze meses de diferença, nunca tivemos primos, irmãos próximos. Nem a minha outra irmã, que também é sete anos mais moça que eu. Então, os tios praticamente da mesma idade, sem, nunca tivemos... E uma família que sempre teve crianças. Sempre. Porque a minha avó teve filho depois mais tarde, também. Minha mãe teve mais tarde. E meus tios foram tendo. Então uma família sempre com crianças.
P/1 – E com seus avós, você se relacionava, quando pequena?
R – Muito bem. Muito. Meu avô, os pais do meu pai, sempre. A minha avó está viva até hoje. E, enfim, estou sempre com ela. Ótima. Meu avô também. Levava muito a gente pra viagens inesquecíveis. A gente viajou bastante com eles, com meus tios. Sem meu pai e minha mãe, só eu e minha irmã, essa que...
Continuar leituraP/1 – Bom, então vamos começar pelo seguinte, seu nome completo, data e local de nascimento.
R – Beatriz Fontoura de Moura Andrade, nasci em São Paulo, no dia 13 de setembro de 1965.
P/1 – Está. O nome do seu pai e da sua mãe.
R – Meu pai é Auro Aluisio Prado de Moura Andrade e minha mãe Vera Lúcia Fontoura de Moura Andrade.
P/1 – Eles nasceram em São Paulo também?
R – São Paulo.
P/1 – Família toda é de São Paulo? Tá. Agora vamos conversar um pouquinho sobre a sua família materna e paterna. Seus avós, tios, tias, primos, conta um pouco da família.
R – Bom, minha mãe é filha única. Então, não tenho tios. Meu pai tem dois irmãos pequenos. Aliás, bem mais moços que ele. Ele tem um irmão que é 17 anos mais moço, uma irmã que é 15 anos. Então são praticamente hoje da minha idade, assim, né? Pouco mais velhos que eu. Meu tio é sete anos mais velho, casou com uma menina que tem a minha idade. E os filhos dele são quase da idade dos meus filhos. E os da minha tia são um pouco mais velhos. Eu tenho um irmão temporão. Então são, regulam com meu irmão temporão. Então eu e minha irmã, que somos onze meses de diferença, nunca tivemos primos, irmãos próximos. Nem a minha outra irmã, que também é sete anos mais moça que eu. Então, os tios praticamente da mesma idade, sem, nunca tivemos... E uma família que sempre teve crianças. Sempre. Porque a minha avó teve filho depois mais tarde, também. Minha mãe teve mais tarde. E meus tios foram tendo. Então uma família sempre com crianças.
P/1 – E com seus avós, você se relacionava, quando pequena?
R – Muito bem. Muito. Meu avô, os pais do meu pai, sempre. A minha avó está viva até hoje. E, enfim, estou sempre com ela. Ótima. Meu avô também. Levava muito a gente pra viagens inesquecíveis. A gente viajou bastante com eles, com meus tios. Sem meu pai e minha mãe, só eu e minha irmã, essa que é mais próxima de mim. E era uma pessoa muito especial, em termos de memórias e lembranças inesquecíveis.
P/1 – Conta alguma viagem, um pouquinho de alguma viagem que você lembre, assim, de pequenininha.
R – Viajava, assim, final de semana a gente ia muito com ele pra fazenda. E viajamos, também, pra fora. Fizemos uma viagem inesquecível, uma volta ao mundo que a gente fez, quando eu tinha 13 anos. Daí fomos pra Índia, Tailândia, Egito.
P/1 – Só com o avô?
R – Com o avô, com a minha avó, minha irmã e meus tios.
P/1 – Sem os pais?
R – Sem os pais. E fomos sozinhas, isso que foi divertido.
P/1 – Que delícia.
R – A gente saiu porque meu avô foi. Foram três viagens que a gente fez com eles. E a primeira a gente tinha, eu tinha acho que 10 anos, e foi quando a gente foi pra Europa a primeira vez. E também sem pai e mãe. E acho que a gente aprontou muito, minha avó nas próximas não queria levar a gente. Achava que a gente era muito pequena, que ia dar muito trabalho. Coitada. Acho que ela tinha um pouco de razão. Hoje em dia eu entendo. E daí na segunda viagem, meu avô, no aeroporto, falou que não embarcava se meu pai não prometesse que a gente ia. Daí nós, ele foi, e uma semana depois nós fomos, foi daqui pra Miami, até, nos Estados Unidos. E daí fomos sozinhas no avião, eu e minha irmã, a gente tinha 11 anos, 12. E, primeira vez também. Fomos só as duas.
P/1 – Achava o máximo.
R – Sozinhas. E depois, na terceira viagem, que foi essa volta ao mundo, a gente foi depois, só. Então, a gente foi encontrar com eles em Hong Kong. Então fomos uma, viajamos daqui pra Nova York, daí dormimos uma noite com meu outro avô, que estava lá. E daí, meu pai contratou uma pessoa, da agência de turismo, pra levar a gente, porque a gente fez um vôo que era de Nova York pro Alasca e chegava em Seul e Hong Kong, então não dava pra ir sozinha.
P/1 – Sozinha.
R – 13 anos, mudar de avião, dormir um dia, enfim. Então, são memórias muito gostosas. Viagens. Bom, eu amo viajar. Tem esse pequeno detalhe, né? Pra mim, viagem é tudo.
P/1 – Melhor coisa.
R – Melhor coisa. Melhor. O dinheiro mais bem gasto, a coisa que eu mais aproveito, que eu mais gosto de fazer. Qualquer lugar. Se falar pra ir pro interior de São Paulo, Pantanal, Bahia, Europa, África, qualquer lugar eu estou...
P/1 – De mala pronta.
R – Mala pronta. E não convide, porque se convidar, eu aceito. Se convidou, é porque quer que eu vá mesmo, porque não tem como.
P/2 – Beatriz, e o que que você lembra da sua infância, assim, do local que você nasceu, da sua casa, onde você morava quando era pequenininha, mesmo.
R – A casa onde eu nasci, eu morei até os 3 anos. Então, eu tenho muito pouca memória, não lembro. Mas a casa que, enfim, que depois que a gente mudou, que até hoje é nossa, lembranças muito boas, muito, muito gostoso. Muito bom. A gente... Eu perdi minha mãe faz uns dois anos e meio e, agora, a gente está até tentando desfazer da casa. E é uma coisa muito doída, muito complicada.
P/1 – Em que bairro que fica?
R – Jardim Paulistano.
P/1 – Jardim Paulistano.
R – É. Aqui perto ____________.
P/1 – Está. E tinha que tipo de brincadeira, que tipo de coisa você e sua irmã, vocês tinham turminha, tinha...
R – A gente tinha, né, turminha. Mas a gente era muito próximo, porque a gente tinha...
P/1 – 11 meses.
R – Praticamente a mesma idade. E duas meninas. Então a gente brincava muito. Antigamente não era essa coisa de hoje em dia de ter aula disso, aula daquilo. Assim, a gente brincava muito em casa. E amigas, filhas de amigas da minha mãe ou amigas da escola. A gente ficava muito, brincava. O jardim tinha uma casinha de boneca, então eu pegava fazia café com terrinha. Aquelas coisas que é gostosa e, hoje em dia, engraçado, né, eu acho que...
P/1 – Se perdeu um pouco
R – Se perdeu um pouco. Amarelinha, pular corda. Nossa, a gente adorava.
P/1 – Tinha algum lugar da casa especial que vocês gostassem mais? Que tipo de brincadeira que vocês gostavam mais?
R – É, a gente tinha uns brinquedos que eram umas casinhas, que a gente chamava de mini-cidade. Que daí jogava tudo, tinha escolha, né, cada um escolhia, era uma briga, óbvio, sempre. E até escolher, até começar a brincadeira, já estava quase na hora de acabar, né, então sempre dava pra brincar muito pouquinho. Mas é uma memória muito gostosa, essa da mini-cidade, que a gente brincava bastante.
P/2 – Vocês montavam a mini-cidade?
R – É. Era as casinhas. A gente tinha que escolher a casinha, o carrinho, o bonequinho. Daí, tinha um médico, né, tinha a mocinha loirinha, a criancinha, o carteiro, enfim, tinha todas as profissões. E tinha, também, os consultoriozinhos, era uns bonequinhos, tinha fazendinha, castelo. Então a gente ia montando. É. E era tudo pequenininho. Só que era, no fundo, acabava, depois lógico, sempre quando alguém ia viajar, presente de aniversário, mini-cidade, mini-cidade. Então, a mini-cidade ficou uma coisa imensa, que na hora da brincadeira, já acabou, não deu mais tempo, porque, né, até escolher, montar. Daí, a gente não queria que ninguém mexesse, mas daí no dia seguinte já não dava mais tempo. Era muito engraçado. Mas era, a gente brincava bastante. E a gente até comenta hoje em dia, porque a gente tem uma babá que está com a gente até hoje, que cuidou da gente, tudo, e está com a gente até hoje. É praticamente da família. E ela guarda tudo, uma coisa medonha. Tanto agora, a gente tem que desmontar a casa da minha mãe, eu fico, ai. Por isso que eu estava até comentando que eu quero chorar de tanta, tanta coisa que tem lá pra tirar. Então a gente tinha, então as mini-cidades estavam todas guardadas. Mas os nossos filhos nunca se interessaram muito. Engraçado.
P/1 – Triste, né?
R – Muito triste. Acho que hoje em dia com computador, vídeo game, televisão, né? Muitos filmes, muita opção de canais, de programas. Então muda um pouco, né? Fica uma vida mais... Então, sinto muita pena da mini-cidade.
P/1 – E como que era, assim, um dia na sua casa, quando vocês eram pequenos, assim? Acordava, ia pra escola, como vocês iam...
R – Ah, a gente acordava, ia pra escola.
P/1 – Como vocês iam pra escola? O motorista...
R – O motorista. Motorista levava a gente. A babá, essa, a gente, enfim, nunca ficava sozinha, sempre, ela sempre acompanhava a gente em tudo. E a gente estudava de manhã, a escola era longe, era perto de Santo Amaro. Então, a gente chamava, Nossa Senhora de Lourdes. Começou na Bela Cintra, depois mudou pra Angélica e depois foi lá pra Santo Amaro. Estudei lá até a oitava série, sendo que quando foi na sexta, eu saí. Fiquei 9 meses numa outra escola, Nossa Senhora do Morumbi, depois voltei pra lá, que era uma escola que meu pai tinha estudado, que conhecia a diretora. Uma escola pequena, que hoje em dia nem tem mais.
P/1 – Nossa Senhora de Lourdes, essa?
R – Nossa Senhora de Lourdes.
P/1 – Foi a sua primeira escola?
R – Foi a primeira escola. Depois pulei um pouquinho, né? Depois. Até a oitava foi bem. Depois... Mas, enfim, então a gente ia pra lá todo dia de manhã e voltava na hora do almoço. Almoçava em casa e ficava em casa, brincando. Eu adorava brincar, também, de escolinha. Não tinha muitas atividades. E quando fui crescendo um pouco mais, Sessão da Tarde, que era o programa predileto. Jogar no sofá e assistir a Sessão da Tarde.
P/1 – E da escola, o que que você lembra? Tinha algum professor que você gostava mais, algum amigo, alguma coisa especial da escola que você se lembre? De pequenininha, assim.
R – Não. Teve, engraçado que a minha primeira professora, eu encontro com ela, eu encontro muito ela, até hoje. Enfim, todos os lugares, tudo. Então é uma coisa engraçada. Minha primeira professora, então tem uma...
P/1 – Qual é o nome dela?
R – Ana Maria.
P/1 – Ana Maria.
R – Ana Maria Morato. Minha primeira professora.
P/1 – Você gostava dela na época?
R – Ah, muito.
P/1 – Se dava bem?
R – Eu era meio, né?
P/1 – Como é que você era na escola?
R – Terrível. Isso aqui meus filhos não podem ver, que eles não sabem. Ele vêm com nota ruim, eu fico _________. Comportamento, olha, uma coisa horrível.
P/1 – Arteira, como é que era?
R – Uma coisa horrível. Eu lembro que tinha um cartãozinho, acho que era um azul que era comportamento e branco era, enfim, como foi academicamente, né, durante a semana. E sempre o comportamento vinha péssimo, sempre. Aí, teve um dia que meu pai falou: “se vier péssimo, vai ficar de castigo.” Aquela coisa. Meu pai era meio bravo. Daí, veio péssimo, lógico. Eu comecei a chorar tanto na classe, que eu lembro que ela rasgou, escreveu um...
P/1 – Mais ou menos.
R – ...bom. Nunca excelente, nunca. E pra sair da classe, tinha que ficar com a cabeça baixa, assim, quieta, né? E os comportados saiam primeiro. Eu sempre era a última a sair, que eu ficava com o pé assim. Terrível, terrível, terrível, terrível. Terrível. _______ sempre sobrava tudo pra mim. Sabe com fama? Um horror.
P/1 – Que que você aprontava. Aprontava com os amigos, com o professor?
R – Falava, né? Falava, não parava de falar. E cutuca e não sei o que lá. Levada, mesmo. Levada. Mas, foi bem. Depois, graças a Deus, melhorou. Faculdade foi bem. Na escola ainda repeti de ano. Lá na faculdade, daí não tive mais notas vermelhas, recuperação, foi tudo sob controle.
P/2 – A sua irmã era também ou não?
R – Não. Eu era pior.
P/2 – É?
R – De longe. Longe.
P/2 – A gente sempre ouve falar que é um na sala que era assim, _________
R – Ah, não. Tinha piores que eu. Também não era tão mal assim.
P/2 – Tinha aqueles piores, né?
P/1 – E o seu pai e sua mãe eram rígidos? Como eles eram com você, com vocês, com você e sua irmã?
R – Médio, assim. Minha mãe, super numa boa. Agora meu pai era, tipo, mais bravo. Mas, meu pai era uma coisa engraçada, ele tinha muita preocupação com o meu avô. Que que meu avô ia pensar. Então, acho que a preocupação dele pra gente ir bem, né, era pro meu avô.
P/1 – Tá. E aí, assim, já mais na adolescência como é que ele era com vocês?
R – Eu sempre fui super respondona, então sempre entrava pelo cano. Sabe aquele tipo? Já perdia a razão de cara, no jeito que falava, então sempre... Agora, com as minhas irmãs, era mais tranqüilo. E eu namorei, comecei a namorar muito cedo, também. Então era, acho que por um outro lado, um pouco mais uma adolescência, assim, calma.
P/1 – Tá. E aí, como é que foi essa...
R – Não. Casei. Estou casada até hoje.
P/1 – Ah, é o mesmo.
R – É.
P/1 – Então conta um pouquinho, como é que você conheceu seu namorado, como é que foi.
R – Ele, a tia dele era muito, era casada com um grande amigo do meu pai. Então, a gente convivia bastante, final de semana, era tia e madrinha dele. Então, toda hora eles estavam juntos. A gente ia muito pra Guarujá, meu pai gostava muito do Guarujá. E a gente ia muito pra lá, tudo, e ele também ia. E a gente era muito amiga das primas dele, porque a gente convivia muito, porque os nossos pais eram muito amigos, daí comecei a namorar.
P/1 – Com quantos anos?
R – 12, 13.
P/1 – 12, 13? Novinha mesmo. Com que idade você se casou?
R – 22.
P/1 – Dez anos de namoro?
R – É. Pouquinho, né?
P/1 – E o que que você lembra dessa época? Onde vocês namoravam, o que que vocês faziam?
R – Ah, em casa.
P/1 – Passeava?
R – Em casa, em casa. Eu ia no cinema acompanhada, ia babá junto.
P/1 – Ah é? Então conta um pouquinho.
R – É, assim, o começo, né? Até os 14, 15 anos, não... Festinha, essas coisas, né? Mas era engraçado porque como a gente tinha esse programa, eu era obrigada a ir final de semana pro Guarujá. Imagina que hoje em dia a gente faz essas coisas que a gente faz pra filho, de ficar. A gente muda os nossos programas, hoje em dia, em função de filho, né? E na minha casa não funcionava assim. A gente que fazia os programas, a gente que tinha que entrar no ritmo dos programas dos nossos pais. Sempre assim de, enfim, o programa que eles saiam. Então, o meu pai tinha barco, gostava muito de barco, a gente viajava no barco. E só podia ir pro barco a partir do momento, da idade, que soubesse se virar. E como tem eu e minha irmã, 11 meses de diferença; daí, eu tenho uma irmã 7 anos mais moça que eu e um irmão 13 anos mais moço. Segundo minha mãe, os quatro sem querer. Era muito. Então, só podia ir, essa babá nossa, que a gente adora, Mazé, Maria José, enjoava, não podia nem entrar pra desarrumar a mala no barco porque passava mal. Então, a gente só podia ir quando soubesse se virar. Comer sozinho, nadar, enfim, não morrer afogado, nada. E a gente, imagina, a gente tinha lá, tinha a comida que a minha mãe levava, congelada, frios, sei o que lá, pouca coisa, porque como era muito calor nem durava muito. Tudo geladeira de barco, é tudo desse tamanhinho. A gente que se virava, porque o almoço era às cinco da tarde. Não tinha... Então a gente tinha muito, era muito obrigado a fazer muito esses programas deles. Obrigado. Era prazer, eu morro de saudade. Não posso falar mal que morro de saudade. E super saudável, né, porque era mar, pula na água, mergulha. Então, não tinha muito esse programa de ficar em São Paulo. Então, era difícil namorar, né? Assim, até, depois quando a gente ficou mais velha, tudo, daí já fica mais fácil.
P/1 – E o namorado acompanhava ou não?
R – Um santo, um santo.
P/1 – Um santo?
R – Só ficou traumatizado. Não suporta Guarujá. Tem horror a barco. Tudo ocorreu pior, não vale. Eu morro de saudades. Queria, enfim, passar um pouco disso pros meus filhos, mas pânico.
P/1 – Como que é o nome do seu marido?
R – Luís Eduardo. Dado.
P/1 – Luís. Dado.
P/1 – E me fala como foi o casamento de vocês? Quando? Como é que foi? Que ano foi?
R – Foi em 88. Foi, enfim, numa ótima. A gente acabou, apesar de, depois de namorar tantos anos, aí na faculdade, eu fiz uma outra. Ele começou, ele é um ano mais velho que eu. Mas eu repeti um ano, então, ele estava dois na minha frente. Então, ele fez Engenharia, ele fez dois anos de Engenharia Civil e parou. Daí, prestou Administração na FAAP. E eu fiz um ano de Análise de Sistemas, mas também não gostei muito e consegui transferir pra FAAP, também Administração. Caímos na mesma classe. Ele quase me matou. Ficou com ódio, achou que eu estava no pé dele. Mas foi a salvação, porque aí já, coitado, já trabalhava, e eu que fazia todos os trabalhos, fazia tudo. E ele estudava porque ele era super bom aluno. E eu ainda era mais ou menos, mas, enfim, fui bem. Então, ele fazia parte dos estudos comigo e eu fazia os trabalhos pra ele, de grupo. Enfim, então, a gente se formou junto. E depois ele queria ir estudar fora. Daí, falei: “Bom, então, né, acho que vamos casar, né?” Está na hora já, dez anos. E daí casou, foi um casamento lindo, na casa da minha avó, casamos na Nossa Senhora de Fátima aqui, depois uma festa lá, no dia 8 de setembro. Foi muito bacana.
P/1 – Você lembra da sua roupa?
R – Lembro, lembro. Um vestido super... eu sempre fui super, né, conservadora. E o vestido de noiva, por incrível que pareça, é uma coisa super decotada. É engraçado que muita gente: “nossa, não acredito que é esse, você escolheu esse vestido.” E, enfim, comprei o vestido nos Estados Unidos, de renda, muito bonito. Com um pouco de bordado, uns apliques. Flor, que eu gosto muito de flor, então tinha uma flor com um laço, assim, de cada lado. Bem armadão, bonito. O véu, que é o mesmo que a minha tia casou, a cabeça, né? A gente, acabamos casando todas, minha tia, e depois as três irmãs com o mesmo véu e com a mesma cabeça. E, enfim.
P/1 – E aí, viajaram pra onde em lua de mel?
R – Fomos pra Europa e já ficamos lá, morando.
P/1 – Morando. Pois é.
R – Viajamos 40 dias, fomos pro sul da França. Foi um delícia. E depois já ficamos lá. Já nos instalamos em Londres e lá permanecemos, um ano e meio.
P/1 – Pra estudar, você...
R – Morria de saudades. Era engraçado porque, como eu já comentei, morei duas vezes lá, né? Primeiro com, eu e ele, recém-casados. Depois, eu, ele e as três crianças. E é uma coisa muito... Porque quando eu casei com ele, ele não era minha família. Minha família era meu pai, minha mãe, meus irmãos. Não era ele, sabe? Era uma coisa muito engraçada. Então, cada vez que um ia visitar, trancava no quarto, uma hora chorando.
P/1 – Ah, meu Deus.
R – Uma coisa horrível. Depois passava, ficava bem. Mas eu morria de saudade. Morria de saudade. Apesar de ter sido ótimo. O primeiro ano até que foi bem, mas os... não, os três últimos meses já foi aquela coisa, daquela ansiedade de já voltar. E ele ainda falou: “vamos ficar, vamos ficar, eu tenho, talvez, uma oportunidade de ficar aqui.” Porque ele fez um curso de Administração e depois fez, trabalhou num banco. Ele falou: “olha, tem oportunidade.” Falei: “de jeito nenhum, quero ir embora, correndo.” Ah, se arrependimento matasse, viu? Mas, eu casei e, sabe, todos os presentes, tudo que eu tinha ganho, eu não tinha nem curtido direito, eu não tinha tido casa. Eu acho que...
P/1 – Precisa às vezes, né?
R – Faltou um pouco isso, sabe?
P/1 – E aí, você, na verdade, construiu, né, essa coisa da casa, do lar quando você veio pra cá, de volta.
R – Fiz, aí fiz. Enfim, como se tivesse ganho todos os presentes de novo, porque eu, óbvio, já não lembrava mais de nada. E depois, essa segunda etapa que a gente foi morar lá, outra coisa. Eu adorava que todo mundo fosse me visitar, mas também gostava quando todo mundo ia embora, que a gente é uma convivência familiar muito gostosa. Foi ótimo. Pra mim, pra ele, pras crianças. Daí eu implorei pra ficar e não dava mais pra ficar. Tivemos que vir embora.
P/2 – Não teve jeito?
R – Não teve jeito.
P/1 – Vocês...
R – Ele já não gostou tanto dessa vez. Sempre assim.
P/1 – E vocês têm três filhos, né? Fala pra mim o nome e a idade de cada um.
R – O Aluísio tem 14, faz 15 agora no final de novembro. Tem a Ana, que tem 12. E o Álvaro que tem 7. Aliás, 8, fez 8 agora, em fevereiro. Pequenininho, a gente não quer que cresça, né?
P/1 – E aí, bom, então, vocês voltaram pro Brasil, o mais velho não tinha nascido ainda?
R – Não. Assim que eu cheguei, eu fiquei grávida. Cheguei mais ou menos no mesmo mês que fiquei grávida. E foi Plano Collor. O apartamento não ficou pronto, fiquei morando um ano na casa da minha sogra. Uma santa, um amor de pessoa. Graças a Deus, me dou super bem, adoro ela e meu sogro.
P/1 – Que bom.
R – São uns pais pra mim. São ótimos, ótimos. E tive filho lá, tudo. E mudei, meu filho tinha um mês e meio. O Aluísio tinha um mês e meio, quando a gente conseguiu ir pro apartamento.
P/1 – E me fala uma coisa, quando é que você começou a trabalhar? Conta um pouquinho essa trajetória.
R – Na Natura?
P/1 – É, antes da Natura. Seu primeiro trabalho, como é que foi?
R – Não, fiz solteira, eu fiz umas camisolas. Fazia camisolas e vendia em lojas, vendia em casa. Pegava modelos, copiava. Fazia um pouquinho.
P/1 – Você desenhava, mesmo?
R – Não.
P/1 – Não.
R – Não.
P/1 – Tá.
R – Pegávamos modelos bacanas, inventava ou adaptava, mudava e, enfim.
P/2 – Você costurava?
R – Não. Eu tinha uma pessoa que fazia pra mim.
P/2 – ____________
R – Tinha. Costurava pra mim. Eu montava os modelos, tudo. E a minha mãe tinha uma loja de cama, mesa e banho, que ela fez. Então, eu, enfim, fazia com ela. E fazia uma parte das camisolas. Vendia um pouco lá, vendia um pouco em outras lojas, fui oferecendo. Mas, aí, logo depois eu fiquei noiva e sabia que ia morar em Londres e, enfim, daí, parei. Tem renda até hoje, rolando na minha casa, das camisolas. Outro dia chegou... Porque tem a Mazé que guarda tudo, né? Então, acha as rendas, ai meu Deus.
P/1 – E a Natura surgiu como? Conta um pouquinho essa, essa peripécia aí de...
R – A Natura surgiu pelo seguinte. Óbvio que desde sempre ouvi falar de Natura e comprava. Era um pouco difícil porque a gente não tinha, né, tanto acesso. Então tinha uma menina que fazia minha unha, que vendia. Que faz até hoje, inclusive, também. Outro dia a gente estava falando, há 30 anos, que ela está trabalhando. Eu falei: “mas quantos anos você tem?” “45.” Falei: “Bom, você é 5 anos mais velha que eu, né?” A gente se conhece há tanto tempo, tanto tempo, muito engraçado. Enfim, bom.
P/1 – É a mesma, ainda?
R – É a mesma. Então, ela sempre trazia. Eu gostava daquela shampoo Simbios, umas coisas assim. Mas, acaba que, enfim, não usei mais tanto, parei de usar. Casei, fui, depois nunca mais tive o menor contato. Apesar de sempre, sabe? Quando eu fui morar em Londres há dois anos atrás, ah, que eu morei dois anos em 98, eu conheci o Luís Seabra e a Lúcia. E, coincidentemente, ela me telefonou. Ela, enfim, conhecia uma amiga comum. Eu não sabia nem quem era. E ela estava mudando pra Londres. E, enfim, combinou: “ai, vamos almoçar, que você está chegando.” Eu já estava lá, desde outubro. Ela chegou, acho, que em fevereiro ou março. A gente estava mais ou menos na mesma situação, com filhos, ela estava levando ajuda, eu também levei ajuda daqui. Então, enfim, queria saber um pouco, que que é morar, escola, conversar um pouco de tudo. Saber como era se instalar na cidade. E daí, marcamos um almoço. E, coincidentemente, na hora que a gente chegou no restaurante, falou: “olha, imagine que hoje eu fui ver uma casa na frente da sua.” “Como na frente da minha?” Porque o motorista que a servia era o mesmo que me servia. E daí, quando ela viu a casa, ele falou: “ai.” Português, né? “Dona, tenho uma cliente Dona Triz, que mora aqui na frente.” “Bom, vou almoçar com uma Triz, hoje.” Brasileira, não deve ter tanto assim ______.
P/1 – Não é possível.
R – E daí, enfim, aí ela alugou essa casa. E, bom, ficamos muito amigas. Muito, muito. Somos até hoje.
P/1 – Que região de Londres?
R – Era a Central, chamava __________, a nossa rua. Eu morava no 5, ela morava no 8. Janela a janela. Uma via se a outra saiu, se estava no computador, se o carro estava em casa. Era muito engraçado. “Ah, vem tomar um café.” O café demorava três horas pra acabar, sabe? E pede açúcar. Era, olha, juro, uma cidade do interior, no meio de Londres, uma cidade imensa, super cosmopolita. E nós, eu fui muito feliz lá e ela também. A gente ficou muito amiga. E daí, ela: “tem que usar Chronos, Chronos.” Me dava aquilo. “Usa, usa.” Bom, conclusão, eu cheguei aqui, usando tudo, que realmente adorei todas as coisas. E daí, um dia nós fomos pra, pra... E meu marido falava: “ai, por que você não chega em São Paulo, você vende Natura, vende Natura.” Um pouquinho de preconceito, né?
P/1 – Claro.
R – A gente tem. E eu falei: “ai, meu Deus.” Fiquei com aquilo na cabeça. Um dia, acho que em outubro ou novembro, uma amiga nossa de Londres perdeu o irmão. Nós fomos pra... Nós duas, fomos passar o dia em Belo Horizonte, que ela era de lá... E, em avião, falei: “ai, Lúcia, estou louca pra fazer alguma coisa, mas não quero...” Eu adoro viajar, né? Férias das crianças, tem férias. Não queria uma coisa que tivesse muito compromisso. “Por que que você não vende Natura?” “Ai, vender Natura?” Pra ela, eu não podia _______. Falou: “Ai, você tem um pouco de vergonha.” Falei: “É, mas...” Apesar de já adorar e usava tudo. Usava tudo de Chronos, Ekos, shampoos, que tinha acabado de lançar. “Ai, meu Deus, será?” “Será. Pode deixar. Vou organizar, vou falar com o Luís, vou te mandar uma pessoa maravilhosa.” Bom, em uma semana, estava a Sandra, que é minha promotora, na minha casa, que eu sou alucinada, porque é uma pessoa maravilhosa, tanto como pessoa, como quanto, enfim, como profissional.
P/1 – Profissional.
R – De primeira categoria. Como todo mundo na Natura, são pessoas muito especiais. E daí, nesse vai e vem, começo, começo. Fácil, comecei a vender. E a primeira vez que eu fui lá, que daí eu vi o portfólio inteirinho, quase tive um desmaio na mesa. Porque o que que é isso? Porque a gente, é muito difícil a coisa de você vender de casa em casa, né? Que você telefonar, falei: “olha, isso, comigo, não vai dar certo.” Eu tenho que pensar um outro jeito. E eu sou festeira também, adoro receber, tudo. E eu falei, então, vamos ter que pensar um outro jeito. Porque isso, eu ligar, ir com a sacolinha, não vai adiantar e não tinha, na época não era um outro vitrine, era uma revista. Enfim, temos que pensar outro jeito. E quando eu vi aquela mesa inteira, cheia de produtos. A Lúcia tinha comentado comigo que uma, que trabalhava em Buenos Aires tinham feito a mesma coisa, pôs todos os produtos e chamava as pessoas. Falei: “ah, vou ter que fazer isso na minha casa.” E foi como que eu comecei. E daí o Luís até comentou que era como ele fazia antigamente.
P/1 – Ai, que interessante.
R – Antes de ter as consultoras, tudo. Era assim, era tipo uns open houses com os produtos todos. E foi o que eu fiz na minha casa. Depois, que já fazia acho que uns 9 meses que eu estava vendendo, peguei uma lista de todas as minhas amigas, pessoas que eu conheço. Era bastante gente. Telefonei, uma por uma, expliquei, não deixava recado, explicava tudo. “Ah, é Natura?” Eu estou vendendo, eu gostaria que vocês viessem aqui pra ver o que que é, os produtos. Bom, foi um monte de gente. Vendi uma barbaridade, quase desmaiei. Daí, desse dia, pá, foi.
P/1 – Que ano foi isso, que você entrou na Natura?
R – Eu entrei em dezembro de 2002.
P/1 – Tá.
R – Então, isso foi em 2001. E daí o Luís sempre falava pra mim: “você demora dois anos pra ter a sua carteira, dois anos.” E depois de dois anos, hoje em dia, é uma coisa que as pessoas, bom, fico morrendo de vergonha, né? Porque estou numa festa, e a cabeça agora está ficando ruim, né? Era melhor, agora já está... As pessoas falam: “olha, preciso disso, disso, disso.” O outro dia já saio correndo pra anotar.
P/1 – Anotar.
R – Antigamente ficava tudo na cabeça.
P/1 – E como é que você fez? Você comprou os produtos.
R – Não comprei.
P/1 – Expôs na sua casa.
R – Não comprei.
P/1 – Como é que você fez?
R – A Sandra me emprestou, porque eles têm, cada promotora tem o enxoval completo. E ela me emprestou o enxoval todo. E eu peguei só pedido. Hoje em dia, eu tenho muita pronta entrega, porque, óbvio...
P/1 – Claro.
R – Querem. E depois, até, queria mudar, né? Pra uma mentalidade, queria que eles emprestassem pra gente as coisas pras pessoas não esperarem tanto. Se bem que pra mim, hoje em dia, está funcionando. Teve uma fase que era complicado, que as pessoas, se não tinha, não queriam. Hoje em dia, acho que todo mundo já entende melhor, de esperar, e chega rápido, vai. Então, hoje em dia está mais tranquilo. Mas, teve uma fase complicada, porque se eu comprasse Ekos, queria, sei lá, Todo Dia. Se comprava Todo Dia, queria o Chronos, sabe? Mas Chronos, essa parte de shampoos, tudo, eu sempre tenho bastante coisa. Mas sempre acaba o que a gente acha que não vai acabar. Então, nunca um evento desses que eu faço em casa, é igual ao outro, nunca vende a mesma coisa. Sempre é uma surpresa. Então, é uma coisa que, enfim, tem que contar com a paciência das pessoas.
P/1 – E suas amigas estranharam?
R – Uma coisa. Falaram que estava...
P/1 – Conta.
R – Minhas irmãs: “você enlouqueceu.” Minhas irmãs. Falei: “mas, gente, mas as coisas são ________.” “Mas, como? É a manicure que vende.” “Preconceito, é? Pois é, sua manicure e eu também, agora. Então você pode, lógico, comprar com ela ou comigo, você escolhe.” Mas, enfim, foi muito preconceito no começo. As pessoas ficaram chocadas. Eu até escutei uma amiga falar: “olha, agora que a Triz está vendendo, ficou chique Natura, porque não era, não sei o que lá.” Qualquer uma que vendesse ia ser um grama, já que é a Triz ficou chique. Falei: “Ah, está bom.” Mas não é. Realmente, acho que depois, acho que é falta de conhecimento, porque as pessoas mais simples que trabalham, é difícil ir num encontro, é difícil ter o conhecimento das coisas que a gente que, graças a Deus, tem mais oportunidade de ver, de sair, de viajar. Eu não vejo diferença nenhuma de coisa que a gente usa lá de fora. Usava, né? Porque hoje em dia não uso mais nada.
P/1 – Você usa todos os produtos da Natura?
R – Tudo, tudo, tudo, tudo.
P/1 – Mesmo viajando dessa forma?
R – Uma coisa. Não, eu fico arrasada, porque eu amo sabonete, né? Sempre trazia um monte de sabonetes, hoje em dia não trago mais, porque todos esses maravilhosos que tem aí, de Ekos, Pitanga, Todo Dia, esses de limão. Pra mim, não faz sentido trazer mais.
P/1 – Qual o produto que você acha que é mais parecido, que você mais se identifica? Da Natura, claro.
R – Eu gosto muito do Chronos.
P/1 – Chronos.
R – Chronos. Não, meu banheiro é uma profusão. Eu tive que pôr mais prateleira no chuveiro. O chuveiro tem... Meu marido, cada dia que chegava, uma novidade. Não, tem três tipos de shampoo, sabonete líquido, enfim. Pro rosto, tem o do Chronos, tem um Todo Dia que eu deixo pra lavar rosto, um outro esfoliante de face. Eu amo. E uma coisa que era engraçada, porque até eu começar a usar o Chronos, porque eu tinha acho que 34, 35 anos, é por aí, 34. Eu lavava o rosto com sabonete que estava ali no banheiro. Nunca cuidei.
P/1 – Teve essa preocupação.
R – Nunca tive essa preocupação. Nunca tive essa preocupação. Usava protetor solar, mas nunca tive essa preocupação. E hoje em dia, é uma coisa, hum, tocou aí, né? Hoje em dia, eu não consigo ir dormir sem lavar o rosto, era uma coisa que pra mim, eu achava uma coisa de outro planeta, nunca vou conseguir, nunca.
P/1 – E Triz, conta um pouco pra gente como é, como são esses encontros na sua casa. Como é que você faz?
R – Cada um, eu faço cada um diferente do outro. Então já fiz com... gosto sempre que o Marcos esteja. O Marcos vai, me ajuda bastante.
P/1 – O maquiador?
R – O Marcos Costa. É. E que é bárbaro. Não sei se pode falar isso. Acho que pode, né?
P/1 – Não tem problema nenhum.
R – E, enfim, esse último, ele não pôde ir. Eu tenho um grande amigo, que ele tem umas franquias da Luiza Sato. Então, ele já foi duas vezes, também. Manda massagista, eu faço massagem pros olhos. As pessoas gostam disto. Eu já cheguei a fazer um com uma palestra de pele, mas não foi muito bom, porque ninguém quer ouvir nada. Pessoal quer comer, bater papo e fazer compras. Então, eu acho que, sabe? Vários tipos. Os de Natal são ótimos, porque eu monto um monte de estojos, eu faço. Eu tiro das caixas, das embalagens e monto coisas em caixinhas, que eu vou na 25 ou no Ceasa, compro, coisas baratinhas, que tem que ser. Essa minha irmã, segunda, que é super jeitosa e que é assim. Então, ela me assessora, porque eu, se vou fazer, fica mais caro que qualquer coisa. Porque Natura não é barato, né?
P/1 – Não é barato. É.
R – Então, a gente não dá pra brincar muito com a embalagem. Tem que ser sempre as coisas mais simples que ficam bonitas e que, enfim.
P/1 – E aí, você mesma monta?
R – Faz o maior sucesso. Eu mesma monto. E todas as vezes que eu compro os estojos da Natura, os meus saem feito água. Os da Natura, sempre tem que depois... Porque não são baratos, né? Não são baratos. E Natal, todo mundo tem que dar tanto presente, tanto presente, que fica uma coisa meio. Eu desmonto, faço caixinha, monto dois sabonetes. Daí, faço umas coisas que fica 8, 10 reais, que é o que todo mundo... Ponho em cestinha.
P/1 – E as amigas, que ficaram meio assim no começo, todas vão?
R – Todas. Todo mundo vai, todo mundo usa e, enfim. E todas, também, conheceram a Lúcia e o Luís. Então, sabe, quando... E era uma coisa muito engraçada quando a gente voltou, porque ela tinha as amigas dela e a turma dela. E eu, minhas amigas e minha turma. E, gente, como é que a gente vai agora, né?
P/1 – Juntar, né?
R – Então, era muito engraçado porque tinha umas tantas, não sei quantas eram, umas meninas: “hum, essa é amiga nova, essa amiga nova.” E todo mundo, hoje em dia, adora ela, a gente está junto. É muito engraçado isso, né?
P/2 – Juntaram as turmas?
R – Juntamos, juntamos as turmas, é. Juntamos as turmas.
P/2 – E me diz uma coisa, esses encontros, como você faz, tem uma periodicidade que faz ______?
R – Não, não. Eu faço quando...
P/2 – Aleatoriamente.
R – Aleatoriamente. É lógico que Natal, sempre faço, assim, agosto, final de agosto, eu sempre faço, porque final de férias todo mundo tem que renovar o estoque.
P/2 – Renovar.
R – E Natal, sempre faço um, às vezes dois, às vezes até deixo umas coisas uns dias em casa. Tem que ser sempre, pra mim, funciona um dia só. Já cheguei a fazer um de dois, três dias, não funciona, que eu fico lá plantada, e o número de pessoas que vai é o mesmo. E, enfim, não vale a pena.
P/2 – E você abre a sua casa? Monta na sala?
R – Monto na sala, monto na sala. A casa inteira, né? Síndrome Natura, meu marido chama. Que fica uns dias antes e uns depois, né? “Ih, começou. Essa semana teve, começou a Síndrome Natura, já começou a Síndrome Natura.” E, enfim, fica, monto tudo, faço biscoitinhos, sanduichinhos, café, chá. Desta vez, fiz uma coisa divertida que foi, como tinha massagem, né? A Luiza Sato. Fiz uma coisa japonesa, com salgadinho japonês, chá verde, tudo.
P/1 – Que legal.
R – Eu adoro. É bem gostoso. Graças a Deus as pessoas gostam. E pra mim é o que funciona. Porque agora, depois que criaram esse setor novo, que é o Cristal, que a gente está fazendo parte, que, enfim, a gente tem muito mais, vai, possibilidades. A Natura ajuda muito, fazendo uns encontros, fazendo uns showrooms pra gente convidar, chamar convidados, tudo. Pra mim não deu muito certo isso. As pessoas gostam mesmo de ir na minha casa.
P/2 – Na sua casa? Já...
R – Já virou.
P/2 – Ponto.
R – É, já virou programa.
P/2 – Ah, que legal.
P/1 – Você se lembra do seu primeiro pedido Natura, assim? Você lembra?
R – Não. O primeiro pedido, não. Lembro da minha primeira cliente, foi minha tia, Beatriz Helena. Foi lá em casa, que ela adora essas coisas. Ela e a vovó foram lá, e aí abri livrinho, abri o ______ e ela comprou, enfim, corretivo, uma base. E até hoje usa tudo, acho que gostou.
P/1 – E me conta, me fala assim, a sua estratégia, então, de vendas, na verdade são os encontros.
R – São.
P/1 – Como é que você recebe as pessoas? Você já sabe, olha, essa usa não sei o que, essa usa...
R – Sei.
P/1 – Sabe?
R – E eu montei um programa no computador que todas as vendas que eu faço, eu cadastro. Então, o que que acontece? Porque: “ai, meu corretivo, ai, apagou, não sei mais qual que é.” Algumas eu lembro, mas outras eu não lembro. Então, tudo que, se comprou comigo. Então, uma outro dia, comprou um gloss: “ah, mas eu não comprei de você.” “Ah, dançou, vai ter que trazer aqui pra eu ver, que eu não sei.” Porque se comprou comigo, está tudo cadastrado, sabe? Então, eu sei o corretivo, de que cor que cada uma usa. Teve uma que falou: “ai, eu quero uma base, mas agora eu quero a mais clara que eu comprei.” Ela já tinha comprado duas, eu olhei, a média e a clara, então é a clara. Porque tem clara e translúcida, areia, às vezes eu confundo um pouco. Então eu cadastro todo mundo.
P/1 – Você tem uma carteira de clientes?
R – Tenho.
P/1 – Que você faz.
R – Tenho. Tudo no computador, tudo escrito, o que cada um comprou até hoje, desde o primeiro dia. A primeira, Beatriz Helena, minha tia, primeira compra.
P/2 – Beatriz, você estava falando do setor Cristal, que é um setor novo, vocês têm uma nova forma de desenvolver trabalho. Fala um pouquinho de como é esse trabalho.
R – Eles criaram esse setor, com consultoras diferenciadas, acho que as que vendem melhor, que tem, enfim, maiores contatos com formadores de opinião. Então, criaram esse setor novo, que é uma coisa com menos consultoras. Acho que são 40, eu não lembro. Que normalmente são 400. Então, é bem mais restrito. E é uma coisa que todas estão usando essa fórmula de receberem as pessoas em casa ou irem com os produtos em lojas, montam esses... levam o enxoval inteiro em lojas ou em, enfim, clubes, pra vender. Por que é o ace... é melhor pras pessoas olharem, experimentarem. Então, acaba que toda hora tem, entendeu? A Sandra que é minha promotora está trabalhando direto, muito mais com eventos do que com qualquer outras coisas.
P/2 – É um evento nos moldes da sua reunião, na sua casa.
R – Mais ou menos isso. É, e é uma coisa boa porque a pessoa vendo e se tendo pronta entrega e estando lá, experimentando, sentindo, compra mesmo! E hoje em dia, é como eu estava falando, a Natura está muito na mídia, né? Está em novela, está em shoppings, está na França. Então, eu acho que é uma coisa que, mesmo que a pessoa fique meio assim, vai ter um pouco de curiosidade de experimentar.
P/2 – Você promove essas reuniões, por exemplo, na sua casa, e depois disso você também tem um trabalho do pós?
R – Ah, tenho. Tenho. Tenho.
P/2 – Você tem as pessoas que já te procuram.
R – Tenho. Tenho. Eu estou fazendo, agora, a partir desse ano, também, estou fazendo umas promoções do ciclo, que eu mando de e-mail. Estou fazendo um mailing grande de e-mails, porque eu acho que você ligar, acho tão chato incomodar a pessoa. Pelo menos assim se a pessoa quer lê, se não quer não lê, enfim. Então eu mando promoções, sempre mando alguma coisa por e-mail. A pessoa lembra, né? “Ôpa, acho que está faltando alguma coisa.” Sempre tem um retorninho.
P/2 – Você usa bastante e-mail?
R – Muito, muito. Muito, pra isso. Não sou muito de ficar navegando. Mas, pra essa coisa de trabalho, pra mim, é basicamente o computador.
P/2 – Ainda assim, você tem uma região que você atua ou isso abrange, você vai pra todos os lados.
R – Não, não, não, não. Não. Todos os lados.
P/2 – Todos os lados. Tá.
R – Todos os lados. Todos, porque acaba sendo as pessoas que a gente conhece, né? Independente de...
P/2 – O teu movimento de trabalho e no _______ mas você atende a todos, em geral.
R – Ah, não. Eu atendo as minhas amigas, as pessoas que eu conheço ou amigas de amigas ou que, enfim.
P/2 – Você criou um relacionamento maior ainda com a Natura, é isso?
R – Ah, não, com certeza. Eu já sou, assim, né?
P/2 – Naturalmente
R – É.
P/2 – De muitos.
R – Já expansiva, mas eu acho que isso que me ajudou mais do que eu criar um relacionamento por causa da Natura. Eu acho que isso de eu ter já bastante relacionamentos que me ajudou a divulgar mais a Natura nessas pessoas que eu convivo, que eu encontro mais.
P/2 – E daí esse sucesso do trabalho de consultoria?
R – Com certeza.
P/2 – Por conta do relacionamento que você tem?
R – Com certeza. Com certeza. Porque é uma coisa que, hoje em dia, as pessoas compram tanto pra uso próprio, como pra presentear. Porque agrada a todo mundo, desde a, enfim, a pessoa que te ajuda no cabeleireiro. Toda essa, como no final do ano, há uma amiga, há um, sei lá, todos os nichos, vai, vamos dizer assim. É uma coisa que todo mundo gosta de ganhar.
P/2 – E os produtos?
R – Na escola. Qualquer coisa, desde sabonete à hidratante.
P/2 – Não tem um produto mais vendido ou menos vendido, tudo...
R – É o que eu falo pra você, cada hora é um.
P/2 – É? Mas todos são conhecidos e são bem recebidos
R – Então, trabalho que eu quero fazer mais porque, enfim, shampoos, maquiagem, todo mundo sempre acaba comprando. É Chronos, porque eu acho Chronos uma coisa maravilhosa. E eu acho que a gente, que no nosso nível, ainda tem muita coisa de dermatologista, fórmula. E é isso que também quero.
P/2 – Tá. Você tem teu pai, teu pai era farmacêutico, o teu bisavô era farmacêutico.
R – Meu bisavô.
P/2 – Você gosta dessa coisa de fórmulas e combinações?
R – Você sabe que, olha, não, eu não sei, eu acho que foi brotando conforme eu fui...
P/2 – Foi conhecendo, mesmo.
R – ...fui tendo contato, fui tendo, conhecendo. Não, não gosto, eu, enfim, eu acho que eu não sabia vender. Eu acho que despertou uma coisa dife... hoje em dia, uma coisa, eu fico até com vergonha.
P/2 – E tomou gosto.
R – Muito gosto. Você sabe que agora, né, na França, estava lá e passei na loja da Natura e deram uma sacolinha pra quem visitava a loja, deram uma sacolinha com uns produtinhos dentro. E daí, fui numa outra loja do lado, comprar um sapato. E estava lá na loja, e uma moça me atendeu. Na hora de eu pagar, pus a sacolinha da Natura laranja, em cima, falei: “ah, é uma loja nova que está abrindo.” Quando eu vi, eu estava vendendo Natura pra mulher da loja. “Não, experimente, olha isso daqui, você não sabe, só coisas naturais do Brasil, maravilhosas, você tem que ir lá.” “Não, eu vi, a loja está linda.” Falei: “olha, você vai, vai lá olhar, vai experimentar porque você não sabe.” E é muito engraçado.
P/2 – Você já fez uma consultoria na loja de calçados.
R – A hora que eu vi. A hora que eu saí de lá, falei: “Dado, acho que eu enlouqueci, aqui em Paris, falando francês, pra mulher, não estou acreditando.”
P/2 – Ah, vou fazer uma consultoria Natura, na França.
R – E eles abriam o pote. Abria, experimentava, “hum, que cheiro bom.” “Olha, realmente, você não sabe como que fica sua pele.” Fiz a venda. Fiz a venda, enfim, acho que despertei uma curiosidade a mais pra ela ir lá olhar.
P/2 – Ah, com certeza.
R – Que estava despertando muito em todo mundo que estava passando lá, enfim. Mas muito engraçado.
P/2 – Formadora de opinião, mesmo, né?
R – É o que eu falei, porque eu gosto.
P/2 – Multiplicadora.
R – Porque eu, realmente... Agora, quando é coisa que eu já não uso, é que eu uso tudo. E eu acho que pra vender, você tem que pelo menos experimentar. Tudo, tudo.
P/2 – Tá. E pra venda, o que você acha do refil dos produtos?
R – Maravilhoso.
P/2 – Isso facilita a venda?
R – Muito, muito. Eu acho que facilita, eu... Financeiramente, você acha?
P/2 – É. Financeiramente, esse conceito de meio ambiente, de reciclar.
R – Não, acho que é mais pelo conceito de meio ambiente.
P/2 – Você passa esse conceito pra frente, de preservação?
R – Total. Bom, eu não preciso passar, né? A Natura por si só.
P/2 – Já está bem firme nesse propósito dela, já está bem conhecida.
R – É.
P/2 – E como você fazia no começo, é diferente da forma que você faz a entrega de produtos agora? Como você faz a entrega dos produtos? Você tem reunião, as pessoas já...
R – É então, essa é que é a encrenca. Meu marido fala que eu não ganho nada, porque o motorista agora, ele falando que vai ter que ir lá no Shopping Jardim Sul entregar.
P/2 – Ah, você tem o motorista que te ajuda?
R – Que faz, quer dizer. É. Que de manhã, ele é Natura, à tarde, as crianças...
P/2 – Ah, é? Ele trabalha com você e já tem meio período consagrado pra Natura, pra entrega.
R – É, quando é os eventos. Ou, às vezes, as pessoas passam em casa pra pegar.
P/2 – Tá.
R – Enfim, dependendo do...
P/2 – De como você está.
R – ...da coisa, de como foi. É.
P/2 – E tem os casos que você faz a entrega, também.
R – Ah, tem. Por exemplo, tem um, enfim, amigas que trabalham, que não têm...
P/2 – Como é esse momento de entrega, você... como é esse momento da entrega, quando você vai entregar? Porque são pessoas amigas.
R – Eu? Não.
P/2 – Você nunca faz entrega?
R – Não. Porque também não são as pessoas que recebem. É ou alguém da casa
P/2 – Tá. Deixa lá e pronto.
R – É. Não. Eu peço pra entregar em mãos de alguém. Se é um apartamento, enfim.
P/2 – Entrega nas mãos de alguém. Geralmente não são as pessoas consumidoras que vão receber.
R – Não. Não é. É uma coisa diferente, né? É outro.
P/2 – É um outro perfil de venda.
R – É um outro perfil.
P/2 – Por isso que eu quis registrar. E você tem pronta entrega? Você tem estoque?
R – Tenho. Tenho estoque.
P/2 – É grande?
R – Imenso.
P/2 – É?
R – Mas, sempre sai o que a gente não quer. Agora que até, graças a Deus, deu uma minguadinha. Eu preciso agora me organizar, agora depois desse evento, quando eu fizer todas as entregas, pra crescerem de novo.
P/2 – Você tem um evento previsto pra...
R – Não. Fiz um quinta-feira, por isso que eu estou te falando.
P/2 – Ah, você está pós-síndrome.
R – Estou, pós-síndrome, corredor cheio de sacolinhas, caixas e etc., está pós-síndrome.
P/2 – Ainda está se recuperando?
R – Está, ainda está na síndrome. Acho que no final da semana acaba.
P/2 – E você tem, assim, uma cota de venda mensal, você tem quantos clientes por mês, assim, ou ficou, mesmo, estipulado essa coisa dos encontros na sua casa?
R – Não, eu tenho. Tenho pessoas que me pedem quando, enfim, ou quando eu estou na escola, ou em coisas, compromissos sociais que eu vou, ou me telefonam, ou e-mail. É assim.
P/2 – Se você for lá no seu cadastro, mais ou menos, por mês, você atende...
R – Então, sabe qual é o problema, não estou muito. O cadastro está...
P/2 – Mas são muitos por mês, assim? Você tem um trabalho intenso.
R – Ah, não. Tenho, tenho, tenho. Eu já, eu era mais organizada nesse aspecto, mas esse, depois ficou meio tumultuado e...
P/2 – Criou uma carteira grande?
R – É.
P/2 – E o perfil dos seus clientes. Mais homens, mais mulheres?
R – Tudo. Tem homem, tem mulher. Mas mais mulheres, lógico. Mas tem muitos homens, também.
P/2 – De idades variadas?
R – Idades variadas.
P/2 – Desde... Por conta de ser amigos também...
R – Ah, desde mocinhos, né? De... sei lá. Meninos, com espumas de barbear, desodorante. Até mais velhos, também. Com as mesmas coisas. Espuma de barbear, desodorante, colônias. Tem tudo.
P/2 – Como você faz pra captar novos clientes? São esses encontros fora, esses eventos fora. Qual seu sistema de captação de cliente?
R – São. Por exemplo, eu tenho um mailing bem poderoso. Tenho 650 nomes.
P/2 – Nossa, grande.
R – Então, não é sempre que eu mando pra todas. E tem umas indicações ou outras. Quando é esse de final de ano, eu faço e mando pra todo mundo. Sempre vem o mesmo número de pessoas, entre 80, entre 60 e 100. Sempre o mesmo número de pessoas. Se eu convidar 200, se convidar 500, se convidar 600, se convidar 1000. É sempre o mesmo número de pessoas que vai.
P/2 – Entre 60 e 100 pessoas
R – 60 e 100 pessoas. É.
P/2 – São muitas pessoas.
R – É bastante.
P/2 – Bastante gente.
R – É bastante gente. Por isso que eu falo que eu não paro. Não paro. E sempre peço pra ir alguém, pra ajudar. Porque as pessoas, está todo mundo sempre correndo, ninguém nunca tem tempo, querem fazer o pedido em dois segundos. Então...
P/2 – Dá uma passada rápida.
R – Uns já sabem o que querem. Eles já querem, abrem e saem correndo, vai embora e depois eu que organizo e, enfim, peço, mando e mando a conta, tudo, e...
P/2 – E Beatriz, e ali sempre surge um novo cliente.
R – Sempre.
P/2 – Sempre aparece um novo.
R – Sempre. Por exemplo, dessa vez, foi uma que eu já convidei várias vezes, e nunca tinha ido. Então é assim que eu acho que acabam surgindo.
P/2 – Tá. A tua base de trabalho é o mailing, mesmo?
R – É o mesmo.
P/2 – Que você tem, que é grande. E são exigentes os clientes da Natura? Na sua opinião. Quais as principais exigências?
R – Ah, acho que qualidade, né?
P/2 – Qualidade, né? Eles já tem essa, incorporaram essa noção da qualidade da Natura?
R – Já, já.
P/2 – É referência?
R – E já aconteceu, por exemplo, de um produto ter um defeitinho. Daí a pessoa me ligar: “ai, o produto está com defeito.” “Olha, eu não posso fazer trocar, mas você liga no 0800.” Já aconteceu de ligar, e me ligarem depois: “nossa, que coisa, é primeiro mundo, vem, troca.” Então, isso tudo acontece. E eu sempre falo, a pessoa: “ai, a cor, não ficou boa, não sei o que.” Eu falo: “olha, liga no 0800, eles trocam, fazem tudo.” Eu faço muita propaganda desse...
P/2 – Desse atendimento, né?
R – Atendimento que a Natura faz. Porque o que que acontece? Acham que eu que tenho que ir, né? Meio que resolver. Mas eu não posso fazer nada.
P/2 – E a Natura resolve, mesmo.
R – E resolve, mesmo. Sem você ter que sair de casa.
P/2 – É uma segurança que você tem, né?
R – É.
P/2 – Pro seu trabalho.
R – É.
P/2 – Quais as suas experiências mais marcantes como consultora, assim, você tem experiências marcantes?
R – Não, eu acho que, pra mim, esse primeiro evento foi. Quando eu vi, quando eu somei e vi que eu tinha vendido, quase tive um desmaio.
P/2 – É? Conta um pouquinho dele, você demorou pra montar, era o primeiro.
R – Ah, era o primeiro. Todos eu fico nervosa, mas esse primeiro, especialmente, fiquei mais nervosa ainda, entendeu? E foi quando eu conheci o Marcos, ele foi em casa, a gente conversou, eu adorei ele já de cara. Foi uma empatia gostosa que a gente teve.
P/2 – E ele participou do evento?
R – Participou do evento. A Sandra. Eu super, eu fico super aflita. Eu gosto, assim, de tudo pronto, já na véspera de manhã, já estava tudo pronto, a casa inteira... Óbvio que gastei pra burro porque, enfim, chamei gente, investi. E manobrista, e cafés, e sanduíches, tarteletes, docinhos. Comprei um mundo de coisa que depois fiquei com esse mundo de coisa rolando na minha casa.
P/2 – Um tempão.
R – Foi ótimo que depois teve um negócio na escola, uma feira, doei tudo.
P/2 – Já estava tudo na mão.
R – Pode ir, porque comprei a torta que achei que era assim, veio assim, comprei 200 tortas. Quer dizer, enfim, aquelas coisas que a gente faz, marinheiro de primeira viagem. E, mas mesmo assim, quando, nossa, fiquei surpresa com o... não é aceitação, com o retorno que eu tive das pessoas. Também eu, né?
P/2 – Fez um marketing bem feito.
R – Fiquei ligando, uma por uma, explicava: “olha, adoraria que você viesse aqui, conhecer os produtos que são bárbaros, vem pra experimentar, pra você ver como é que é.” Todo mundo, eu expliquei. E foram, também, 100 pessoas nesse primeiro.
P/2 – Bastante gente. Marcante, mesmo. O primeiro, né?
R – Foi muito marcante. Foi muito marcante. E vira e mexe, todo mundo: “ai, quando tem mais, quando tem mais?” Toda vez. Neste já tinha gente perguntando quando é o próximo. Falei: “calma, nem sei, nem acabou.”
P/2 – Você faz o que? Dois meses, três meses, mais ou menos.
R – Não. Eu faço. Teve um ano que eu não fiz. Não, eu faço um no primeiro semestre, que eu fiz esse, esse ano. Ano passado eu nem lembro se eu fiz. E daí, no segundo semestre, eu sempre faço, agosto, setembro eu faço. E daí, no final do ano. Final de outubro, novembro, sempre faço. Um e depois mais um.
P/2 – São eventos que funcionam por um ano inteiro, depois?
R – Pro ano inteiro.
P/2 – Porque tem muita gente, também. E tem alguma história engraçada, algum caso engraçado desse tempo teu, que você lembre, assim?
R – Assim, agora, no momento, não.
P/2 – Tem alguém da família que faz consultoria, também? Como você
R – Não.
P/2 – Você tem uma irmã que te assessora, você estava contando.
R – Não. Ela trabalha pra burro. As duas, né? Trabalham bastante. Mas essa, a segunda, é super criativa, super... Mas está sempre trabalhando, então não dá muito pra me ajudar, né?
P/2 – Não dá muito tempo.
R – Mas, ela me deu umas dicas. “Ó, você faz isso...” Tudo em dois segundo. Eu: “Espera aí, calma, você tem que montar pra mim, porque eu não sou assim.” Mas ela, enfim...
P/2 – Já dá uma assessoria importante.
R – Nossa, já deu uma ótima. Porque eu fiz dois anos com um tipo... Dois anos? 2001, 2002, com um tipo de embalagem, depois eu mudei um pouco. Enfim, acho que a cada dois, três anos, eu mudo. Daqui a pouco não tem mais muito o que fazer, né, tem que voltar pro antigo.
P/2 – Vai ter que criar.
R – Criar. É esse, é aí que mora, a cabeça já não está mais tão funcionando.
P/2 – Quais os maiores desafios e sonhos alcançados, Beatriz?
R – Ah, eu acho que desafio e sonho é realização pessoal total, entendeu? De eu ter uma coisa que eu faço, que eu ganho meu dinheirinho, que é uma delícia, que eu não preciso pedir, enfim.
P/2 – É um realização profissional muito grande, né?
R – Total, total.
P/2 – Tem uma história de relógio que você comprou, o primeiro presente. Como que foi?
R – É. O primeiro presente. Comprei pro meu marido, um relógio, ano retrasado. Porque eu só guardo meu dinheirinho. Meu dinheirinho da Natura, ele, enfim, faço giro pra fazer o meu investimento, né? Pra fazer estoque e vou guardando o resto. E daí foi ótimo, porque eu consegui comprar. Ele quase desmaiou, né? De felicidade, inclusive.
P/2 – Ficou contente.
R – É, que não foi do dele, que normalmente é. Então...
P/2 – E era o relógio, né?
R – Era. Bem bacana.
P/2 – Que ótimo.
R – Foi legal, foi bacana. Eu gosto, né, de...
P/2 – Porque a Natura tornou-se o seu primeiro trabalho, na verdade, o seu primeiro emprego?
R – Ah, é. É, porque eu já estou, vou fazer 5 anos.
P/2 – Então, isso já é um desafio e um sonho realizado.
R – Não, eu acho que o desafio foi mesmo a coisa, que no começo eu tinha vergonha de falar que eu vendia. Não sabia vender, não sabia... como é que eu falo? Abordar as pessoas. E, hoje em dia, é uma coisa.
P/2 – Espontânea.
R – É, bom, vide o caso lá da loja.
P/2 – Da França, da loja.
R – Então, é uma coisa que isso pra mim é uma coisa muito gostosa.
P/2 – Você já recebeu algum prêmio da Natura?
R – O destaque, né?
P/2 – É? Tem alguma meta, de algum mais assim?
R – Tenho, mas acho que eu não vou conseguir nunca, é a geladeira. Meu sonho é ganhar uma geladeira. Umas geladeiras bacanudas que tem todo ano. Uns eletrodomésticos ótimos.
P/2 – É mesmo?
R – Mas daí, é muito difícil, né?
P/2 – Ah é? Olha, não sei não.
R – É muita gente. É muita gerência. É muita coisa, eu não sei. Eu acho que a gente chega num, a gente faz assim, mas daí chega, é difícil você continuar. Não sei. Eu...
P/2 – Você sempre vai, né?
R – É. Eu fui primeiro. Faz 4 anos que eu sou o primeiro lugar no meu setor.
P/2 – Hum, mantém-se.
R – Mas esse ano eu não sei, a turma está vindo fera embaixo, viu?
P/2 – Mas, mantém-se no primeiro lugar há 4 anos. Puxa, que ótimo. Isso já é um grande sucesso.
R – E meu marido, Dado, fala: “não é possível que tem alguém que venda mais que você.” Falo: “Tem, tem muito mais, vendem muito mais.” Não é possível.
P/2 – Aí, você tem que vender mais ainda.
R – É.
P/2 – E você faz consultoria só da Natura, de nenhum produto mais.
R – Não. Só.
P/2 – Só Natura.
R – Só. E tudo começou porque, enfim, pela amizade, por ser uma coisa bacana, também, que eu gostei muito. Não, eu faço só isso.
P/2 – E o Sr. Luis, o que acha de você em primeiro lugar, há 4 anos, assim? Acha bem bacana, né? “Olha, viu? Não falei?”
R – Ah, acho que, né? Não, isso ele fala. “Não falei?”
P/2 – Ele fala?
R – “Eu falei pra você. Falei.”
P/2 – Que bom. O que mudou depois que você começou a trabalhar na Natura? Na sua vida, mudou muita coisa? Acrescentou mais coisas?
R – Ah, acho que só acrescentou, né? Porque foi a fase, também, que já estavam os três na escola. Eles ficam na escola até às três, três e meia da tarde. Então, eu queria fazer alguma coisa, mesmo. Mas uma coisa que eu também, como eu falei, não fosse deixar de ter minhas atividades do dia, não fosse ficar presa.
P/2 – Com a agenda livre?
R – É.
P/2 – Você precisava disso.
R – É. Eu estava precisando. Ah, e é tão bom quando a gente ganha o dinheiro da gente. Faz bem. Ah, muito bom.
P/2 – Ideal.
R – Aprendi depois de mais velha, mas é bom.
P/2 – Ideal, né? E o antes e depois da Natura na questão, assim, de beleza, de você com você? E você falou que antes você usava um sabonete, depois você começou a...
R – É, então, mas eu não sou das 10 mais vaidosas. Não sou, mesmo assim, maquiada.
P/2 – Você não é muito vaidosa?
R – Não, não sou, sempre, de estar arrumada e maquiada. Sou modelo tranquilo, assim. E, eu acho que também tenho uma pele boa, então também já é mais fácil. Mas, acho que a gente aprende a gostar mais de... curtir mais. Tem tudo isso. Curtir mais a pele, corpo, banho.
P/2 – E a própria Natura tem isso do bem estar bem.
R – Tudo, uma delícia. É uma delícia. Eu acho que é pra, independente da gente ser vaidosa ou não. Eu acho que tão gostoso, né? Você tomar banho com sabonete cheiroso, passar um shampoo que seu cabelo vai ficar uma delícia.
P/2 – Se cuidar.
R – Cuidado. Eu acho que é, é o bem estar bem. Independente de vaidade ou não. Acho que é um basiquinho, assim, gostoso.
P/2 – Qual a mudança na sua vida social, financeira com a Natura, assim, mudou financeiramente? Deu alguma mudança? Socialmente não, porque você já tem uma vida social. Já tinha, né?
R – Não, não, não. E financeiramente porque agora o meu, guardadinho lá é gostoso.
P/2 – É o seu negócio?
R – É o meu negócio.
P/2 – Está certo. Tem algum grande sonho ainda não realizado?
R – Ah, a gente sempre tem, né? A gente quer sempre que fique tudo bem. Saúde, paz, pros meus filhos, minha família, que todos sejam felizes. Isso aí, é isso.
P/2 – E como é ser consultora Natura? Tem um significado grande pra você. Qual é esse significado? O que é pra você, assim, essa consultoria toda, esse trabalho? Essa difusão de tudo.
R – Ah, acho que uma autoestima. Bom pra minha autoestima. Eu acho que tão gostoso você poder passar uma coisa bacana que a gente gosta, que a gente curte.
P/2 – Você acredita?
R – É isso aí. E acredita.
P/2 – O que é, pra você, uma mulher bonita?
R – Ah, acho que ela estar contente. Estar com ela mesma.
P/2 – Estar de bem.
R – Estar de bem com ela mesma, é.
P/2 – E a beleza da mulher brasileira tão falada, em verso e prosa, o que você acha dessa beleza da mulher brasileira?
R – Ai, meu Deus. Beleza da mulher brasileira? Eu acho que é a naturalidade, a simplicidade, eu acho que, ai...
P/2 – Até por conta de ter morado no exterior, tem muita diferença?
R – Ai, não dá pra comparar. Não sei explicar, é... é uma naturalidade. Eu acho que, também, a gente, sol, né? Acho que faz toda a diferença.
P/2 – Espontaneidade.
R – Espontaneidade. Povo brasileiro é um povo muito... acolhedor, espontâneo. Muito mais que as outras pessoas. Então, acho que isso faz a diferença. Ser natural. É uma beleza natural, uma coisa...
P/2 – Você acha que essa espontaneidade é o que mais se destaca?
R – Ah, é.
P/2 – Inclusive na mulher brasileira?
R – Naturalidade, né?
P/2 – Naturalidade dela. E o que você destacaria, assim, na área que você trabalha, com esse perfil de clientes que você tem, o que você destacaria de mais belo nessas pessoas dessa área que você atende? É classe A, né, como eles estão chamando? O que você destaca de mais bonito com esse perfil de clientes que você trabalha?
R – Eu acho que essa coisa de não ter, de querer experimentar, usar tudo. Acho bacana.
P/2 – De querer provar. Certo.
R – Provar.
P/2 – E, algum aprendizado que você tenho tirado ao longo desses anos de consultoria de Natura.
R – Ah, todos, né? Acho que essa coisa de natureza, de projetos sociais bárbaros que a Natura tem. Eu acho que tudo. Tudo é valido. Tudo é válido. Saber... Mesmo no meu outro setor, que tinha pessoas de todos os tipos. A gente convivia. Isso, sempre, pra mim, foi super numa boa.
P/2 – Você está trocando de setor? Você tinha um outro setor?
R – Eu troquei ano passado.
P/2 – Você trocou ano passado.
R – Eu tinha um outro que era com a Sandra, era a mesma promotora.
P/2 – Ah, e era a mesma?
R – E eram 400.
P/2 – Ah, tá. E agora?
R – Eu ia nos encontros. Tinha, enfim.
P/2 – Mas a mesma região?
R – Era a mesma região.
P/2 – Mesma região, tá. E agora tem esse setor especial, que está sendo montado.
R – É.
P/2 – Como vai a autoestima da mulher de hoje? Levando-se em conta todo esse trato que você tem com o trabalho da Natura, na questão de, considerando a beleza, envelhecimento, a brasilidade, como você acha que vai a autoestima da mulher?
R – Ah, na lua, né? Acho que a turma hoje em dia não está brincando em serviço.
P/2 – Não. Está se encontrando em relação a isso.
R – Total. Todo mundo se cuidando, todo mundo se tratando. Todo mundo super em cima. Mulher de 40, 50 anos, que não parece de jeito nenhum a idade que tem. Ninguém mais deixa a peteca cair. É, não brinca em serviço. A turma está em cima, com tudo.
P/2 – Em cima, mesmo. E acha que isso tem um crescendo aí, acontecendo, né?
R – Ah, não, com certeza.
P/2 – Um interesse grande desenvolvendo. Os conceitos da Natura, ela tem esses conceitos de proteção de meio ambiente, o refil, a linha Crer pra Ver. Que que você acha desse trabalho da natura, desses conceitos todos?
R – Ah, uma coisa. São especiais, diferenciados, como eles, como os donos da Natura. São...
P/2 – Sempre que pode você passa esses conceitos pra frente? Você conversa sobre isso?
R – Com certeza. Mas, é uma coisa. É, com certeza. Mas, nem precisa, porque como eu te falei, muitas das minhas amigas conhecem eles, já.
P/2 – Já tem essa informação.
R – E já tem esse.
P/2 – Sabem como eles trabalham.
R – É. Ver os valores. São coisas únicas. Por isso que a natura está aí, né?
P/2 – E essa coisa dessa sua, de vestir a camisa, da espontaneidade pra colocar a Natura, você estava contando em off como foi essa viagem na França, a loja, você acabou, conta o caso da loja que aconteceu, você conversando com a moça sobre a loja lá.
R – Eu tinha passado lá na loja da Natura nova, lá em Paris, e estava com uma sacolinha, de uma coisa que eu tinha comprado e de uns creminhos que tinham dado, porque era inauguração. E daí eu fui numa loja de sapato do lado, pra comprar um sapato e experimentei, tudo. Na hora que eu estava pagando, pus a sacola da Natura em cima e ela perguntou, de curiosidade, “ai, é a loja nova que está abrindo aí?” Já abri a sacola, fiz ela experimentar, falei: “não, você tem que ir lá, são coisas todas da natureza, do Brasil, coisas que, enfim, sustentável, planta, tira, mas põe.” Enfim, passei tudo isso pra ela, de refil. Isso daqui, quando acabar, depois você não precisa comprar outro. Você só. “Ai, o refil.” Então, enfim.
P/2 – E você se animou?
R – Quando eu vi, eu estava vendendo pra vendedora da loja.
P/2 – E a loja lá ficou bacana? Você se animou com a loja da Natura lá?
R – Linda, linda, linda.
P/2 – Onde fica a loja da Natura.
R – Em Saint Germain. Do lado de lá, no outro lado da Rive Gauche. Chama Carrefour de la Croix Rouge. É como se fosse uma pracinha, achei que o lugar é muito bonito. É como se fosse um larguinho e... Escolha do ponto, eles foram muito felizes, porque é lindo. Então, ela está em lugar de destaque, num lugar largo, do lado tem um cafezinho, então, bem bacana. A loja está linda, de dois andares.
P/2 – Uma loja bonita, num lugar bonito.
R – Uma loja linda, num lugar excepcional.
P/2 – Hum, que bom. Que ótimo. Bom, nós estamos já nos encaminhando pro final da entrevista. Se você fosse dar uma dica pra uma futura consultora, Beatriz, qual seria?
R – Acreditar no que ela está vendendo.
P/2 – Conhecer?
R – Conhecer, experimentar e acreditar.
P/2 – Certo.
R – E ver, gostar, enfim, experimentar.
P/2 – Como seria um autorretrato da Beatriz? Se você fosse fazer um autorretrato, como ele seria?
R – Ai, não sei Judith.
P/2 – Você é bastante expansiva, comunicativa.
R – É.
P/2 – Que mais? Como seria a Beatriz, pela Beatriz?
R – Ai, detesto essas perguntas, Judith, não sei o que falar. Essas perguntas chaves, assim, que a gente tem que dar umas respostas...
P/2 – Não, não tem. Aqui é só.
R – Não sei.
P/2 – Bastante alegre e expansiva.
R – É.
P/2 – Isso está patente. E, Beatriz, o que você achou de ter participado dessa entrevista com a gente.
R – Ah, achei bárbaro.
P/2 – Esse resgate da infância, trazer uma memória oral, né? O que você achou disso?
R – Uma oportunidade. Achei bárbaro. Uma ideia ótima. Fiquei super contente de ter sido escolhida pra poder participar disso com vocês.
P/2 – Então, em nome da Natura e do Museu da Pessoa, a gente agradece muito o seu tempo e a excelente entrevista.
R – Imagina, eu que agradeço. Obriga, obrigada, Judith.
P/2 – Obrigada.
R – Muito obrigada, obrigada.
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