D.Maria Luíza, orgulho e identidade O início no acampamento A família da d. Maria Luíza veio para a região do Paiolzinho na época do acampamento. Neste tempo (meados da década de 90) famílias ficavam alojadas em barracas de lonas esperando que o INCRA loteasse terras para elas. Eram várias...Continuar leitura
D.Maria Luíza, orgulho e identidade O início no acampamento A família da d. Maria Luíza veio para a região do Paiolzinho na época do acampamento.
Neste tempo (meados da década de 90) famílias ficavam alojadas em barracas de lonas esperando que o INCRA loteasse terras para elas. Eram várias barracas de lonas ao longo da estrada do Jacadigo com famílias vindas de várias partes do estado de MS com a esperança de ganhar um pedacinho de terra para plantar e viver da agricultura. Ali, eles passavam frio, enfrentavam chuva e muitas dificuldades. Mas as famílias se ajudavam umas as outras enquanto aguardavam. As mulheres vinham procurar serviço de doméstica na região urbana de Corumbá ´prá poder comprar mantimentos no mercado e os maridos procuravam serviço nos sítios.
A família de d. Maria Luíza foi felizmente sorteada e ficaram acampados até entregarem o lote. Que felicidade neste dia! O marido vinha limpar o terreno roçando, carpindo, fazendo cerca... E ela vinha nos fins de semana para ajudar. Mas não via a hora de poder vir morar no seu cantinho preferido. A emoção de vir morar na sua própria casa é indescritível. Mas tiveram muitas dificuldades no começo com a falta de água e energia. Sem água era difícil produzir alimentos. Eles tinham que buscar água no tambor num córrego perto do sítio. Como consequência eles passaram necessidade por não ter verduras e legumes para vender. Foi um início difícil, mas eles têm muito orgulho de lembrar esse passado, porque hoje eles superaram essa fase e venceram. O grande amor pela horta Hoje a vida na zona rural está bem mais fácil. Já assentados no tão sonhado pedacinho de terra, ainda enfrentam problemas de abastecimento de água, mas com o poço artesiano que conseguiram implantar e com a cisterna que ajuda muito na plantação seus dias são alegres porque ela passa o dia fazendo o que ele gosta. Ela cuida com muito amor da sua horta. Lá ela planta e colhe alface, cebolinha, coentro, salsinha, tomate. Ela mesma faz os canteiros. O marido cuida da roça com a plantação maior: feijão, mandioca, cenoura, milho abóbora. Duas vezes por semana eles vendem com muito orgulho na feira da cidade os produtos que colhem no sítio. Quando ela conheceu o amor da sua vida Quando era jovem d. Maria Luíza recebeu a proposta de trabalhar como cozinheira numa fazenda do Pantanal.
Lá trabalhava um peão que conquistou seu coração. Eles começaram a namorar e quando ele foi conversar com seus pais, todos tiveram que esconder do irmão, porque ele não deixava ela sair. Num belo dia ela e o namorado fugiram de casa para viver esse grande amor. E estão juntos até hoje. Um verdadeiro conto de fadas com o final: e foram felizes para sempre!!!
Suas viagens A primeira viagem que ela fez foi para o Rio de Janeiro. Nessa época ela ainda era adolescente, recebeu um convite para viajar com seus patrões, trabalhava como cozinheira, mas ia como babá.
Ao invés de ficar trabalhando, ela aproveitou a viagem como turista. Passeou bastante com os patrões. Andou de bondinho, conheceu o Cristo Redentor, foi ao shopping... Como é bonito o shopping, pena Corumbá ainda não ter um. Ela ficou encantada com a cidade maravilhosa. Também tem o sonho de voltar lá.
Outra viagem foi para São Paulo. Ela foi passear na casa de sua filha. Ela foi de ônibus e levou sua neta Maria Paula. Foi uma viagem inesquecível. Elas aproveitaram bastante, curtiram a família, conheceram pessoas novas, passearam no shopping, andaram de escada rolante, conheceram vários pontos turísticos de São Paulo. A viagem durou um mês, ela ficou encantada com as luzes, com os prédios, foi muito lindo.
Ela pôde “ corujar” bastante a filha e os netos. Mas chegou a hora de voltar. A saudade de casa estava intensa, estava na hora de voltar. A saudade de casa estava intensa, estava na hora de voltar pro aconchego do lar e trabalhar. Foi um até breve difícil, mas eles planejam voltar.
Produção coletiva
Alunos do 6º ano
Escola Municipal Rural Paiolzinho
Corumbá/MSRecolher