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Por: Museu da Pessoa,

Cultura Gaucha

Esta história contém:

R – Não, não é urbano. Esse meu não é urbano, não.

P/2 – Não é urbano o causo?

R – Não, não é urbano. Os bons causos são rurais.

P/2 – Então, eu queria que cê falasse teu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – Já pra gravar? O meu nome verdadeiro, já é pra gravar?

P/1 – É.

R – O meu nome verdadeiro é Neltair... Trovão...

P/1 – Então vamos esperar o trovão passar.

R – Pô, cara, tu não vai colaborar aí em cima? Que o cara lá não tá colaborando, tchê.Ainda bem que eu não sou muito rezador, mas pô... Olha quem veio, olha quem veio. Fica aqui, vem cá, fica assim, quietinha, quietinha, quietinha. O Santiago... O meu nome verdadeiro é Neltair Abreu. O Santiago é um apelido que eu ganhei quando eu vim morar em Porto Alegre porque eu vim da cidade de Santiago, na fronteira da, fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina. Aí eu terminei adotando esse pseudônimo, Santiago, e ele tem me dado sorte, tem me dado boas, boas, boas experiências.

P/1 – E que dia que você nasceu?

R – Eu nasci no dia 14 de setembro de 1950, no, no começo da Guerra Fria. (risos)

P/1 – E, Santiago, é, qual o nome dos seus pais e o que que eles faziam, no que que eles trabalhavam?

R – O meu pai era pecuarista, ele criava gado. Tinha uma pequena propriedade no interior de Santiago, entre Santiago e São Borja. E a minha mãe era costureira, ela pedalava uma máquina Singer o dia inteiro. Que tinha cinco filhos, e, sabe como é, o pequeno pecuarista era o cara que fazia uma safra de boi a cada ano. Então, uma vez por ano, ele tinha dinheiro, depois não tinha mais nada. Então, a minha mãe tinha que co..., tinha que, né, fazer das tripas coração em cima de uma máquina Singer. E, por isso, ela ficou com uma perna mais, mais grossa que a outra.

(Alguém interrompe, tem um diálogo fora da entrevista: peraí, corta. ... Você já foi, tinha uma tribo no alto do Juá,...

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Dados de acervo

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R – Não, não é urbano. Esse meu não é urbano, não.

P/2 – Não é urbano o causo?

R – Não, não é urbano. Os bons causos são rurais.

P/2 – Então, eu queria que cê falasse teu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – Já pra gravar? O meu nome verdadeiro, já é pra gravar?

P/1 – É.

R – O meu nome verdadeiro é Neltair... Trovão...

P/1 – Então vamos esperar o trovão passar.

R – Pô, cara, tu não vai colaborar aí em cima? Que o cara lá não tá colaborando, tchê.Ainda bem que eu não sou muito rezador, mas pô... Olha quem veio, olha quem veio. Fica aqui, vem cá, fica assim, quietinha, quietinha, quietinha. O Santiago... O meu nome verdadeiro é Neltair Abreu. O Santiago é um apelido que eu ganhei quando eu vim morar em Porto Alegre porque eu vim da cidade de Santiago, na fronteira da, fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina. Aí eu terminei adotando esse pseudônimo, Santiago, e ele tem me dado sorte, tem me dado boas, boas, boas experiências.

P/1 – E que dia que você nasceu?

R – Eu nasci no dia 14 de setembro de 1950, no, no começo da Guerra Fria. (risos)

P/1 – E, Santiago, é, qual o nome dos seus pais e o que que eles faziam, no que que eles trabalhavam?

R – O meu pai era pecuarista, ele criava gado. Tinha uma pequena propriedade no interior de Santiago, entre Santiago e São Borja. E a minha mãe era costureira, ela pedalava uma máquina Singer o dia inteiro. Que tinha cinco filhos, e, sabe como é, o pequeno pecuarista era o cara que fazia uma safra de boi a cada ano. Então, uma vez por ano, ele tinha dinheiro, depois não tinha mais nada. Então, a minha mãe tinha que co..., tinha que, né, fazer das tripas coração em cima de uma máquina Singer. E, por isso, ela ficou com uma perna mais, mais grossa que a outra.

(Alguém interrompe, tem um diálogo fora da entrevista: peraí, corta. ... Você já foi, tinha uma tribo no alto do Juá,...

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