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Personagem: Déa Santos Melo
Por: Museu da Pessoa, 3 de novembro de 2008

Cantar a minha aldeia, dançar as minhas raízes

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P/1 – Dea, bom dia! Obrigada por nos receber aqui.

R – Bom dia.

P/1 – A gente vai começar pela sua identificação. Eu queria que você nos dissesse seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Então, o meu nome é Dea Santos Melo. Nasci aqui em Belém no dia 26 de dezembro de 1964.

P/1 – Você estava falando alguma coisa do seu nome.

R – É. Então, o meu nome... Primeiro, assim, a minha mãe quando estudava em colégio de freira no Maranhão, tinha duas gêmeas que se chamavam Dea e Lea. E ela achava esse nomes lindos, né? Ela dizia que quando tivesse filhas, elas teriam esse nome. E eu nasci, eu sou a terceira de cinco e aí ela me deu o nome de Dea. Depois eu descobri que Dea é um nome grego, que é o diminutivo de Deva, que é deusa. E tinha um amigo dela que dizia que eu tinha um nome muito abençoado. Mas eu não sabia porque ele dizia isso. Depois que eu vim saber. E estudando a tradição indígena, eles dizem que o nosso nome, que cada um recebe o nome que precisa receber. Então por mais que, às vezes, a gente não goste do nome que a gente tem, mas é a palavra que a gente mais gosta de ouvir. É a nossa primeira identidade, é o nosso poder. É tanto que eles cantam muito os nomes, né? Então em algumas tradições, as índias quando estão grávidas vão pra floresta e vão cantar, cantar, cantar até que o nome dessa criança venha. Então, os nomes têm um significado muito importante. A gente perdeu muito isso nas nossas referências ocidentais, mas na nossa tradição existe esse cuidado e esse valor do nome que a gente tem.

P/1 – Eu gostaria agora que você dissesse o nome dos seus pais.

R – Minha mãe é Guiomar e o meu pai é Anastácio. Aí eu estava pensando outro dia, eu acho que a minha avó materna é Guajarina. Minha avó não tinha nenhuma matriz indígena. E falei com minha mãe, ela disse: "Não, de jeito nenhum". Mas é um nome de origem...

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Dados de acervo

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Projeto Banco do Brasil - 200 anos de Brasil

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista de Dea Santos Melo

Entrevistada por Nádia Lopes e Marta Delelis

Belém, 03 de dezembro de 2008

Código: BB200_HV024

Transcrito por Vanuza Ramos

Revisado por Adriane Pena da Silva

P/1 – Dea, bom dia! Obrigada por nos receber aqui.

R – Bom dia.

P/1 – A gente vai começar pela sua identificação. Eu queria que você nos dissesse seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Então, o meu nome é Dea Santos Melo. Nasci aqui em Belém no dia 26 de dezembro de 1964.

P/1 – Você estava falando alguma coisa do seu nome.

R – É. Então, o meu nome... Primeiro, assim, a minha mãe quando estudava em colégio de freira no Maranhão, tinha duas gêmeas que se chamavam Dea e Lea. E ela achava esse nomes lindos, né? Ela dizia que quando tivesse filhas, elas teriam esse nome. E eu nasci, eu sou a terceira de cinco e aí ela me deu o nome de Dea. Depois eu descobri que Dea é um nome grego, que é o diminutivo de Deva, que é deusa. E tinha um amigo dela que dizia que eu tinha um nome muito abençoado. Mas eu não sabia porque ele dizia isso. Depois que eu vim saber. E estudando a tradição indígena, eles dizem que o nosso nome, que cada um recebe o nome que precisa receber. Então por mais que, às vezes, a gente não goste do nome que a gente tem, mas é a palavra que a gente mais gosta de ouvir. É a nossa primeira identidade, é o nosso poder. É tanto que eles cantam muito os nomes, né? Então em algumas tradições, as índias quando estão grávidas vão pra floresta e vão cantar, cantar, cantar até que o nome dessa criança venha. Então, os nomes têm um significado muito importante. A gente perdeu muito isso nas nossas referências ocidentais, mas na nossa tradição existe esse cuidado e esse valor do nome que a gente tem.

P/1 – Eu gostaria agora que você dissesse o nome dos seus pais.

R – Minha mãe é Guiomar e o meu pai...

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