P - Boa tarde, Seu Marcílio.
R - Boa tarde.
P - Eu queria que pra começar, o senhor me dissesse o seu nome completo, a data e o local de seu nascimento.
R - O meu nome completo é Marcílio Esteves, nascido em 24 de outubro de 1939, em Uberlândia, Minas Gerais .
P - E o nome do seu pai e d...Continuar leitura
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Boa tarde, Seu Marcílio.
R - Boa tarde.
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Eu queria que pra começar, o senhor me dissesse o seu nome completo, a data e o local de seu nascimento.
R - O meu nome completo é Marcílio Esteves, nascido em 24 de outubro de 1939, em Uberlândia, Minas Gerais .
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E o nome do seu pai e da sua mãe, por favor.
R - Alípio Esteves e Maria Pazine.
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Qual era a atividade do seu pai?
R - O meu pai tinha atividade zona rural, sempre trabalhou em zona rural.
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Proprietário ou...?
R - Proprietário.
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E a sua mãe?
R - A minha mãe sempre foi do lar.
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Como é o nome dela?
R - Maria Pazine.
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E o quê que ele cultivava?
R - Ele cultivava tudo. Eles plantavam lavoura, milho, arroz, também mexia com gado, tinha a tiração de leite, esse tipo de coisa também.
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E a infância do senhor então foi na zona rural?
R - A minha infância foi bem dizer toda ela, enquanto criança, em fazenda, em zona rural.
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E como é que era essa fazenda? Tinha um nome a fazenda?
R - Chamava Córrego do Bálsamo.
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Do Bálsamo?
R - É.
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E como é que era o Córrego do Bálsamo?
R - Era fazenda, a gente criança, até que eu tenho a impressão que não é muito diferente não. A gente começa desde cedo no trabalho, não tem muito tempo pra lazer, esse tipo de coisa, por exemplo como é uma vida dentro da cidade. Eu me lembro que muitas vezes eu trabalhava até a hora do almoço, almoçava, tomava banho pra ir pra escolinha que tinha lá na zona rural. Era uma vida muito mais de trabalho.
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E o quê que o senhor tinha que fazer ali naquela...?
R - A gente ajudava o meu pai na lavoura, ajudando a tirar leite, ajudar a tratar dos animais, esse tipo de coisa que normalmente era feito.
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E a casa, Seu Marcílio, como que era a casa?
R - A casa, se a gente considerar por ser zona rural, era uma casa até confortável, porque era uma casa feita de tijolo, era com piso de ladrilhos, os quartos bem divididos, esse tipo de coisa. Me lembro que a gente tinha água corrente que alimentava na porta da casa. O meu pai, aos poucos ele colocou água encanada dentro de casa, foi fazendo algumas melhorias pra essa época que a gente vivia na fazenda.
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E vocês resolveram mudar pra cidade por quê?
R - É o seguinte, em 1950, nós resolvemos mudar pra Goiás. O meu pai resolveu comprar uma fazenda maior no município de Itumbiara, em Goiás. Foi aonde que eu fui pra lá , fiquei com eles aproximadamente dois anos. Nessa idade eu tinha 10, 11 anos mais ou menos, eu fiquei com 10, 12 anos. Pra 10, 12 anos eu fiquei com ele lá na fazenda e depois eu voltei pra Uberlândia. Aí eu voltei pra estudar e aí já comecei a ter um outro tipo de vida.
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E foi trabalhar?
R - Comecei, fui estudar... (pequena pausa) Continuando... Você está gravando? (pergunta para o cinegrafista).
Cinegrafista - Agora está.
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Aí, na cidad...?
R - Continuando, na idade de 10, 11 anos mais ou menos, eu voltei pra Uberlândia, eu vim pra estudar e aí, a gente começou uma outra vida. Foi aonde que eu fiz os meus cursos, estudei, fiz admissão, fiz primário, naquela época completei o primário, admissão, fiz colegial e aí vim concluí a minha situação escolar. E nesse período eu vim conhecer também a minha esposa, aí eu me casei coma minha esposa que é a Marília e tivemos três filhos, a Cristiane, o Alessandro e o Marcelo. Por sinal, o Alessandro e o Marcelo já trabalhou na CTBC. Hoje não estão mais na empresa, mas já passaram por aqui.
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Como que o senhor chegou na CTBC, Seu Marcílio?
R - O meu primeiro emprego foi numa distribuidora de produtos farmacêuticos, trabalhei em torno de cinco anos. Depois eu fui trabalhar no Reimassas, que é uma fábrica de macarrão, trabalhei mais cinco anos. De lá, eu fui pra União Uberlândia, que é uma firma local também. Eu trabalhei 15 anos e quando eu saí da União Uberlândia, eu vim pra trabalhar na CTBC. Isso foi em abril de 1985 e aqui eu estou até hoje.
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E o senhor veio pra fazer o quê?
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Eu vim pra trabalhar na área de marketing, inicialmente trabalhar numa área de marketing. Eu sempre trabalhei em área adimistrativo-financeira, vim pra trabalhar numa área de marketing. Achei muito interessante, que a gente estaria mudando, conhecendo outras atividades e achei muito interessante. Mas aí eles foram verificar no longo da minha vida, eu sempre fui ligado à área administrativa. E eu fui convidado pra ir trabalhar numa empresa do grupo, chamava ABC Oliveira e na ABC Oliveira eu fiquei três anos. Era uma fábrica de móveis escolares, esquadria, esse tipo de coisa. Fiquei três anos lá trabalhando na área administrativo-financeira. Quando foi em outubro de 88, eu retornei à CTBC. Aí eu vim trabalhar na área de TH, recursos humanos, mas fazendo uma atividade dentro de área administrativa. Eu gerenciava uma divisão que controlava uma área de apoio, naquela época era da CTBC ____________. E aí, dentro da CTBC, eu tive a oportunidade de desenvolver alguns trabalhos interessantes, por exemplo, eu participei da criação do controle patrimonial dessa empresa. Essa empresa tinha 40 anos de existência, ela não tinha o controle patrimonial físico, tinha contábil. Então, nós montamos uma equipe e com isso nós fomos criar o controle patrimonial, que funciona dentro da empresa até hoje. Lógico que lá sofreu várias melhorias no sentido de parte de informática, outros processos, de lá pra cá, foram melhorados. Tive também, logo após, a oportunidade de participar de um trabalho também da desativação dos almoxarifados da empresa, que era centralizado, nessa época foi desativada essa parte central e foi transferido para as regionais. Então, a gente participou desse processo para estar fazendo essas mudanças dentro da empresa. E tenho participado de várias outras mudanças dentro da empresa. O processo de terceirização, uma das primeiras áreas que foram terceirizadas dentro da empresa, quem fez esse trabalho de terceirização que foi ligado à área de serviços, serviços gerais, esse tipo de coisa, foi nós que trabalhamos neste processo também.
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E hoje a atividade do senhor qual é?
R - A minha atividade, eu trabalho na área que chama apoio administrativo. O apoio administrativo, ele compreende toda essa gestão de conservação e limpeza dos prédios, infra-estrutura, parte da vigilância, portaria, frota da empresa, parte de motoristas também que tem dentro da empresa, está tudo dentro dessa área nossa. E a gente gestiona
alguns contratos ligados à xerox, a correio, esse tipo de coisas que hoje a gente faz. Resumidamente, porque se você for ver atrás disso, tem uma série de informações e detalhes. Eu estou te colocando de uma maneira resumida.
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Seu Marcílio, e o quê que o senhor diria pra uma pessoa que fosse começar a trabalhar na CTBC hoje, que estivesse aqui com o senhor?
R - Eu posso tomar isso como o exemplo dos meus filhos. Os meus filhos estavam estudando, precisavam de estágio e eu então trabalhei junto da direção pra que eles viessem fazer o estágio aqui dentro da empresa. E daí, eles foram admitidos, evoluíram dentro do estágio e foram admitidos. O que a gente tem que falar eu acho que, apesar de ter trabalhado em poucas empresas, o que eu posso falar sobre o grupo e em especial sobre a CTBC é o seguinte, que eu acho que não tem empresa nenhuma que oferece as condições de trabalho, de valorização, de capacitação igual a CTBC oferece. Inclusive em termos até de benefícios, um salário um pouco melhor dentro do mercado e o respeito profissional que você sente que existe dentro da empresa. E uma outra coisa, a liberdade que você tem também pra você desenvolver o seu trabalho, a liberdade e os acessos que você tem entre as pessoas de nível hierárquico como diretores, esse tipo de coisa. Eu, por exemplo, jamais, pode acontecer o que for, posso até me aborrecer com algumas situações, me chatear, mas jamais...Só posso falar muito bem dessa empresa. E quem tiver a sorte e a felicidade de vir trabalhar aqui, eu acho que não vai pensar diferente do que eu estou acabando de registrar pra vocês.
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Está certo, Seu Marcílio. Muito obrigada.
R - Ok.Recolher