José Carlos Martins
José Carlos Martins, conhecido como Zezinho, nasceu no dia 11 de dezembro de 1952. Filho de José Vieira Martins e Rosa Ribeiro Martins, família humilde da comunidade de Mirim. Seus avós maternos e paternos eram pescadores, agricultores, produtores de farinha e de cana-de-açúcar.
Da infância, lembrou-se da rua, do caminho de areia que queimava os pés, dos brinquedos simples. Se emocionou ao recordar da casa em que cresceu. Ela era muito simples, de chão batido, paredes de pau a pique, sem forro e com fogão a lenha. Lembrou que tudo era preto pela fumaça, que respiravam mal e que, apesar de tudo, tinha orgulho dos pais por serem tão guerreiros.
Conheceu sua esposa enquanto trabalhavam na Cerâmica Icisa. Se apaixonaram e namoraram. Numa época de carnaval, enquanto sua sogra viajava, fugiram e depois se casaram no civil. Hoje estão casados há mais de 30 anos, têm dois filhos e dois netos.
Zezinho trabalha como coveiro pelo município. Afirmou que seu trabalho é desgastante, pois tem que estar à disposição sempre, mas, apesar das dificuldades, está feliz por ajudar as pessoas. Contou que certa vez, ao passar por dias ao lado de uma sepultura de criança, ouviu um gemido como se fosse choro. Chamou pessoas para escutar, que confirmaram ouvir “choro de criança”. Mas curioso e inconformado, ele se abaixou ao lado da sepultura e, olhando por um pequeno buraco, viu dois olhos brilhantes e arregalados e detectou que era apenas um gato. Então disse: “Se eu tivesse corrido e não voltado para ver o que era, ia achar mesmo que era assombração!”
Atualmente, mora com sua esposa e com seu neto. Seu maior sonho é ver seus filhos realizados no trabalho, pois o estudo ele conseguiu lhes dar, e ver seus netos encaminhados na vida. Sente saudades da simplicidade de sua infância e afirma que todas as dificuldades foram necessárias para ele ser quem é hoje.
Excerto editado a partir do texto coletivo dos alunos do...
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José Carlos Martins
José Carlos Martins, conhecido como Zezinho, nasceu no dia 11 de dezembro de 1952. Filho de José Vieira Martins e Rosa Ribeiro Martins, família humilde da comunidade de Mirim. Seus avós maternos e paternos eram pescadores, agricultores, produtores de farinha e de cana-de-açúcar.
Da infância, lembrou-se da rua, do caminho de areia que queimava os pés, dos brinquedos simples. Se emocionou ao recordar da casa em que cresceu. Ela era muito simples, de chão batido, paredes de pau a pique, sem forro e com fogão a lenha. Lembrou que tudo era preto pela fumaça, que respiravam mal e que, apesar de tudo, tinha orgulho dos pais por serem tão guerreiros.
Conheceu sua esposa enquanto trabalhavam na Cerâmica Icisa. Se apaixonaram e namoraram. Numa época de carnaval, enquanto sua sogra viajava, fugiram e depois se casaram no civil. Hoje estão casados há mais de 30 anos, têm dois filhos e dois netos.
Zezinho trabalha como coveiro pelo município. Afirmou que seu trabalho é desgastante, pois tem que estar à disposição sempre, mas, apesar das dificuldades, está feliz por ajudar as pessoas. Contou que certa vez, ao passar por dias ao lado de uma sepultura de criança, ouviu um gemido como se fosse choro. Chamou pessoas para escutar, que confirmaram ouvir “choro de criança”. Mas curioso e inconformado, ele se abaixou ao lado da sepultura e, olhando por um pequeno buraco, viu dois olhos brilhantes e arregalados e detectou que era apenas um gato. Então disse: “Se eu tivesse corrido e não voltado para ver o que era, ia achar mesmo que era assombração!”
Atualmente, mora com sua esposa e com seu neto. Seu maior sonho é ver seus filhos realizados no trabalho, pois o estudo ele conseguiu lhes dar, e ver seus netos encaminhados na vida. Sente saudades da simplicidade de sua infância e afirma que todas as dificuldades foram necessárias para ele ser quem é hoje.
Excerto editado a partir do texto coletivo dos alunos do 5º ano, parceria entre as professoras Marluci Gonçalves e Rosi dos Santos, da Escola Municipal Professora Belarminda de Souza Pires.
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