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Personagem: Alice Santos Coelho
Por: Museu da Pessoa,

Alice e a arte

Esta história contém:

Alice e a arte

Vídeo

Meu pai nasceu na Cruzada e minha mãe no Vidigal. Eles se conheceram num baile, de dançar agarradinho. A minha avó, da parte da minha mãe, é baiana. Eu adoro as comidas que ela faz quando vai lá pra casa. Ela é da Igreja e não gosta de muita brincadeira, funk, essas coisas. Ela começa a orar: “Oh, Glória”; “Tira essas músicas do Diabo.” Eu: “Ih, vó, para com isso!” Mas esses funks de agora são muita baixaria, Cruz Credo! Numa letra só já falou 20, 30 ou trezentos palavrões e desvalorizando as mulheres também. Ridículo. Prefiro curtir mesmo essas coisas da época do meu pai, das dancinhas com a cabeça. Por isso que eu curto mais hip hop. Nós temos um grupo de rap, eu e mais duas garotas que tá fazendo também a minissérie. As outras garotas têm 15 anos; eu 16, e cantamos rap, um pouco de cada coisa: amor; protesto; onde a gente mora.

Nós mesmos escrevemos e cantamos nossas próprias letras. Meus pais são diaristas e trabalham juntos na casa dos clientes deles. E tem uns artistas, que ele trabalha na casa e é bem legal. Eu tenho muito orgulho por eles, do meu pai e da minha mãe. Eu sempre tive ciúmes da minha irmã mais nova, de 13 anos, e a minha mãe me contava uma história de quando ela tava fazendo xixi no pinico, no vaso, eu queria afogar ela por causa de ciúmes. E agora eu amo ela e vi que é só ciúme bobo da infância, porque é muito bom ter uma irmã pra ficar do teu lado, conversar, sair. Onde eu moro é maravilhoso, adoro morar lá, meus amigos. A gente mora de frente pra praia. Eu estou morando na rua agora que é do lado do “Nós do Morro”, o teatro que eu faço as aulas. Tinha vizinha chata que a gente não podia gritar que elas tacavam água gelada na gente. Ela tacou água quente no meu primo pequeno. Tudo mau humor.

E tinha vizinha que era legal também, que dava doce ou pedia pra gente comprar cerveja e dava cachê, dinheirinho. A gente comprava tudo de bala e...

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Dados de acervo

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P/1 – Boa tarde, Alice.

R – Boa tarde.

P/1 – Muito obrigada por estar aqui prestigiando o projeto com seu depoimento. Eu gostaria, então, de começar a nossa entrevista pedindo que você nos dê seu nome completo, o seu local e a sua data de nascimento, por favor.

R – Ok. Meu nome é Alice Santos Coelho, eu tenho 16 anos, nasci no dia Cinco de março de 1996 e no bairro Vidigal; moro no Morro do Vidigal.

P/1 – Em relação aos seus pais, o nome dos seus pais e você conhece um pouquinho a origem deles também, por favor?

R – Sim, o nome do meu pai é Marco Antônio Vieira Coelho, ele tem 39 anos; minha mãe é Marília Santos Coelho, tem 40 anos; minha irmã Andressa Santos Coelho, 13 anos e Aline Santos Emiliana, minha irmã mais velha que tem 23 anos.

P/1 – Você conhece um pouquinho a origem dos seus pais? Eles são cariocas? Eles são moradores e nascidos no Vidigal?

R – Bom, eles são cariocas e meu pai nasceu na Cruzada e minha mãe no Vidigal. E eles se conheceram assim num baile que minha ia lá na Cruzada, dançar agarradinho com meu pai, com ele estava namorando e acabou que ficou juntos e eu nasci. Eu e minha irmã. Que bom.

P/1 – Você conhece um pouquinho da história dos seus avós, tanto por parte de mãe quanto por parte de pai, Alice?

R – Bom, a minha avó da parte da minha mãe ela é baiana. Então, eu adoro as comidas que ela faz quando ela vai lá pra casa e ela é da Igreja e, sei lá, ela não gosta de muita brincadeira, não, funk, essas coisas, ela não gosta, não. Ela é bem séria mesmo. E da parte de pai já morreu.

P/1 – Como ela morreu? Como era o nome dessa sua vó?

R – É Marise. Marise. É Maria mas ela não gosta que chamam ela de Maria então ela gosta que é Marise e da parte do meu pai morreu minha avó.

P/1 – Avós, homem, os seus avôs você conheceu?

R – O meu avô continua na Cruzada; a parte do meu pai continua na Cruzada e da minha mãe tá morando em Nova Campinas.

P/1...

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