Essa rua aqui, os meninos mesmo falam: “- Mainha, você não sai daqui mainha!”, Eu digo: “ - Mas como é que eu vou sair daqui? Todo mundo me conhece e conhece vocês, aqui a porta fica aberta né”. É que aqui tinham a mania de sair, de morar nas casas, saiam e deixavam tudo aberto. Graças a Deus ninguém nunca entrou em casa, a gente sai de manhã, de madrugada, qualquer hora do dia ou da noite, nesse bairro todo. Nessa violência que tá aí, eles saem qualquer hora, qualquer dia e qualquer momento. Todo mundo conhece né? Então, como é que a gente vai sair pra um outro bairro que não conhece, desconhecido, até se habituar. E eu gosto muito do Uruguai! Eu já poderia ter comprado uma casa própria pela Caixa, mas a Caixa só oferece casa em outros lugares distantes, que eu tenha a possibilidade de pagar mensalidade, é distante. Então eu não saio. E depois já trabalho né, na igreja, então já tenho uma raiz profunda aqui nesse bairro, já conheço, já tenho. É bom mudança, mas mudança de algumas coisas (risos)
Festa de aniversário com a família