José dos Passos de Lima
José nasceu no dia 19 de março de 1952, no hospital do município vizinho, Laguna.
Sempre morou nas redondezas e trabalhou com a pesca. Em alguns momentos de sua vida, trabalhou em firmas, mas a pesca sempre o encantou.
No princípio, a Guaiúba não possuía estradas como hoje. Eram apenas caminhos entre as casas e o pasto por onde as pessoas transitavam. Também não havia energia elétrica, e à noite utilizavam lampião a querosene ou velas − quando tinham. A casa era feita de madeira, bem pequena, muito humilde.
Seu José contou que, na sua infância, a Escola Doutor Itamar era bem acanhada, possuía somente duas salas de aula, que funcionavam em três turnos, com horários intermediários (das 8 às 11h; das 11 às 14h; das 14 às 17h). Eram aulas voltadas para alunos da 1ª à 6ª série.
Ele era bom aluno. Lembra-se de que uma vez tirou nota 100 em uma prova e sua professora querida, ao ver que sua sandália estava bem velhinha, lhe comprou uma nova chinela e o presenteou. Recordou que, quando os alunos tiravam notas boas, as crianças eram recompensadas com materiais (lápis, borracha, apontador, cadernos, estojo ou até mesmo mochila).
Uma professora de que ele gostava muito, ao término do primeiro semestre, casou-se e deixou a turma antes do final do ano letivo. Seu José não se acostumou com o novo educador e acabou repetindo de ano. Desanimado com os estudos, frequentou a escola somente até a 6ª série.
Casou-se, teve filhos e possui um neto estudando na escola, no 3º ano. Conta que sempre foi apaixonado pela pesca e hoje, já aposentado, trabalha somente com isso.
Excerto editado a partir do texto coletivo dos alunos da professora Haike Elisabeth Graupmann Tkatchuk, 4º ano da Emeb Padre Doutor Itamar Luís da Costa.