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A construção de uma persona

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A construção de uma persona

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Eu precisava falar tranquilamente, olhando no olho. Então eu descobri que eu podia fazer isso na vida também. Minha mãe é muito pudica, pelo que ela conta, e meu pai é um cara louco, farrista total. Mas meu pai também faz o cara gente boa, então eu acho que ele conquistou meu avô, que era um cara difícil, por isso. Ele começa namorar, esse cara doido, mas vai se enquadrando um pouco pra ficar com a minha mãe. Casaram-se e foram morar em Brotas.

Eu nasci em Itapuã e fui pequeno morar em Brotas, que é um bairro enorme. Meu pai hoje é aposentado, mas foi petroquímico a vida inteira. Trabalhou no polo petroquímico de Camaçari, que é próximo a Salvador. Minha mãe é funcionária pública, já tinha sido atriz mais jovem. Logo quando casou parou, porque ficou grávida do meu irmão e depois funcionária pública. Ela trabalhou no ICEIA, no Teatro Castro Alves, na Biblioteca Central. A minha história com teatro começa aí, com o trabalho da minha mãe.

Eu sempre gostei de dançar. Então a gente tinha uma turminha no bairro que era de dançar e jogar vôlei, que era meu vício maior. Eu era o cara da rede e da bola. E sempre fui muito brigão, então briguei muito por conta dessa história de vôlei e de bola na minha adolescência. Mas é isso que eu fazia mais, jogava vôlei, fiz natação, caratê, capoeira, muito esporte. Com uns 15 anos eu fiz balé clássico, que a minha mãe me matriculou. Eu fui, achei o máximo! Eu tinha que ficar carregando as meninas. Homem, alto, com 15 anos de idade... Então nas apresentações eu só carregava as meninas. Era tipo uma roupinha, um collant, e eu ficava carregando. Eu me diverti mesmo de verdade! Mas aí eu comecei a dançar. Tinha um amigo do meu pai que tocava na Banda Mel, então eu comecei.

A dança sempre me acompanhou na minha história. Mais pra frente eu comecei a dar aula, dancei num grupo e depois comecei a dar aula em academia de dança, com 18, 19 anos, viajava os interiores da...

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Dados de acervo

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P/1 – Fabrício, você pode falar seu nome completo, local e data de nascimento?

R – Genisson Fabrício Boliveira Pereira, nascido em Salvador, Bahia, e nasci em 26 de abril de 1982, dia da primeira missa rezada no Brasil. É porque isso me acompanha.

P/1 – Seus pais são de Salvador?

R – São de Salvador.

P/1 – Seu pai e sua mãe?

R – Meu pai e minha mãe. Minha mãe, acho que é nascida em São Félix, mas acho que vai pequena pra Salvador, que é uma região do Recôncavo da Bahia.

P/1 – E seus avós, tanto paternos quanto maternos?

R – Eu sei dos meus avós maternos. O meu avô era de Cachoeira e a minha avó de São Félix, que são duas cidades que são divididas por uma ponte. Mas eles se casam por ali e vão morar em Salvador, ou se conhecem em... Não sei. Isso também eu não sei as minúcias.

P/1 – Esses são os maternos?

R – São os maternos. Os paternos, os paternos eu acho que são de Salvador mesmo. Nós tivemos pouco contato.

P/1 – Convivência.

R – É.

P/1 – E você sabe o que eles faziam, os seus avós?

R – O meu avô era enfermeiro lá em Cachoeira. A minha avó, a minha avó foi dona de casa, eu acho, só, a minha avó Romana. O meu outro avô era militar, o paterno, e a minha avó, dona de casa, talvez costurasse um pouco, não sei.

P/1 – E você chegou a conviver com eles?

R – Mais com meus avós maternos. O meus paternos, o meu pai era brigado com meu avô, muitos anos essa história, então a gente não se viu muito, o conheci mais de foto e muito pequeno. E minha avó materna veio morar no Rio de Janeiro, então a gente teve contato até os sete anos, e depois ela veio morar no Rio de Janeiro, foi morar no Rio de Janeiro.

P/1 – É? Por que ela foi para o Rio?

R – Ela foi para o Rio... Sabe que eu não sei. Talvez uma coisa de doença e que foi se cuidar com uma irmã dela que morava no Rio de Janeiro já, que tinha saído pequena de Salvador e foi morar no Rio de Janeiro, já tinha...

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