Projeto Ópera Urbana
Entrevista de José Bispo dos Santos
Entrevistado por Nádia Lopes
São Paulo, 5 de agosto de 2009
Realização Museu da Pessoa
Entrevista OPCN_CB001
Transcrito por Jennifer Serra
P/1 – Bom dia, Seu José Bispo.
R – Bom dia.
P/1 – Qual que é o seu nome completo, lo...Continuar leitura
Projeto Ópera Urbana
Entrevista de José Bispo dos Santos
Entrevistado por Nádia Lopes
São Paulo, 5 de agosto de 2009
Realização Museu da Pessoa
Entrevista OPCN_CB001
Transcrito por Jennifer Serra
P/1 – Bom dia, Seu José Bispo.
R – Bom dia.
P/1 – Qual que é o seu nome completo, local e data de nascimento?
R – Eu me chamo José Bispo dos Santos, 8 de dezembro de 1974, em Itapetinga, Bahia.
P/1 – Quando que você veio pra São Paulo?
R – Cheguei em São Paulo em 1996, 31 de dezembro de 1996.
P/1 – E qual que é o seu relacionamento com a Avenida Paulista?
R – Ah, é um relacionamento de amor. Porque é um dos lugares que eu tinha maior vontade de conhecer. E aqui você encontra de tudo. É um sorriso, assim, à parte. De tudo que você quer tem um pouco. Enfim, um pedaço do Brasil em cada espaço. Sabe? É uma coisa, assim, é nostálgico, é maravilhoso. É o que eu tenho pra dizer. É uma poesia. A Avenida Paulista é uma poesia. Ela te dá um sentimento, assim, de grandeza. Aqueles que querem vencer se sentem, assim, na Avenida Paulista num lugar ideal. Porque ela te proporciona muita coisa boa. Muita. Muita coisa boa mesmo. Isso é um pedacinho do Brasil em cada metro quadrado (risos).
P/1 – Quais os caminhos que você percorre, aqui na Avenida Paulista?
R – Olha, na Avenida Paulista, devido ao meu trabalho, eu vou em todos os lugares aqui. Principalmente nos tribunais aqui, nos fóruns que tem aqui, próximo. Museu, bancos. Enfim, a Paulista tá em tudo o que eu faço aqui.
P/1 – Qual é que é o seu trabalho?
R – Eu trabalho como segurança e auxiliar administrativo. Então... Em diferentes horários. Trabalho durante a noite como segurança, e, durante o dia, como auxiliar administrativo.
P/1 – Tem alguma história, assim, da Avenida Paulista, que você gostaria de deixar registrado?
R – Olha, pra mim, é o seguinte. Porque... As passeatas que ocorrem aqui na Paulista. Que é um lugar que, democraticamente falando, as pessoas, elas vêm pra poder reclamar aquilo que é seu por direito. Então, por exemplo, a passeata dos professores, né? Foi uma passeata assim, que, eles queriam algo, até conseguir. Ou então, também, a passeata GLBT, né? Que o pessoal vem, se solta, mostra o que sente, mostra o que quer realmente. Então, tipo assim, é algo, assim, que marca pra gente, entendeu? Porque, de tudo um pouco, pra você. Então, você começa a entender as tribos, né? Depois que reformaram a Paulista, por exemplo, o pessoal do skate, o pessoal do patins, né? Tem encontros do pessoal que faz poesia. E, enfim, a Paulista deixa, tudo marca, tudo fica. Enfim, a Paulista, como eu já te disse, ela é uma poesia cantada, falada e vivida.
P/1 – É isso aí, José. Obrigada.
R – Tudo bem, tchau, tchau.
FIM DE ENTREVISTARecolher