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Por: Museu da Pessoa, 4 de dezembro de 1999

A arte de Zica Bergami

Esta história contém:

P/1 – Boa tarde, D. Zica.

R – Boa tarde.

P/1 – A gente vai começar com a nossa entrevista perguntando pra senhora o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Eu me chamo Elisa Campiotti Bergami - Bergami de meu marido, Campiotti de meu pai. Nasci em 1913, [no] dia 10 de agosto, signo Leão - tem me ajudado muito, viu? Nasci em Ibitinga, mas não conheço Ibitinga. Vim pra São Paulo com oito meses e fui criada aqui em São Paulo. E minha mãe, quer o nome da minha mãe também? Ítala Olímpia Trombelli Campiotti. Trombelli do meu avô e Campiotti do meu pai. Meu pai era Primo Campiotti. Italianos.

P/1 – Eles nasceram na Itália?

R – Nasceram. Papai nasceu em Veneza, mamãe nasceu em Mântova, fronteira com a França. É um dialeto muito difícil, mas é muito bonito.

P/1 – Conte pra gente porque eles vieram aqui para o Brasil, seus pais.

R – Na Itália não estava dando. Eles vieram numa leva de migrantes; essa novela agora [“Terra nostra”, da Rede Globo, no ar à época] lembra muito a vida dos meus pais. Eles vieram pra cá - a família do meu pai, a família da minha mãe, eles eram amigos. Vieram todos. Meu pai tinha seis anos; a minha mãe tinha oito meses e ela teve tifo no vapor. Quase morreu - está acontecendo [isso] nesta novela.

Depois que chegaram aqui no Brasil foram mandados pra Pirassununga, pra Fazenda da Barra do Rafael de Barros e se criaram lá. Minha mãe se criou, meu pai, todos eles, os outros que vieram, e acabaram se casando. Trataram do café e viveram lá muitos anos.

Há pouco tempo eu fui ver a casa onde eles viveram, a colônia. Eu fiquei muito emocionada. Agora é Aeronáutica, lá. Fiquei muito emocionada, mesmo. De ver onde eles se criaram, onde eles brincaram. A gente fica comovido. Lá nasceu a minha irmã Elisa, a primeira, depois nasceu minha irmã Ruth, que faleceu há pouco tempo. Nasci eu, não... A irmã Elisa, a Ruth e eu...

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Dados de acervo

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Museu Aberto

Depoimento de Elisa Campiotti Bergami

Entrevistada por Rosali Henriques e Olívia Araújo

São Paulo, 04/12/1999

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista nº MA_EA_HV033

Transcrito por Liamara Guimarães de Paiva

Revisado por Genivaldo Cavalcanti Filho

P/1 – Boa tarde, D. Zica.

R – Boa tarde.

P/1 – A gente vai começar com a nossa entrevista perguntando pra senhora o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Eu me chamo Elisa Campiotti Bergami - Bergami de meu marido, Campiotti de meu pai. Nasci em 1913, [no] dia 10 de agosto, signo Leão - tem me ajudado muito, viu? Nasci em Ibitinga, mas não conheço Ibitinga. Vim pra São Paulo com oito meses e fui criada aqui em São Paulo. E minha mãe, quer o nome da minha mãe também? Ítala Olímpia Trombelli Campiotti. Trombelli do meu avô e Campiotti do meu pai. Meu pai era Primo Campiotti. Italianos.

P/1 – Eles nasceram na Itália?

R – Nasceram. Papai nasceu em Veneza, mamãe nasceu em Mântova, fronteira com a França. É um dialeto muito difícil, mas é muito bonito.

P/1 – Conte pra gente porque eles vieram aqui para o Brasil, seus pais.

R – Na Itália não estava dando. Eles vieram numa leva de migrantes; essa novela agora [“Terra nostra”, da Rede Globo, no ar à época] lembra muito a vida dos meus pais. Eles vieram pra cá - a família do meu pai, a família da minha mãe, eles eram amigos. Vieram todos. Meu pai tinha seis anos; a minha mãe tinha oito meses e ela teve tifo no vapor. Quase morreu - está acontecendo [isso] nesta novela.

Depois que chegaram aqui no Brasil foram mandados pra Pirassununga, pra Fazenda da Barra do Rafael de Barros e se criaram lá. Minha mãe se criou, meu pai, todos eles, os outros que vieram, e acabaram se casando. Trataram do café e viveram lá muitos anos.

Há pouco tempo eu fui ver a casa onde eles viveram, a colônia. Eu fiquei muito emocionada. Agora é Aeronáutica, lá. Fiquei muito emocionada, mesmo. De ver onde eles...

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