Tinha um pedreiro que bebia coitadinho, foi outro esse. Ele vinha pra aqui, ele xingava.. Eu reclamava, brigava com ele, fazia oração aqui com ele e ele chorava! Eu dizia “- Esse choro dele é libertação!” Ele trabalhava direitinho, começou a rebocar a casa. Rebocando a casa, tinha dia que bebia, tinha dia. Ficou doente, ficou tuberculoso, ficou aqui em casa. Tinha um medo danando. "Carminha e se esse homem morrer aí?" Ficava lá na laje. Depois foi indo, foi indo começou a.. Ele disse: “- Oh Dona Carminha tem tanto bloco lá em cima não tá bom da senhora suspender? Eu criava cachorro lá em cima, o cachorro ia pra casa dos outros. Aí suspendeu a cobertura de laje. “- Dona Carminha bata oh, uma laje porque já tá na altura de laje”. Aí eu fui pro depósito, já podia fazer isso porque eu recebia o dinheiro das menina todo mês, aí eu fui comprei e bati outra laje. Ai minha filha como essa laje me serviu, serviu pra muita gente, serviu para a própria minha comadre que eu criava, que teve problema de coluna. Serviu pra um monte que morava aí. “- Oh dona Carminha deixa..” Eu digo: “- Ó minha filha às vezes chove, tem uma parte aí…” “- Não, eu quero assim mesmo”. Serviu pra um que Dom Dominique chegou: "Carminha eu vou pra você emprestar isso aí uma… que tá precisando até fazer a casa dela." Tá vendo como é bom a gente ter o coração de partilha? Até Dominique vinha, depois que ajeitou aí tudo, ele vinha morar aí porque onde ele tava chegou Cristina e Henrique (...) Aí ele disse: “- Carminha eu vou ficar aí”. Trouxeram até o sacrário para botar aí. (...) Ele ia botar uma capelinha aqui. Aí depois como era, surgiu Cristina que tava de nenê, os franceses que vieram. Onde ele ia tinha muita escadaria, ele disse: "- Carminha, você se importa de trocar?" Eu digo: “- Não Dominique. Se você quiser…” Ele ainda não era...
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Tinha um pedreiro que bebia coitadinho, foi outro esse. Ele vinha pra aqui, ele xingava.. Eu reclamava, brigava com ele, fazia oração aqui com ele e ele chorava! Eu dizia “- Esse choro dele é libertação!” Ele trabalhava direitinho, começou a rebocar a casa. Rebocando a casa, tinha dia que bebia, tinha dia. Ficou doente, ficou tuberculoso, ficou aqui em casa. Tinha um medo danando. "Carminha e se esse homem morrer aí?" Ficava lá na laje. Depois foi indo, foi indo começou a.. Ele disse: “- Oh Dona Carminha tem tanto bloco lá em cima não tá bom da senhora suspender? Eu criava cachorro lá em cima, o cachorro ia pra casa dos outros. Aí suspendeu a cobertura de laje. “- Dona Carminha bata oh, uma laje porque já tá na altura de laje”. Aí eu fui pro depósito, já podia fazer isso porque eu recebia o dinheiro das menina todo mês, aí eu fui comprei e bati outra laje. Ai minha filha como essa laje me serviu, serviu pra muita gente, serviu para a própria minha comadre que eu criava, que teve problema de coluna. Serviu pra um monte que morava aí. “- Oh dona Carminha deixa..” Eu digo: “- Ó minha filha às vezes chove, tem uma parte aí…” “- Não, eu quero assim mesmo”. Serviu pra um que Dom Dominique chegou: "Carminha eu vou pra você emprestar isso aí uma… que tá precisando até fazer a casa dela." Tá vendo como é bom a gente ter o coração de partilha? Até Dominique vinha, depois que ajeitou aí tudo, ele vinha morar aí porque onde ele tava chegou Cristina e Henrique (...) Aí ele disse: “- Carminha eu vou ficar aí”. Trouxeram até o sacrário para botar aí. (...) Ele ia botar uma capelinha aqui. Aí depois como era, surgiu Cristina que tava de nenê, os franceses que vieram. Onde ele ia tinha muita escadaria, ele disse: "- Carminha, você se importa de trocar?" Eu digo: “- Não Dominique. Se você quiser…” Ele ainda não era Dom. Quer fazer, tá feito. Aí quando vinham os franceses, dormiam aí, antes de Cristina. Nesses franceses que vieram chegou… uns que tinha dois padres e eles ficavam aí. Aí um dia um falou.. minha filha que é professora e que sabe inglês, aí ele falou em inglês pra ela que eles iam celebrar a missa aqui. Eu não tava entendendo. Eu disse: “- O que é minha filha?" Não minha mãe, ele tá dizendo que vai por a batina e que vai fazer uma missa aqui." Aí ele desceu todo paramentado e disse uma missa aqui dentro de casa. Olha que coisa bonita não é minha filha! E nisso ele disse a missa e ficou amigo até o fim. Muitos franceses já moraram aí. Cristina mais Henrique morou aí 2 anos. "- Mas Carminha, não é pra alugar?" Eu digo: “- Não, aí é doação, é missão; eles estão em missão. Eu não vou cobrar nada”. O primeiro filho deles nasceu aí, quando eles saía deixavam ele aqui. Era assim aquele convívio. Era muito bom!
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