Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Personagem: Carlos de Oliveira
Por: Museu da Pessoa, 9 de dezembro de 2005

É isso o que eu deixo pra vida

Esta história contém:

É isso o que eu deixo pra vida

P1 – Bom, Sr. Carlos, pra começar a gente queria que o senhor falasse o seu nome completo, o local e data de nascimento.

R – Meu nome completo é Carlos de Oliveira. A data de nascimento é 07 de Janeiro de 1934. Nasci em Olímpia, estado de São Paulo.

P1 – E os seus pais?

R – Antônio Joaquim de Oliveira e Isabel de Oliveira, já falecidos.

P1 – Nasceram onde?

R – Meu pai nasceu em Sorocaba, filho de escravo, e minha mãe nasceu em São José do Rio Preto, filha de um sitiante.

P1 – E como foi essa trajetória pra eles gerarem essa família?

R – Ah, o meu pai praticamente, na época, a lei dizia que os escravos tinham que doar os filhos pros patrões. Então ele foi doado para um patrão, foi pro Rio de Janeiro, quando ele voltou pra Sorocaba ele já era moço, não encontrou mais ninguém, nem as irmãs nem os pais. Minha mãe era filha de sitiante em São José do Rio Preto. Aí meu pai, naquela aventura, foi a Piracicaba, depois foi pra São José do Rio Preto trabalhar na Companhia Paulista de Força e Luz. Aí namorou a minha mãe, casou e depois lá nasceu toda a sequência de filhos.

P1 – E o senhor lembra dos seus avós?

R – Avós por parte do meu pai eu não lembro de ninguém, porque eu não conheci ninguém. Da minha mãe, só conheci a minha avó porque o meu avô, que era o pai da minha mãe, já tinha morrido de câncer, tinha um câncer na cabeça.

P1 – E os irmãos?

R – Meus irmãos… Tenho a Ilda, a Araci, depois eu, depois a Elza e a Neuza.

P1 – Então o senhor era o único homem.

R – O único homem sou eu. Em 1940 e pouco, nasceram gêmeos. Mas naquela época não tinha estrutura, não tinha estufa, nasceram fora do tempo. Quer dizer, eram dois homens e as duas crianças morreram, não tinha condição.

P1 – E como foi a infância?

R – Minha infância foi na base do esporte, vida livre, estudando....

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Projeto Memória 50 Anos Fundação Bradesco

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista de Carlos de Oliveira

Entrevistado por Marlon Chaves e Damaris Carmo

São Paulo, 9 de dezembro de 2005

Código: FB_HV008

Transcrito por Écio Gonçalves da Rocha

Revisado por Paula Vidote Anunciato

P1 – Bom, Sr. Carlos, pra começar a gente queria que o senhor falasse o seu nome completo, o local e data de nascimento.

R – Meu nome completo é Carlos de Oliveira. A data de nascimento é 07 de Janeiro de 1934. Nasci em Olímpia, estado de São Paulo.

P1 – E os seus pais?

R – Antônio Joaquim de Oliveira e Isabel de Oliveira, já falecidos.

P1 – Nasceram onde?

R – Meu pai nasceu em Sorocaba, filho de escravo, e minha mãe nasceu em São José do Rio Preto, filha de um sitiante.

P1 – E como foi essa trajetória pra eles gerarem essa família?

R – Ah, o meu pai praticamente, na época, a lei dizia que os escravos tinham que doar os filhos pros patrões. Então ele foi doado para um patrão, foi pro Rio de Janeiro, quando ele voltou pra Sorocaba ele já era moço, não encontrou mais ninguém, nem as irmãs nem os pais. Minha mãe era filha de sitiante em São José do Rio Preto. Aí meu pai, naquela aventura, foi a Piracicaba, depois foi pra São José do Rio Preto trabalhar na Companhia Paulista de Força e Luz. Aí namorou a minha mãe, casou e depois lá nasceu toda a sequência de filhos.

P1 – E o senhor lembra dos seus avós?

R – Avós por parte do meu pai eu não lembro de ninguém, porque eu não conheci ninguém. Da minha mãe, só conheci a minha avó porque o meu avô, que era o pai da minha mãe, já tinha morrido de câncer, tinha um câncer na cabeça.

P1 – E os irmãos?

R – Meus irmãos… Tenho a Ilda, a Araci, depois eu, depois a Elza e a Neuza.

P1 – Então o senhor era o único homem.

R – O único homem sou eu. Em 1940 e pouco, nasceram gêmeos. Mas naquela época não tinha estrutura, não...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Sonho de educar
Texto

Margarida Maria Machado

Sonho de educar
Conquistas do dia a dia
Texto

Daniela Campos de Almeida

Conquistas do dia a dia
fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.