sobre a coleção

criada em: 02/07/2024

As mudanças climáticas estão cada vez mais intensas e frequentes. No entanto, esses efeitos não atingem a todos da mesma forma. Os mais impactados tem cor, gênero e endereço. Grupos vulnerabilizados, compostos por pessoas negras, indígenas, quilombolas e ribeirinhas, e na maioria tendo mulheres na linha de frente, são os que mais sofrem com esses impactos, apesar de contribuírem muito menos para o problema.

O movimento por Justiça Climática denuncia esse ônus desproporcional sobre comunidades e países vulnerabilizados em relação ao impacto das mudanças climáticas e foca na responsabilização daqueles que se beneficiaram e beneficiam com as emissões dos efeitos estufa ao longo da história (em sua maioria, países e empresas localizadas no Norte Global).
Desta maneira, a justiça climática convoca a inclusão de grupos marginalizados, tidos como vulneráveis, para participar ativamente na discussão e busca por resoluções dos impactos causados pelas mudanças climáticas.

As experiências de pessoas que vivem em comunidades fortemente impactadas pelas mudanças climáticas são essenciais.
Suas histórias nos mostram as consequências severas e irreversíveis em suas vidas. É crucial que essas narrativas estejam no centro das discussões.

As histórias de vida presentes nesta coleção fazem parte da pesquisa de mestrado intitulada \"Narrativas das injustiças climáticas: Vivências de moradores em comunidades vulnerabilizadas\".
Essas narrativas desafiam a concepção preconcebida de que os residentes em comunidades tidas como vulneráveis são meramente vítimas passivas, desprovidas de agência ou vontade de melhorar suas circunstâncias. Pelo contrário, evidenciam-se grande mobilização e organização, destacando a capacidade de resistência e auto-organização dessas populações.

Dedico esta coleção, em primeiro lugar, a todas as pessoas que moram no Jardim Keralux, e a todas as pessoas que lutam diariamente para a melhoria das condições de vida no bairro.


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