sobre a coleção

criada em: 26/08/2019

O Dia da Amazônia é comemorado anualmente em 5 de setembro. A data remete ao dia em que o jovem imperador D. Pedro II, em 5 de setembro de 1850, assinou o decreto que criava a província do Amazonas – mais tarde, com o advento da República, estado do Amazonas.
O atual território do Amazonas é parte da imensidão que abriga a maior floresta tropical do mundo e a mais importante bacia hidrográfica do planeta.
São perto de sete milhões de quilômetros quadrados, abrangendo nove países sul-americanos, que contêm em suas terras, plantas, microrganismos, animais e cursos d’água uma biodiversidade única e de valor inestimável.
É exatamente o inaudito potencial econômico da floresta que tem gerado métodos de exploração equivocados, imediatistas, quase sempre criminosos – em uma palavra, burros, em que pese todo o respeito devido aos valorosos muares.

A inexistência de uma política ambiental digna desse nome, aliado à permissividade oficial que permite o desbragado descumprimento das mais comezinhas normas de convivência com a natureza, carregaram o Brasil e o seu mais importante bioma para o centro de uma crise internacional alimentada pelas altas taxas de desmatamento e pela eclosão de milhares de focos de queimadas em toda a região amazônica.
O descalabro assustou o mundo.
De acordo com o projeto MapBiomas, de 1985 para cá, somente a Amazônia perdeu 47 milhões de hectares de floresta, em sua maioria transformados em pastagens ou áreas de cultivo.
Os números totais são mais alarmantes: no período, o Brasil deixou de contar com 89 milhões de hectares de mata nativa, o equivalente a três vezes e meia a área do estado de São Paulo.
Essa devastação irracional pode até produzir lucros rápidos, mas, no médio prazo, é um convite ao suicídio socioambiental.
E, neste caso, não haverá nem lucros nem valores nem ganhos sociais a contabilizar.
Esta coleção é uma homenagem do Museu da Pessoa ao Dia da Amazônia.
Que as dificuldades agora vividas por uma crise ambiental sem precedentes possam servir para nos trazer de volta à razão.

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