Projeto “Memórias da Economia Solidária” registrou 10 histórias de pessoas cujo cotidiano é marcado pela economia solidária
O projeto “Memórias da Economia Solidária”, desenvolvido pelo Museu da Pessoa, um dos primeiros museus digitais de histórias de vida do mundo, registrou e reuniu na coleção disponível aqui, a experiência de 10 pessoas que vivem a economia solidária em seu cotidiano. Todos os entrevistados têm algo em comum: mudaram suas vidas e de seu entorno com essa nova-antiga forma de produzir e compartilhar.
A economia solidária é uma realidade antiga para diversos grupos e classes sociais no Brasil e no mundo. Ela é uma alternativa ao modo de produção capitalista para se viver de maneira horizontal e autogestionária, no qual o fruto do trabalho de todos é dividido de forma igualitária. Esse modelo econômico está presente nas comunidades ancestrais afrodescendentes, no dia-a-dia dos povos originários, nas empresas e fábricas recuperadas por trabalhadores, bem como nas regiões urbanas mais vulneráveis do país. Não só uma forma de sobreviver, mas de produzir o pão e crescer com ele.
Com o trabalho do economista Paul Singer, a economia solidária ganhou estatura conceitual, pública e governamental. Indo ao encontro de realidades diversas, ela se desenvolveu por essas experiências e, através delas, foi aprendendo e se adaptando. Atualmente, a economia solidária é um imã que atrai linhas de trabalhos diferentes, mas que se unem na busca por trabalho digno e com respeito ao meio ambiente.
O principal objetivo do projeto “Memórias da Economia Solidária” é representar a economia solidária em sua diversidade regional, de gênero, de etnia, de linha de trabalho, de geração e de proveniência social. Através de histórias de vida, registradas em vídeos editados e com tradução em libras, foi possível mostrar um retrato atual e popular da economia solidária enquanto potência já semeada e muito colhida, mas que pode ainda dar mais frutos enquanto forma de vida alternativa e possível.
Esse projeto é uma realização do Museu da Pessoa, em parceria com o Instituto Paul Singer e apoiado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, por meio de emenda parlamentar destinada pelo Vereador Eduardo Suplicy.