Moisaco de fotos com os 20 Agentes da Cultura Viva

Agentes Cultura Viva: Jovens mapeiam Patrimônio e Memória

A história da formação dos Agentes Cultura Viva começou em 2023. Antes de tudo, em agosto daquele ano, o Museu da Pessoa recebeu o reconhecimento do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus) como Ponto de Memória. A certificação legitima as ações do Museu da Pessoa com o objetivo de contribuir para a valorização da memória social brasileira. No mesmo ano, fomos selecionados como Pontão de Cultura do eixo Memória em Patrimônio, pela Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. 

Com o projeto do Brasil Memória em Rede II, estamos articulando uma rede de pontos ou iniciativas culturais e desenvolvendo ações de mobilização, mapeamento e diagnóstico. Dessa maneira, nos últimos meses temos realizado ações de fomento em Rede no tema Patrimônio e Memória, contemplando diversas atividades. Hoje contamos com 20 jovens, quatro de cada região brasileira, atuando como Agentes Cultura Viva, selecionados a partir de análise de currículos e entrevistas.

Sofia Tapajós, assessora de colaboração do Museu da Pessoa, tem trabalhado com esses jovens. Em seu relato, a seguir, ela conta como tem sido a experiência no projeto com os Agentes Cultura Viva.

📌 Inscreva sua organização para participar do projeto 

O começo com a Política Cultura Viva e a Tecnologia Social da Memória

Tem um não-sei-o-quê nas pessoas que me encanta profundamente. Acredito piamente que a experiência nesse planeta tem muito mais sentido quando encontramos, trocamos e compartilhamos nossas vivências. Pode ser um tanto de ingenuidade minha, mas prefiro seguir com a fé de que é a partir dos outros – humanos e não humanos, visíveis e invisíveis – que nos constituímos. Por isso, compartilhar a jornada de mapear organizações culturais do Brasil que trabalham com memória e patrimônio com vinte jovens, tem sido de uma potência inimaginável

No mês de outubro, o Brasil Memória em Rede II, articulado pelo Museu da Pessoa, selecionou vinte jovens, entre 18 e 24 anos, de diferentes estados brasileiros. Realizamos um ciclo formativo para orientar o trabalho de mapeamento, compartilhando também os pilares da Política Cultura Viva e da Tecnologia Social da Memória. Neste ano, iniciamos o segundo ciclo, no qual nos aprofundaremos na metodologia de entrevista de história de vida

Agentes Cultura Viva e suas percepções

Em um dos encontros, em que falávamos do mapeamento que os agentes estão realizando, vieram reflexões importantes. Acima de tudo, sobre a situação das organizações e coletivos culturais, especialmente em relação à desigualdade regional. Uma agente reforçou que iniciativas do eixo Rio-São Paulo costumam ter mais recursos que de outros cantos do Brasil. Outra, trouxe a contribuição de que coletivos ainda à margem das políticas públicas culturais podem se fortalecer em articulação e em rede com outras organizações. 

Dessa forma, foi unânime que tem um monte de gente fazendo coisas por todo o país, e que a criatividade das organizações de superarem seus problemas não tem limites. É bonito acompanhar esse processo de descobrimento deles. Principalmente, esses passos que eles têm dado dentro do campo cultural e as soluções que eles propõem para a resolução de problemas antigos. É mais bonito ainda ver eles se apropriando do título de “Agente Cultura Viva”. Além disso, entendendo que a memória é algo que perpassa o trabalho de um museu comunitário, de um terreiro, de um grupo de teatro, de uma associação de pescadores.

Redes, Energia Contagiante e a Força da Memória

Quero aqui, acima de tudo, enaltecer o trabalho destes vinte agentes Cultura Viva. Em outras palavras, esses jovens que toparam a missão de mapear e conversar com iniciativas de diferentes lugares, linguagens e perfis. Não pelo trabalho em si – que eles têm feito com muita dedicação -, mas pelo brilho nos olhos que eles trazem todas as semanas. Eles são atentos, conscientes, e cheio de boas ideias. Embora o meio online não permita o abraço, sinto-me acalentada em todos os encontros. Além disso, sinto-me renovada, contagiada pela energia que essas pessoas trazem e, sobretudo, pelas habilidades delas de imaginar outros mundos.

Ouvi em algum lugar que a sensibilidade já foi definida como a capacidade que temos para nos sentir afetados. Dessa forma, é perceptível o quão afetados esses jovens têm sido ao longo do processo. Pretendemos que eles continuem próximos ao Museu da Pessoa e na rede Cultura Viva. Porém, mesmo se eles seguirem outros caminhos, o coração fica alegre de saber que terá, por aí, vinte pessoas com a vida toda pela frente dispostas a escutar histórias, dispostas a fazer arte e dispostas a semear a Cultura Viva pelos quatro cantos do Brasil. 

Conheça os Agente Cultura Viva

Fotografia colorida da agente de cultura viva Débora Ramos. Ela é uma jovem de cabelos cacheados castanhos. Sorri de boca fechada.
Débora Ramos
Fotografia colorida do agente de cultura viva Everaldo Lacerda. Ele está em um fundo verde e usa uma camiseta polo branca. Everaldo tem barba e cabelos castanhos.
Everaldo Lacerda
Fotografia colorida da agente de cultura viva Beatriz Kludge. Ela tem cabelos lisos castanhos, usa aparelho nos dentes e sorri.
Beatriz Kludge
Fotografia colorida do agente de cultura viva Iraê Tremembé. Ele usa um cocar na cabeça, tem cavanhaque e usa uma camiseta verde, com colar.
Iraê Tremembé
Fotografia colorida da agente de cultura viva Laura Loisy. Ela usa um brande brinco colorido e está em frene a um mural estampado azul. Tem cabelos castanhos e longos.
Laura Loisy
Fotografia colorida do agente de cultura viva Lesli Castro. Ele tem barba e cabelos curtos, loiros. Usa uma camisa branca de manga longa em um fundo branco.
Leslie Castro
Fotografia colorida do agente de cultura viva Levi Andrade. Em uma rua, Levi tem cabelos enrolados preos e barba.
Levi Andrade
Fotografia colorida da agente de cultura viva Louyse Souza. Ela tem cabelos cacheados castanhos e pele morena.
Louyse Sousa
Fotografia colorida da agente de cultura viva Mãe Oba (Manuela Braga). Ela é uma mulher negra, com brincos de argola. Turbante e roupa branca.
Mãe Oba (Manuella Braga)
Fotografia colorida da agente de cultura viva Naomi Gonçalvez. Ela tem óculos redondos e está com o cabelo preso atrás, no alto.
Naomi Gonçalves
Fotografia colorida da agente de cultura viva Paol Feltrin. Ela usa óculos de grau e uma camiseta azul escura. Seus cabelos são castanhos e lisos.
Paola Feltrin
Fotografia colorida do agente de cultura viva Samuel Arara. Ele está com a mão esquerda levantada e serrada em punho, no alto. Usa acessórios e pintura indígenas.
Samuel Arara
Fotografia colorida do agente de cultura viva Samuel Henrique. Em um fundo claro, ele está inclinado para o alto. Samuel usa barba, cabelos curtos e uma camiseta vermelha.
Samuel Henrique
Fotografia preto e branco da agente de cultura viva Sara Vitória. Ela ergue um livro com a mão direita e usa óculos de grau. Tem cabelo curto.
Sara Vitória
Fotografia colorida da agente de cultura viva Shayra da Cruz. Ela está em um ambiente natural, tem cabelos lisos pretos e usa um brinco de pena.
Shayra da Cruz
Stefany Rosa dos Santos
Fotografia colorida da agente de cultura viva Thaús Ariel. Ela tem os cabelos lisos e escuros, usa um brinco pequeno e sorri de boca fechada.
Thaís Ariel
Fotografia colorida da agente de cultura viva Verediane Galvão. Ela está pedalando uma bicicleta, de capacete e segurando na mão direita uma garrafa.
Verediane Galvão
Fotografia colorida do agente de cultura viva Vinicius Vieira. Ele está sentado atrás de uma mesa, olhando para o lado direito com a mão esquerda apoiada na mesa. Usa óculos e tem cabelo curto.
Vinicius Vieira
Fotografia colorida da agente de cultura viva Vitória Vieira. Ela tem cabelos curtos enrolados e sorri. Atrás, um fundo marrom.
Vitória Vieira

Edital de Seleção Pública MINC – Nº 9, de 31 de agosto de 2023, Cultura Viva – Fomento à Pontões de Cultura – A Política de Base Comunitária Reconstruindo o Brasil.