P/1 Boa tarde. R Boa tarde. P/1 Eu queria primeiro que você fizesse a sua apresentação, falasse seu nome, data e local de nascimento. R Meu nome é Goli Guerreiro, eu nasci em Salvador, em 1964, tô com 4.0, então. E morei em São Paulo um tempo, em Curitiba, Paris, e agora estou de volta a Salvador. P/1 E qual que é a sua atividade? R Eu sou antropóloga. Acho que desde pequenininha. (risos) Fiz graduação em ciências sociais, fiz mestrado e doutorado em antropologia. Sou pesquisadora, estudo antropologia urbana, música urbana, sobretudo. P/1 E esse tempo você passou viajando foi nesse trabalho de antropologia? R Estudando e trabalhando. P/1 Tá. O que que te levou a estar participando desse fórum aqui? R Bom, justamente a cultura é o tema original da antropologia e é uma chance de conhecer gente do mundo inteiro, de trocar experiências, de ouvir outras falas, outras posições, então isso que me trouxe a São Paulo. P/1 Tà. E você conhece algum trabalho ligado a memória? R Conheço alguns, até por esse percurso acadêmico. Ontem eu ouvi uma coisa linda sobre memória aqui, que não existe memória sem esquecimento. Foi uma frase que eu gostei à beça. P/1 Então já aproveitando esse gancho que você pegou, aconteceu já alguma coisa marcante, algum fato, alguma passagem que vale a pena você estar marcando que aconteceu aqui nesse fórum aqui, que vale a pena registrar? R Olha, ontem eu fui numa mesa, foi nessa mesa até que eu ouvi essa coisa da memória, do esquecimento, que eu escolhi porque tinha muita gente de países asiáticos, né, e a gente tem muita informação anglo-saxônica, francesa, e tal, então eu fui lá justamente pra ouvir essas outras falas, e eu fiquei reparando num dos participantes, que ele estava ansioso pra conversar com as pessoas, pra realmente interagir, não ficar ali preso na mesa. Eu fiquei pensando nesse formato de fóruns, que na verdade às vezes você está ali falando, você quer experimentar...
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P/1 Boa tarde. R Boa tarde. P/1 Eu queria primeiro que você fizesse a sua apresentação, falasse seu nome, data e local de nascimento. R Meu nome é Goli Guerreiro, eu nasci em Salvador, em 1964, tô com 4.0, então. E morei em São Paulo um tempo, em Curitiba, Paris, e agora estou de volta a Salvador. P/1 E qual que é a sua atividade? R Eu sou antropóloga. Acho que desde pequenininha. (risos) Fiz graduação em ciências sociais, fiz mestrado e doutorado em antropologia. Sou pesquisadora, estudo antropologia urbana, música urbana, sobretudo. P/1 E esse tempo você passou viajando foi nesse trabalho de antropologia? R Estudando e trabalhando. P/1 Tá. O que que te levou a estar participando desse fórum aqui? R Bom, justamente a cultura é o tema original da antropologia e é uma chance de conhecer gente do mundo inteiro, de trocar experiências, de ouvir outras falas, outras posições, então isso que me trouxe a São Paulo. P/1 Tà. E você conhece algum trabalho ligado a memória? R Conheço alguns, até por esse percurso acadêmico. Ontem eu ouvi uma coisa linda sobre memória aqui, que não existe memória sem esquecimento. Foi uma frase que eu gostei à beça. P/1 Então já aproveitando esse gancho que você pegou, aconteceu já alguma coisa marcante, algum fato, alguma passagem que vale a pena você estar marcando que aconteceu aqui nesse fórum aqui, que vale a pena registrar? R Olha, ontem eu fui numa mesa, foi nessa mesa até que eu ouvi essa coisa da memória, do esquecimento, que eu escolhi porque tinha muita gente de países asiáticos, né, e a gente tem muita informação anglo-saxônica, francesa, e tal, então eu fui lá justamente pra ouvir essas outras falas, e eu fiquei reparando num dos participantes, que ele estava ansioso pra conversar com as pessoas, pra realmente interagir, não ficar ali preso na mesa. Eu fiquei pensando nesse formato de fóruns, que na verdade às vezes você está ali falando, você quer experimentar a cidade, as pessoas, e trocar, compartilhar, que eu acho que é o mais importante mesmo. P/1 E pra você, assim, o que que é estar participando do fórum? O que que você busca aqui? R Isso que eu falei, ouvir outras falas, conhecer pessoas, saber o que se pensa agora e se as coisas mudam muito, se a gente continua falando as mesmas coisas sobre cultura, sobre diversidade, sobre identidades, sobre povos. P/1 E, já que a gente está fazendo um depoimento pro museu, você não tem nada pra deixar marcado pras gerações futuras sobre esse momento, sobre essa busca? R Olha, essa busca, como eu falei, eu acho que eu sou antropóloga desde pequenininha. Tem a ver com ficar inquieta com os padrões, com as regras de comportamento, de ficar duvidando um pouco delas. Então acho que a gente se torna antropólogo por causa disso, pra ver se tem outro jeito mais interessante, como é que a gente pode flexibilizar as regras, e eu acho que quando a gente tá aqui e encontra com gente que tem várias formas de se comportar diferentemente, a gente acaba aprendendo mais a ser flexível, a inventar outras maneiras de ser, de estar no mundo. Eu acho que a busca desse contato cultural, acho que passa por aí, pelo gosto pela diferença mesmo. P/1 E pra você, o que que foi estar dando um depoimento? R Eu estava fumando um cigarro e aí fiquei vendo as imagens e me atraiu muito. Eu falei: "Museu da Pessoa, não conhecia." Aí fui almoçar e alguém comentou sobre o museu: "Estão pegando depoimento aqui." Eu falei: "Ah, eu vou lá agora, então." Eu fiquei super... Achei bonita a estética, as imagens que eu vi. É claro que se puder usar a rede dessa maneira e aí eu vou certamente conhecer muitas pessoas porque eu vim aqui, eu vou entrar no portal, certamente vou conhecer muitos outros anônimos, né, através do Museu da Pessoa. Achei uma idéia genial. P/1 Ainda tem alguma coisa que você queira falar, que não foi falado ainda?Á vontade. R Ah, só que foi uma delícia participar aqui do Museu da Pessoa, estar fazendo parte desse projeto e acho que vai ser uma delícia navegar por aí. P/1 Queria agradecer sua participação em nome do Museu da Pessoa. (risos) Obrigado. R Obrigado a você. (risos)
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