Oficialmente fundado em 15 de novembro de 1996, a história do Instituto Sócio Educacional Ecos da Fraternidade, se cruza com a história de vida de seu fundador, Osmar da Silva. Nascido em uma pequena comunidade de agricultores familiar no interior de Santa Catarina , desde cedo Osmar da Silva con...Continuar leitura
Oficialmente fundado em 15 de novembro de 1996, a história do Instituto Sócio Educacional Ecos da Fraternidade, se cruza com a história de vida de seu fundador, Osmar da Silva. Nascido em uma pequena comunidade de agricultores familiar no interior de Santa Catarina , desde cedo Osmar da Silva convive com a solidariedade e o amor ao próximo. Osmar da Silva ,quarto dos onze filhos de Dona Maria Pauli da Silva e José Manoel da Silva Junior, nasceu na localidade de Serrinha, interior do pequeno município de Luiz Alves, interior de Santa Catarina, entre Blumenau e Itajaí, ao sul do Brasil. Filho e neto de agricultores familiar, Osmar da Silva nasce no dia 15 de janeiro de 1970, pelas mãos da parteira Custódia e é batizado católico na cidade de Joinville, na Paróquia São Sebastião pelas mãos do Padre Vicente Simeoni. Ainda na infância seus pais mudam-se de Luiz Alves para o
pequeno município de Penha , litoral de Santa Catarina. Ali seus pais mudam do catolicismo para o evangélico pentecostal assembleiano. Osmar da Silva passa a frequentar com os pais os cultos da Assembléia de Deus. No município de Penha na Escola Básica Manoel Henrique de Assis, pelas mãos da Professora Dona Elvira, Osmar da Silva aprende as primeiras letras do alfabeto. Na Paróquia Matriz de Penha, Osmar da Silva sempre ia buscar no patio da igreja algumas abacates doadas pelo pároco , Padre Cláudio Jeremias Cadorin, homem dedicado, paciente , dono de uma biblioteca que atraia os olhos do pequeno Osmar da Silva. Padre Cláudio oferecia ao pequeno Osmar da Silva então com oito anos de idade abacates, porém os olhos do pequeno se voltavam para os livros na biblioteca da recepção da casa paroquial.
As letras atraiam cada vez mais o pequeno Osmar. Ao lado da casa de seus pais, veraneava todos os anos Dona Glória e a família, vindos de Curitiba. Dona Glória sempre trazia alguns jornais com fotos coloridas e letras gigantes que encantavam o pequeno Osmar. Eram recortes, montagem com as letras e fotografias dos jornais.
Em 1979 com os filhos crescendo e poucos empregos Seu José e Dona Maria resolvem por a casa a venda e assim como tantos migraram para Joinville. Nas décadas de 70 e 80 Joinville vivia um forte crescimento industrial o que exigia mão de obra, escassa na cidade e que precisava ser buscada fora. Foi por causa deste grande crescimento industrial que nos anos 70 vieram o povo do Sul do Estado e 80 o povo do Norte e Sudoeste do Paraná. A partir deste forte crescimento vieram também os problemas . Famílias sem condições de adquirir um terreno, passaram a ter o mangue como espaço urbano para construir suas casas.
A casa dos pais de Osmar da Silva situava-se no bairro Fátima, uma área de grandes invasões na década de 1980. Ali por entre os barracos erguidos nos manguezais, como verdadeiros palafitas, Osmar da Silva passaria a conhecer o verdadeiro significado da palavra solidariedade e amor ao próximo. Osmar da Silva dá continuidade aos estudos na antiga Escola Municipal Jarivatuba e depois na Escola Municipal João Costa no bairro Itaum.
Ainda na década de 1980, talvez nascia o primeiro embrião do que seria hoje o Instituto Sócio Educacional Ecos da Fraternidade. Ainda no ginásio Osmar da Silva organizava a primeira entidade de apoio a estudantes, onde doava material escolar e livros didáticos em um tempo que o Governo Federal não disponibilizava , aos mais carentes . Na casa de seus pais com objetivo de atender alunos que não tinham condições de ir a biblioteca pública, Osmar da Silva fundou uma biblioteca que chegou a possuir mais de 2000 volumes. Nos fins de semana eram verdadeiras maratonas de alunos em busca de livros e realizar trabalhos de pesquisa. Todos os livros vinham de doações, buscados por Osmar da Silva em uma bicicleta. Em uma ocasião na Tua São Paulo, um senhor reformava a casa e jogava todos os livros em um ribeirão. Osmar vendo aquilo pediu os muitos que restavam e em sua bicicleta transportou todos para a biblioteca. A religião é outro fator importante na vida de Osmar da Silva. Como frequentador da igreja, ele não apenas ia como participava ativamente. Ainda na infância por intermédio do Padre Cláudio conheceu o catolicismo, seus ritos e dogmas. Na infância também conheceu o movimento pentecostal levado pelos pais. Padre Cláudio Jeremias Cadorin foi anos mais tarde seu grande amigo e orientador vocacional no seminário.
No bairro Fátima Osmar da Silva frequentando a igreja, passaria a atuar aos treze anos como professor para crianças na Escola Bíblica Dominical, cantar no conjunto de jovens e adolescentes e no coral . Aos quinze anos já afastado do movimento pentecostal Osmar da Silva decide por conta própria, sem o consentimento dos pais fugir de casa e ir embora para São Paulo. De carona vai parar em São Paulo. Na capital paulista ele decide buscar orientação vocacional na Arquidiocese de São Paulo, mais precisamente na Paroquia Santa Cecília. De lá é enviado para o Mosteiro da Sagrada Face localizado na cidade de Roseira, interior de São Paulo, nas margens da Via Dutra entre Pindamonhangaba e Aparecida do Norte.
Osmar da Silva ainda passaria pelo Seminário Santa Terezinha em São José do Rio Preto, Seminário Dom Orione em Guararapes e Seminário Verbo Divino em Ponta Grossa no estado do Paraná.
De Ponta Grossa , Paraná Osmar da Silva retorna a São Paulo, em uma comunidade franciscana, onde passaria por um período de Noviciado e em missões por dois anos entre a capital paulista trabalhando com moradores de rua e em comunidades de favela, no interior do Nordeste onde conhece a realidade da fome e seca do povo nordestino, e no interior do Paraná trabalhando com agricultores familiar. Em 1995 decide retornar a Santa Catarina , precisamente ao bairro Fátima de onde saiu em 1985 para ingressar no Seminário. Osmar da Silva é formado, com Pós Graduação em Metodologia do Estudo da Filosofia e Sociologia, cursando a segunda faculdade de Ciências Sociais pela Universidade Metodista de São Paulo. Osmar da Silva retorna ainda a Universidade Católica Dom Bosco para habilitação do bacharel em Teologia e Pós Graduação em Teologia Contemporânea pelo Centro Universitário Claretinano.
De volta a Joinville em 1995,
Osmar da Silva atua por dois anos como voluntario na área de saúde, trabalha com jovens no bairro Fátima envolvidos com drogas e no centro atua de frente com jovens com problemas familiares e drogas.
A comunidade do bairro Fátima era uma comunidade em total abandono do poder público. Faltavam obras de lazer, habitação, saneamento básico, infra estrutura urbana, abastecimento de água, creches, escolas e outras. Pais desesperados buscavam vagas na única escola do bairro noites a fio. Neste projeto de atuação Osmar da Silva passa a reunir a comunidade em torno de um sopão, como miúdos de frango doados pelo dono do restaurante do bairro, que assava frangos. Seu Adalberto Theiss ( Seu Bigode como era carinhosamente conhecido e chamado pela comunidade), doava os miúdos e a comunidade se reunia para discutir seus problemas. Foi ai que no dia 15 de novembro de 1996 no bairro Fátima nascia oficialmente o Instituto Sócio Educacional Ecos da Fraternidade.
Em 2003 o Instituto Sócio Educacional Ecos da Fraternidade promove forte expansão e passa a atuar em outras quatro comunidades, Jardim Edilene, Paranaguamirim, Jarivatuba e Parque Guarani. Por meio da parceria com a empresa Dudalina promove o projeto geração de renda através do reaproveitamento de tecidos. Como o apoio do Instituto Carlos Roberto Hansen, atua nas cinco comunidades em projetos de educação beneficiando milhares de jovens, adolescentes e crianças. Como o apoio de empresas locais e de Brusque, Blumenau, Massaranduba , Jaraguá do Sul , Itajaí , Florianópolis promove grandes eventos beneméritos como o ARRASTÃO SOLIDÁRIO que irá beneficiar diretamente projetos de educação, socialização de idosos, projetos culturais e mobilização do voluntariado. E assim deste modo o Instituto Sócio Educacional Ecos da Fraternidade segue seu caminho cumprindo o carisma de nosso inspirador; " Senhor fazei de mim um instrumento de vossa paz..." (São Francisco de Assis).Recolher