Última filha de seis. Três moças e três rapazes, papai sempre nos apresentou assim. A caçula, "rapa-do-tacho", era eu. Mimada por todos, alegre e animada, sempre Infância normal, brincadeiras mil: cabaninha no meio do mato, piquenique, piques até tarde na rua, cozinhadinha... fruta no pé, am...Continuar leitura
Última filha de seis. Três moças e três rapazes, papai sempre nos apresentou assim. A caçula, "rapa-do-tacho", era eu. Mimada por todos, alegre e animada, sempre Infância normal, brincadeiras mil: cabaninha no meio do mato, piquenique, piques até tarde na rua, cozinhadinha... fruta no pé, amigos, muitos amigos Aos dez anos, vendia pastel na feira do bairro, aos doze, forrava cabidinhos de bebê com sutache e vendia, era um bom negócio, já que papai comprava o material e não me cobrava. Aos onze, descobri o teatro na escola: me apaixonei Aos catorze, mais teatro, mais amigos, descoberta do talento de representar. Aos quinze, primeiro beijo, lentes de contato no lugar dos óculos que me deixavam tímida diante dos olhares insinuantes. Liberdade de escolha, liberdade para representar. Descobertas Aos dezesseis, em um festival de teatro, conheci o homem com quem vivi por vinte e três anos. Engravidei dois meses depois do festival e nos casamos seis meses depois. Vida totalmente transformada. Barriga imensa, curso de magistério, estágio, bebê recém-nascido. Era 1985 Minha princesinha nasceu sendo muito querida, muito amada. Ser dona de casa foi um baque na minha vida. Tive que aprender a cozinhar, passar, lavar, arrumar, limpar e ser paciente no casamento, muito paciente.Recolher