IDENTIFICAÇÃO
Nome, data e local de nascimento
Meu nome é Vanderlei Fonseca dos Santos. Eu tenho 31 anos, nasci no dia nove de março de 1975, sou natural do Rio de Janeiro, carioca da gema. Nasci no bairro do Estácio.
TRABALHO
Ingresso na empresa/Trajetória profissional
Eu quando cheguei na...Continuar leitura
IDENTIFICAÇÃO
Nome, data e local de nascimento
Meu nome é Vanderlei Fonseca dos Santos. Eu tenho 31 anos, nasci no dia nove de março de 1975, sou natural do Rio de Janeiro, carioca da gema. Nasci no bairro do Estácio.
TRABALHO
Ingresso na empresa/Trajetória profissional
Eu quando cheguei na Companhia, morava no morro que tinha próximo à Marquês de Sapucaí, quando a fábrica da Brahma ainda estava na ativa naquela localidade e eu era um moleque de rua, não tinha muito objetivo à frente na minha vida, mas eu tinha sempre o sonho de trabalhar naquela Companhia, que eu via os caminhões chegando, o pessoal que trabalhava no dia-a-dia e tinha aquela curiosidade, daí eu saí de casa e fui trabalhar de camelô na Central do Brasil, vendendo bala dentro do trem e comecei a vender muito, no começo foi difícil, que eu dormia na rua, onde eu sobrevivo, vendia doce na Central durante o dia e à noite eu ia dormir nos carros que paravam na Marquês de Sapucaí na época. Daí Deus foi abençoando, eu saí lá da Central, um belo dia que meu doce estava vendendo demais e estava incomodando a concorrência e fiquei uns dias dormindo ali no canto da Brahma, na época na Marquês, comecei a lavar carro, que era um outro método meu de trabalho e consegui a oportunidade de trabalhar como faxineiro, lavador de carro dentro da Companhia, na qual eu dormia e trabalhava por alimentação. Aí deus foi me abençoando lá dentro, eu conheci as pessoas que trabalhavam ali na época na fábrica e me deram a oportunidade de trabalhar como auxiliar de serviços gerais, zelando pelo patrimônio da Companhia, que tinha os carros, a fábrica, o maquinário, que não era aquele maquinário que tem atualmente, é aquele maquinário antigo, era do tempo da manivela, entendeu? Daí eu fui crescendo, produzindo e estou aí na Companhia até hoje em dia, muito feliz e satisfeito.
Bom, eu gostava naquela época por causa que era uma história que eu ia aprendendo não só como fazer cerveja,
no tempo da cevada que o caminhão chegava, a montagem das máquinas e naquilo ali eu ia aprendendo alguma coisa, despertava a curiosidade e conhecia outras coisas que eu já não sabia que existia, sabendo que a cerveja era uma coisa que traz felicidade para muita gente. Dentro da Companhia mesmo eu comecei a cuidar da parte das fábricas, dos carros, daí um dia faltou o motorista do carro da Companhia que tinha na época, aí eu comecei abastecendo o carro do pessoal até o posto, daí fui conhecendo outras pessoas, daí passei a ser repositor de mercado, quando a fábrica já estava para acabar, mas nesse meio tempo eu já estava com uma vida um pouco diferente, já tinha conseguido alugar uma casa para morar, entendeu? Daí eu fui produzindo, fui para auxiliar de marketing, trabalhei bastante tempo em show e eventos, essas coisas, carnaval, fui crescendo, produzindo e estou agora como vendedor.
Bom, em termos de data eu não me lembro muito bem. Foi quando a fábrica da Marques de Sapucaí parou de funcionar, mas antes da AmBev, dois ou três anos atrás. Eu vim quando acabou a fábrica lá foi desativada. Lá, o CDD era Forró, no caso. A gente chamava lá na Marquês de Sapucaí, e virou tudo AmBev aqui, aí virou CDD, aí os funcionários que tinham lá vieram aqui para São Cristóvão.
Agora eu sou um vendedor muito feliz, gosto daquilo que eu faço, estou crescendo na Companhia, pretendo crescer muito mais, entendeu? Faço uma faculdade, que a AmBev me deu essa condição de pagar uma bolsa, moro numa condição de vida totalmente diferente àquela que eu tinha antigamente e sou feliz assim, pretendo seguir minha carreira, acabar minha formação e um dia estar lá vendo o Bernardo, que está na televisão mandando uma mensagem para a gente e a gente que me tem ajudado na vida, entendeu? Pretendo ir muito longe ainda, ir muito mais à frente na Companhia.
Já passei por várias etapas, mas quando atendia só partes da comunidade, era morro e favela, onde ninguém queria ir, quando a Skol se uniu com a Brahma que foi um desafio que foi um pouquinho complicada; aquela luta, que era uma marca um pouquinho rejeitada e eu era obrigado a entrar em determinados lugares que tinha que fazer aquela marca lá expandir, entendeu? Tinha que fazer o meu trabalho acontecer e hoje a Skol está aí onde ela está hoje em dia.
Entrei na Companhia antes da AmBev, que era a Brahma. Naquela época só existia a Brahma, e a Skol não tinha a união com a gente, pelo contrário, a Skol era como se fosse a concorrente nossa, entendeu? Era a Brahma mesmo, a Schin era marca fraca, não existia, a Skol também era uma marca fraca, não tinha, para você ter uma idéia, quando eu era auxiliar de marketing aconteceu de ter aquela guerra de carnaval, de eu estar colando o cartaz em cima da escada e o cara da Skol passar e derrubar, aquela concorrência sadia que acontecia.
FAMÍLIA
Pai
Bom, eu já perdi as contas, mas eu me lembro que era menor de idade na época ainda, estava desorientado do que eu ia fazer na minha vida, por mais que eu estudava, não aceitava que meu pai era analfabeto, não tinha muitas condições de me dar uma vida melhor, aí foi que eu, me lembro que era menor.
MUNDO DO TRABALHO
Cotidiano de trabalho
Meu dia-a-dia é feliz, eu não vou te falar que é fácil a gente acordar cedo e sair de casa e pegar o cliente de determinadas maneiras que às vezes não tem aquele tratamento que você queria que ele tivesse, talvez ele esteja mal humorado ou coisa assim, mas eu sou feliz assim mesmo, porque aquilo que eu aprendo, aquilo que eu vivo, aquilo que eu faço, porque eu gosto, na qual eu aprendi, me faz com que aquela energia que ele esteja naquele momento com a simpatia, com um sorriso consiga fazer o meu trabalho, entendeu? sou feliz com o que eu faço.
PROCESSOS INTERNOS DA EMPRESA
Fusão
Para mim foi uma felicidade imensa saber que agora eu trabalho numa multinacional, ela era uma Companhia de cerveja, mas era nacional, agora está no mundo inteiro, são mais de 30 países,
amigos que trabalharam comigo há tempos atrás aqui no Brasil que estão desenvolvendo o trabalho lá fora, estão satisfeitos com o que fazem.
TRABALHO
Momentos marcantes
A maior felicidade que eu tive na AmBev foi quando eu ganhei um carro zero no sorteio, que eu tinha um monza que era todo arremedado, com adesivo, como eu gosto de propaganda e eu tapava os buracos dele com adesivos que eu tinha da Companhia, daí quando eu fui sorteado no carro zero no sorteio que teve aqui, o pessoal da Companhia, foi uma aposta que fizeram comigo que iam quebrar meu carro velho todo.
Um sorteio que teve aqui que foi “xeque-mate”, foi no ano de 2001, se não me engano. A Companhia inteira foi lá para fora e quebraram o carro todo, foi a maior alegria, eu gostei muito porque aqui o carro velho que eu tinha já era uma página virada, eu estava com uma outra vida, agora de carro zero, uma coisa que eu sempre sonhava em ter um dia e Deus abençoou.
Todos os momentos para mim são marcantes, mas tudo aquilo que eu faço, cada dia que eu sobrevivo, que eu levanto da minha cama e venho aqui para trabalhar é mais um dia de desafio, você está mais um dia feliz, para a frente, entendeu? Deixando quem ficou para trás sabendo que coisas melhores virão. De momentos marcantes temos os ruins e os bons da Companhia. Agora, marcante para mim, o melhor dia que eu tive foi esse do carro que eu ganhei, que até hoje fiz essa felicidade e sei lá, ruim será que eu devo falar? Quando a gente fez aqui no caso um concurso de samba, música, tipo dando incentivo à segurança no trabalho, aí cada sala tinha um tema que foi escolhido, tirava aquele tema para falar sobre segurança no trabalho, que a letra do samba que eu fiz, ela ganhou e cada um fez o seu enredo história e foi a maior felicidade. Era sobre os EPI’s, os equipamentos de trabalho que o motoqueiro tem que usar, aí fizemos a letra, eu posso cantar um pedacinho?
Eu vou cantar: “A minha cerveja atravessou o mar e dominou a nossa Terra, AmBev num cenário deslumbrante brilhou por toda a guerra, será que a nossa gestão não nos alerta? Que usar, usar os EPI’s é coisa certa, eu vim descendo a serra com bota, luva e capacete para trabalhar, AmBev me espera, o fim do dia para casa voltar. Pega o capacete para nào se machucar, hoje está molhado e você pode escorregar, leva o capacete para não se machucar, hoje está molhado e você pode escorregar”, é isso aí.
CULTURA DA EMPRESA
Valores/Metas
A cultura AmBev é uma cultura verdadeira, ela é real, a gente faz aquilo que realmente faz bem não só para a Companhia interna, mas para os clientes e a sociedade, pra comunidade também, no caso só essa água que a gente tira do rio guandu, ela é reciclada, entendeu? As obras sociais que eu já participei, agasalho, essas coisas assim, são coisas que realmente faz parte da realidade do Brasil e do mundo agora onde a gente está.
Com certeza sim, porque educam não só a mim, mas outras pessoas também, tipo a reciclagem da latinha, material durável e não durável, tipo garrafa plástica, essas coisas assim, essas coisas no dia-a-dia, na verdade faz parte da nossa educação escolar, tinha que aprender na escola, mas a AmBev, com o trabalho que ela faz, ela vai fazendo que não só seja lucro próprio da Companhia, mas a cada dia, como eu posso dizer, faz o desenvolvimento dessa parte cultural da Companhia.
PRODUTOS
Brahma Chopp
Para mim, a Brahma é o carro-chefe da Companhia. É a Brahma porque eu a carrego no peito e no coração, foi onde eu comecei a minha história e é a marca que eu tenho o maior brilho, eu gosto do que eu faço, gosto do que eu vendo, entendeu? É uma marca que eu levo no coração.
AÇÕES DE COMUNICAÇÃO
Campanha da Tartaruga
Sinceramente, a da tartaruga, não assim dos sentidos,
mas dos gestos, ela parece um pouco comigo (RISOS). O pessoal me encarna daquela da tartaruga que tinha na campanha.
PROJETO MEMÓRIA VIVA AmBev
Importância dos depoimentos
Bom, eu acho maravilhoso, acho ótimo, excelente, me faz até feliz num momento igual a esse, mais um dia de mérito, cada vez que eu paro em frente às câmeras para dar uma entevista igual a essa é a maior satisfação, e também relembrar os amigos que trabalharam aqui, que infelizmente não estão mais aqui, estão acidentados, estão distantes, entendeu? Aqueles que estão chegando agora e estão crescendo, para acreditar, dar valor na Companhia, levar a sério que um dia vão entender aquilo que o amigo Vanderlei está falando.
ENTREVISTA
Recado
Eu queria agradecer essa oprotunidade que estão me dando aqui na TV AmBev, eu sempre sonhei em estar dando uma entrevista igual a essa, entendeu? Acreditar que um dia eu vou estar aqui frente às câmeras para falar que minha vitória foi mais além.Recolher