Talvez seja um problema da minha geração nascida e criada na era da informação tudo agora já pra ontem. Pra antes de ontem.
Tem dias mais calmos em que eu quase esqueço mas ai vem um “precisamos conversar” ou “tem prova semana que vem” e me deparo com uma velha conhecida chamada insônia. Será que eu trouxe a chave e desliguei o fogão? Aonde será que eu desço com esse ônibus? Alguém já sabe quando é o próximo feriado? Não? Vocês já fizeram aquele trabalho pra entregar mês que vem? Como assim não? Que roupa eu vou vestir naquele jantar da semana que vem? Tem que comprar ração pros cachorros porque eu comprei uma ontem mas talvez acabe amanhã.
Sinceramente como é que vocês conseguem dormir se do outro lado do mundo pode começar a terceira guerra mundial e você só vai ficar sabendo amanhã de manhã quando acordar?! Não tem como e se você consegue eu não te entendo.
A minha vida não tem pausas e eu não consigo sequer pensar em alguma vez em que eu não tinha nada pra fazer ou não estava apreensiva com alguma coisa. Coisa boba mesmo: nota prestes a ser lançada ou aquela coisa que eu falei na reunião semana passada e eu acho que deveria ter dito diferente uma mensagem que não chega ou ainda a possibilidade de uma viagem no ano que vem e prazos de trabalhos e outras milhões de coisas que não importam pra maioria das pessoas mas pra mim sim.
Eu nunca paro de pensar da próxima coisa que preciso fazer e não dá pra continuar meu dia até que tal tarefa esteja concluída. “Eduarda desde quando isso é defeito?!” Bom...você já experimentou passar três dias sem dormir porque quando coloca a cabeça no travesseiro não consegue desligar a mente? Então eis uma das várias experiências que eu vivencio graças a algo chamado:
ANSIEDADE.
Uma constante e excessiva excitação sobre tudo ou quase tudo. Uma somatização de responsabilidades atribuídas a tarefas que nem precisam de tanto valor assim.
Não foi fácil desde...
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Talvez seja um problema da minha geração nascida e criada na era da informação tudo agora já pra ontem. Pra antes de ontem.
Tem dias mais calmos em que eu quase esqueço mas ai vem um “precisamos conversar” ou “tem prova semana que vem” e me deparo com uma velha conhecida chamada insônia. Será que eu trouxe a chave e desliguei o fogão? Aonde será que eu desço com esse ônibus? Alguém já sabe quando é o próximo feriado? Não? Vocês já fizeram aquele trabalho pra entregar mês que vem? Como assim não? Que roupa eu vou vestir naquele jantar da semana que vem? Tem que comprar ração pros cachorros porque eu comprei uma ontem mas talvez acabe amanhã.
Sinceramente como é que vocês conseguem dormir se do outro lado do mundo pode começar a terceira guerra mundial e você só vai ficar sabendo amanhã de manhã quando acordar?! Não tem como e se você consegue eu não te entendo.
A minha vida não tem pausas e eu não consigo sequer pensar em alguma vez em que eu não tinha nada pra fazer ou não estava apreensiva com alguma coisa. Coisa boba mesmo: nota prestes a ser lançada ou aquela coisa que eu falei na reunião semana passada e eu acho que deveria ter dito diferente uma mensagem que não chega ou ainda a possibilidade de uma viagem no ano que vem e prazos de trabalhos e outras milhões de coisas que não importam pra maioria das pessoas mas pra mim sim.
Eu nunca paro de pensar da próxima coisa que preciso fazer e não dá pra continuar meu dia até que tal tarefa esteja concluída. “Eduarda desde quando isso é defeito?!” Bom...você já experimentou passar três dias sem dormir porque quando coloca a cabeça no travesseiro não consegue desligar a mente? Então eis uma das várias experiências que eu vivencio graças a algo chamado:
ANSIEDADE.
Uma constante e excessiva excitação sobre tudo ou quase tudo. Uma somatização de responsabilidades atribuídas a tarefas que nem precisam de tanto valor assim.
Não foi fácil desde criança, mas melhorou depois de longos oito anos exercitando a disciplina e a concentração no teatro. Ainda não é e nem acredito que se tornará algum dia.
Esse texto é um pedaço – e retrato – da minha história. Uma vida sem vírgulas.
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