Uma vida para não se esquecer

Meu nome é Darcio Justo de Oliveira, tenho 52 anos de idade, descobri o site do Museu da Pessoa através da TV, me interessei em conhecê-lo e fiquei muito contente em saber que eu poderia registrar a minha vida nele e com isso poder voltar à minha infância, adolescência e juventude. Vou tentar ...Continuar leitura

Meu nome é Darcio Justo de Oliveira, tenho 52 anos de idade, descobri o site do Museu da Pessoa através da TV, me interessei em conhecê-lo e fiquei muito contente em saber que eu poderia registrar a minha vida nele e com isso poder voltar à minha infância, adolescência e juventude. Vou tentar aos poucos ir buscar estas lembranças que na maioria são felizes. Traze-las para os dias de hoje acredito que será muito agradavel e gratificante.

Minha família era de pessoas de origem simples, pessoas que sempre precisaram trabalhar muito para poderem se sustentarem, porém até onde eu me lembro éramos felizes. Eu nasci em uma casa simples na Vila Guilhermina, SP, em 1952, exatamente na Rua 10 nº 09. Eu sou o filho caçula, quando nasci já havia três irmãos, dois meninos e uma menina. A menina era a mais velha seu nome é Wanda, depois vem o Agostinho e depois o Dairton, aí já existe uma particularidade, pois na realidade a Wanda e o Agostinho são meio irmãos, pois o nosso Pai não era o mesmo, e agora eu percebo fazendo esta análise que durante toda a minha vida isso nunca foi um diferencial em nossa convivência, ou seja, sempre nos tratamos como verdadeiros irmãos em toda sua plenitude.
Da rua 10, onde eu nasci, muito pouco eu me lembro, a não ser que era um quintal enorme onde morava se não me engano outras famílias. Minha infância foi passada ainda na Vila Guilhermina, me lembro até hoje o nome da rua, era Jandaia do Sul e o numero da casa, 71. Era uma casa simples com dois quartos, sala, cozinha, e banheiro. Logo depois do portão de entrada havia uns degraus que levavam a uma pequena área, onde havia já a porta de entrada da sala. Nos fundos da casa havia um grande quintal, onde eu me lembro que gostava muito de brincar lá com carrinhos na terra. Bem em frente à casa havia um terreno enorme baldio, onde a criançada jogava bola e eu entre elas. Nesta época, eu devia ter mais ou menos uns 07 anos, e tinha um amigo inseparável: seu nome era Manoel, mas era conhecido como Manézinho. Desta época, eu me lembro das brincadeiras de carrinho de rolemã na rua, de empinar pipa, jogar pião e outras brincadeiras que atualmente nós não vemos mais as crianças brincarem. Uma outra lembrança que me vem agora, era que nos finas da tarde eu sempre ia pra casa do Manézinho assistir televisão. Naquela época minha familia não tinha tv, pois era um artigo de luxo e muito cara, então, todo final de tarde eu ia pra casa do Manézinho e nós ficavamos em baixo da mesa na sala de jantar assistindo aos filmes que naquela época eram o Vigilante Rodoviário, Ivanhoé, Rin-Tin-Tin... E o que nós mais gostávamos era do Roi Roger, que me lembro bem foi o primeiro filme da TV a ser dublado em português. Era simplesmente muito gostoso assistir aqueles filmes.Recolher