Nascí no dia 04 de fevereiro de 1.941 às 19:40 h na Cidade de São Paulo no Distrito de Pinheiros no bairro do Jardim Europa, local que era considerado naquela época de periferia, pois só quem morava no centro da cidade era considerado cosmopolita.
A casa onde morava com minha família de imigr...Continuar leitura
Nascí no dia 04 de fevereiro de 1.941 às 19:40 h na Cidade de São Paulo no Distrito de Pinheiros no bairro do Jardim Europa, local que era considerado naquela época de periferia, pois só quem morava no centro da cidade era considerado cosmopolita.
A casa onde morava com minha família de imigrantes lituanos foi construída pelo meu avô Antonio Zarakauskas, pelo meu pai Wladmir Zarakauskas, minha mãe Venslóvia Zarakauskas, nascida Degutis, onde na casa ao lado, moravam seus pais, que são o meus avós maternos, sendo meu avô materno Yosas Degutis e Ana Degutis, também imigrntes de origem lituana, que tinham vindo ao Brasil na década de 20 ao lado de suas quatro filhas menores ainda, cujos nomes eram Ana Degutis, a mais velha, que depois, assinou Cipas, quando se casou com Antonio Cipas, também lituano, os quais tiveram duas filhas, Irene e Claudia; a segunda mais velha era a Emilia Degutis, que depois se casou com Yosas Mikalauskas, os quais tiveram três filhos, Yosopas ( Guilherme ), Venslóvia ( Loy ) e Ana Maria, a mais nova; a terceira depois de Emilia, era Venslóvia Degutis, que se casou co Wladmir Zarakauskas, os quais tiveram dois filhos Fernando Zarakauskas ( eu ) e Vera Zarakauskas, que depois se casou com Orlando Gonçalves Marques, os quais tiveram três filhas, a Manoela Zarakauskas Marques, Andrea Zarakauskas Marques e Isadora Zarakauskas Marques, que não se casaram e não tiveram filhos.
Este é o núcleo familiar de minha história de vida.Descrevo todos os familiares interligados por laços de sangue e parentesco, pois a minha história de vida história é uma verdadeira saga em minha busca de paz interior, que não consegui obter até o momento em que escrevo estas linhas.
Tudo por causa da rixa existente entre os dois patriarcas, Augusto Dulinsky e Wladmir Zarakauskas, que perdurou até a morte desses dois, que faleceram por volta de um século de vida de cada um deles.
Esta é a minha história:
Quando minha minha mãe foi dar-me à luz no sanatório Esperança, hoje denominado Hospital do Menino
Jesus, localizado no bairro da Bela Vista ( Bixiga ) na Rua dos Ingleses, em São Paulo, o cordão umbilical enrolou-se no meu pescoço e depois que os médicos disseram que iriam tentar com uma injeção relaxante que ela se acalmasse, para ver se conseguiam me trazer à vida, ela ficou inconsciente e por isso conseguiram me salvar, sem precisar
me sacrificar para salvar a vida de minha mãe, que após isto, sofreu um trauma, que a companhou até o seu leito de morte aos 86 anos de idade, tendo sido portadora de esquizofrenia parnóide por toda a vida...conforme prontuário existente no Sanatório Pinel, em Pirituba, São Paulo.
Logo após eu ser levado para a casa de meus pais no Jardim Europa, bairro pobre e sem interesse qualquer, tinha muito mato e as ruas eram de terra, meu pai verificou que eu estava ficando roxo e viu que eu tinha nascido com uma fimose, que fechava o canal por onde a urina deveria ser expelida.
Por Deus, que foi a segunda vez que minha vida correu o risco de terminar nos três primeiros dias de existência.Meu pai correu para me levar de volta ao hospital e lá os médicos cortaram a membrana que envolve o pênis e a urina jorrou com tal intensidade que molhou o jaleco dos médicos.
O alívio foi tanto, que parei de chorar, a cor normal voltou e eu pude dormir durante dias sem fim, até que tudo se normalizou.
Viví até os quatro anos brincando no quintal da casa de meus pais que era uma das melhores das cinco existentes naquela rua. Quando atingí cinco anos, meu pai pegou um pedaço de galho que achou na rua e plantou na frente do quintal de entrada da casa. Era um ficos benjamim, e hoje tem quase setenta anos w está altivo e majestoso dando sombra a nós.
Em 1945 fui matriculado no Jardim de Infância do Esporte Clube Pinheiros, tradicional clube de São Paulo, de origem alemã, que antes quando foi fundado, chamava-se Clube Germânia.
Foi lá que aprendí a disciplina e cultura alemãs, e onde comecei a ler minhas primeiras histórinhas infantís.
Aos sete anos de idade fuim matriculado na Escola Britânica de São paulo ( Saint Paul's Schools ) no curso primário e aprendí um pouco de inglês e a fazer esportes, onde também aprendí a nadar e a correr atleticamente.Uma vez ganhei uma corrida de velocidade de 50 metros.
Infelizmente quando eu tinha tudo para me formar um cidadão honrado e ter um grande e promissor futuro, meu pai, devido às circunstâncias da época, aceitou o convite da irmã de minha mãe, Tia Angelina Dulinsky, para mudar para o centro da cidade, pois lá é que os negócios progrediam...e aí fomos morar num apartamento na Rua 24 de Maio, 185, no apartamento 53 do prédio Bragança, onde ela e o marido Augusto Dulinsky já moravm num apartamento de dois quartos, que era no número 52, pegado ao que meu pai nos levou, a mim a a minha irmã, para morarmos.Esta mudança foi necessária, pois minha mãe teve de ser internada no sanatório de doenças mentais por ser portadora de esquizofrenia paranóide e se tornar intolerante no convívio entre os familiares, pois era atacada de um surto de violência e ferocidade verbal, que ninguém conseguia conviver com ela.Era um tempo em que se pensava que tratamento por choque elétrico resolveria o problema.Depois se soube que a doença era incurável, de acordo com o CID - Código Internacional de Doenças da OMS - Organização Mundial de Saúde da ONU.
Em 1951 fui matriculado no Instituto de Educação Caetano de Campos, hoje Secretaria Estadual de Educação, na Praça da República, próximo ao prédio onde nós morávamos.
No ano seguinte repetí o terceiro ano primário, e minha tia Angelina Dulinsky ( que na verdade tomava conta de mim e de minha irmã ) arranjou uma vaga no Orfanato Cristóvão Colombo, um internato para crianças órfãs, localizado no bairro do Ipiranga.Fuio para lá aos
11 anos de idade. Passei muita fome e frio longe de meus pais e parentes, minha mãe estava em tratamento no hospital psiquiátrico,e vez ou outra meu pai me visitava, pois era viajante e ficava fora de São Paulo, fazendo vendas pelo Brasil inteiro de uma fábrica colchões de molas, que mais tarde comprou ao antigo patrão.Foi a pior e mais cruel tempo de minha vida, no aspecto físico e de sofrimento, pois a alimentação era racionada, precária, os irmãos seculares, eram dois, o irmão Leão ( o mais bravo ) e o irmão Francisco. Acho que eram redentoristas...
No segundo ano de internato naquele orfanato ( hoje chama-se Instituto Cristóvão Colombo ) e existe lá no mesmo local, é que eu consegui, pela minha esperteza e inteligência, manipular o padre encarregado dos coroinhas, para aprender a rezar missa, e el permitiu que eu decorasse aos respostas em latim quando o padre oficiava a missa ou o culto vespertino.
Dentro de menos de um mês tinha decorado as respostas em latim, e comecei a ajudar o padre a missa.Dentro de pouco mais de uns dois meses, lá pelo mês de abril de 1952, fui designado para ajudar a rezar missa na Igreja de Santo Antonio na
Praça do Patriarca, quando eu levantava às 4:00 horas da madrugada e às 4:30 horas pegava o bonde com meu colega, que também era coroinha, e íamos direto para a igreja no centro da cidade, lá chegando às 5:00 hora mais ou menos. A missa começava a ser rezada às 5:30 horas.
E assim fomos fazendo até que um belo dia, no segundo semestre, a vontade de comprar doce era tanta, que surrupiávamos a caixa de coleta de donativos tirando alguns centavos para satisfazer a vontade de comer doces. Por esta razão, fomos suspensos desta atividade, quando o padre da igreja viu-nos tentando tirar os centavos da caixinha.
Ao chegarmos no orfanato lá pelas três hora da tarde, o irmãos Leão estava nos esperando e começou a nos castigar, batendo em nossas mãos e dando tapas na cabeça.
Passado um mês, como eu era um ótimo aluno e um eficiente coroinha, voltei a ajudar a rezar a missa e a rezar o culto da noite. Era um Cruzado de Jesus, tinha me confessado e fui perdoado pelo confessor. Depois, ao findar o curso primário, no fim do ano, acabei sendo um Congregado Mariano.
Ainda recebí, além do diploma do curso primário, um certificado de louvor com o prêmio de distinção pela aproveitamento escolar.
Sei que sofrí para aprender a disciplina rígida com os mentores do orfanato, mas foi mlá que aprendí a redigir histórias ficcionais de aventuras, aprendí a desenhar com um ótimo rapaz mais velho, que inventava em seus desenhos de quadrinhos, heróis imitando aqueles dos " comics " que já faziam sucesso entre a garotada, como o Capitão Marvel, O Super-Homem, o Homem Submarino, o Zorro, etc. Serviram-me estas experiência para me ornar um leitor voraz da revista Seleções do Reader's Digest, que me afastava da solidão em que me encontrava, o ano inteiro longe daqueles que eram meus familiares e que eu os amava muito, mas com o decorrer dos anos, tornaram-se meus algozes maiores, conforme irei escrever no livro que pretendo meditar antes de minha ida ao seio de meu Criador.
Tendo terminado os estudos do curdo primário, entrei em férias em 1953. Meu pai já tinha se tornado empresário de sucesso e havia feito uma sociedade com o cunhado Augusto Dulinsky,o qual em conjunto com a esposa Angelina e os sobrinhos, filhos da irmãs de Angelina, vinha ganhando muito dinheiro com o negócio de fabricação de malhas e que eram distribuídas diretamente da fábrica ao consumidor, mas que sonegava o governo ao não pagar o imposto devido. Lembro-me que ele comprou um carro Chevrolet e trazia escondido no porta-malas pacotes de malhas para as lojas que tinha no centro da cidade.
É assim que muita gente ficou rica, como ele mesmo, que adquiriu um patrimônio considerável, em vista de que quando ele e o pai vieram da Lituânia, na década de 20, comerem bananas pelo caminho, pois vieram a pé até São Paulo, para economizar.
Foi ele que me batizou com minha outra tia paterna, Elvira, meia irmã de emu pai, na Igreja de São José do jardim Europa, em fevereiro de 1941.Deve haver documentos a respeito nos arquivos da diocése. Foi meu padrinho de batismo, e até hoje sequer teve a humanidade e consideração de dar pelo menos parabéns pelo aniversário do afilhado. Acho que pelo sobrenome, ele é de origem judáica, por isso não liga para os costumes cristãos.
Em 1953 visitei a fazenda da qual eram sócios Augusto e o cunhado Wladmir, meu pai, localizada na localidade de Xambrê, logo depois da cidade de Umuarama. noroeste do estado dom Paraná.Tinham plantado 100 mil pés de café e a fazenda eu adorava. Tinha um cavalo de corridas castrado, que meu pai ganhou de um dono de hotel por conta de não poder pagar a fatura dos colchões que comprara da fábrica de meu pai.Eu chamava o cavalo turdilho ( branco ) de EIK ( que em lituano significa VAI! ) pois ganhava todas as provas de reta curta com este maravilhoso animal, como joquei do mesmo.Os prêmios foram muitos, ,pois o bicho ficou invicto enquanto eu lá estivera em férias. depois que voltamos a São Paulo, soube que o capataz da fazenda vendeu todo o patrimônio depois de um ano, e fugiu para o Nordeste com o produto da venda da fazenda. Fez isto por que os donos, Augusto e Wladmir tinham dado procuração para ele administrar a fazenda com plenitude de poder, menos a de vender as terras.E o café sem ninguém para administrar, era o ano de 1954, quarto centenário da fundação de São paulo, que já era uma metrópole grande, porém, menor que a capital federal que era a cidade do Rio de Janeiro, o café acabou-se a una rixa familiar teve inicio, primeiramente. de forma velada, sem que Augusto se manifestasse tanto, mas à medida que ele ia se fortalecendo no negócio da rede de lojas de malhas, seu comportamento ia mudando, tornando-se convencido de que era superior a Wladmir, pois a fábrica de colchões estava diminuindo as vendas, já que era um produto caro e difícil de produzir, levando mais matéria prima e sendo preciso treinar os funcionários novos, tanto que Wladmir teve de manter com uma das gerentes da rede de lojas de Augusto, anos após, um estrito relacionamento, quando soube pelos médicos do sanatório psiquiátrico que sua mulher jamais teria cura da enfermidade da qual era portadora.
Estando os filhos Fernando e Vera ainda menores de idade e sem mulher, o recurso foi entrar em parceria com a ex-gerente de Augusto em uma das lojas da sua rede de malhas.
E assim aconteceu.
Fernando foi internado no Colégio Adventista Brasileiro em Itapecerica da Serra, interior do estado de São Paulo, perto da capital, e iniciou os estudos do curso ginasial.Vera foi internada num colégio de freiras. Após dois anos, Wladmir teve de se mudar com a segunda mulher dele, cujo nome era Tamara Artentchuk, de origem ucraniana, mais nova 25 anos, que tinha a competência de administrar os negócios junto com Wladmir, e nessa mudança para a cidade do Rio de Janeiro, que era capital federal, teve de levar os filhos Fernando e Vera con eles. Fernando foi internado no Colégio Batista Brasileiro, no bairro d Tijuca e Vera ficou estudando externamente, no Colégio Cardeal Leme, no bairro da Penha, onde todos moravam.
Foi a melhor época da vida de Fernando, que estava na adolescência, e aproveitava
da cidade maravilhosa, que era realmente maravilhosa, onde a violência e o perigo não existiam, a paisagem era um cenário deslumbrante, o povo hospitaleiro e amigo, enfim, um paraíso para um jovem adolescente da classe média. Seu pai Wladmir, feliz com seus negócios, uma fábrica de colchões em São paulo, outra na capital federal do Rio de Janeiro, a vida fluía normalmente, até que em 1957, vendeu a fábrica do Rio de Janeiro e teve de voltar para São Paulo.Aqui ficamos eu, ele, minha irmã Vera e a Tamara.Terminei o ginásio em Campinas, cidade próxima a capital paulista, interno no Liceu Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora.
Lá destaquei-me nos esportes e liderança no basketball, habilidade adquiirida no Colégio Adventista, de administração norte-americana, além de ser o capitão da seleção de ping-pong do Liceu.
O professor de português era o Carlos de Aquino Pereira, excelente mestre em poretuguês, sendo oriundo da cidade do Porto, em Portugal, foi que me incentivou a escrever o idioma pátrio, pois eu gostava de poesia, já que tinha criatividade em desenho e de criar histórias de aventuras, quando estava no orfanato, onde aprendí a datilografar, o que me foi muito útil, pois minha poesia fazia datilografada após a conclusão da mesma.
No ano de 1959, aos dezoito anos, portanto maior de idade, fui matriculado pelo meu pai no Colégio Anglo-Latino, no bairro da Aclimação, em São Paulo. Fiz o curdo clássico ( segundo gráu ) e depois fiz madureza no curdo Santa Inês na Praça Carlos Gomes, no centro da cidade.
Em 1960, meu pai mudou-se comigo, minha irmã Vera e minha mãe, agora de volta ao convívio da família, após um sofrimento de dezenas de anos, para o bairro do Campo Belo, perto do Brooklin, local ainda preservado da poluição, que já envolvia o centro e
zona leste, esta muito industrializada.
Minha mãe continuava a ter surtos constantes de ataques de esquizofrenia, e por isso, minha irmã, com apenas 18 anos, saída do internato no Ginásio Koelle em Rio Claro, no interior,
começou a namorar um homem mais velho que ela treze nos, acho que para fugir da sina de ter de aturar as loucuras da mãe, que eu, tive de suportar, por amar muito a minha genitora,
quando ela se casou com o publicitário e teve três filhas, as quais são citadas no inicio desta minha história de vida.
Depois que meu pai foi morar num apartamento da cidade com a Tamara, fiquei novamente sózinho, sem ter alguém de mais evoluído para me relacionar, exceto pessoas que gostavam
de boemia, onde a noite era trocada pelo dia.
Em 1961 eu trabalhava como ajudante de meu pai na fábrica dele na Casa Verde, bairro perto do centro, onde ele e a Tamara moravam, num apartamento pequeno da Praça Julio de Mesquita.
Como eu apreciava o mundo da comunicação, pois tive contato desde muito jovem com o pioneirismo da televisão Tupy desde sua inauguração em 1950, quando aos 9 anos de idade, minha prima Irene Cipas, namorada do técnico Rigoberto Plothow, do qual viria a ser esposa, ela era a filha da irmã mais velha de minha mãe, tia Ana, e tomava conta de mim e da minha irmã naquela casa de onde minha mãe havia sido removida num dos primeiros surtos de esquizofrenia, e um dia passou por lá o Rigoberto pedindo para Irene acompanhá-lo na inauguração da primeira EMISSORA DE TELEVISÃO brasileira,
a TV TUPY,CANAL 3, do embaixador do Brasil nos Estados Unidos, ASSIS CHATEAUBRIAND e dono da maior rede de comunicação do país na época, proprietário das Diários e Emissoras e Associados, tais como a Rádio Tupy de São Paulo, o Jornal " Diário da Noite ", que me lembre, a tia Angelina sempre falava que o jornal, se fosse espremido, sairia sangue, tal as matérias criminais apelativas, que estampava em suas páginas, não muito diferente do que hoje se vê por aí. Mas, em contrapartida, havia o " Diário de São Paulo " concorrente das Folhas e do Estadão...
A Irene disse que não poderia ir porque estava cuidado de mim, e a minha irmã estava com outra tia, mas ele disse para ela me colocar uma roupinha e me levar junto. Eu fui com uma roupinha de marinheiro levado pela mão da Irene.Eu tinha apenas 9 anos de idade, não me lembro dos fatos, mas era muita gente e um homem de terno branco e chapéu, gordo e risonho, num dado momento, pegou-me no colo e me deu um beijo na face. Era ele o candidato a presidência da República, que muitos anos depois soube que era Getúlio Vargas, eleito em outubro daquele ano, presidente do Brasil. (Outubro de 1950 ).
Aquele gesto ficou marcado para sempre em minha mente, principalmente quando mais maduro, soube da história daquele grande estadista que o povo amava.
Nas férias escolares entre os anos de 1956 e 1964, eu participava do começo da emissora de televisão Tupi, fazendo figuração no Grande Teatro Tupi, onde conhecí vários diretores, produtores, atores e atrizes, que são hoje parte da história da televisão e do Cinema.
Conhecí naquela época
( 1957 ) um jovem ator chamado LUIZ ALBERTO, o qual era mais velho cinco anos, e vinha de Campos do Jordão, onde nascera e vivera, até que fez uma figuração no filme " As Floradas da Serra " com a atriz teatral Cacilda Becker.
Naquele tempo as coisas não eram nada fáceis para o pessoal da sétima arte e para quem trabalhava na televisão.
Juntos na mesma meta de trabalhar neste campo de atividade, formamos uma dupla que teve um relativo sucesso entre 1957 e 1970.
Inicio do Rock'n'Roll no mundo, aqui no Brasil estourou a febre deste ritmo novo que contagiava os jovens da classe média que o ouvisse. O filme " O Balança das Horas ", tradução de " Rock Around the Cloch " contagiava o primeiro mundo, mas aqui o sucesso era a Bossa Nova e o samba canção, bolero, etc.
Fizemos esta parceria de produção por minha conta e a apresentação do Luiz Alberto, em programas da Rádio Piratininga de São Paulo à tarde com o " Clubinho da Juventude " de segunda a quinta - feiras e na sexta-feira à tarde transmitíamos pela rádio om programa ao " vivo " pelo fio de telefone, onde os maiores sucessos do rock pioneiro no país passaram
como Sérgio Reis, Roberto, Vanderléa, Erasmo Carlos e Éd Wilson ( este depois saiu do grupo que viria a se constituir como a " Jovem Guarda ", termo criado pelo colunista social Ricardo Amaral do jornal " Ultima Hora de Samuel Wainer , os quais, no inicio de suas carreiras, cantavam de graça para divulgar seus primeiros discos gravados.
Na TV Excelsior, canal 9, onde está o Teatro Cultura Artística, nossa dupla produziu o programa " A Juventude Comanda no 9 ", onde Antonio Aguilar tinha um programa de maior fama do mesmo gênero.
Ao mesmo tempo, sem programas a cuidar, nos fins de semana fazíamos apresentações nos cinemas do interior paulista ( vale lembrar que na época não havia shoppings centers e os cinemas eram procurados como entretenimento maior )
e levávamos a equipe dos programas e alguma atração maior, como Sergio Reis ( que cantava rock baladas), Roberto Carlos, Demétrius, etc. que eram a atração no final do show de cantores menores em fama.
Permanecí nesta atividade até que o Luiz Alberto desistiu da parceria e se casou com uma mulher de origem nipônica. O casal teve duas filhas deste casamento. A Daniela e a Érica.
Soube que faleceu com 65 anos em 2001, vítima de cirrose hepática.
N o inicio da década de setenta, saí da produção em televisão, rádio e eventos musicais, fazendo produção cinematográfica na " BOCA DO CINEMA " na Rua do Triunfo.
Fiz alguma produções lá com o diretor de cinema Clery Cunha, quando em 1975, finalmente parei com esta área de atuação, começando a montar espetáculos de shows aéreos com uma equipe de balonismo, paraquedismo e acrobacias aéreas com lançamento de páraquedistas de ultra-leves e balões.
Minha experiência em produção de eventos foi uma aliada para o sucesso do pioneirismo desta atividade pouco conhecida no Brasil. Atuei na área desde o inicio da década de oitenta e somente parei em 1990.
Fiz apresentações inéditas com minha equipe " Santos-Dumont " de show aéreo, levando o espetáculo para o E.C. Pinheiros em 1987, e em 1990, no Jockey Club de São Paulo, no hipódromo paulistano fiz apresentação de balonismo cativo para as crianças no parque infantil ao lado das arquibancadas do público antes da largada do G.P. São Paulo Internacional em maio de 1988, onde haviam 40.000 pessoas presentes.
Em 1985 tinha feito a pedido de Lila Covas, a esposa do Prefeito de São Paulo, Mário Covas,
um show aéreo de pára-quedismo e balonismo com acrobacias aéreas de um avião Bücker da primeira guerra mundial , tipo usado pelo Barão Vermelho, famoso ás alemão desta guerra.
Quando o presidente Collor confiscou a poupança dos brasileiros, não recebí mais os patrocínios das empresas e empresários que sempre me apoiaram.
Os contratos deixaram de existir. Somente em 1995, com o advento do Real, é que me recuperei lentamente, porém, tinha adquirido durante a vida tormentosa inicial de minha vida, a dependência do alcoolismo, que somente tomei consciência em 1995, quando abandonei o álcool, depois de ter tentado desde o confisco do Collor, durante muitos anos, sendo o advento do novo dinheiro a base de minha recuperação e sobrevivência.
O ano de 1988 foi o inicio de uma batalha jurídica entre o meu tio e padrinho Augusto Dulinsky, com sua mulher Angele ( Angelina para a família ), minha tia por parte de minha mãe, da qual era a irmã mais nova de minha mãe e a qual minha mãe ajudou, quando estava sã e deu a ela força para que esta pudesse estudar e se tornar a milionária que encerrou com o marido Augusto Dulinsky sua rede de malharias em 1960, este casal alegava na petição inicial que a escritura do imóvel que minha família Zarakauskas morava, era deles e assim pedia reintegração de posse do imóvel, devendo minha mãe, que foi ré no processo, saísse o quanto mantes.
Contestei a alegação da inicial e o processo durou 10 anos e por fim o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo deu ganho de causa à minha mãe e a nós, por consequência, e era para a mesma entrar com um requerimento de usucapião para consignar seu direito ao imóvel como legítima possuidora, pois os autores não tiveram qualquer interesse no imóvel durante mais de 45 anos, até aquela data de fevereiro de 1988, tendo o imóvel permanecido de posse da família Zarakauskas desde a construção do prédio onde a família em mutirão construíra a residência, que permanece até hoje conservada pelo sucessor dos pais, que é o autor destas linhas, Fernando Zarakauskas.
Mas a genitora dele não quis fazer o usucapião por uma questão de distúrbios
de esquizofrenia paranóide, agora já muito avançados pela
idade da ré, e assim, passados dois anos após a não realização do usucapião por determinação daquele organização máxima da Justiça estadual, os autores voltaram à carga, desta vez entrando com um processo de ação declaratória, onde a ré, Vinslóvia Zarakauskas, deveria comparecer perante o juízo da ação, para contestar a alegação de sua irmã Angele Dulinsky que o imóvel havia sido dado a ré por uma questão de humanidade cristã.
Como a ré estava doente e de csama sem que ninguém houvesse para levá-la à audiência e o advogado ( do diabo ) Carlos Eduardo Rosenthal ( ora condenado pela justiça pública por apropriação indébita noutro processo ) o qual, é suspeito de ter feito um acordo prejudicial à família Zarakauskas, por não ir buscar a sua cliente na casa dela, deixando que a mesma fosse condenada à REVELIA, por certo é que houve algum acordo entre a parte contrária e este criminoso defensor que não defendeu sua cliente.
Fez um acordo de usufruto vitalício para a ré assinar, mas o filho que acabou sabendo da trama, orientou sua mãe a não assinar nenhum acordo sem que ele figurasse com os mesmos direitos dela, pois sabia da doença grave de sua mãe e poderia ter de sair do imóvel, depois de sua família estar nele quase setenta e poucos anos seguidos, como possuidores, portanto, assim sua mãe fez
e o atendeu, graças a Deus, permitindo que o filho ganhasse tempo, e o mal menor, teve de aceitar o acordo igualmente, assinando o usufruto vitalício também em seu nome. Era uma confissão dele, apesar que nada tinha a ver com a ação da mãe como ré, pois os tios foram amplamente orientados de que não teriam Fernando Zarakauskas
para defender sua mãe e os Direitos da sua família.
Porém, Fernando tinha planejado que om pai, que não fora citado em nenhum momento nno processo, poderia, após alguns anos mais tarde, pleitar o usucapião em seu nome, popis era casado com Venslovia Zrakauskausas e deveria ter o Direito de ser intimado no processo contra a mulher, da qual nunca se separou até o falecimento da mesma em 1.998.
Desta maneira, Fernando instruiu seu pai a entrar com uma ação de usucapião contra Augusto Dulinsky e sua mulher Angele Duylinsky.
A ação começou em dezembro de 2008 quando foi distribuída no forum central de São Paulo.
Neste ínterim, Fernando sem recursos para manter o pagamento do IPTU da casa ( que é de R$1.300,00 reis por mês, altamente valorizado pela localização ), sem mais ter como ganhar dinheiro na sua idade e sem renda senão para sobreviver com uma aposentadoria de salário mínimo, tendo conhecido sua companheira atual que lhe deu um filho nos seus sessenta anos de idade, enquanto ela tinha 33 anos quando o menino nasceu, seu nome é Denis Igor Zarakauskas, hoje com 12 anos entrando na adolescência, a mãe chama-se Denise Teixeira de Abreu, agora com 46 nos, pensa Fernando Zarakauskas em como irá fazer depois deste processo em que seu pai perdeu na primeira instância, cuja sentença foi proferida por uma juíza que não leu o processo, a condenação às custas de quem tem apenas um salário mínimo oficial, comprovado pela RECEITA FEDERAL, é altíssima, pois alegou esta magistrada que entrou o processo somente na última fase, trocada pelo juíz anterior, que parecia ter
tendencias de ser favorável ao requerente, foi trocado por esta juíza sem experiência que nem sequer leu os autos para formular sua condenação à Família Zarakauskas, sentença esta que o requerente Wladmir Zarakausklas jamais irá conhecer, por seu falecimento aos 101 anos de idade, ocorrido em 13 de outubro de 2012, no ano passado.
Esta história é verídica e as declarações e citações neste relato serão comprovadas caso os citados queiram processar o autor Fernando Zarakauskas.
Talvez assim seja feita a justiça Divina quando o caso aqui narrado for de divulgação pública, pois espera o autor que as pessoas possam ser responsabilizadas por seus atos iníquos perante a sociedade.
Declara o autor desta história de sua vida que o relato é perfeitamente comprovável e pode ser exposto e vir a público, pois existem pessoas que conheceram ois fatos apresentados nesta história de quem tão somente busca a paz de espírito para poder morrer na santa paz divina.
Fernando ZarakauskasRecolher