Muito bem... 42 anos se passaram e de repente me vejo fazendo parte de uma tremenda rede que se me fascina também me assusta.
Sou nascido de uma família simples, meu pai fez marcenaria no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, mas nunca trabalhou nisso, minha mãe doméstica, pessoa sempre de bem com a vida.
Eu desde muito cedo fui morar só, já que me envolvi em fazer teatro e meu pai não gostou muito. Aos 17 anos, todo o mundo pela frente, um pais militarista, lá vou eu de mochila nas costas me meter com os estudantes junto com minha amiga Rosa Caro, tudo muito normal até os 12 pontos na cabeça graças a um policial militar na Ladeira Porto Geral era 1978 eta bagunça boa... para dar no que deu.
Muita coisa se passou, morei em Salvador durante 11 anos onde trabalhei no Polo Petroquímico de Camaçari e foi ai que com dinheiro que ganhava comecei a adquirir material fotográfico, um sonho de menino.
Em 1991 começo a fazer trabalhos para a UFBa, na área de fotografia junto a faculdade de museologia, Projeto do Museu de Farmácia, Painéis do Convento de São Francisco, O fotógrafo Lambe-Lambe, Dossier de Arte Cemiterial, Projeto - Atalha seiscentista da Igreja do Colégio de S. Salvador, e muitos outros trabalhos de documentação fotográfica montagem do Museu de Arte Sacra de São Luís/Ma, Mostra individual no Memorial Orlando Gomes do Banco Econômico em Salvador, até chegar a participar do Colóquio Luso-brasileiro de História da Arte na Universidade de Coimbra, como convidado do projeto A talha seiscentista... essa sim foi a maior loucura de minha vida, ir a Europa, tudo bem um pedacinho só má era eu quem estava indo... meu trabalho sendo mostrado... 40 dias de puro sonho e overdose de cultura no meio de doutores e mestres o doido aqui era um deles com todas e mesmas honrarias, ficamos hospedados no Castelo de São Marcos eu e mais 28 brasileiros todos escolhidos a dedo, é ou não é para se ser orgulhoso... foi demais...
Quando...
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Muito bem... 42 anos se passaram e de repente me vejo fazendo parte de uma tremenda rede que se me fascina também me assusta.
Sou nascido de uma família simples, meu pai fez marcenaria no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, mas nunca trabalhou nisso, minha mãe doméstica, pessoa sempre de bem com a vida.
Eu desde muito cedo fui morar só, já que me envolvi em fazer teatro e meu pai não gostou muito. Aos 17 anos, todo o mundo pela frente, um pais militarista, lá vou eu de mochila nas costas me meter com os estudantes junto com minha amiga Rosa Caro, tudo muito normal até os 12 pontos na cabeça graças a um policial militar na Ladeira Porto Geral era 1978 eta bagunça boa... para dar no que deu.
Muita coisa se passou, morei em Salvador durante 11 anos onde trabalhei no Polo Petroquímico de Camaçari e foi ai que com dinheiro que ganhava comecei a adquirir material fotográfico, um sonho de menino.
Em 1991 começo a fazer trabalhos para a UFBa, na área de fotografia junto a faculdade de museologia, Projeto do Museu de Farmácia, Painéis do Convento de São Francisco, O fotógrafo Lambe-Lambe, Dossier de Arte Cemiterial, Projeto - Atalha seiscentista da Igreja do Colégio de S. Salvador, e muitos outros trabalhos de documentação fotográfica montagem do Museu de Arte Sacra de São Luís/Ma, Mostra individual no Memorial Orlando Gomes do Banco Econômico em Salvador, até chegar a participar do Colóquio Luso-brasileiro de História da Arte na Universidade de Coimbra, como convidado do projeto A talha seiscentista... essa sim foi a maior loucura de minha vida, ir a Europa, tudo bem um pedacinho só má era eu quem estava indo... meu trabalho sendo mostrado... 40 dias de puro sonho e overdose de cultura no meio de doutores e mestres o doido aqui era um deles com todas e mesmas honrarias, ficamos hospedados no Castelo de São Marcos eu e mais 28 brasileiros todos escolhidos a dedo, é ou não é para se ser orgulhoso... foi demais...
Quando retorno de Portugal fico em Salvador mais uns 6 meses e vou morar na região centro oeste da Bahia, em uma cidade chamada Santa Maria da Vitória. Lá vivi 5 anos dando aulas de informática e descarregando a overdose de história da arte que recebi em Coimbra, quase enlouqueci a cidade , mas foi muito gratificante.
Lá meu filho nasce, Orion é o seu nome, depois de um ano na justiça consegui a guarda definitiva dele que hoje tem 2 anos e meio, sou por mais estranho que seja, pai solteiro com direito a ter só meu nome em sua certidão de nascimento.
Em 1997 volto para São Paulo a procura de emprego, volto para a casa de meus pais (já falecidos) morar com minha irmã Angela Emilia que atualmente se prepara para defender sua tese de doutorado em física nuclear pela USP, até que não somos uma família tão babaca assim não.
Hoje eu trabalho na UNIABC - Universidade do Grande ABC em São Caetano do Sul, sou o responsável pelo laboratório de fotografias, e acho que sou um cara bem feliz.
(Ricardo de Almeida Pinto deu o seu depoimento ao Museu da Pessoa no dia 7 de junho de 1998 através do nosso site da internet)
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