Com certeza essa casa em que vivo hoje é a casa com mais cara de LAR que já vivi, e ouso dizer que a minha mãe também.
Em tempos de pandemia, muitas vezes me pego pensando justamente na coincidência muito feliz de exatamente na hora em que precisamos ficar mais em casa e ainda ter que transformar essa casa em casa-ambiente de trabalho, casa-academia, casa-restaurante, casa-casa para passar as férias, casa-casa a gente ter mudado para cá.
As vezes é tão complicado explicar para mim mesma que tenho que criar em um único espaço diversas versões… Mas aí tento me tranquilizar dizendo para mim mesma que é assim mesmo, nós também somos assim, ou pelo menos tentamos.
Outro dia chamei minha mãe para conversar sobre a nossa casa, e disse para ela que sou muito grata por poder morar em um lar, e que achava que se a gente tivesse passando essa pandemia numa casa-casa e não em uma casa-lar as coisas iam estar bem diferente, despencando para o lado mais difícil e desafiador.
Essa casa-lar ainda é nova para mim, não faz dois anos que nos mudamos para cá.
E junto com essa mudança, surgiu outra, na qual fomos obrigados a criar o hábito de ficar, mais do que nunca - pelo menos para mim - em casa.
Já vivi momentos gostosos demais aqui, mas não o quanto eu gostaria, então tenho recorrido muito a minha imaginação… Mas claro, tenho contado e usado tanto ela que acho que às vezes ela fica tão exausta que tem dias que me deixa na mão, e aí eu, ao invés de imaginar o que ainda vamos viver e os momentos em que ela ainda vai nos abrigar e ser palco de muitas risadas e festas - espero -, e também ao invés de recordar do passado e revivenciar momentos, procuro fazer o exercício de apenas viver e construir novas lembranças no agora, e assim tenho criado cantinhos especiais para cada atividade e com isso tenho descoberto que a casa pode abrigar quase tudo, todos os sentimentos com certeza -...
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Com certeza essa casa em que vivo hoje é a casa com mais cara de LAR que já vivi, e ouso dizer que a minha mãe também.
Em tempos de pandemia, muitas vezes me pego pensando justamente na coincidência muito feliz de exatamente na hora em que precisamos ficar mais em casa e ainda ter que transformar essa casa em casa-ambiente de trabalho, casa-academia, casa-restaurante, casa-casa para passar as férias, casa-casa a gente ter mudado para cá.
As vezes é tão complicado explicar para mim mesma que tenho que criar em um único espaço diversas versões… Mas aí tento me tranquilizar dizendo para mim mesma que é assim mesmo, nós também somos assim, ou pelo menos tentamos.
Outro dia chamei minha mãe para conversar sobre a nossa casa, e disse para ela que sou muito grata por poder morar em um lar, e que achava que se a gente tivesse passando essa pandemia numa casa-casa e não em uma casa-lar as coisas iam estar bem diferente, despencando para o lado mais difícil e desafiador.
Essa casa-lar ainda é nova para mim, não faz dois anos que nos mudamos para cá.
E junto com essa mudança, surgiu outra, na qual fomos obrigados a criar o hábito de ficar, mais do que nunca - pelo menos para mim - em casa.
Já vivi momentos gostosos demais aqui, mas não o quanto eu gostaria, então tenho recorrido muito a minha imaginação… Mas claro, tenho contado e usado tanto ela que acho que às vezes ela fica tão exausta que tem dias que me deixa na mão, e aí eu, ao invés de imaginar o que ainda vamos viver e os momentos em que ela ainda vai nos abrigar e ser palco de muitas risadas e festas - espero -, e também ao invés de recordar do passado e revivenciar momentos, procuro fazer o exercício de apenas viver e construir novas lembranças no agora, e assim tenho criado cantinhos especiais para cada atividade e com isso tenho descoberto que a casa pode abrigar quase tudo, todos os sentimentos com certeza - principalmente o quarto - e confesso, ela tem se saído muito bem nesse negócio de ser casa.
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