Vai fazer um ano!!
Pode não parecer muita coisa. Afinal, os anos estão ficando cada vez mais curtos e, sempre que você pisca, fatos importantes da sua vida já estão completando um ano ou mais um ano.
Pois é. De uns tempos para cá, o Dono do metrônomo resolveu acelerar o andamento e aqueles q...Continuar leitura
Vai fazer um ano!!
Pode não parecer muita coisa. Afinal, os anos estão ficando cada vez mais curtos e, sempre que você pisca, fatos importantes da sua vida já estão completando um ano ou mais um ano.
Pois é. De uns tempos para cá, o Dono do metrônomo resolveu acelerar o andamento e aqueles que não querem ficar parados vendo a banda tocar, não têm outra opção a não ser seguir o beat e tocar suas vidas, dançando conforme a música. É o que fazemos. Conscientemente ou não.
Não foi à toa que utilizei esta metáfora na introdução. Há um motivo especial e bastante óbvio: a música, claro.
A música sempre teve uma importância grande na minha vida. Não por influência de pais músicos, por aulas de música na infância ou ter ganhado instrumentos musicais quando criança. Teria sido fantástico mas nada disso aconteceu. Simplesmente gosto de música. E aprendi a gostar ouvindo.
Mas o tempo passa e, apesar das escolhas e dos rumos que a gente traça na vida, sempre procurei me manter envolvido com a música, o mais próximo possível, inclusive tocando um instrumento que sempre me fascinou: a bateria. Infelizmente, nem sempre pude dedicar o tempo e o esforço necessário ao instrumento, o que limita consideravelmente minhas habilidades enquanto baterista amador, hobbista e prego.
Como isto não é uma biografia, não quero me estender muito na origem das coisas, preciso apenas contextualizar estas palavras para que possam fazer sentido para algum eventual e desavisado leitor que, por acaso, tenha caído nesta página.
Então, vamos ao real motivo deste texto: Havia algum tempo que eu lamentava comigo mesmo a distância e a falta de oportunidades e de envolvimento com a música de uma maneira mais prática. Para ser mais claro, eu sentia falta de esquecer da vida tocando músicas bacanas com pessoas interessantes e divertidas sem quaisquer preocupações outras. Algo parecido com o que eu já havia vivido entre 2000 e 2004, período em que participei de uma banda.
Mas, há cerca de um ano, um dos amigos que fizeram parte dessa banda, entrou em contato para saber como estavam as coisas e o que eu andava fazendo da vida. Ao ouvir meu lamento no que se refere à música, disse que também sentia falta de fazer um som mais ou menos com essa proposta e que talvez não fosse assim tão difícil reunir um pessoal para fazer esse som descompromissado, como se fosse aquele velho futebol de domingo.
Fizemos alguns contatos, trocamos algumas idéias sobre repertório e, cerca de um mês depois aconteceu o primeiro ensaio: 28/09/2016.
Naquele ensaio, éramos cinco e havia mais gente na mesma situação que eu: louco de vontade de tocar mas enferrujado, sem ter onde e nem com quem tocar.
Hoje, estamos prestes a completar um ano de banda e somos seis. Crescemos em quantidade e também em qualidade (clichêzinho vagabundo esse). Conseguimos nos reunir pelo menos duas vezes por mês, estamos ganhando entrosamento mas, acima de tudo, acredito que estamos nos divertindo.
Então, mais do que uma crônica, este também é um registro comemorativo e, acima de tudo, um agradecimento aos meu amigos de banda, os antigos e novos, por me proporcionarem a oportunidade de estar quase toda semana num estúdio, pela expectativa de tocar as músicas que ouvi ao longo da semana e de me divertir com as piadas e o bom humor de cada um.
Um agradecimento especial ao Daniel Trevis, velho de guerra, pela habilidade de transformar um lamento numa banda.
Que possamos continuar combatendo os lamentos da vida com música e que tenha vida longa a nossa banda.
O nome atual da banda, a Badminton Café, não é lá essas coisas, eu sei. Mas, enquanto não aparecer nada melhor, vai ficar assim mesmo.
Até a próxima!Recolher