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História
Personagem: Lazy Ulhôa Bijos
Por: Museu da Pessoa, 29 de junho de 2017

Trazendo novidades para a cidade

Esta história contém:

Trazendo novidades para a cidade

Vídeo

Lazy Ulhôa Bijos, filha de Paracatu (MG). [Sobre o meu nome] Meu pai leu numa revista. Chegou perto de minha mãe e disse: “Se essa criança for mulher, você vai pôr o nome de Lazy”. “Cruz credo, que nome horroroso.” “Era uma criança muito boa, então minha filha vai ser muito boa.”

Papai foi fazendeiro muitos anos, depois largou, mudou para Ipameri (GO), isso no tempo de rapaz, não tinha casado ainda não, mudou pra lá, foi prefeito em Itumbiara (GO) e quando minha mãe nasceu, meu avô convidou ele a vim tomar champanhe, ele veio. Na hora dele despedir do meu avô, ele falou: “Seu Nelson, eu vou falar uma coisa com o senhor, eu vou, mas eu volto pra me casar com ela”. Voltou e casou, ela com 15 anos. E ele com 25.

A fazenda era de gado. Depois, ele largou a fazenda, vendeu tudo e comprou o Morro do Ouro. Lá mais os meus irmãos bateavam pra tirar ouro. Meus irmãos e a turma de Paracatu bateava com as bateias nas enxurradas da chuva e tirava muito ouro. As bateias eram guardadas na casa do papai, na dispensa que tinha.

Tidas Modim. Ele comprava o ouro. Ele era ourives. Papai ganhou muito dinheiro com o ouro. Sustentava a casa, que não tava trabalhando mais, quem bateava eram os meus irmãos e ele.

O primeiro carro motorizado que entrou aqui foi dele, foi ele quem trouxe do Rio de Janeiro. Ele foi para o Rio de Janeiro, chegou lá e foi aprender a dirigir. Aprendeu, comprou o carro e trouxe, foi até Ipameri na estrada, de Ipameri pra cá. Ele trouxe três peões no carro com ele e fizeram até balsa para passar o rio São Marcos, eles fizeram a estrada e fizeram a balsa para passar no rio. Chegou aqui, tava turvando o dia e teve um velho que morreu apavorado com o barulho do carro, ele sofria do coração, tadinho, ficou muito assustado, e isso ele contava pra nós, né? E logo que ele passou em frente a Matriz, a igreja estava cheia de fiéis assistindo a missa, saiu todo mundo correndo e largaram o...

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Casal

imagem de: Lazy Ulhôa Bijos
tipo: Fotografia

Família

imagem de: Lazy Ulhôa Bijos
tipo: Fotografia

Arrumando o cabelo

imagem de: Lazy Ulhôa Bijos
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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Projeto Kinross Paracatu

Depoimento de Lazy Ulhôa Bijos

Entrevistado por Marcia Ruiz

Paracatu, 29/06/2017

Realização Museu da Pessoa

KRP_HV29_Lazy Ulhôa Bijos

Transcrito por Mariana Wolff

P/1 – Dona Lazy, boa tarde, eu gostaria de agradecer em nome do Museu da Pessoa e da Kinross a senhora nos receber na sua casa e participar aqui do projeto. Eu queria que a senhora falasse o seu nome completo e local e data de nascimento.

R – Lazy Ulhôa Bijos, filha de Paracatu (MG), moro na Rua Goiás, 159. Mais alguma coisa?

P/1 – E que dia, mês e ano que a senhora nasceu?

R – Cinco de novembro de 1935.

P/1 – E por que esse nome Lazy?

R – Uma história que o meu pai leu numa revista. Chegou perto de minha mãe e disse: “Se essa criança for mulher, você vai pôr o nome de Lazy” “Cruz credo, que nome horroroso” “Não, era uma criança muito boa, então minha filha vai ser muito boa” (risos).

P/1 – E qual era o nome dos seus pais?

R – Romualdo Gonçalves Ulhôa e Dália Ormidas Ulhôa.

P/1 – E qual que era a atividade deles?

R – Papai fazendeiro muitos anos, depois largou, mudou para Ipameri (GO), isso no tempo de rapaz, não tinha casado ainda não, mudou pra lá, foi prefeito lá em Itumbiara (GO) e quando minha mãe nasceu, meu avô convidou ele a vim tomar champanhe, ele veio. Na hora dele despedir do meu avô, ele falou: “Seu Nelson, eu vou falar uma coisa com o senhor, eu vou, mas eu volto pra me casar com ela”, voltou e casou, ela com 15 anos. E ele com 25.

P/1 – E eles eram parentes ou não?

R – Não, era amigos.

P/1 – E me fala uma coisa, a sua mãe, ela só cuidava da casa?

R – Cuidava da casa, fazia muita capa pra fora, que antigamente, usava as capas de lona pros fazendeiros vim das fazendas com chuva, então ela fazia muitas capas, ela e a irmã dela, todas duas, costurava muita capa de chuva. Mas cuidava… Ela teve 17 filhos. Só sobreviveram dez.

P/1 – A sua mãe teve então 17 e só foram dez....

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Título: Trazendo novidades para a cidade

Data: 29 de junho de 2017

Local de produção: Brasil / Minas Gerais / Paracatu

Personagem: Lazy Ulhôa Bijos
Autor: Museu da Pessoa

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